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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Curso de Medicina Veterinária


Trabalho de Conclusão de Curso

MANEJO NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS COM DOENÇA RENAL

Gama-DF
2022
ANNA KELLY PEDROSO DE ALBUQUERQUE SANTOS

MANEJO NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS COM DOENÇA RENAL

Artigo apresentado como requisito para conclusão


do curso de Bacharelado em medicina veterinária
pelo Centro Universitário do Planalto Central
Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora: Profa. Dra. Ma. Margareti Medeiros

Gama-DF
2022
MANEJO NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS COM DOENÇA RENAL
Anna Kelly Pedroso de Albuquerque Santos1
Margareti Medeiros2

Resumo:
O manejo nutricional de cães e gatos com doença renal restritiva pode melhorar a qualidade de vida, aliviando os
sintomas renais, retardando a progressão da doença e ajudando a melhorar o estado nutricional. Pensando nisso, este
estudo teve como objetivo avaliar o manejo nutricional de cães e gatos com doença renal na literatura. Os tratamentos
atuais são conservadores e visam corrigir ou reduzir os distúrbios hídricos e eletrolíticos. O tratamento não promove a
cura, mas pode prevenir a progressão da doença e reduzir os graves danos que a doença renal pode causar nos animais
para melhorar a qualidade de vida e prolongar a vida dos pacientes. De acordo com os estudos avaliados, a doença
renal é considerada uma doença de grande importância por ser progressiva e irreversível, por isso possui opinião
desfavorável. Além de melhorar a qualidade de vida de cães e gatos, a nutrição adequada é um fator importante na
redução da progressão da doença e no prolongamento da vida útil. No entanto, as dietas devem ser formuladas
individualmente de acordo com a condição clínica de cada animal. Apesar dos avanços na nutrição, as pesquisas sobre
a dieta ideal para animais com doença renal permanecem escassas.

Palavras-chave: animais domésticos; dieta; insuficiência renal.

Abstract:
Nutritional management of dogs and cats with restrictive kidney disease can improve quality of life by relieving kidney
symptoms, delaying disease progression, and helping to improve nutritional status. With that in mind, this study aimed
to evaluate the nutritional management of dogs and cats with kidney disease in the literature. Current treatments are
conservative and aim to correct or reduce water and electrolyte disturbances. The treatment does not promote a cure,
but it can prevent the progression of the disease and reduce the serious damage that kidney disease can cause in animals
to improve the quality of life and prolong the life of patients. According to the studies evaluated, kidney disease is
considered a disease of great importance because it is progressive and irreversible, which is why it has an unfavorable
opinion. In addition to improving the quality of life for dogs and cats, proper nutrition is an important factor in reducing
disease progression and extending lifespan. However, diets must be individually formulated according to the clinical
condition of each animal. Despite advances in nutrition, research on the optimal diet for animals with kidney disease
remains scarce.

Keywords: diet; domestic animals; renal insufficiency.

1
Graduanda do Curso de medicina veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac. E-mail: kell.albuquerque@gmail.com.
2
Professora do Curso de medicina veterinária, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos –
Uniceplac. E-mail: margareti.medeiros@uniceplac.edu.br
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1 INTRODUÇÃO

Hoje em dia os cães e gatos estão tendo uma longevidade maior e com isso várias doenças
degenerativas estão em constante aparecimento nos consultórios. Os tutores têm procurado os
médicos veterinários com mais frequência do que antes, e assim podemos conseguir um diagnóstico
a tempo de tratamento oferecendo conforto e uma vida mais produtiva para esses animais. As
doenças renais são mais comuns em animais idosos, mas também podem aparecer em qualquer
idade. Por se desenvolver silenciosamente, só conseguimos diagnosticar clinicamente quando já
existe uma perda significativa das capacidades renais. As características dessas doenças são muito
a deficiência estrutural ou funcional dos rins e néfrons. O diagnóstico precoce e um bom tratamento
são pontos-chave para o sucesso de estabilizar e retardar o progresso da doença. Aliado ao
tratamento convencional, estudos revelam que um manejo nutricional adequado a esses animais,
pode levar a uma diminuição da azotemia, assim como garantir os nutrientes necessários para à
manutenção de um bom estado corporal proporcionando uma melhor qualidade de vida (ELLIOTT
e LEFEBVRE, 2009). O manejo nutricional de cães e gatos com doença renal é de suma
importância no tratamento coadjuvante podendo minimizar os efeitos negativos. Uma dieta
balanceada ajuda no equilíbrio de determinados minerais, retarda a progressão da doença e evita a
desnutrição do animal.
Existem alguns estudos que sugerem que certas raças de cães e gatos poderiam ser
predispostas à DRC. Estes incluem shar-pei, bull terrier, english cocker spaniel, cavalier king
charles spaniel, west highland white terrier e boxer (O'NEILL et al., 2013; CIANCIOLO et al.,
2016; LITTMAN, 2017). As raças de gatos que foram sugeridas para serem predispostas à DRC
incluem persa, abissína, siamês, ragdoll, birmanês, azul russo e coon de Maine (LITTMAN, 2017),
mas não podemos deixar de fora dessa pesquisa os gatos e cães sem raça definida.
Vários autores observaram que a insuficiência renal se refere a uma condição em que a
função renal é perdida, mas ainda tenta compensar pela reserva funcional do rim, ativando
mecanismos de hipertrofia e hiperplasia de néfrons. Animais mais velhos apresentaram as maiores
taxas, com médias de idade variando de 6½ a 7 anos para cães e 7,4 para gatos. Os pacientes com
a doença renal podem viver muitos anos a partir do diagnóstico e às vezes com uma melhor
qualidade de vida, desde que o tutor siga o tratamento corretamente. A doença renal crônica em
cães e gatos geralmente começa a apresentar sinais clínicos entre um e dois anos de idade.
Anorexia, letargia, perda de peso, poliúria, polidipsia e vômitos são os sinais clínicos mais comuns
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nesses indivíduos, geralmente manifestando-se como desidratação, úlceras na boca, halitose e


palidez ao exame físico (DIBARTOLA, 1997; POLZIN et al., 2005; MCGROTTY, 2008). Aliado
ao tratamento convencional, estudos têm demonstrado que o manejo nutricional adequado desses
animais pode reduzir a azotemia e garantir os nutrientes necessários para manter uma boa condição
física, proporcionando uma melhor qualidade de vida (ELLIOTT e LEFEBVRE, 2009).
Pensando nisso, este estudo teve como objetivo descrever o manejo nutricional de cães e
gatos com doença renal.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS RINS

Os rins são glândulas robustas de cor marrom-avermelhada e variam em forma e tamanho,


dependendo da espécie de animal. Os rins estão localizados na região abdominal, comprimidos na
parte superior do abdômen, um de cada lado da coluna. Raramente são simétricos e podem variar
em tamanho e posição. O rim direito está localizado mais cranialmente porque se liga à depressão
do fígado, enquanto o rim esquerdo sem essa localização tende a ser mais caudal (DYCE et al.,
2004). Os rins são responsáveis por filtrar e eliminar os resíduos através da ingestão de alimentos
ou do metabolismo normal do corpo, além de controlar o volume e a composição dos fluidos
corporais. Essa função reguladora mantém um ambiente estável para a sobrevivência e manutenção
das atividades celulares (GUYTON e HALL, 2011).
O rim é descrito como uma estrutura em formato de feijão para a maioria dos animais
domésticos (REECE, 2008). Como podemos ver na figura 1, quando seccionado transversalmente,
observam-se na região cortical que contém os glomérulos, os túbulos proximais e distais. Já na
região medular, encontra-se a alça de Henle e a porção final dos ductos coletores. A artéria renal
penetra no rim e se ramificam em artérias lobares → artérias interlobares → artérias arqueadas →
artérias interlobulares → arteríolas aferentes → capilares glomerulares → arteríola eferente →
capilares peritubulares → veias interlobulares → veias arqueadas → veias interlobares → veia
renal (LEHNINGER, 2006).

Figura 1 - Desenho esquemático de um lobo renal.

Fonte: Cheida (2002)


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Todas essas funções são desempenhadas pela unidade funcional do rim: o néfron, que por
sua vez consiste em glomérulos onde ocorre a filtração do sangue, a reabsorção de substâncias
filtradas e excreção de componentes do plasma através dos túbulos, a maioria dos quais é o filtrado
é reabsorvido pela urina, capilares peritubulares e tecidos intersticiais sem excreção. A Reabsorção
é muito importante para que não ocorra perda completa de sais como sódio, potássio e bicarbonato,
e Glicose (WILANDER, 2008). O rim é um órgão com múltiplas funções (excreção, regulação e
biossintético) e não requer a presença do número original de néfrons para manter a homeostase,
mas suficiente para manter a função (POLZIN et al., 2005; WAKI et al., 2010).
O néfron é a unidade funcional do rim e é responsável pela filtração do sangue e absorção
de substâncias presentes no sangue, existem dois tipos de néfrons no rim, que se caracterizam pela
sua localização e pela profundidade de penetração através do anel de Henle dentro da área da
medula, eles A relação com a doença renal crônica está intimamente relacionada à eficiência de
sua função. A compreensão da função do néfron é essencial para o entendimento da função renal.
O número de néfrons varia consideravelmente entre as espécies, sendo que cães possuem
aproximadamente 415.000 néfrons em cada rim e gatos possuem 190.000. Dadas as diferenças de
tamanho entre as raças de cães, pensa-se que os rins de cães grandes contêm mais néfrons do que
os rins de cães pequenos (não é o caso, pois os rins maiores em cães grandes passam por ter néfrons
maiores em vez de múltiplos néfrons) (REECE, 2008)
Os néfrons possuem glomérulos os quais são interpostos entre a arteríola aferente e eferente
dentro do córtex renal, sendo o local de filtração de água e solutos do sangue. Este filtrado passa
pela cápsula de Bowman e então é significativamente alterado à medida que atravessa o túbulo
renal. Os rins recebem aproximadamente 20% do débito cardíaco, tudo isso passa pelos glomérulos.
O sangue entra nos glomérulos através das arteríolas aferentes, 20% do plasma passa para o espaço
de Bowman e 80% das folhas de plasma através das arteríolas eferentes. Do sangue que sai do
glomérulo, 90% ou mais passa através dos capilares peritubulares no córtex renal e no sistema
venoso renal. Os 5% a 10% restantes fluem para a medula através dos vasos retos (REECE, 2008).
Estes feixes de vasos paralelos desempenham um papel importante na troca de soluto e água no
interstício medular renal.

2.2 NEFROPATIA
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Os animais domésticos, tais como cães e gatos, estão propensos a inúmeras patologias
relacionadas ao sistema urinário. Tanto filhotes quanto cães adultos podem desenvolver DRC, no
entanto, a doença é comum em cães mais velhos (POLZIN et al., 2005)
A insuficiência renal crônica, por exemplo, apresenta-se como uma afecção comum a estas
espécies (BRAGATO, 2013). Doença renal crônica (DRC) é a terminologia usada para problemas
renais, quando o órgão não desempenha suas funções por longo período (BARTGES, 2012).
O termo insuficiência renal crônica foi substituído por doença renal crônica, que não é
facilmente diagnosticada, e dentre as doenças em cães, a mais comum é a doença glomerular
primária (NELSON e COUTO, 2015). Como o início da doença é assintomático, a ausência de
sintomas dificulta o diagnóstico precoce dos pacientes. Quando os sintomas aparecem, a doença
está avançada e apresenta manifestações clínicas aparentes e está intimamente relacionada à função
dos néfrons (NOTOMI et al., 2006). Tal termo utilizado o DRC abrange os animais que estão na
fase inicial da doença, mesmo quando sem apresentar dificuldade na eliminação dos produtos
nitrogenados (RODRIGUEZ, 2012). A doença crônica renal acontece de forma lenta e gradual,
podendo levar meses ou anos para diminuir a função renal (ELLIOTT e LEFEBVRE, 2009). À
medida que a doença evolui, a estrutura do rim se altera, bem como suas funções (BARTGES,
2012).
O termo DRC, é atribuído geralmente para afecções relacionadas à presença de lesão renal,
que perdura em no mínimo um período equivalente há três meses, tornando-se uma doença
irreversível e definitiva, acompanhada da perda gradual do número de néfrons funcionais. A
azotemia é detectada quando há perda funcional de aproximadamente 65 a 75% dos néfrons em
gatos e cães, respectivamente (MCGROTTY, 2008; WAKI et al., 2010).
Pequenos carnívoros apresentam os seguintes sinais clínicos: poliúria e polidipsia, perda de
peso, desidratação, perda de apetite, letargia, fraqueza, anemia, vômitos e outros sintomas
gastrointestinais (Silva et al., 2008; ARESU et al, 2010; POLZIN, 2011) também incluíram oligúria
ou anúria, polidipsia, desidratação, vômitos, odor urêmico, úlceras na boca, necrose da língua,
palato e gengivas, convulsões, fasciculações e diarreia. Alternativamente, em alguns casos, podem
ser assintomáticos, ou seja, não apresentar manifestações evidentes da doença de qualquer tipo
(BRAGATO, 2013).
Para diagnosticar a doença renal crônica, é necessário um histórico médico que leve em
consideração idade, etnia, alimentação, vacinas, ambiente e manejo. Segundo Rufato et al., (2011)
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para diagnóstico da DRC devem ser realizados exames laboratoriais como hemograma, função
renal, urinálise e ultrassonografia abdominal. Porém ETTINGER e FELDMAN (2008) citam que
para diagnóstico deve ser realizado o exame físico do paciente que por sua vez apresentará
prostração, com pelagem e peso normais, presença de desidratação em diversos graus, podem ainda
apresentar hipotermia, ulceração oral, hálito urêmico, pele ictérica, possível descoloração ou ainda
necrose da língua, dor abdominal, rins aumentados e susceptíveis à palpação quando o quadro se
apresenta em nível moderado a grave. Os dois autores estão corretos, pois um complementa o outro
para conseguir fechar o diagnóstico.
A causa primária da DRC é muitas vezes indeterminada no diagnóstico, e muitos fatores
podem estar associados à progressão da doença para o estágio final (ELLIOTT e LEFEBVRE,
2009), incluindo os próprios mecanismos compensatórios do corpo para manter a homeostase. A
compreensão desses fatores é importante, pois o tratamento a ser desenvolvido visa eliminar ou
minimizar seus efeitos deletérios (CASTRO et al., 2009). O diagnóstico precoce e o tratamento
adequado reduzirão os custos e o sofrimento dos pacientes. As principais causas de insuficiência
renal crônica (IRC) são hipertensão arterial e diabetes mellitus (ROMÃO JUNIOR, 2004).
Quando a doença renal crônica ainda está em seus estágios iniciais, os rins reduzem a taxa
de filtração glomerular, mas ainda não afetam a excreção de produtos nitrogenados (Rodriguez,
2012). No entanto, à medida que a doença progride, a função de 75% dos néfrons é prejudicada,
retenção de solutos (uréia, creatinina, fósforo), presença de ureia ou outros compostos contendo
nitrogênio no sangue (azotemia) e sinais e sintomas clínicos causam uma série de sintomas que
indicam o acúmulo no sangue de substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelos rins na urina
(uremia) (POLZIN, 2013).
A International Renal Interest Society (IRIS) propõe o estadiamento após o diagnóstico da
DRC, o que é importante para as decisões de tratamento no combate à doença (BROWN, 1999).
Esses estágios foram estabelecidos de acordo com as concentrações séricas de creatinina, segundo
a figura 2.
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Figura 2 – Estadiamento da doença renal.

Fonte: IRIS, 2019

A causa da doença renal crônica nem sempre é conhecida. Vários processos levam à lesão
do tecido renal e, quando danificados, os néfrons perdem a função e são substituídos por tecido
cicatricial fibroso (LEES, 2004; GRAUER, 2005; ELLIOTT e LEFEBVRE, 2009). Para conhecer
a causa da DRC, o simples fato de urinálise, urocultura, radiografia abdominal e/ou
ultrassonografia e biópsia renal, não significa que o resultado do exame revelará a causa da doença
(BROWN et al., 1998).
A doença glomerular primária, como a glomerulonefrite, é uma das principais causas de
DRC nos seguintes cães (VADEN, 2011): Distúrbios imunológicos (lúpus eritematoso sistêmico,
glomerulonefrite, vasculite), amiloidose, neoplasias (primárias, secundárias), agentes nefrotóxicos,
isquemia renal, causas inflamatórias ou infecciosas (pielonefrite, leptospirose, nefrolitíase),
doenças congênitas ou hereditárias (hipoplasia ou displasia renal, rins múltiplos, nefropatia
familiar), obstrução urinária idiopática (ELLIOTT e LEFEBVRE, 2009).
Os fatores que influenciam a progressão e persistência da nefropatia por DRC são:
hipertensão sistêmica e glomerular, proteinúria, hiperparatireoidismo renal secundário, acidose
metabólica, estresse oxidativo e infecções do trato urinário (BAUER et al., 1999; ALLEN et al.,
2000). Nessas doenças, a hiperfosfatemia pode causar hiperparatireoidismo renal secundário,
patologia que pode levar à morte (CORTADELLAS et al., 2010).

2.3 MANEJO NUTRICIONAL

O manejo nutricional de cães e gatos com DRC requer algumas mudanças na alimentação
e hábitos de vida. Sabe-se que uma dieta balanceada é de extrema importância no tratamento, pois
a alimentação sem restrição adequada de determinados minerais pode ser um fator na progressão
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da doença, levando ao acúmulo de catabólitos proteicos tóxicos e falha na excreção renal


(BIRCHARD e SHERDING, 2008).
Para uma terapia dietética ideal, diferentes dietas devem ser fornecidas para cada estágio
da DRC. No entanto, esta não é a realidade atual (PUGLIESE et al., 2005). A dietoterapia deve ser
formulada individualmente, pois nem todos os pacientes respondem da mesma forma à terapia. A
perda de apetite e a perda de peso são comuns a todos os pacientes com DRC (BROWN et al,
1997). A dieta de um paciente com doença renal não deve conter apenas baixos níveis de proteína,
mas deve consistir em níveis adequados de proteínas de alto valor biológico e garantir menor
formação de compostos nitrogenados não proteicos. Além disso, a dieta deve conter baixo teor de
sódio para evitar a hipertensão arterial, bem como fibras como substrato para bactérias que utilizam
a uréia como fonte de crescimento e ácidos graxos (Ômega-3) para reduzir a inflamação (ELLIOTT
e LEFEBVRE, 2009).
Para cães com azotemia leve a moderada sem sinais de uremia ou cães com glomerulopatia
proteinúrica, uma dieta protéica moderada (15% a 25% de proteína com base na matéria seca (MS),
fornecendo aproximadamente 1,2 a 2,0 g de proteína/kg de peso corporal/dia) é adequada. Os
limites de proteína dietética para os níveis de proteína recomendados para cães e gatos são 2-2,2
g/kg/dia e 3,3-3,5 g/kg/dia, respectivamente. A restrição proteica não deve ser muito rígida, nem
deve alterar a palatabilidade do alimento ou causar perda de proteína muscular (PUGLIESE et al.,
2005; BIRCHARD e SHERDING, 2008).
Portanto, o foco não está na remoção de proteína, mas na melhoria da qualidade e
digestibilidade da proteína. As proteínas fornecidas aos pacientes com doença renal crônica devem
ser de alto valor biológico e conter apenas aminoácidos essenciais. Uma dieta com restrição de
proteína fornece aos animais peso corporal estável, concentrações séricas estáveis de creatinina e
albumina e concentrações séricas reduzidas de nitrogênio ureico e fósforo (BIRCHARD e
SHERDING, 2008; NELSON & COUTO, 2015).
A hiperfosfatemia e o aumento dos produtos fosfato-cálcio podem determinar o
desenvolvimento da doença óssea, além de favorecer a precipitação do fosfato de cálcio no tecido
renal, afetando a velocidade de progressão da DRC. O controle da hiperfosfatemia, uma das
principais complicações da terapia com vitamina D, acarreta o risco de supressão excessiva da
função da paratireoide e doença óssea hipercalcêmica (OBRADOR e PEREIRA, 2002; QUEIROZ
e FIORAVANTI, 2014).
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O principal efeito esperado de uma dieta com restrição de fósforo é retardar a progressão
do hiperparatireoidismo renal secundário enquanto reduz a mineralização dos tecidos moles. Além
disso, pode reduzir as manifestações clínicas da uremia. As próprias dietas com restrição de
proteínas já contêm menos fósforo porque a proteína é a principal fonte de fósforo. Além de uma
dieta restrita em proteínas, podem ser usados ligantes de fósforo com revestimento entérico
(ANDRADE, 2008; BIRCARD e SHERDING, 2008).
Os níveis de potássio podem ser altos ou baixos, sendo a hipocalemia mais comum em
gatos, onde o principal sinal clínico é a fraqueza muscular generalizada. Portanto, as dietas
potássicas devem ser ajustadas individualmente (SEGEV et al., 2010; QUEIROZ e FIORAVANTI,
2014).
Anemia progressiva, normocítica, normocrômica e não regenerativa é comum em gatos e
cães com IRC, principalmente devido à produção insuficiente de eritropoietina e perda de sangue
(principalmente do trato gastrointestinal), disfunção plaquetária e uremia. As toxinas sintomáticas
inibem a produção de glóbulos vermelhos e reduzem o fluxo sanguíneo. Tempo de vida dos
glóbulos vermelhos (BARBER, 2003). Deficiências de ferro, ácido fólico e vitamina B também
foram sugeridas como causa, além disso, devido aos níveis elevados de hormônio da paratireóide
(PTH) e níveis de glutationa eritrocitária (um potente antioxidante intracelular GALVÃO (2009) e
POLZIN) Menor expectativa de vida dos glóbulos vermelhos (2011) explica que a anemia afeta a
qualidade de vida de cães e gatos com DRC.
As dietas formuladas para gatos com DRC são frequentemente suplementadas com citrato
de potássio. O potássio também pode ser suplementado por via oral com citrato de potássio ou
gluconato de potássio, a dose depende da concentração sérica de potássio de cada paciente (2
mmol/gato a 4 mmol/gato VO SID) (BARBER, 2003). As recomendações de potássio para cães
com DRC variam de 0,8 a 1,2 g/1000 kcal de energia metabolizável (EM), enquanto as rações
comerciais para animais de estimação contém 1,26 a 1,9 g/1000 kcal EM, o que é superior às
recomendações atuais (SEGEV et al., 2010). Os problemas que podem ocorrer caso ocorra uma
superdosagem, são inúmeros na região estomacal do animal, podendo comprometer outros órgão
como fígado e rins.
A forma como um alimento terapêutico é introduzido ao animal, tem um efeito profundo
na aceitação do paciente. Enquanto alguns gatos facilmente transitam de uma dieta para outra,
muitos outros gatos são extremamente seletivos podendo exigir um melhor manejo para incentivar
13

a mudança dietética. A melhor recomendação é que as mudanças na dieta sejam feitas aos poucos
em vez de abruptamente. Segundo Polzin (2016) maioria dos pacientes podem ser condicionados
para uma nova dieta em 2-3 semanas, gradualmente misturando a nova dieta na antiga dieta. É
necessário que as refeições sejam fracionadas em pequenas porções (2-4) e maximizar a
palatabilidade para incentivar. As dietas enlatadas devem ser aquecidas à temperatura e ofertadas
em um ambiente familiar e com distrações mínimas. O reforço positivo (acariciar e elogiar) deve
acompanhar as refeições. A ingestão hídrica também é um elemento fundamental no manejo
nutricional tanto para animais saudáveis quanto para gatos com DRC, especialmente em estágios
mais avançados. O incentivo à ingestão de água, pode ser de uma forma espontânea ou por meio
de alimentação úmida. Os alimentos úmidos são preferíveis, pois seu consumo geralmente resulta
em maior consumo total de água, especialmente em gatos (CARCIOFI, 2019).
Tanto cães como gatos, podem preferir ração seca ou ração úmida, então a escolha fica por
conta da que mais agradar ao animal. Em alguns casos, é possível administrar a ração seca com a
úmida para deixar ainda mais palatável. Por ser extremamente palatável, o alimento úmido estimula
o consumo (FISHER, 2017). Isso vai depender de como o médico veterinário vai balancear a dieta
para cada animal. Mesmo fazendo todos os manejos para que o animal aceite bem a ração, é
necessário cuidados na adaptação da ração renal com. Pode-se começar tentando mudar o sabor e
introduzir texturas. Caso o problema persista, pode não ser a ração. Muitas vezes o estresse e
ansiedade acabam influenciando na alimentação, então o tutor deve ficar atento se não há nada
despertando algum desses problemas no animal. Em alguns animais existe o fator do pote de
alimentação estar relacionado à recusa, assim como os gatos, os cães também não gostam de comer
próximo ao seu banheiro ou em locais estranhos e estressantes.
A restrição de sódio é usada para controlar a pressão arterial elevada. Mas essa redução
deve ser gradual (2-4 semanas) para que os rins se adaptem. Uma redução repentina de sódio pode
causar alterações como hipovolemia. Devido à disfunção tubular renal em pacientes com DRC, os
animais são incapazes de produzir urina concentrada adequadamente e desenvolvem poliúria. O
equilíbrio hídrico deve ser controlado para evitar a desidratação, fornecendo água adequada ou
administrando fluidoterapia aos animais (BIRCHARD e SHERDING, 2008).
A ingestão adequada de sódio e cloreto ajuda a regular o equilíbrio ácido-base e a
osmolaridade plasmática normal, e a restrição excessiva deve ser evitada, pois as deficiências são
prejudiciais aos gatos mais velhos. A ingestão recomendada é de 0,2% a 0,6% de sódio na matéria
14

seca. O nível mínimo de cloro recomendado é de 0,19%, embora esse valor seja cerca de 1,5 vezes
maior que a concentração de sódio (HAND et al., 2000).
Segundo Bartges (2012), as dietas comerciais para pacientes com doença renal são limitadas
a 0,3% ou menos de sódio para cães e 0,4% ou menos para gatos. De acordo com alguns relatos, a
restrição de sódio ajudará a controlar a pressão arterial. No entanto, Kirk et al., (2006) não
observaram alterações significativas na pressão arterial ao avaliar 36 gatos recebendo dietas
contendo 0,35% e 1,1% de sódio, respectivamente. De qualquer forma, as alterações dietéticas de
sódio continuam sendo estudadas e acredita-se que sua restrição sirva como terapia adjuvante ao
uso de anti-hipertensivos, essenciais para o controle da pressão arterial na IRC (BROWN e HENIK,
1998).
A opção atual de tratamento para anemia não regenerativa em cães com doença renal
crônica é a eritropoietina humana recombinante (Epogen) associada à reposição de ferro. A
eritropoietina traz uma variedade de efeitos benéficos. Além de aumentar a contagem de glóbulos
vermelhos, hematócrito e concentração de hemoglobina, também aumenta a energia, o apetite e a
vitalidade. Durante o primeiro mês de tratamento, sua resposta é relativamente rápida e eficaz
(ANDRADE, 2008; HOSKINS, 2008).
Já existem no mercado rações formuladas que contêm quantidades reduzidas de proteína,
sódio e fósforo, mas uma alimentação balanceada também pode ser fornecida por meio de comida
caseira, segundo HOSKINS, 2008 E CHEW et al., (2012). A dieta caseira sugerida para cães e
gatos com DRC inclui: arroz branco cozido 237g, bife cozido 78g, ovo cozido 20g, pão branco
50g, óleo vegetal 3g, carbonato de cálcio 1,5g, iodo 0,5g de sal. No entanto, ressaltam que a dieta
deve ser adaptada ao estado clínico do animal de companhia, no exemplo de um cão adulto com
45kg.
ANDRADE (2008) também recomenda uma dieta caseira para um cão de 10 kg com DRC,
composta por: 125 gramas de carne ou frango; 1 ovo grande cozido; 2 xícaras de arroz sem sal; 3
fatias de pão branco, picadas; 1 colher de chá de carbono de cálcio; Suplementos vitamínicos -
cerca de 500 g/dia.
Juntamente com a expectativa de vida de um cão, os padrões nutricionais e de saúde para
esses animais devem ser seguidos. Quando balanceada nutricionalmente nesses animais, melhora
a qualidade de vida e reduz os problemas metabólicos que podem surgir devido à idade avançada
(BORGES et al., 2011). Diferenças de raça, tamanho e ritmo de vida podem afetar os parâmetros
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de idade dos animais e recomenda-se uma observação especial de cada animal. Várias respostas
clínicas têm sido observadas em cães mais velhos, como: diminuição da composição do tecido
muscular magro, aumento da massa gorda corporal, problemas articulares variáveis e diminuição
do volume de água corporal (SÁ, 2002).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A doença renal é considerada uma doença importante por ser progressiva e irreversível e,
portanto, têm prognóstico desfavorável. Além de melhorar a qualidade de vida de cães e gatos, o
manejo nutricional é um fator importante para reduzir a progressão da doença e prolongar a vida
útil. No entanto, as dietas devem ser formuladas individualmente de acordo com a condição clínica
de cada animal. Apesar dos avanços na nutrição, ainda há poucas pesquisas sobre a dieta ideal para
animais com doença renal. Vale frisar a importância do diagnóstico prévio, para que o tutor seja
alertado quanto ás necessidades a serem adaptadas, bem como o acompanhamento posterior do
animal.

REFERÊNCIAS

ALLEN, T. A., POLZIN, D. J. & ADAMS, L. G. RENAL DISEASE. IN M. S. HAND, C. D.


Thatcher, R. L. Remillard & P. Roudebush (Eds.), Small Animal Clinical Nutrition. Missouri,
USA: Mark Morris Institute. 2000. p. 563-604.

ANDRADE, S. F. Manual de Terapêutica Veterinária. São Paulo: Roca, 2010.

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