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MANUAL DE
PROCEDIMENTOS
DE POLÍCIA JUDICIÁRIA
DO ESTADO DA BAHIA
2ª edição
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE
POLÍCIA JUDICIÁRIA
DO ESTADO DA BAHIA
2ª edição
CDD 363.2
ANO 2023
Ficha catalográfica – Karina Ribeiro Barbosa CRB-5/1783
GESTÃO SUPERIOR
ELÂINE NOGUEIRA DA SILVA Delegada-Geral Adjunta – DGA
MAURÍCIO RIBEIRO CHAOUÍ Chefia de Gabinete
EDENIR DE MACÊDO CERQUEIRA Corregedoria da Polícia Civil – CORREPOL
GESTÃO ESTRATÉGICA
JOSÉ FERNANDO OLIVEIRA SANTOS Academia da Polícia Civil – ACADEPOL
IVO CARVALHO TOURINHO Departamento de Inteligência da Polícia Civil - DIP
CRISTIANO MARCOS PITANGUEIRA MANGUEIRA Departamento de Planejamento, Administração e Finanças – DEPAF
GESSÉ DE SOUZA SILVA Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional da Polícia Civil - DPSV
LEANDRO SADY RODRIGUES Departamento de Gestão Tecnológica, Telecomunicações e Inovações - DGTI
JERÔNIMO RODRIGUES
GESTÃO TÁTICA
Governador
SUPORTE OPERACIONAL
OMAR ANDRADE LEAL Instituto de Segurança Pública, Estatística e Pesquisa Criminal - ISPE
LAURA MARIA CERQUEIRA LIMA MOURA Departamento de Infraestrutura e Logística - DILOG
CLEANDRO PIMENTA BASTOS NETO Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados – CFPC
ARTUR GUIMARÃES DE JESUS COSTA Coordenação de Operações de Polícia Judiciária - COPJ
ILMA LEONOR MAGARÃO PAIVA Escritório de Gestão de Projetos e Processos - EGPP
ANDREZA CAROLINE DO AMARAL TEIXEIRA Coordenação de Controle Interno – CCI
ANTÔNIO JORGE FERREIRA DOS SANTOS SILVA Assessoria de Comunicação - ASCOM
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 03, de 20 de outubro de 2023
RESOLVE:
Art.1º - Instituir, no âmbito da Polícia Civil do Estado da Bahia, o Manual de Procedimentos de Po-
lícia Judiciária revisado, a ser observado em todos os seus termos pelos integrantes do Sistema
Policial Civil de Carreira Profissional.
Eis que se chega ao fim da revisão do Manual de Procedimentos de Polícia Judiciária. Cuidou-se que sistematiza a sua atuação, além de padronizar procedimentos operacionais, contribuindo
de trabalho de fôlego, por demais importante, é certo, dado que teve a pretensão de aprimorar sobremaneira para a eliminação de subjetividades, pouco edificantes em espaços onde é desen-
o documento sobredito por meio de acréscimos e atualizações, sobretudo em face de inovações volvida atividade pública.
legislativas trazidas ao mundo jurídico após a sua primeira edição.
Não tem a pretensão de ser definitivo. Muito pelo contrário. Assim como a instituição que norma-
Compatibilizá-lo com a nova estrutura da Polícia Civil do Estado da Bahia após a promulgação tiza, se pretende organismo vivo, portanto sujeito a constantes modificações visando o aperfei-
da Lei estadual nº 14.580/2023 era outro desafio que se apresentava; além disto, se mostrava çoamento da atividade de polícia judiciária.
imperativa a disciplina de atividades outrora atribuídas a órgãos endógenos – de forma anômala,
é verdade -, porém agora finalmente assumidas pela instituição. Na condição de presidente da comissão responsável pela condução dos trabalhos de revisão,
agradeço a todos aqueles que apresentaram alguma forma de contribuição, ainda que com o
Impossível realizá-lo sem a interação daqueles que lidam diuturnamente com os temas que com- silêncio, o que foi entendido pelo colegiado como sinalização de inexistência de reparo ao texto
põem o seu conteúdo. São os especialistas, afinal. Os detentores dos conhecimentos necessários original ante a perfeição do que estava normatizado.
à formulação dos processos específicos visando a materialização da atividade de polícia judiciária.
Por fim, agradeço aos membros da comissão, que devotaram horas de esforço para a consecu-
Aliás, neste sentido, é importante esclarecer que foi preservada a sua natureza analítica, pois en- ção deste trabalho.
tendeu-se que precisava ser o mais detalhado possível a fim de ter aptidão para servir de suporte
aos profissionais da polícia judiciária em qualquer localidade, seja na beira mar, seja nos sertões, Edenir de Macêdo Cerqueira
onde nem sempre há estrutura funcional compatível com a nobreza do trabalho desenvolvido. Presidente da Comissão
Traduz, seguramente, mais um pilar no esforço de modernização da instituição policial, dado Delegado de Polícia Classe Especial
SUGESTÕES DE MELHORIAS
O quadro abaixo apresenta a indicação de como o colaborador poderá registrar suas sugestões
de melhoria.
Manual Justificativa
Redação Atual Redação Sugerida
(Edição Ano) (observação/comentário)
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
49 . Seção VII - A: Das regras da cadeia de custódia 88 TÍTULO III: DAS INVESTIGAÇÕES ESPECIALIZADAS
51 . Seção VIII: Da carta precatória 88 • CAPÍTULO I: DAS PROVIDÊNCIAS RELACIONADAS A OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO CRIANÇAS
53 . Seção IX: Da interceptação das comunicações telefônica, telemática e de imagem E ATOS INFRACIONAIS PRATICADOS POR ADOLESCENTES
54 . Seção X: Do interrogatório e do indiciamento 91 • CAPÍTULO II: DOS PROCEDIMENTOS INERENTES À PROTEÇÃO E À APURAÇÃO DOS CRIMES
56 . Seção XII: Dos prazos para a conclusão do inquérito policial 91 . Seção I: Dos fundamentos legais e dos princípios
57 . Seção XIII: Formalização de inquérito policial quando instaurado por requisição do MPBA 92 . Seção II: Do papel da polícia judiciária no sistema de garantia de direitos
97 • CAPÍTULO III: DAS PROVIDÊNCIAS RELACIONADAS AO ATENDIMENTO 132 TÍTULO IV: DOS PROCEDIMENTOS DE INTELIGÊNCIA POLICIAL
E MEDIDAS ASSEGURADAS À PROTEÇÃO DO IDOSO 132 • CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
100 • CAPÍTULO IV: DOS PROCEDIMENTOS POLICIAIS RELACIONADOS AOS CRIMES 134 . Seção I: Do suporte à tomada de decisões policiais
DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 135 . Seção II: Do suporte de contrainteligência
101 • CAPÍTULO V: DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS AOS CRIMES ELEITORAIS 135 . Seção III: Da regulamentação procedimental operacional
102 • CAPÍTULO VII: DAS APURAÇÕES DECORRENTES DA RELAÇÃO DE CONSUMO 138 . Seção IV: Da extração de dados
103 • CAPÍTULO VIII: INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA VIDA E PROTEÇÃO À PESSOA LOCAL DE CRIME 139 . Seção IV - A: Da interceptação das comunicações telefônica, telemática e de imagem
107 • CAPÍTULO IX: DOS PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS EM CASOS DE REGISTROS DE 140 . Seção V: Do Ciberlab-DIP
DESAPARECIMENTO DE PESSOAS 143 . Seção VI: Do Laboratório de Tecnologia Contra Corrupção e Lavagem de Dinheiro (LAB-LD)
111 • CAPÍTULO XI: INVESTIGAÇÃO POLICIAL ENVOLVENDO CONFLITOS FUNDIÁRIOS 145 TÍTULO V: DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A CRIMES FUNCIONAIS
113 • CAPÍTULO XII: INVESTIGAÇÃO POLICIAL ENVOLVENDO TURISTA DAS CORREIÇÕES NAS ATIVIDADES DE POLÍCIA JUDICIÁRIA
114 • CAPÍTULO XIII: INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 145 • CAPÍTULO I: CORREIÇÃO ORDINÁRIA
114 . Seção I: Furtos e roubos de celular: 146 • CAPÍTULO II: DA PUBLICIDADE DA CORREIÇÃO
115 . Seção II: Furtos e roubos de estabelecimentos/residências 146 • CAPÍTULO III: DA ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DA CORREIÇÃO
116 . Seção III: Furtos e roubos de veículos 147 • CAPÍTULO IV: DA REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS CORREICIONAIS
118 • CAPÍTULO XIV: OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO ROUBO A COLETIVOS 149 • CAPÍTULO VI: RECOMENDAÇÕES FINAIS DAS CORREIÇÕES
2. A investigação realizada pela Polícia Judiciária deve ocorrer por meio de um dos seguintes
259 ANEXO II procedimentos:
EQUIPE DE COLABORADORES DAS PRODUÇÕES TEXTUAIS, INTEGRANTES DE SUBCOMISSÕES
TEMÁTICAS CONSTITUÍDAS PARA ELABORAÇÃO DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DA I. inquérito policial (IP);
POLÍCIA CIVIL DA BAHIA – EDIÇÃO 001/2022. II. termo circunstanciado de ocorrência (TCO);
III. auto de investigação de ato infracional (AIAI);
IV. boletim de ocorrência circunstanciada de ato infracional (BOC);
V. auto de prisão em flagrante (APF);
VI. auto de apreensão em flagrante de adolescente infrator (AAFAI);
VII. verificação preliminar de informações (VPI).
4. A fim de viabilizar o exercício da atividade investigativa típica da Polícia Civil, o delegado, o es-
crivão ou o investigador de polícia que primeiro tomar conhecimento de uma ocorrência policial
deverá proceder ao devido atendimento, providenciando o correspondente registro da ocorrên-
cia, adotando outras medidas iniciais de Polícia Judiciária pertinentes, independentemente da
base territorial ou especialidade. Entende-se por medidas iniciais:
a) providências previstas no art. 6º do CPP, se o local e o fato forem de sua atribuição fun-
cional, ou;
11. A VPI será arquivada, mediante despacho fundamentado do delegado de polícia que a pre- 17. Na estruturação dos autos da VPI, deverão ser levados em consideração os modelos apresen-
side, quando: tados no anexo I.
I. A notícia narrada não constituir fato típico ou for incompreensível; 18. Estando a notícia crime devidamente instruída, e apresentando justa causa, a autoridade policial
II. O fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar competente para presidir o inquérito procederá à sua instauração, tão logo tome conhecimento.
solucionado;
III. A lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de juris- 19. Nos afastamentos do presidente do feito por mais de 30 (trinta) dias, a respectiva autoridade
prudência consolidada nos tribunais superiores; policial deverá, previamente, indicar em despacho as diligências por realizar, sanear os autos, se
IV. For desprovida de elementos de prova ou de informações mínimas para o início de uma necessário, e fazê-los conclusos a quem couber a redistribuição.
apuração, e o noticiante não atender à intimação para complementá-los;
V. Findo o prazo, a sua apuração não resultar na coleta de elementos justificadores para o 20. Na hipótese prevista no artigo anterior, a VPI retornará à autoridade policial de origem tão
prosseguimento da investigação, ou sua conversão em inquérito policial. logo ocorra o seu regresso à atividade.
12. Requisições de perícias, representações por ordem judicial para medidas cautelares, interro- 21. As investigações policiais devem substanciar os autos do inquérito policial, utilizando recur-
gatórios e depoimentos, quando necessários ao esclarecimento formal dos fatos investigados, sos técnico-científicos, por meio de procedimentos metodológicos, tornando-o capaz de fomen-
deverão ocorrer no bojo de inquérito policial ou outro procedimento investigativo previsto em lei. tar o conhecimento acadêmico, servindo como fonte de estudos dos fenômenos criminológicos,
com suas causas e consequências.
13. No caso do procedimento policial relativo a direitos individuais indisponíveis, o noticiante
será cientificado da decisão de arquivamento, da qual caberá recurso ao diretor do respectivo 22. As infrações penais atribuídas aos integrantes da Polícia Civil serão apuradas por meio de
departamento, no prazo de 10 (dez) dias. inquérito policial – IP, ou termo circunstanciado de ocorrência – TCO instaurados na Correpol, na
forma do inciso III do art. 23 da LOPC.
14. A cientificação do arquivamento no caso de a VPI ter sido instaurada mediante provocação de
órgão público deverá ser acompanhada do despacho fundamentador do arquivamento.
30. A portaria instauradora deverá conter o número do protocolo do documento base da notícia
do crime, o relato sucinto do fato delituoso, a tipificação ainda que provisória e, quando possível,
a suposta autoria, bem como as diligências de cumprimento imediato.
31. Nas unidades operativas sem protocolo eletrônico, deverá constar na portaria a indicação do
número do ofício ou do documento noticiador da infração.
33. Nos crimes de natureza privada, a vítima, ou seu representante legal, será orientada pela au- 37. O inquérito policial sob segredo de justiça será identificado como tal, apondo-se na capa dos
toridade policial sobre o prazo de que dispõe para formalizar sua pretensão em juízo, na forma autos uma etiqueta contendo a inscrição “SEGREDO DE JUSTIÇA”.
do previsto no art. 103 do Código Penal – CP e no art. 398 do CPP, devendo tal conhecimento
ser devidamente registrado no seu termo de declarações, podendo ser consignado desde o mo- 38. Quando o indiciado estiver preso, será colocada na capa dos autos do inquérito uma etiqueta
mento do registro da certidão de ocorrência policial. com a expressão “INDICIADO PRESO”, que será removida tão logo seja ele libertado.
34. Os conflitos de atribuição, positivo ou negativo, serão dirimidos pelo superior hierárquico 39. O inquérito policial em que um idoso figure como vítima deverá ser assim identificado, para
comum. o fim previsto no inciso I do parágrafo único do art. 3º da Lei nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso,
apondo-se na capa dos autos uma etiqueta contendo a inscrição “ESTATUTO DO IDOSO”.
CAPÍTULO II 40. A capa dos autos do inquérito policial com apenso conterá etiqueta com a expressão “INQUÉ-
DA CAPA RITO COM APENSO”.
35. A capa dos autos do inquérito policial conterá, obrigatoriamente: 41. Os apensos serão constituídos por assunto, com numeração independente dos autos prin-
cipais. Se for necessário mais de um volume para determinado apenso, a sua numeração será
I. O Brasão da Polícia Civil, na forma prevista no Decreto Estadual n°. 19.349/19, na Reso- sequencial.
lução nº 01/2017 do Conselho Nacional de Chefes de Polícia – CONCPC, e na Portaria nº
754/2019, da lavra do Exmo. delegado-geral, e o cabeçalho com a designação “ESTADO 42. A capa de cada novo volume do apenso conterá apenas os dados previstos nos incisos I e II
DA BAHIA”, “SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA” e “POLÍCIA CIVIL DA BAHIA”; do item 35, e o número do volume, devendo ser observado os itens deste manual.
II. O número do inquérito em destaque e a área especializada (indicação do departamento),
quando for o caso; 43. Os autos destinados à apuração das infrações de menor potencial ofensivo definidas em lei
III. O(s) nome(s) do(s) indiciado(s), se conhecido(s), e da(s) vítima(s), além do respectivo en- terão capa específica, de acordo com o previsto no capítulo VII, item 173 deste manual.
quadramento penal;
IV. Os nomes da autoridade policial e do escrivão;
52. A Ordem de Serviço Administrativo – OSA é um documento de natureza administrativa, de 59. Os autos do inquérito policial serão compostos por volumes contendo em média 200 (du-
uso interno da Polícia Civil, de caráter obrigatório para a realização de serviços de apoio adminis- zentas) folhas, aceitando-se pequena variação para mais ou para menos, a depender das últimas
trativo fora da sede de lotação do servidor designado para a execução da tarefa, expedido por peças produzidas ou dos últimos documentos juntados, devendo ser lavrados os respectivos
autoridade competente. termos de encerramento e de abertura.
53. O resultado do cumprimento da OSA deve ser informado por meio de Relatório de Serviço Parágrafo único – No volume inicial dos autos do inquérito policial, a capa será conside-
Administrativo – RSA. rada a folha de nº 1.
54. A OSA e o RSA devem ter regulação própria, diversa deste manual, que versa acerca de atos 60. Cada novo volume terá numeração de folhas sequencial à do anterior, excluindo-se a contra-
de Polícia Judiciária, entretanto, as regras relativas à OM e ao RIC lhes são aplicáveis, no que capa deste e a capa do novo volume.
couber, enquanto não for publicada a normatização pertinente.
61. Os processados de natureza administrativa necessários à instrução do inquérito policial serão
55. As diligências e as providências necessárias à instrução do inquérito policial serão ordenadas apensados aos autos principais, lavrando-se termo próprio.
pela autoridade policial, mediante despachos, visando à formação do conjunto probatório.
Parágrafo único – Se for necessária a continuidade da instrução do processado, o apensa-
Parágrafo único – As informações, os indícios, as circunstâncias e os elementos de prova mento deve ser da sua cópia integral.
serão colhidos pela autoridade policial e pelos investigadores de polícia, que deverão
estar vinculados à apuração e ser expressamente indicados nos autos, no caso destes 62. É vedada a juntada de qualquer objeto aos autos, devendo ser encaminhado para a Central de
últimos se houver a juntada de RIC. Custódia de Prova, prevista no art. 158-E, do CPP, e nela permanecer, conforme previsão do art.
158-F do CPP, observando-se as regras da cadeia de custódia de prova, instituída pelos artigos
56. Os documentos a serem encartados nos autos do inquérito policial deverão ser indicados em 158-A a 158-F, do CPP.
despacho da autoridade policial e no termo de juntada a ser lavrado pelo escrivão.
67. Enquanto os autos do inquérito policial estiverem na Justiça, a autoridade policial poderá 73. O chamamento de pessoas à unidade policial para a prática de atos do inquérito será for-
praticar os atos necessários para a instrução do feito. malizado por meio de mandado de intimação, podendo ser feito também via postal, com aviso
de recebimento – AR, por telefone, fax, Short Message Service (SMS), correio eletrônico (e-mail),
68. As diligências requisitadas na forma do art. 16 do CPP deverão ser cumpridas de imediato ou aplicativo de mensagens instantâneas, redes sociais, ou qualquer outro meio hábil, conforme
no prazo estabelecido. Programa Justiça 4.0 do CNJ, certificando-se nos autos.
69. O advogado poderá assistir a todos os atos do inquérito policial, podendo, inclusive, apre- 74. O mandado de intimação deverá conter:
sentar razões e quesitos, devendo a sua presença ser consignada após a qualificação da pessoa
a ser ouvida, firmando no final o respectivo ato, desde que: I. o nome da autoridade policial que o expedir;
II. o nome, ou alcunha do intimado;
I. devidamente identificado com a apresentação da carteira da Ordem dos Advogados do III. o endereço do intimado, se for conhecido, com indicação de pontos de referência, se houver;
Brasil – OAB;
II. reconhecido pelo investigado como seu defensor, mesmo sem procuração. IV. a unidade policial, o número da ocorrência, do inquérito policial ou do termo circunstan-
ciado, o lugar, o dia e a hora em que o intimado deverá comparecer;
70. Nos autos sujeitos a sigilo, o advogado deverá apresentar procuração a fim de ser credencia- V. a condição do intimado (indiciado, testemunha, declarante ou vítima);
do o seu acesso aos autos, conforme § 10 do art. 7º, da Lei no 8.906/94. VI. a subscrição do escrivão e a assinatura de um servidor policial civil;
VII. a transcrição dos artigos 330 e 331 do CP.
79. Os servidores públicos civis serão intimados por meio de ofício endereçado ao dirigente do 82. A partir das definições dadas pelas Resoluções 341/2020 e 354/2020 do Conselho Nacional
órgão da sua lotação, indicando a condição do intimado, o motivo e a natureza do fato. de Justiça, entende-se por:
I. Quando deixarem de comparecer sem justificativa, serão intimados pessoalmente, dan- I. Videoconferência: comunicação a distância realizada em ambientes de unidades poli-
do-se ciência ao dirigente do órgão. ciais;
II. Os militares serão requisitados por intermédio de ofício, conforme estabelece o § 2º do II. Audiência telepresencial: a audiência realizada a partir de ambiente físico externo às uni-
art. 221 do CPP, devendo a autoridade policial fundamentar o seu pedido na forma da dades policiais.
alínea h) do art. 8º do Código de Processo Penal Militar – CPPM.
83. A participação por videoconferência, via rede mundial de computadores, ocorrerá:
80. Se pessoalmente intimada a testemunha não comparecer, sem motivo justificado, a autorida-
de policial, atentando para o art. 10 da Lei no 13.869/19, deverá representar ao juiz pela expedi- I. Em unidade policial diversa da que preside a audiência;
ção de mandado de condução coercitiva. II. Em estabelecimento prisional.
I. A ausência não justificada do servidor público intimado poderá ensejar a aplicação do 84. A audiência telepresencial será determinada pela autoridade policial, por requerimento das
quanto dispõe o § 3º do art. 221 do CPP. partes, se conveniente e viável, ou, por ofício, nos casos do art. 220 do CPP, por questões de ur-
II. O mandado de condução coercitiva não autoriza o ingresso em domicílio ou qualquer gências, ou indisponibilidade temporária da unidade policial, calamidade pública ou força maior.
outro local que exija prévia expedição de mandado judicial.
III. Havendo expedição e execução do mandado de condução coercitiva de testemunha, de- 85. As inquirições serão formalizadas por meio de:
verá a autoridade policial adotar as medidas pertinentes à apuração do crime previsto no
art. 330 do CP.
I. No caso de estrangeiro não residente no Brasil e não originário de país de língua por- 91. Nos depoimentos serão reproduzidas, sempre que possível, as expressões empregadas pe-
tuguesa, a autoridade policial atentará para a conveniência da nomeação de intérprete, las testemunhas.
mesmo que ele, o alienígena, alegue conhecer o idioma nacional.
SEÇÃO V 98. No termo de acareação, deverá a autoridade policial reproduzir os pontos divergentes dos
DO RECONHECIMENTO E DA ACAREAÇÃO depoimentos, das declarações e do(s) interrogatório(s).
96. No reconhecimento de pessoas ou coisas, serão imperiosamente observados os requisitos 99. A autoridade policial não deverá se satisfazer com a simples ratificação dos depoimentos,
contemplados nos artigos 226 a 228 do CPP. declarações ou interrogatório(s), mas procurar esclarecer, pela perquirição insistente e pelas rea-
ções emotivas dos acareados, qual deles falta com a verdade.
I. Para o regular indiciamento, a prova obtida por meio do auto de reconhecimento deve
estar em consonância com outras provas produzidas nos autos, como forma de robuste-
cer o lastro probatório do inquérito policial, e de se evitar a nulidade da instrução penal, SEÇÃO VI
baseada exclusivamente neste meio de prova. DA BUSCA DOMICILIAR OU PESSOAL
II. Sempre que possível, o registro do reconhecimento será feito pelos meios ou recursos
de gravação audiovisual disponíveis, a fim de obter maior fidelidade da sua realização e 100. A busca domiciliar será feita mediante mandado judicial, precedida de investigação sobre
constatação da sua regularidade. o morador do local onde será realizada, visando colher elementos sobre sua pessoa (atividades,
III. A gravação audiovisual não dispensará a lavratura do auto de reconhecimento, servindo periculosidade e contatos), sempre que possível com a presença da autoridade policial e de tes-
como um meio adicional de prova da regularidade com que o reconhecimento fora pro- temunhas que não sejam policiais, observando-se as regras estabelecidas nos artigos 240 a 250
cessado, e como o reconhecedor se comportou. do CPP.
IV. Em todo caso, deverão ser anexadas ao auto de reconhecimento fotografias de todas
as pessoas submetidas ao reconhecimento, conforme previsão do art. 226, II, do CPP, I. É obrigatória a leitura do mandado antes do início da busca. Em caso de circunstância que
indicando qual a fotografia da pessoa eventualmente reconhecida, contida em banco de impossibilite a leitura, esta ocorrerá tão logo a situação esteja sob o controle dos policiais.
dados oficial da Polícia Civil, sob administração da área de inteligência policial. II. Se o mandado de busca tiver de ser cumprido em endereço de integrante da Polícia Mili-
tar – PM, do Corpo de Bombeiros Militares – BM ou do Departamento de Polícia Técnica –
105. Ocorrendo entrada forçada em virtude da ausência dos moradores, os executores adotarão 111. Quando se tratar de exame de local, a autoridade policial providenciará de imediato o isola-
medidas para que o imóvel seja fechado e lacrado após a realização da busca, que será assistida mento da área onde houver sido praticada a infração penal, objetivando a preservação do estado
por duas testemunhas que não sejam policiais. das coisas até a chegada dos peritos, em cumprimento aos artigos 158-B, II, 158-C, e 169 do CPP.
106. Após a realização da busca, mesmo quando resultar negativa, será lavrado auto circunstancia- 112. Em situações de flagrância ou de comprovada urgência, a requisição de w poderá ser feita
do, assinado por duas testemunhas presenciais, conforme modelo contido no anexo deste manual. oralmente e formalizada posteriormente.
I. Os exames periciais devem ser realizados com a máxima celeridade, atentando-se para o 118-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
prazo de conclusão do inquérito policial. manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de
II. No caso de indiciado preso, a perícia há de ser realizada com prioridade, devendo cons- crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte, con-
tar esta observação na guia. forme o art. 158-A, caput, do Código de Processo Penal.
III. Para a elaboração do laudo pericial, deve ser observado o disposto no parágrafo único do I - O início da cadeia de custódia ocorrerá com o ato de distinguir um elemento como de
art. 160 do CPP. potencial interesse para a produção da prova pericial.
IV. As transcrições fonográficas – quando não houver questionamentos sobre a autenticidade, II - O isolamento é o ato de evitar que se altere o estado das coisas.
identificação do locutor ou não caracterizarem a materialização do delito – serão realizadas, III - A preservação é a conservação do local de crime, durante o período de tempo necessário,
sempre que possível, por servidores policiais, que serão designados pelo presidente do para o trabalho dos peritos, cuja conservação ficará sob responsabilidade do agente pú-
feito mediante a elaboração de respectivo termo, sem prejuízo de eventual exame pericial. blico que o reconhecer como elemento de potencial interesse para a produção da prova
V. No caso de apurações que tenham como vítima criança ou idoso, a perícia deverá ser pericial.
realizada com prioridade, devendo constar esta observação na guia. IV - A coleta dos vestígios, preferencialmente, deve ser feita pelos peritos oficiais.
V - Na hipótese de diligência policial, prisão em flagrante ou impossibilidade de realização
114. Na impossibilidade de realização do exame de corpo de delito, a prova testemunhal deve da perícia de local de crime, a coleta do vestígio deverá ser realizada pelo agente públi-
suprir a sua falta, de acordo com os artigos 158 e 167 do CPP. co que reconhecer o vestígio como elemento de potencial interesse para a produção da
115. A coleta dos vestígios a serem examinados será realizada, preferencialmente, pelo perito, prova pericial.
sendo facultado à autoridade policial, acaso entenda necessário, solicitar aos peritos orientação
ou auxílio na coleta do material, assim como para a correta formulação de quesitos. 118-B. Compõem a cadeia de custódia as etapas de reconhecimento, isolamento, fixação, coleta,
acondicionamento, transporte, recebimento, processamento, armazenamento e descarte, defini-
116. É proibido o serviço de entrega por malote para o transporte de substância tóxica e/ou das nos incisos I a X do w58-B do Código de Processo Penal.
entorpecente, material explosivo ou perigoso, armas, munições e acessórios, valores e coisas
perecíveis, deterioráveis, inflamáveis e nauseantes que devam ser submetidas a exame pericial. I - As etapas da cadeia de custódia são distribuídas nas seguintes fases:
a - fase externa, que compreende os atos de reconhecimento, isolamento e da pre-
117. Ao requisitar o exame pericial, a autoridade policial determinará o encaminhamento das peças servação do local do crime ou apreensão dos elementos de prova que dão início à
a serem examinadas, prosseguindo-se nos demais atos e observando-se o item 62 deste manual. cadeia de custódia até o recebimento do vestígio no órgão pericial responsável pela
realização do exame;
118. A nomeação de perito não oficial será procedida nos termos previstos nos parágrafos 1º e b - fase interna, que compreende os atos desde a entrada do vestígio no órgão pe-
2º do art. 159 do CPP. ricial até seu descarte.
118-D. Ao encontrar um local de crime a PCBA deverá observar os procedimentos de isolamento 119. A carta precatória, visando à inquirição de indiciado, vítima ou testemunha e a realização
e preservação de local, além de atentar para a conservação dos vestígios, do processo de cadeia de diligência, será expedida em forma de ofício, devendo ser transmitida por meio eletrônico,
de custódia e aguardar a chegada da perícia. comprovado o recebimento pela autoridade deprecada.
118-E. Logo após apreender o vestígio, a PCBA procederá da seguinte forma: 120. Cabe à autoridade policial deprecante explicar brevemente o objeto da sua investigação
e formular as perguntas a serem feitas e fornecer, na medida do possível, o máximo de dados
I – Para a remessa e encaminhamento ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), os vestígios pessoais, profissionais e referenciais indispensáveis à identificação e à localização da pessoa a
deverão ser acondicionados em embalagens e lacres próprios, conforme padrão acolhi- ser ouvida, além de informações do que se pretende na oitiva, observados os seguintes proce-
do no âmbito do órgãos do Sistema Estadual de Segurança Pública; dimentos:
II – deverão ser acondicionados em embalagens diferentes os objetos e materiais diversos e
aqueles encontrados em ambientes distintos; I. A numeração das folhas da carta precatória será feita no canto inferior direito, quando do
III – os bens apreendidos que não apresentem interesse para a produção da prova pericial, na procedimento físico, sem uso de carimbo, para não prejudicar a numeração dos autos do
forma do § 1º do art. 4º desta portaria, não deverão ser acondicionados nas embalagens inquérito policial quando da sua juntada.
destinadas aos vestígios de interesse probatório; II. A expedição da carta precatória será sempre através do Sistema Eletrônico de Informa-
IV – é vedado romper os lacres das embalagens se não houver justificada necessidade de ções – SEI, podendo, excepcionalmente, ser encaminhada através de e-mail institucional
conferência. Caso seja imprescindível o rompimento do lacre, luvas deverão ser utilizadas ou qualquer outro meio idôneo, que possibilite a confirmação de recebimento pela auto-
e o registro do procedimento lançado no MOP ou na FAV,no impedimento do uso da ridade policial deprecada.
ferramenta. III. A carta precatória oriunda de outros estados da Federação deverá ser sempre encami-
nhada para a Polinter, para ciência e controle, antes de ser conhecida pela autoridade
policial, na unidade deprecada.
§ 1º No caso do envio da carta precatória por meio eletrônico, seja através do SEI ou mesmo 121. As interceptações telefônica, telemática e de imagem para prova em investigação criminal,
através de e-mail institucional, os documentos produzidos pela autoridade policial depre- na forma da Lei nº 9.296/96, dependerão de decisão judicial e correrão em autos apartados, não
cada deverão ser todos autenticados, através de assinatura, e, após serem digitalizados, na devendo constar nos autos principais, em virtude da exigência legal de sigilo.
ordem cronológica dos acontecimentos, deverão ser encaminhados, em sede de retorno,
para o delegado deprecante. 122. A representação por qualquer das interceptações acima citadas deverá conter a demons-
tração de que sua realização é necessária à apuração da infração penal investigada, devendo a
§ 2º Cabe ao delegado deprecante encaminhar para a autoridade policial deprecada cópia autoridade policial:
do boletim de ocorrência, cópia da Portaria de instauração de procedimento investigatório,
além de qualquer outro documento produzido durante a investigação, que auxilie a com- I. descrever com clareza a situação objeto da investigação;
preensão do objeto da carta precatória. II.apresentar a qualificação dos investigados ou justificar a impossibilidade de fazê-lo;
III.
indicar os meios a serem empregados;
§ 3º Cabe à autoridade policial deprecante formular as perguntas a serem feitas à vítima, tes- IV.instruir a representação com as cópias das peças dos autos do inquérito policial que en-
temunha ou interrogado, da forma mais objetiva e clara possível, a fim de evitar a repetição tender necessárias à comprovação da necessidade da medida;
do ato, assim como também fornecer a maior quantidade de informações possíveis à pessoa V. indicar a impossibilidade de produção da prova por outros meios disponíveis.
a ser ouvida em termo próprio, no que diz respeito aos seus dados pessoais, dados profis-
sionais, além de informações atualizadas a respeito de seu endereço ou local onde possa ser Parágrafo único – Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da
encontrada, isto, para efeito de intimação. interceptação ao juiz, na forma de relatório técnico ou de autocircunstanciado, que deverá
conter o resumo das operações realizadas.
§ 4º Quando o Delegado de Polícia deprecante solicitar da Autoridade Policial deprecadaa 123. As interceptações requeridas pelas unidades policiais serão operacionalizadas pelo Depar-
realização de busca e apreensão de bens deverá acostar à carta precatória a respectiva or- tamento de Inteligência da Polícia Civil, podendo ser utilizada a estrutura do sistema de inteligên-
dem judicial. cia existente, por meio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública
– SI/SSP/BA.
§ 5º Na impossibilidade de cumprimento da diligência deprecada, a autoridade policial de-
verá devolver a carta no menor prazo possível, indicando as razões do não atendimento. 124. O ofício expedido ao DIP será acompanhado dos seguintes documentos:
§ 6º Qualquer omissão no procedimento deverá ser suprida de forma complementar pelo I. representação da autoridade policial;
Código de Processo Penal. II. decisão judicial;
III. alvarás ou ofícios;
IV. cópia autenticada, pelo escrivão de polícia, do ofício encaminhado ao Ministério Público,
conforme o art. 6º da Lei nº. 9.296/96, com o devido recibo.
142. Quando no curso da investigação houver indícios da prática de crime imputado a magistra- 148. Os desmembramentos e junções de inquéritos policiais já aforados dependerão de anuên-
do ou a membro do Ministério Público, a autoridade policial, mediante despacho fundamentado, cia do juiz competente.
remeterá imediatamente os autos ao tribunal competente ou ao procurador-geral de Justiça,
para as providências de sua competência. 149. Os pedidos de informações de habeas corpus e de mandados de segurança serão atendi-
dos, com a devida celeridade, pelo presidente do inquérito.
143. Quando no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por Parágrafo único – Na ausência da autoridade coatora e não tendo havido redistribuição do
membro da Defensoria Pública do Estado, a autoridade policial comunicará imediatamente o inquérito, caberá ao superior imediato prover as informações.
fato ao defensor público-geral, que designará membro da Defensoria Pública para acompanhar
a apuração de forma sigilosa, conforme dispõe o art. 64, parágrafo único, inciso XII da Lei Com- 150. Surgindo, em qualquer fase do inquérito, dúvidas quanto à higidez mental do indiciado, a
plementar Estadual nº 6, de 1997. autoridade policial representará ao juiz competente no sentido de submetê-lo a exame médico-
-legal, consoante o disposto nos artigos 149, § 1º e 150 do Código de Processo Penal.
144. Quando do extravio ou destruição dos autos originais de inquérito policial, será feita a res-
tauração, aplicando-se, no que couber, o disposto nos artigos 541 e seguintes do Código de
Processo Penal. CAPÍTULO VI
DA PRISÃO EM FLAGRANTE
145. Quando o delegado titular verificar a ocorrência de irregularidade na condução do inquérito
policial, comunicará à autoridade superior, para fins de avocação, na forma do VI do art. 19 da LOPC. 151. Ocorrendo apresentação de condução em flagrante, o conduzido será imediatamente apre-
sentado à autoridade policial, que decidirá sobre a autuação do conduzido, mediante despacho
fundamentado, observando o quanto estabelecido nos artigos 302 e ss do CPP.
§ 1º Em qualquer caso, o delegado-geral poderá avocar autos de inquérito, desde que mo-
tivadamente.
152. Entendendo haver fundada suspeita contra o conduzido, e decidindo pela sua autuação, a au-
toridade policial ouvirá o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do
§ 2º Tratando-se de avocação motivada por irregularidades, a autoridade a que se refere o §
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acom-
1º deste artigo encaminhará à Corregedoria cópia do respectivo auto para medidas discipli-
panharem, a vítima, se houver, e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
nares cabíveis.
colhendo, após cada oitiva, suas respectivas assinaturas, lavrando a autoridade, ao final, o auto.
Parágrafo único – Para efeito de controle, a capa anterior será mantida no procedimento.
153. Na lavratura do auto de prisão em flagrante, o conduzido somente será qualificado no mo- 158. Não havendo a presença física de delegado de Polícia Civil de plantão na uni-
mento de seu interrogatório, após o depoimento da última testemunha do respectivo auto. dade policial onde a ocorrência foi apresentada, e considerando que a comunica-
ção a distância realizada entre ambientes de unidades policiais e estabelecimentos
154. Antes de iniciar o interrogatório, a autoridade policial cientificará o preso de seus direitos prisionais é autorizada e regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça, pelas reso-
e garantias constitucionais, inclusive o de permanecer calado e o de indicar a quem deverá ser luções nº 341/2020 e 354/2020, a lavratura do auto de prisão em flagrante pode ocor-
comunicada a sua prisão, o que deve constar no termo de interrogatório. rer por meio de videoconferência, seguindo as especificações da seção III deste manual.
155. Quando o conduzido não estiver em condições físicas ou psíquicas de ser prontamente in-
terrogado, a autoridade policial adotará uma das seguintes medidas: 159. Na hipótese da lavratura de auto de prisão em flagrante por meio de videoconferência, este
será instruído, também, com o despacho justificador, de acordo com modelo constante no anexo
I. Lavrar o auto, ouvindo o condutor e as testemunhas, aguardando a recuperação do con- I deste manual.
duzido para interrogá-lo no prazo de até 24 horas, quando possível, atentando-se para o
estabelecido no caput e no parágrafo único do art. 306 do CPP; 160. Em todos os casos de prisão, a autoridade policial deverá adotar as medidas necessárias à
II. Concluir o auto sem ouvir o preso, que, neste caso, será apenas qualificado, devendo a preservação da integridade física e moral do preso, em estrita observância aos direitos e garan-
impossibilidade de seu interrogatório ser consignada nos autos. tias fundamentais previstos no art. 5º da CF e às prescrições do inciso IX do art. 4º da Constituição
do Estado da Bahia e da Lei nº. 9.455/97, que define o crime de tortura.
156. Na hipótese do inciso II do 155, a autoridade policial ouvirá o conduzido posteriormente, em
auto de qualificação e interrogatório, na presença de testemunhas. I. Acaso entenda necessário, a autoridade policial poderá transferir o preso para local mais
adequado (seguro), podendo, inclusive, autuá-lo em outra circunscrição, comunicando a
157. Durante a lavratura do auto de prisão em flagrante o preso poderá ser devidamente escol- providência ao juiz competente, ao Ministério Público, ao advogado constituído, se hou-
tado pelos policiais designados pela autoridade policial. ver, ou à defensoria pública, e à família ou pessoa indicada pelo autuado.
II. O preso será sempre submetido a exame de lesões corporais para verificação das suas
I. Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, a autoridade policial expedirá ao preso condições físicas, antes de seu ingresso na área de custódia.
a nota de culpa, conforme o § 2º do art. 306 do CPP. III. O preso manterá o seu direito a imagem, consoante o disposto no art. 5º, inciso XXVIII
II. A nota de culpa será expedida em 2 (duas) vias, sendo uma entregue ao preso e a outra da Constituição Federal, bem como não poderá ser exposto à curiosidade pública, ou
juntada aos autos do respectivo inquérito policial. submetido a situação vexatória, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
III. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamen- capacidade de resistência, conforme art. 13, I e II da Lei nº 13.869/19.
te ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indi-
cada e, quando couber, à Defensoria Pública, na forma do que dispõe o art. 306 do CPP. 161. Em caso de prisão de advogado por crime inafiançável, por motivo relacionado ao exercício
da profissão, observar-se-á o previsto no inciso IV do art. 7º da Lei nº. 8.906/94, que dispõe sobre
165. Em se tratando de crime afiançável, não haverá prisão ou autuação; apenas será feita a I. Os membros de uma repartição consular poderão ser chamados a depor como testemu-
respectiva comunicação do fato ao tribunal ou ao procurador-geral, ao Tribunal de Justiça, ao nhas no decorrer de um processo judiciário ou administrativo.
Ministério Público e à Defensoria Pública.
CAPÍTULO VII 179. Os autos do TCO ficarão sob a guarda do escrivão do feito.
DAS INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
180. Nos casos de delitos de ação penal pública condicionada à representação do ofendido, o
174. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os TCO não será lavrado sem essa condição de procedibilidade conforme disposto no artigo 88 da
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa, Lei nº 9.099/95.
conforme o disposto no art. 61 da Lei nº 9.099/95, excetuados os crimes praticados com violên-
cia doméstica e familiar contra a mulher, na forma dos artigos 5º e 7º da Lei nº 11.340/2006, por 181. Nas hipóteses de condução em flagrante de delitos de menor potencial ofensivo, sempre se
expressa proibição do seu art. 41. colherão as declarações do condutor, e em caso de o autor do fato ser imediatamente encami-
nhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não lhe será imposta a prisão
175. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência de infração penal de menor nem lhe será exigida fiança, nos termos do art. 69 § único da Lei no 9.099/95.
potencial ofensivo providenciará a lavratura do termo circunstanciado de ocorrência – TCO, na
196. Apesar da geração automática de livro de controle pelo próprio Sinesp PPE, é facultado à
197. O Livro de Registro de Inquérito Policial deve conter, obrigatoriamente: nº do inquérito;
unidade policial manter livros físicos de controle interno de registros com números sequenciais
data de instauração; data do registro; espécie; infração penal; autor(es); vítima(s) com qualifi-
da unidade referente a procedimentos (VPI, IP, APF, TCO, BOC, AIAI, AAFAI), com equivalência
respectiva aos números de controle dos procedimentos gerados no Sinesp PPE, sendo estes o cação; local do fato; data do fato; nº do boletim de ocorrência; data do boletim de ocorrência;
controle oficial nos diversos expedientes aos órgãos do Judiciário. data do fato; condução; delegado de polícia e escrivão de polícia; data de remessa(s); data de
retorno(s).
§ 1º São livros cartorários físicos de uso facultativo, referentes a procedimentos policiais:
198. O Livro de Registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência deve conter obrigatoriamen-
I. Livro de Registro de Inquérito Policial, destinado ao registro de autos de inquéritos poli- te: número do TCO; data de lavratura; data do registro; infração penal; autor(es) e vítimas(s), com
ciais instaurados na unidade; qualificação; local do fato; data do fato; número do boletim de ocorrência; delegado de polícia;
II. Livro de Registro de Termo Circunstanciado de Ocorrência, destinado ao registro de au- escrivão de polícia; data de remessa(s) e data de retorno(s).
tos de infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da Lei nº 9.099/95;
III. Livro de Registro de Ato Infracional praticado por criança e/ou adolescente, destinado ao 199. O Livro de Ato Infracional deve conter, obrigatoriamente: número do registro; data de lavra-
registro de autos envolvendo crianças e adolescentes em conflito com a lei; tura; data do registro; infração penal; autor(es) e vítimas(s), com qualificação; local do fato; data
IV. Livro de Registro de Laudos de Exames Médico-Legal;
do fato; nº do boletim de ocorrência; delegado de polícia; escrivão de polícia; data de remessa(s)
V. Livro de Registro de Laudos de Perícias Outras;
e data de retorno(s);
VI. Livro de Verificação Preliminar de Investigação – VPI;
201. O Livro de Registro de Laudos Periciais deve conter número do laudo, número da ocor- 211. As capas dos livros cartorários deverão conter identificação da unidade policial, a destina-
rência policial e/ou ofício, infração penal, local do fato, partes envolvidas, número do inquérito ção do livro, data de início e de encerramento.
policial e/ou TCO e/ou ato infracional, número do processo e da vara criminal.
212. No anexo I desta instrução, constam modelos obrigatórios das capas dos Livros Cartorários
202. O Livro Interno de Recebimento e Distribuição de expedientes diversos deve conter, obriga- e dos Termos de Abertura e de Encerramento.
toriamente: data do recebimento, origem, descrição do fato, observação.
213. O cartório de cada unidade policial terá, obrigatoriamente, pastas físicas ou eletrônicas des-
203. O Livro Externo de Recebimento e Distribuição de expedientes diversos deve conter, obri- tinadas ao arquivo de instruções normativas, portarias, ofícios, memorandos e demais expedien-
gatoriamente: data do recebimento, origem, descrição do fato, observação. tes provenientes da administração superior da Polícia Civil; de inventário patrimonial da unidade;
de registro das informações dos servidores da unidade; de controle de afastamentos legais dos
204. O Livro de Remessa de Inquéritos Policiais deve conter, obrigatoriamente: autor(es), víti- servidores da unidade; de escalas de serviço; de dossiês dos inquéritos e demais procedimentos
ma(s), infração penal, delegado de polícia, data(s) da(s) remessa(s), data(s) do(s) retorno(s). de Polícia Judiciária, registrados na unidade.
205. O Livro de Remessa de Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO e o Livro de Remessa 214. As pastas poderão ser substituídas por sistema informatizado de registro ou arquivo digital,
de Atos Infracionais devem conter, obrigatoriamente: autor(es), vítima(s), infração penal, delega- mediante autorização do delegado-geral, desde que assegurada sua inviolabilidade e imutabili-
do de polícia, data de remessa. dade dos assentamentos;
206. Os livros cartorários obrigatórios deverão conter folhas tipograficamente numeradas, de- SEÇÃO I
vendo o coordenador do cartório da unidade lavrar Termos de Abertura e Encerramento (anexo APREENSÃO DE BENS
I), na contracapa e folha final, respectivamente. Na impossibilidade ou falta de livros com folhas ti-
pograficamente numeradas, o coordenador de cartório deverá numerar e rubricar todas as folhas. 215. Nos cartórios das unidades policiais haverá depósito e armário com chave privativa para
guarda provisória das coisas apreendidas, observado o previsto no processo de “cadeia de cus-
207. O Termo de Encerramento será lavrado somente após o integral preenchimento do livro, o tódia de evidências”.
que ser feito de forma contínua até sua finalização.
216. As coisas apreendidas e recolhidas, até remessa ao órgão competente, ficarão sob a intei-
208. A guarda e atualização dos livros são de responsabilidade do coordenador de cartório, po- ra responsabilidade do coordenador de cartório ou, na falta deste, de servidor expressamente
dendo a escrituração ser efetuada por servidor do cartório, sob sua supervisão. designado pela autoridade policial, o que deverá ser feito mediante lavratura de ocorrência em
livro administrativo (físico ou eletrônico), a qual deverá ser encaminhada à chefia imediata, con-
forme art. 51, III, da Lei Estadual nº 11.370/2009, a Lei Orgânica da Polícia Civil – LOPC.
209. Na ausência de coordenador de cartório na unidade, a atribuição prevista no artigo anterior
recairá, obrigatoriamente, por outro escrivão em substituição formal.
222. Realizada a perícia, o delegado providenciará a remessa das coisas apreendidas ao órgão 229. Havendo apreensão fora do horário administrativo, a responsabilidade das coisas apreendi-
competente, juntando ao procedimento policial o comprovante da remessa. das será do coordenador de plantão, com base no art. 52, XII, da LOPC, que as receberá por meio
de guia de remessa, ou, na falta deste, de servidor expressamente designado pela autoridade
223. Quando cabível, a restituição de coisas apreendidas será feita mediante termo próprio, ob- policial, o que deverá ser feito mediante lavratura de ocorrência em livro administrativo, a qual
servando-se o disposto no art. 120 e parágrafos do Decreto-Lei nº 3.689/1941, o Código de Pro- deverá ser encaminhada à chefia imediata.
cesso Penal – CPP.
SEÇÃO II
224. O termo de restituição deverá conter a descrição completa do bem que se está restituindo, DROGAS E BEM APREENDIDO NA REPRESSÃO AO TRÁFICO DE DROGAS
bem como a data, local e qualificação da pessoa a quem se faz a restituição, e ainda a indicação
do procedimento policial a que se refira. 230. Na apreensão e incineração de drogas, deverá ser observado o disposto na Lei Federal nº
11.343/2006 e os procedimentos de preservação da “cadeia de custódia” da prova.
225. Não se evidenciando a infração penal e, como consequência, não havendo indiciamen-
to, ou nas hipóteses em que não for conhecida a vítima ou proprietário, os bens e valores 231. No caso de bens relacionados com o tráfico ilícito e uso indevido de drogas, a autoridade
apreendidos ou arrecadados deverão ser guardados provisoriamente no depósito de cada policial adotará as providências estabelecidas no art. 62 da Lei Federal nº. 11.343/2006 e rea-
delegacia, com etiquetas contendo identificação do procedimento policial a que se referem, lizará o acionamento obrigatório da Comissão Permanente de Avaliação e Alienação de Bens
aguardando as possíveis vítimas ou proprietários e os trâmites relacionados à “cadeia de cus- da PCBA.
tódia”, quando for o caso.
SEÇÃO V
233. Os valores apreendidos em moeda nacional deverão ser depositados em conta do Estado
VEÍCULOS
e os apreendidos em moedas estrangeiras somente serão depositados após a conversão em
moeda nacional, ao Fundo Especial de Aperfeiçoamento dos Serviços Policiais – Feaspol ou Guia
236. Somente poderá ser veículo apreendido em procedimento policial e depositado em uni-
de Depósito Judicial – DAJ, juntando-se o comprovante de recolhimento ao inquérito policial. No
dades da Polícia Civil até remessa ao DPT, veículo que seja produto ou instrumento de crime,
cumprimento dos mandados de busca e apreensão, se forem apreendidos valores em moedas
conforme Lei Estadual nº 13.352/2015, observadas as regras de “cadeia de custódia”.
estrangeiras, seguir o seguinte trâmite:
237. Após a sua apreensão, o veículo deve ser apresentado ao juízo e ficar depositado na uni-
Oficiar o Banco Central, na pessoa do gerente técnico regional do Departamento de Meio Cir-
dade policial até sua entrega ao DPT, devendo ser analisada a regra de “cadeia de custódia”,
culante do Banco Central do Brasil – Bahia, localizado na 1ª Avenida localizada no Centro Admi-
observada a conformidade do art. 11 do CPP.
nistrativo da Bahia, 160, Salvador (BA), CEP 41.745-001, Telefone: (71) 2109-4500, e-mail gtsal.
mecir@bcb.gov.br,solicitando o depósito judicial dos valores apreendidos em moeda estrangei-
I. Após a sua apreensão, o veículo será encaminhado ao ICAP, onde será periciado, logo
ra, especificando valor total, bem como o fracionamento por cédulas. Por fim, informar que os
em seguida retirado do ICAP pela respectiva unidade requisitante, encaminhado ao pá-
valores apreendidos estão sendo entregues ao Banco Central do Brasil pela autoridade policial
tio credenciado e formalizada representação ao juiz para verificação da possibilidade de
presidente do inquérito policial, no ato como representante da Polícia Civil da Bahia, CNPJ n°
alienação antecipada, pelo Departamento Estadual de Trânsito – Detran.
33390921/0001-67, para que tal numerário em moeda estrangeira, em espécie, seja encaminha-
do para a condigna custódia em juízo, com respectivo termo, com fulcro na Resolução do Banco
238. Na hipótese do juízo competente recusar o recebimento do veículo, a autoridade policial
Central nº 428, em especial ao artigo 1º, IV.
deverá representar judicialmente pela alienação antecipada, juntamente com o pedido de au-
torização para que o bem seja leiloado pelo Departamento Estadual de Trânsito – Detran, com
SEÇÃO IV o valor arrecadado depositado à disposição do juízo que autorizou a alienação antecipada do
ARMAS DE FOGO bem, observados os seguintes procedimentos:
246. Quando da apreensão de explosivos, observar-se-ão as regras da Norma Reguladora – NR 248. Quando da apresentação de indivíduos nas unidades operativas da Polícia Civil, o delegado
nº 19, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e a CORE deverá ser acionada para de polícia que primeiro tomar conhecimento da ocorrência deverá proceder a identificação civil
fazer o imediato transporte. dos envolvidos.
I. Considera-se explosivo material ou substância que, quando iniciada, sofre decomposição I. Quando a identificação civil dos envolvidos não se mostrar capaz ou suficiente para esse
muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimen- fim, deverá solicitar a identificação criminal, de acordo com as regras apostas na Lei nº
to súbito de pressão. 12.037, de 1º de outubro de 2009.
II. As ocorrências que envolvam explosivos e outros materiais de uso controlado devem ser II. Após a identificação dos envolvidos na ocorrência policial apresentada, o delegado de
informadas, por meio de comunicação eletrônica, à Coordenação de Produtos Controla- polícia deverá determinar aos investigadores de Polícia Civil a realização de consulta aos
dos da Polícia Civil – CFPC, esclarecendo a destinação dada ao material ou substância. seguintes bancos de dados oficiais acerca da existência de mandados de prisão em seu
desfavor:
a) Portal SSP/BA: https://www.portalssp.ba.gov.br;
SEÇÃO IX b) SINESP PPE: https://seguranca.sinesp.gov.br/sinesp-seguranca/login.jsf;
JOIAS c) BNMP2 – Banco Nacional de Mandados de Prisão: https://portalbnmp.cnj.jus.br;
d) INFOSEG: http://seguranca.sinesp.gov.br;
247. Em caso de apreensão de joias, deverá ser representada ao juízo a nomeação de fiel depo- e) ESAJ/TJBA: http://esaj.tjba.jus.br;
sitário, com indicação preferencial da Caixa Econômica Federal – CEF. f) SEEU – Sistema Eletrônico de Execução Unificado: http://seeu.pje.jus.br;
g) SAIPRO/TJBA: http://www2.tjba.jus.br;
I. Diante da impossibilidade de guarda segura do bem ou indicação de fiel depositário, a h) PJE/TJBA: https://pje.tjba.jus.br.
autoridade policial poderá solicitar a determinação judicial de alienação antecipada ou
que sejam judicialmente declarados perdidos em favor do Estado, indicando que sejam 249. Restando dúvidas, suspeitas de qualquer natureza ou necessidade de confirmação e auten-
os valores recolhidos em favor do Feaspol. ticidade em relação a mandados de prisão em desfavor dos apresentados na ocorrência policial,
II. Nos casos em que o bem estiver relacionado ao tráfico ilícito e uso indevido de drogas, o delegado de polícia deverá, por cautela, solicitar informações à Coordenação de Polícia Inte-
a autoridade policial adotará as providências estabelecidas no art. 62 da Lei Federal nº restadual – Polinter, mediante pedido de pesquisa.
11.343/2006, devendo ser acionada através do endereço eletrônico cpaab.pcba@pcivil.
ba.gov.br, a Comissão Permanente de Avaliação e Alienação de Bens – CPPAB, criada I. A formalização de pedido de pesquisa à Polinter acerca da existência e/ou validade de
através da Portaria nº 272/2020, da PCBA, visando ao procedimento de leilão, por aliena- mandados de prisão deverá ser, prioritariamente, solicitada pela autoridade policial, ou
ção antecipada ou judicialmente declarados perdidos, em favor da União/Fundo Nacional outro servidor policial por ela designado, por ofício/formulário próprio, enviado para o
Antidrogas – Funad. e-mail: polinter.cartorio@pcivil.ba.gov.br, contendo:
a) nome, lotação e matrícula da autoridade policial;
b) dados do pesquisado (nome completo, RG, filiação, nascimento, naturalidade).
259. A negociação dos termos de colaboração deverá ser feita entre o delegado de polícia, o 264. Ao final da confirmação da colaboração, o delegado de polícia poderá pedir a ampliação
colaborador, com a orientação, em todos os casos, do defensor por este constituído. ou a redução dos benefícios inicialmente solicitados, a depender da eficácia final da colabora-
ção prestada.
260. No termo circunstanciado de colaboração premiada, a ser lavrado pelo escrivão de polícia,
deverá conter: Parágrafo único – Em todo caso, qualquer alteração do acordo a pedido do delegado de polí-
cia será precedida de comunicação ao defensor do colaborador e a sua prévia defesa formal,
a) relato esmiuçado da colaboração dada e os resultados pretendidos em relação à obten- nos prazos estipulados pelo delegado de polícia.
ção probatória;
b) a proposta dos prêmios negociais dada pelo delegado de polícia;
c) a declaração expressa de aceite do colaborador subscrita por seu defensor;
d) a renúncia do direito ao silêncio expressa pelo colaborador junto a anuência do defensor
presente no ato;
283. O adolescente apreendido por prática de ato infracional, em caso de não liberação, será I. A criança e o adolescente são sujeitos de direito e pessoas em condição peculiar de de-
encaminhado desde logo para o Ministério Público. senvolvimento e gozam de proteção integral, quando os seus direitos forem violados ou
ameaçados;
284. Em caso de permanência do adolescente em unidade policial não especializada, este deve- II. A criança e o adolescente têm o direito de ter seus melhores interesses avaliados e consi-
rá ser colocado em dependência separada dos demais custodiados, não podendo permanecer derados nas ações ou nas decisões que lhe dizem respeito, resguardada a sua integrida-
por mais de cinco dias sob pena de responsabilidade, conforme estabelecido no artigo 185, § 2º, de física e psicológica;
c/c o artigo 235 do Estatuto da Criança e do Adolescente. III. Em relação às medidas adotadas pela Polícia Civil a criança e o adolescente têm preferên-
cia:
Parágrafo Único – As terminologias a serem utilizadas estão estabelecidas no Estatuto da a) em receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
Criança e do Adolescente, como: criança/adolescente, ato infracional, adolescente em práti- b) em receber atendimento em serviços públicos ou de relevância pública;
ca de ato infracional, assim como as siglas a serem utilizadas para os procedimentos policiais c) na formulação e na execução das políticas sociais públicas; e
referentes a adolescente em prática de ato infracional devem ser AAFAI (Auto de Apreensão d) na destinação privilegiada de recursos públicos para a proteção de seus direitos.
em Flagrante de Ato Infracional), Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI) e BOC (Bole- IV. A criança e o adolescente devem receber intervenção precoce, mínima e urgente das
tim de Ocorrência Circunstanciada). autoridades competentes tão logo a situação de perigo seja conhecida;
299. Em casos de ocorrência de problemas técnicos impeditivos ou de bloqueios emocionais 304. Poderá incorrer em violência institucional permitir que o depoimento especial seja assistido
que impeçam a conclusão da oitiva, ela deverá ser reagendada, respeitadas as particularidades por pessoa estranha ao inquérito policial, ou reproduzido, devendo ser garantido o respeito à
da criança ou do adolescente. dignidade da vítima.
300. É permitido o compartilhamento de informações referentes à criança e ao adolescente com 305. O profissional que ouvir a criança e o adolescente deve garantir os meios necessários de
os órgãos de serviços de atendimento, limitado ao estritamente necessário, com o fim de facilitar manter o sigilo quanto ao declarado por essa vítima ou testemunha, garantindo a cadeia de
o conhecimento dos fatos e atenção que deve ser dispensada em cada serviço, órgão, institui- custódia dessa prova produzida, providenciando a sua entrega imediata a autoridade policial
ção que venha a atender essa criança ou adolescente, garantindo o sigilo dos dados e dessas responsável pela apuração.
informações, considerando-as de caráter confidencial, sendo vedada a utilização ou o repasse a
306. A realização do depoimento especial deverá constar nas planilhas de atividades da delega-
terceiro das declarações feitas pela criança e pelo adolescente vítima.
cia e serem encaminhadas à CDEP mensalmente para efeito de estatística.
301. A criança ou o adolescente será resguardado de qualquer contato, ainda que visual, com o su-
posto autor ou acusado, ou com outra pessoa que represente ameaça, coação ou constrangimento.
CAPÍTULO III
DAS PROVIDÊNCIAS RELACIONADAS AO ATENDIMENTO
302. Constatado que a criança ou o adolescente está em risco, a autoridade policial requisitará E MEDIDAS ASSEGURADAS À PROTEÇÃO DO IDOSO
à autoridade judicial responsável, em qualquer momento dos procedimentos de investigação e
responsabilização dos suspeitos, as medidas de proteção pertinentes, entre as quais: 307. Para a aplicação do disposto neste capítulo, a autoridade policial observará o disposto na
Lei nº 10.741/2003 – Estatuto do Idoso.
CAPÍTULO V
Parágrafo único: Os protocolos de atendimento policial à mulher devem ser observados
DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS AOS CRIMES ELEITORAIS
por todas as unidades operativas da Polícia Civil, inclusive nas localidades onde não houver
DEAM, sendo instalado por ato do Delegado-Geral, sempre que possível, Núcleo Especial
320. Em se tratando de crime eleitoral, quando no local da infração não existir órgão da Polícia
de Atendimento à Mulher (NEAM), nas delegacias territoriais vinculadas ao DEPIN e DEPOM.
Federal, a Polícia Judiciária Estadual terá atuação supletiva (Resolução TSE nº 11.494/82 e Acór-
315-B. A Polícia Civil além das Deams, disponibilizará para serviço 24h, na mesa CICOM, telefone dãos nº 16.048, de 16 de março de 2000 e 439, de 15 de maio de 2003).
móvel para funcionamento de mensageiro eletrônico destinado ao acionamento alternativo ime-
§ 1° Quando tiver conhecimento da prática da infração penal eleitoral, a autoridade policial
diato da polícia e suporte à ocorrência de urgência e emergência, em casos de violência contra
deverá informar, imediatamente, ao Juiz Eleitoral.
a mulher.
§ 2º No caso de flagrante delito, após lavrar o respectivo auto, a autoridade policial deverá co-
municar imediatamente a prisão do autuado ao juiz eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral, à
316. A autoridade policial que tomar conhecimento de ocorrência envolvendo a prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher, adotará, de imediato, sem prejuízo de outras Defensoria Pública, caso o infrator não tenha advogado legalmente constituído, bem como à
medidas, os procedimentos previstos no art. 12 da Lei nº. 11.340/06, observando o que dispõe família do preso ou a pessoa por ele indicada, conforme previsto no art. 306, § 1º, do Código
o art. 11 do mesmo Diploma Legal. de Processo Penal.
317. A autoridade policial, nos casos de ocorrência de que trata o dispositivo 315-A, neste capítu- § 3º O procedimento policial, nos crimes eleitorais, com exceção do previsto no § 1º deste
lo e que não configure prisão em flagrante delito, expedirá, de imediato, requerimento ao Juiza- artigo, somente será instaurado mediante requisição escrita do Ministério Público Eleitoral ou
do da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, solicitando medidas protetivas constantes do Juiz Eleitoral.
dos artigos 22 a 24 da Lei nº 11.340/06.
321. Durante o processo eleitoral, é vedado ao servidor policial civil participar de comício, re-
318. A autoridade policial, em caso de descumprimento por parte do agressor de medida pro- uniões, palestras, lives ou quaisquer outros atos que indiquem uma postura política partidária
tetiva de urgência deferida, lavrará, sempre que possível auto de prisão em flagrante delito por na cidade onde trabalha, sob pena de incorrer em falta funcional, que terá o seu devidamente
infração ao crime de descumprimento de medida protetiva, prevista no art. 24A da Lei da Lei nº enquadramento após a análise do caso concreto.
11.340/06.
324. O delegado de polícia, dentre outras medidas, deverá realizar a requisição de perícia técnica, 329. Ao identificar a existência de registro anterior de boletim sobre a mesma ocorrência que
que pode ser requisitada às empresas, inclusive quando se tratar de produtos falsos para a realização pretendia registrar, o servidor responsável pela identificação deve aprimorar as informações
da devida comparação com os autênticos, a apreensão de objetos, a oitiva dos envolvidos e demais constantes do primeiro boletim sempre que possível, em especial, acrescentar detalhes ou in-
providências necessárias à colheita de provas úteis ao esclarecimento dos fatos e suas circunstâncias. formações fornecidos pelas pessoas que vieram relatar o fato que ainda não constem no BO
principal, utilizando-se da aba de anexos para a inclusão de ilustrações fotográficas, imagens,
325. O delegado de polícia deve requisitar duas perícias técnicas em caso de produtos lacrados documentos e vídeos, necessários a subsidiar futura investigação;
com suspeita de corpo estranho em alimentos. A primeira perícia é a verificação do lacre para
averiguação de possível rompimento e com o retorno do produto do Departamento de Polícia I. Não havendo registro anterior, o servidor deve assinalar o máximo de informações possí-
Técnica, juntamente com o laudo pericial, a autoridade policial deve requisitar uma nova perícia veis quanto ao tipo de local, e sempre que possível, cadastrar coordenadas geográficas,
para averiguação se o produto é impróprio ao consumo. tais como latitude e longitude do local onde o fato ocorreu, bem como discriminar os
objetos e o meio empregado no fato;
326. Em se tratando de crimes contra a saúde pública, contra o meio ambiente e contra as rela- II. Consignar o maior número possível de informações sobre a vítima, o suposto autor/in-
ções de consumo, com o objetivo de averiguar denúncias anônimas ou notícias-crime, a Polícia frator e eventuais testemunhas, em especial: endereço, telefones, aplicativos de troca de
Civil atuará com auxílio dos órgãos detentores de poder de Polícia Administrativa para que estes mensagens, redes sociais, documentos e e-mail;
elaborem a autuação e interdição do estabelecimento, se for o caso, certificando que o produto III. Identificar, se possível, o local de trabalho de todas as partes envolvidas, bem como os
está impróprio ou a existência de risco para a coletividade, bem como a apreensão dos objetos telefones de contato, tanto o residencial quanto o comercial e contatos alternativos;
para comprovação da materialidade. IV. Cadastrar nas abas correspondentes eventuais veículos, armas e objetos envolvidos no fato; e
V. Indicar nas abas próprias e no histórico do boletim de ocorrência:
a) Informar, sempre que possível, o tipo de relacionamento existente entre o possível
autor e a vítima;
§ 1º A pessoa que desapareceu deve ser qualificada no sistema Sinesp PPE, como desapare- § 2º Nos casos em que, no decorrer da investigação policial, for constatado que o desapa-
cido. recimento se deu com indício de fato delituoso, o procedimento RPD será relatado e enca-
minhado para a delegacia territorial ou especializada para que esta possa prosseguir nas
§ 2º Antes do registro do boletim de ocorrência, deverá o investigador, escrivão ou servidor investigações.
designado efetuar pesquisa junto ao Sinesp PPE, a fim de verificar se o fato já foi registrado
ou se o desaparecido se encontra preso ou em situação adversa. Deverá ser realizada consul- 349. Quando da apresentação de imagem de pessoa desaparecida para divulgação, o comunican-
ta em outros bancos de dados disponíveis para ver se existem informações que indiquem a te deverá assinar termo de autorização de divulgação de imagem, disponibilizado pela delegacia.
localização ou situação da pessoa desaparecida. Em nenhuma hipótese a indisponibilidade
de acesso ou consulta ao banco de dados justifica o procedimento de não registro de não I. O termo de autorização e a imagem a ser divulgada deverão ser anexados ao BO no Si-
comunicação do fato. nesp PPE.
378. Na identificação do proprietário pessoa física, o policial civil deve verificar os documentos 385. Após o registro da ocorrência, o veículo deve ser vistoriado e, em seguida, encaminhado ao
pessoais, como RG, CNH ou outro documento legalmente válido em que conste o número do pátio da delegacia responsável na circunscrição pelo depósito dos veículos.
registro civil e o CPF ou pesquisar no portal SSP ou Infoseg.
386. O delegado de Polícia Civil deve providenciar a baixa da restrição do veículo com laudo
379. Em caso de pessoa jurídica, a identificação do proprietário será pela apresentação de docu- pericial, confirmando a identificação do veículo, após vistoria.
mento ou pesquisa do CNPJ ou Declaração Simplificada emitida pela Junta Comercial, indicando
o responsável pela gestão dos bens da empresa. 387. O policial civil irá providenciar o auto de entrega e a certidão de baixa da restrição para o
proprietário do veículo.
380. Nos casos de falecimento do proprietário, faz-se necessária a apresentação do Termo
de Inventário, e o representante do espólio será o responsável pelas medidas necessárias em 388. O delegado de Polícia Civil deverá requisitar perícia de veículos com suspeita de adulteração
relação ao veículo, podendo a autoridade policial analisar se a comprovação do parentesco é de caracteres da placa, da identificação do chassi e/ou os caracteres de identificação do motor.
satisfatória.
389. A inclusão do parágrafo 5º, no artigo 171 do Código Penal, crime de estelionato, passou I. Não havendo registro anterior, o servidor deve solicitar o número de ordem e o nome da
a exigir a formalização da representação da vítima, portanto, é necessário o consentimento da linha do transporte coletivo onde o roubo se deu, e no momento do cadastro de objetos,
vítima para formalização do auto de prisão em flagrante e investigação do delito, exceto se a incluir o transporte coletivo, informando os seus dados, e a sua situação como “envolvido”
situação envolver outro crime de ação penal pública incondicionada ou envolver associação cri- II. No momento do preenchimento da aba “Dados do Fato”, ao definir o campo obrigatório
minosa/organização criminosa. “Tipo de Local*” o policial deverá selecionar “Em veículo”, e o “Subgrupo do Local*”, de-
verá ser marcado com “Transporte Coletivo (Ônibus)”.
390. Em se tratando de apuração de crime de estelionato, caso o investigado confesse a prática
da infração penal, se preenchidos os requisitos prescritos no art. 28-A do Código Processo Penal, 393. Obrigatoriamente deve-se informar o endereço e as respectivas coordenadas geográficas
e não sendo o caso de arquivamento, deve a autoridade policial, no momento do interrogatório, do local onde o(s) perpetrador(es) desembarcaram do coletivo, fazendo, sempre que possível,
informar e instruir o investigado acerca da possibilidade de Acordo de Não Persecução Penal menção ao local do embarque e do anúncio (início da execução) do crime.
(ANPP) com o Ministério Público e fazer constar em ata que o investigado foi informado e se ele
tem ou não interesse no ANPP. I. A combinação dos preenchimentos do campo obrigatório “Tipo de Local*” com “Em veículo”,
e do “Subgrupo do Local*” com “Transporte Coletivo (Ônibus)” é exclusiva para registro de
ocorrências referentes à prática de roubo a/em transporte coletivo, nas seguintes hipóteses:
CAPÍTULO XIV II. O comunicante informa o número de ordem e o nome da linha do transporte coletivo onde
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO ROUBO A COLETIVOS o roubo se deu, bem como dada, local, e horário do fato.
391. Na investigação de crimes e/ou infrações que versem sobre a prática de roubo a/em trans- III. Um grupo de pessoas vítimas do mesmo roubo ocorrido no interior do transporte coletivo
porte coletivo, o boletim de ocorrência e os procedimentos subsequentes na realizado na ferra- se dirige conjuntamente à unidade policial para o registro da ocorrência única.
menta Sinesp PPE deverão ser adotados da seguinte forma:
IV. A utilização da combinação de campos descritas no inciso I do item 393 para o registro
Parágrafo único – Antes de iniciar o registro da ocorrência que envolva a prática de roubo a/ em outros tipos de ocorrência é passível de responsabilização disciplinar do servidor que
em transporte coletivo, caberá ao servidor pesquisar no sistema, pelas suas características: o fez fora das hipóteses cabíveis.
número identificador do transporte coletivo, modelo, marca, horário aproximado, dia e local,
meio empregado, dentre outros; a existência de ocorrências anteriores visando evitar a du- CAPÍTULO XV
plicidade de registros de uma mesma ocorrência. COMBATE AOS CRIMES DE CORRUPÇÃO, LAVAGEM OU OCULTAÇÃO DE BENS,
DIREITOS E VALORES, CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E CONTRA A
392. Ao identificar a existência de registro anterior de boletim sobre a mesma ocorrência que ORDEM TRIBUTÁRIA E A ORDEM ECONÔMICA
pretendia registrar, o servidor responsável pela identificação deve, sempre que possível, enri-
quecer o primeiro boletim, em especial, cadastrando as novas vítimas que vieram a relatar o fato, 394. As atividades de repressão integrada e uniforme aos crimes de corrupção, lavagem ou ocul-
além de acrescentar detalhes ou informações por elas fornecidos que ainda não constem no BO tação de bens, direitos e valores, contra a Administração Pública, contra a Ordem Tributária e a
Parágrafo único – o Departamento de Inteligência Policial – DIP, órgão de gestão estratégica, II. Foco da inteligência estratégica:
previsto no Art. 25 da Lei Orgânica da Polícia Civil, atua de forma sistêmica como Agência de
Inteligência Central da Rede de Inteligência. a) Ações contrárias ao Estado Democrático de Direito: que atentem contra o pacto
federativo, a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
410. Compete à inteligência de segurança da pública, essencialmente, planejar, executar, coor- patrimônio, os direitos e as garantias fundamentais, a dignidade da pessoa huma-
denar, supervisionar e controlar as ações para identificar, detectar e neutralizar ameaças à segu- na, a cidadania e o meio ambiente, além de outros atos ou atividades que repre-
rança pública com os seguintes focos prioritários: sentem ou possam representar risco aos preceitos constitucionais relacionados à
integridade do Estado;
I. Foco prioritário da inteligência na Segurança Pública: b) Segurança interna: fatos relativos à dinâmica social que possam atentar contra a
segurança interna; segurança no ambiente político, administrativo e relativos à de-
manda social.
Parágrafo único – O DIP fará ao final da ação informação sobre a atividade realizada e os resul-
SEÇÃO I tados dela apurados, que será encaminhada ao delegado de polícia que a solicitou.
DO SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES POLICIAIS
412. Quando solicitado pelo delegado de polícia, o pedido de suporte à tomada de decisões SEÇÃO III
policiais será encaminhado via ofício ao DIP que elaborará o documento externo de inteligência DA REGULAMENTAÇÃO PROCEDIMENTAL OPERACIONAL
policial, observada a doutrina de inteligência de segurança pública do estado.
417. A atividade de inteligência é o exercício permanente de ações especializadas, voltadas para
413. A solicitação de conhecimentos ao DIP terá como objetivo subsidiar a tomada de decisão do a produção e difusão de conhecimentos, com vistas ao assessoramento das autoridades go-
delegado de polícia especificamente sobre: vernamentais nos respectivos níveis e áreas de atribuição, para o planejamento, a execução, o
acompanhamento e a avaliação das políticas de Estado. A atividade de inteligência divide-se,
I. Conhecimentos específicos em outros estados ou outros órgãos de inteligência policial; fundamentalmente, em dois grandes ramos:
II. Busca de dados negados;
III. Outros pedidos de informação, como buscas eletrônicas e análise de vínculos, com o fim a) Inteligência: atividade que objetiva produzir e difundir conhecimentos às autoridades
de subsidiar procedimentos formais de investigação previstos na legislação federal. competentes, relativos a fatos e situações que ocorram dentro e fora do território nacio-
422. Tradicionalmente, o conhecimento de inteligência pode ser classificado em: 425. Para a utilização do equipamento, a autoridade policial deve encaminhar a mensagem para
o endereço eletrônico do DIP munido da decisão judicial na qual deve constar expressamente
I. Inteligência de sinais: é responsável pela interceptação e análise de comunicações, tele- autorização para a extração de todos os dados coletados no equipamento.
comunicações, telemática, radares, telemetria, dentre outros.
II. Inteligência de imagens: envolve a obtenção e o processamento de imagens por meio de I - No pedido, deve ser encaminhado também ofício constando a solicitação formal da ex-
fotografias, satélites, sensores infravermelhos, dentre outros. tração, natureza do crime sob investigação, número do IP, a identificação do servidor policial
III. Inteligência de dados: envolve a obtenção de dados por meio de dispositivos ou sistemas responsável pela entrega e retirada do dispositivo móvel.
de informática. Implica, ainda, no processamento de grandes volumes de dados, cuja
complexidade para análise exige metodologia especializada. II - Se acaso for solicitada também a realização de análise dos dados extraídos, a autoridade
policial deverá indicar um servidor policial com quem o analista de inteligência responsável
pela extração compartilhará os dados oriundos dos dispositivos móveis.
SEÇÃO IV
DA EXTRAÇÃO DE DADOS III - Quando entregues, os dispositivos móveis devem estar acompanhados de ofício onde es-
tejam descritos de forma explícita a sua identificação e o detalhamento de suas características.
423. A extração de dados telemáticos de aparelhos celulares e outros dispositivos móveis, não
apenas se restringindo ao acesso à agenda e chamadas efetuadas e recebidas, será realizada
SEÇÃO IV—A
pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP) por meio do equipamento previamente adquiri-
DA INTERCEPTAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICA, TELEMÁTICA E DE IMAGEM
do para esta finalidade, observada a cadeia de custódia de vestígio.
SEÇÃO V Parágrafo único - Quando houver reserva de jurisdição, situação em que a atuação eficaz
DO CYBERLAB-DIP demanda autorização judicial, em momento anterior à apresentação da representação ao
juízo criminal pelo afastamento do sigilo pretendido deve haver contato com o Cyberlab
426. O Laboratório de Tecnologia e Inteligência Cibernética – Ciberlab/DIP, inserido na estrutura onde os pedidos a serem formulados serão sugeridos de forma técnica a fim de evitar o
organizacional do Departamento de Inteligência Policial (DIP), será responsável pela extração e acesso a dados desnecessários e que não tragam ao procedimento criminal informações
análise de dados e informações obtidas no ambiente virtual em fontes abertas ou fechadas. relevantes.
427. O Cyberlab/DIP tem como missão precípua a elaboração de relatórios de análises de dados, 430. No momento de abertura do caso no Cyberlab/DIP, será confeccionado e entregue à auto-
com a finalidade de assessorar o trabalho de investigação desenvolvido pelas unidades opera- ridade policial um termo de abertura de caso, contendo as seguintes informações:
tivas da Polícia Civil, por demanda específica de Autoridade Policial nas investigações em curso,
ou por iniciativa própria, noticiando fatos criminosos com trânsito no ambiente virtual.
435. Durante o período de análise dos dados, o analista designado deverá efetuar o acompanha- 439. Como produtos de sua atuação, o Lab-LD auxilia as autoridades policiais fornecendo mode-
mento e a conferência dos arquivos remetidos e recebidos pelos provedores de aplicação e/ou los próprios de representações de quebras de sigilos bancários e fiscais, possuidoras de termos
conexão, devendo verificar: técnicos próprios (uma vez que se utiliza do Sistema de Investigação de Movimentações Bancá-
rias – Simba).
I - A lisura dos arquivos encaminhados, a fim de garantir a integridade da cadeia de custódia;
II - O cumprimento das formalidades estabelecidas na decisão judicial e no que determina o 440. Obtendo-se êxito na solicitação de quebra de dados, o Lab-LD confecciona o Relatório de
Marco Civil da Internet e/ou leis correlacionadas ao procedimento; Análise correlato (Relatórios Técnicos de análise sobre as quebras de sigilos bancários e fiscais)
442. As correições ordinárias serão realizadas anualmente pela Corregedoria da Polícia Civil,
ou, por delegação, pela Coordenadoria Regional de Po lícia do Interior, constituindo-se em
ação fiscalizadora das atividades de Polícia Judiciária, objetivando a verificação da regulari-
dade do serviço, o aperfeiçoamento profissional e o fiel cumprimento das normas legais e
regulamentares.
443. A correição será realizada por uma equipe composta por 1 (um) delegado de Polícia Civil, 1
(um) escrivão de Polícia Civil e 2 (dois) investigadores de Polícia Civil, designados pelo correge-
dor-chefe da Polícia Civil, no uso de suas atribuições previstas no art. 23 da Lei nº 11.370/2009;
444. O titular da unidade policial a ser visitada, ou o seu substituto legal, será notificado formal-
mente da correição pelo corregedor-chefe da Polícia Civil, no prazo de 3 (três) dias de antece-
dência do ato correicional.
461. Segue, em anexo, a este capítulo destinado à correição, modelos de relatório de análise e § 1º Se o agente público invocar a sua condição de servidor público policial e descrever algu-
providências a serem adotados nos procedimentos analisados, bem como o de relatório final das ma das condutas típicas prevista na Lei no 13.869/2019, poderá ser considerado sujeito ativo
correições. de uma das condutas descritas como crime na Lei de Abuso de Autoridade mesmo que não
esteja no exercício do cargo ou função.
CAPÍTULO VII § 2º Ainda que esteja de férias ou licença, o agente público poderá ser considerado sujeito
DO ABUSO DE AUTORIDADE ativo do crime de abuso de autoridade.
462. Não existe o crime de abuso de autoridade na modalidade culposa, admite-se apenas o
§ 3º Os atos da vida privada praticados pelo servidor policial civil, em regra, não configuram
dolo direto.
abuso de autoridade, ressalvada a hipótese de infração administrativa por violação do decoro
ou da imagem da instituição.
I. A negligência, imprudência ou imperícia poderá, em tese, configurar ilícito funcional e/
ou responsabilização civil.
§ 4º As excludentes de ilicitude, a inexistência do fato e a negativa de autoria, quando reco-
II. O dolo eventual e o crime preterdoloso são incompatíveis com a tipificação dos crimes de
nhecidas por sentença penal, vinculam a apuração disciplinar da conduta apontada como
abuso de autoridade.
configuradora de abuso de autoridade
463. O crime de abuso de autoridade só poderá ser tipificado na sua forma dolosa, acrescido de
§ 5º Nos demais casos de absolvição na esfera criminal, não haverá vinculação direta com a
finalidade específica, trata-se do antigo dolo específico.
apuração disciplinar por abuso de autoridade.
Parágrafo único – A finalidade e específica consiste em prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. § 6º Na hipótese de necessidade sacrificar o bem jurídico de terceiro que não seja o causador
do perigo, caberá ao Estado a reparação do dano, na forma prevista na Lei no 12.209/2011.
464. O crime de hermenêutica não foi contemplado na nova Lei de Abuso de Autoridade, tam-
pouco em qualquer outro instrumento normativo vigente no ordenamento jurídico nacional. 467. A condução coercitiva da testemunha ou do acusado representa restrição temporária da
Logo, a divergência de interpretação da lei, da avaliação de fatos ou das provas não configura o liberdade de locomoção e poderá configurar o tipo de art. 10 da Lei no 13.869/2019.
crime de abuso de autoridade.
468. Vencido o prazo da prisão temporária, sem prorrogação, o preso provisório deverá ser pos-
Parágrafo único – Ressalvados os casos de interpretação teratológicas, absolutamente anor- to em liberdade, independente de alvará, ofício ou quaisquer outras autorizações judiciais.
mais, absurdas e incompatíveis com os direitos fundamentais e as garantias constitucionais. Parágrafo único – Vencido o prazo da prisão temporária, o encarceramento passa a ser ilegal
e acrescido da finalidade especial do art. 1º, § 1º, em tese, configurará o crime de abuso de
465. O crime de abuso de autoridade gera responsabilização nas seguintes esferas: penal, civil autoridade previsto no art. 12.
e administrativa.
Parágrafo único – O retardamento indevido, acrescido da finalidade especial do art. 1º, § 1º, Parágrafo único – O enquadramento na Lei de Abuso de Autoridade ou na Lei de Tortura
configurará o crime de abuso de autoridade. dependerá do caso concreto.
470. Cumprido o mandado de prisão temporária ou preventiva, o juiz que determinou a prisão 476. O interrogatório tem a natureza jurídica de meio de defesa.
deverá ser informado, imediatamente, do cumprimento da ordem judicial.
§ 1º Será assegurado ao interrogado o direto ao silêncio.
Parágrafo único – A comunicação não pode ultrapassar o prazo de 24 horas, similar ao prazo
da prisão em flagrante delito. § 2º Admitir-se-á o interrogatório seletivo, a critério da defesa técnica e/ou do interrogado.
471. Quando, excepcionalmente, a remessa da comunicação da prisão em flagrante, da prisão § 3º Na hipótese do interrogatório seletivo, é possível consignar as perguntas que serão res-
temporária e da prisão preventiva ocorrer fora do prazo de 24 horas, deverá ser justificada no pondidas ou não a exclusivo critério da defesa técnica e/ou do interrogado.
mesmo ato da comunicação tardia. § 4º Ressalvada a hipótese do interrogatório seletivo, não poderá a autoridade policial cons-
tar no termo do interrogatório nenhuma pergunta formulada ao investigado que invocar o
I. A ausência, injustificada, da comunicação da prisão flagrante, da prisão temporária e da direito ao silêncio, sob pena de tipificar o delito previsto no art. 15, parágrafo único, inciso
prisão preventiva configura o delito normativo do art. 12 da Lei no 13.869/2019. 1º, da Lei no 13.869/2019.
II. A finalidade é evitar que o preso seja prejudicado, no caso de futura condenação, em
face da detração.
477. Em regra, o interrogatório na fase inquisitorial não exige a presença de advogado ou defen-
sor público, ressalvada a hipótese do indiciado ou conduzido optar pelo direito de ser acompa-
472. A comunicação à família do preso aplica-se nos casos de prisão em flagrante, preventiva,
nhado por um defensor técnico.
temporária ou em virtude do não pagamento de pensão alimentícia. A finalidade é a de informar
à família o local onde o preso encontra-se custodiado.
478. Ressalvada a hipótese de flagrante delito, os interrogatórios serão feitos no período diurno.
473. A ausência da nota de culpa, no prazo de 24 horas, pode configurar o crime de abuso de
479. A entrevista pessoal com o seu defensor técnico é direito do preso e prerrogativa do ad-
autoridade.
vogado, logo o preso não pode ser impedido de exercer este direito, sob pena de configurar o
delito de abuso de autoridade previsto no art. 20 da Lei no 13.869/2019, desde que seja indicado
474. Na forma do art. 13, o constrangimento, a exibição, a exposição vexatória ou ordem para
o elemento normativo especial previsto no dispositivo 2.1.
que o investigado produza prova contra si mesmo configura o crime de abuso de autoridade.
Parágrafo único – Não serão admitidas como excludente de ilicitude as alegações de que o
§ 1º Existindo risco para o preso, seu advogado ou fundadas razões do iminente perigo de
constrangimento imposto ao preso decorre da necessidade: de informação à sociedade; da
resgate por facções criminosas, a entrevista pessoal poderá ser indeferida e postergada
prevenção geral e/ou da transparência da ação policial.
para momento específico, desde que seja fundamentada por escrito.
480. O prazo razoável para esta entrevista será de 30 minutos. A entrevista pessoal tem a natureza § 4º Excepcionalmente, admite-se que o indiciado utilize a prova ilegal, para provar a sua ino-
jurídica de autodefesa e consiste em um dos consectários lógicos da garantia constitucional da cência, hipótese na qual não será expurgada dos autos do inquérito policial.
ampla defesa.
§ 5º A prova ilegal é gênero, das quais são espécies a prova ilícita e a prova ilegítima.
481. Invasão de domicílio praticada por servidor público no uso das prerrogativas do cargo ou
sob a alegação de ser ocupante do cargo público caracteriza o crime de abuso de autoridade 484. Diante da notícia de um ilícito penal ou administrativo, é dever da autoridade policial agir.
previsto no art. 22 da Lei no 13.869/2019. O delito do art. 27 da Lei no 13.869/2019 só estará configurado na hipótese de absoluta ausência
de indícios de crime ou de infração administrativa.
§ 1º O crime do art. 22 da Lei no 13.869/2019 não se limita à residência, casa ou local de tra-
balho, uma vez que usa a expressão imóvel. Logo quaisquer edificações, construções e § 1º Considera-se indício a prova indireta ou a prova semiplena.
terrenos, murados ou não, podem configurar o delito sobredito. § 2º A prova indireta é aquela que serve para confirmar ou negar uma afirmação.
§ 3º A prova semiplena consiste em um elemento de menor valor de convencimento.
§ 2º O consentimento para ingresso no imóvel, para ser válido, exige a declaração voluntária
do morador ou proprietário. 485. O art. 30 da Lei no 13.869/2019 traz como elemento do tipo o conceito aberto de “justa causa”.
§ 3º A voluntariedade, referida no parágrafo anterior, exige declaração escrita e assinada da § 1º A justa causa consiste em um suporte fático mínimo capaz de justificar o início da perse-
pessoa maior e capaz que autorizou a entrada. cução penal. A apuração não pode ser temerária, para tanto exige-se indício de autoria,
existência material do fato típico e prova da antijuridicidade.
482. O procedimento investigatório que obtém ou utiliza prova adquirida por meio ilícito gera a § 2º Dar início à persecução penal capaz de configurar o delito do art. 30 da Lei no 13.869/2019
nulidade desta prova e das demais que sejam decorrentes da ilicitude, por derivação. consiste na instauração abusiva e consciente da inocência ou ausência da justa causa.
§ 3º Proceder à persecução penal capaz de configurar o delito do art. 30 da Lei no 13.869/2019
Parágrafo único – A conduta descrita no 23 tipifica o crime capitulado no art. 25 da Lei no consiste na hipótese de iniciar uma persecução penal de boa-fé, durante a investigação
13.869/2019. descobre, claramente, a ausência da justa causa, contudo conclui com uma tese acusatória.
§ 1º A conduta conhecida como “carteirada”, na qual o servidor público policial civil, valen- I. IDENTIFICAR a suposta Crise de modo a colher o maior número possível de informações a ela
do-se do cargo que ocupa, pretende eximir-me de obrigação imposta a todos, obtenção relacionadas como o número de causadores da crise, motivação do ato, armas de fogo, armas
de vantagem ou de privilégio indevido configura o crime previsto no art. 33, parágrafo brancas, presença de artefatos explosivos, número de reféns, pessoas feridas, local de confina-
único, da Lei no 13.869/2019. mento, vias de fuga, entre outras informações julgadas necessárias;
§ 2º Para a tipificação do art. 33 da Lei no 13.869/2019, caput e do parágrafo único do mesmo Para fins deste manual de procedimentos, consideram-se ocorrências críticas as seguintes:
artigo exige-se o nexo funcional.
a) ocorrências que envolvam reféns;
489. O art. 38 da Lei no 13.869/2019 pune criminalmente a conduta afoita e de má-fé do servidor b) ocorrências com artefatos explosivos;
policial responsável pela investigação que antecipar a atribuição de culpa ao investigado, antes c) ocorrências que envolvam pessoas com propósitos suicidas de posse de armas de fogo ou
de concluída a investigação. Pune-se o pré-julgamento inquisitorial. brancas;
III. CONTER a crise, impedindo que ela se alastre e que o Causador tenha acesso a mais armas 492. Estrutura básica de equipe de 1ª Intervenção será formada por:
de fogo ou branca, munições, faça novas vítimas, consiga fugir ou conquiste posição vantajosa
sobre a polícia. I. Interventor Principal: Policial que irá deparar-se com a ocorrência em andamento e iniciará uma
verbalização com o causador de forma clara e calma, com o intuito de coletar o máximo de infor-
IV. ISOLAR a crise e o Causador, impedindo o acesso de terceiros curiosos, da imprensa, policiais mações para solução da ocorrência.
Civis e Militares estranhos a operação ao centro da crise, além de isolar o causador, sobretudo
por meio da interrupção ou bloqueio das comunicações dele com o mundo exterior, restringindo II. Interventor Secundário: Irá direcionar, apoiar e aconselhar o primeiro interventor. Poderá subs-
seus contatos de modo que o único canal de comunicação seja com o policial negociador. O iso- tituí-lo caso haja necessidade. Poderá acumular as funções de anotador e segurança.
lamento deve ser feito dentro de perímetros, utilizando-se de materiais de sinalização como co-
nes, fitas zebradas, cavaletes ou outros meios de fortuna. Sendo que no perímetro de isolamento III. Interventor anotador: Coletará o maior número de informações possível no transcorrer da cri-
interno só deverá permanecer a equipe de 1ª Intervenção, o causador da crise e as vítimas. Esse se. Registrar o que é positivo/negativo para o causador.
perímetro deve ter tamanho suficiente para manter as pessoas anteriormente descritas em uma
distância de segurança e para que não atrapalhe a condução da crise. IV. Segurança: O quarto policial envolvido ficará com a responsabilidade de promover a segu-
rança dos integrantes da equipe de primeira intervenção, zelando pela integridade física e a
V. VERBALIZAÇÃO com o (s) causador (es) da crise, que deve ser conduzida sempre de forma a dignidade de todos à sua volta. De acordo com as peculiaridades de cada área, considerar o uso
garantir a integridade física do policial 1º interventor, o qual, valendo-se de termos tranquilos e de escudo balístico.
objetivos, visará a desestimular o ato delituoso e a não potencializar os ânimos já exaltados, não
permitindo em hipótese alguma concessões de qualquer natureza ao(s) causadores(es), como V. Na ausência de policiais na equipe de intervenção as funções deverão ser acumuladas, só não
deixar ele fugir ou transferir a crise de local, ceder coletes balísticos, falar com parentes, falar com podendo acumular a de Interventor Principal, com qualquer outra função, pois é o mesmo quem
a imprensa, dá acesso a drogas de uso controlados ou restritos ou bebidas alcoólicas, alimentos verbaliza com o causador da crise.
em geral, entre outros.
a) O Gerente da Crise é o responsável por designar o policial que irá prestar esclarecimentos e CAPÍTULO I
informações sobre a ocorrência para a imprensa, sob sua orientação do que falar, não devendo DEFINIÇÕES
nenhum outro policial que não o designado fazer declarações a qualquer veículo de mídia. De-
ve-se ainda ter cautela nas informações prestadas de forma a não agregar ou potencializar novos 495. Entende-se por operação as ações que demandam a reunião de recursos extraordinários,
elementos a situação crítica e de noticiar fatos que porventura possam comprometer a segurança notadamente, humanos e materiais, desde que submetidas a um processo de gestão padroniza-
ou aspectos técnicos e sigilosos da operação, bem como a integridade de todos os envolvidos do (planejamento, execução, controle e avaliação), para fins de potencialização dos resultados
na ocorrência. organizacionais, dentre as quais se destacam:
494. Após o término da ocorrência todos os envolvidos deverão ser levados à Delegacia Territo- I. Cumprimento de Mandado de Prisão;
rial, para que a autoridade policial tome as medidas cabíveis a ocorrência. II. Cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão;
III. Cumprimento de Mandado de Condução Coercitiva;
IV. Transporte de alvos sensíveis e proteção de dignitários;
496. A Inteligência deve atuar em todas as fases da operação, inclusive após a sua deflagração,
quando desenvolverá ações para implantar e estimular a consciência situacional a fim de forne-
cer ao órgão de comando e controle a exata percepção do ambiente externo e suas circunstân-
cias, além dos eventos excepcionais que devem ser levados em consideração para o exercício
da decisão.
498. Ambiente Operacional. É o local onde são desenvolvidas ações especializadas voltadas para
a obtenção de dados e informações de Inteligência, o qual deve ser previamente delimitado vi-
sando identificar circunstâncias e fatores que dificultem a execução do plano operacional.
499. Ações de Busca. São todos os procedimentos realizados pelo conjunto ou parte dos agentes
do Elemento de Operações (ELO) de uma AI, a fim de reunir dados protegidos e/ou negados,
500. Alvo. É o objetivo principal das ações policiais. Pode ser um objeto, uma pessoa, uma orga- IV. Recursos materiais, informacionais e tecnológicos que auxiliarão no alcance do objetivo da
nização, um local ou um evento de interesse da Segurança Pública. operação;
501. Operações de Inteligência. É o conjunto de ações desenvolvidas com o emprego de técni- V. Logística operacional, prevendo papéis e responsabilidades sobre as equipes e os alvos, além
cas e meios especializados, ordinariamente de caráter sigiloso, executadas de forma planejada, do roteiro para briefing e debriefing;
com vistas à obtenção de dados e informações negadas ou protegidas, necessários para a pro-
dução de conhecimento de Inteligência visando o auxílio em investigação criminal e planejamen- VI. Limites à atuação do Estado e produção da prova impostos legalmente durante a execução
to operacional. das ações operacionais.
503. Na atividade de planejamento operacional deverá ser observado, no que couber, roteiro e 505. Serão enquadradas como Operações Padronizadas de Polícia Judiciária do Estado da Bahia
modelo de Plano Pré-Operacional e o Plano Operacional estabelecidos no ANEXO do presente aquelas que adotarem como base o modelo ora apresentado em anexo, e atendam ao requisito
Manual, levando-se necessariamente em consideração os seguintes elementos, os quais deverão previsto na Portaria nº 210/2021.
ser detalhados caso a caso:
Parágrafo único. Ato do Delegado-Geral regulamentará operações de interesse estratégico/ins-
I. Objetivo da Operação, definindo os alvos e seu grau de periculosidade, a coleta de documen- titucional para fins de acompanhamento e controle da AEXPJ.
tos e dados, ou a apreensão de materiais de interesse da investigação, atentando-se rigorosa-
mente para as regras de cadeia de custódia da prova;
II. Coordenar as atividades de inteligência da operação a fim de contribuir para o intercâmbio e c. COMANDO E CONTROLE: Constitui-se no exercício da autoridade e da direção que um co-
difusão de informações úteis e relevantes para sua execução; mandante tem sobre as forças sob o próprio comando, para o cumprimento da missão designa-
da. Viabiliza a coordenação entre a emissão de ordens e diretrizes e a obtenção de informações
III. Apresentar ao coordenador informações úteis e relevantes para auxiliar no processo decisório sobre a evolução da situação e das ações desencadeadas.
em todas as fases da operação;
d. CONHECIMENTO: é a representação de um fato ou de uma situação, real ou hipotético, de
IV. Manter a Direção Superior da Polícia Civil informada de todas as fases da Operação; interesse para a atividade de inteligência de segurança pública, com exame e processamento
pelo profissional de inteligência;
V. Contribuir para a implantação e manutenção da consciência situacional em auxílio aos servido-
res sobre os quais recaem as atribuições de comando e controle; e. CONSCIÊNCIA SITUACIONAL: Percepção precisa dos fatores e condições que afetam a execu-
ção da tarefa durante um período determinado de tempo, permitindo ou proporcionando ao seu
VI. Levantar os pontos sensíveis, as vulnerabilidades e os riscos potenciais e concretos à execução decisor, estar ciente do que se passa ao seu redor e assim ter condições de focar o pensamento
da Operação; à frente do objetivo. É a perfeita sintonia entre a situação percebida e a situação real.
VII. Elaborar Plano Pré-Operacional para a fase de execução da Operação; f. DADO: é qualquer representação de um fato ou de uma situação, passível de estruturação,
obtenção, quantificação e transferência, sem exame e processamento pelo profissional de inteli-
VIII. Estabelecer a ligação com as agências de Inteligência dos órgãos de Inteligência do Sistema gência de segurança pública;
Estadual de Inteligência de Segurança Pública;
g. INFORMAÇÃO: é o conjunto de dados que possui relevância e aplicação útil, exige unidade
IX. Estabelecer a ligação com os órgãos de Inteligência que integram o Subsistema de Inteligên- de análise e consenso em relação ao seu conteúdo.
cia de Segurança Pública.
518. Em conformidade com as orientações dos órgãos de controle externo, e na legislação que
rege a matéria, as diárias a que faz jus o servidor em deslocamento serão solicitadas pelo delega-
do titular da sua unidade, em requerimento padrão dirigido ao diretor do departamento a cuja
unidade policial seja subordinada.
§ 1º Deverá ser utilizado o requerimento padrão a que se refere o caput deste artigo, que se
encontra no anexo deste manual, disponível no site http://www.policiacivil.ba.gov.br/down-
loads/solicitacao-de-diarias.pdf.
§ 3º A autoridade policial providenciará para que seja preenchido o formulário do mapa diá-
rio de controle de viatura, necessário ao devido registro do deslocamento de viaturas de
qualquer natureza, cujo modelo se encontra disponibilizado no site eletrônico: http://www.
policiacivil.ba.gov.br/downloads/mapa-diario-de-controle-dviaturas.pdf.
520. A autoridade policial designada para instaurar ou dar prosseguimento a inquérito policial 527. Todos os órgãos e unidades deverão rever e atualizar os fluxogramas, rotinas e árvore de
em caráter especial ficará vinculada ao feito até sua efetiva conclusão, independentemente de documento no SEI e outros sistemas corporativos, visando possibilitar a efetivação de todos os
lotação, salvo por determinação em contrário do delegado-geral da Polícia Civil. atos procedimentais previstos neste manual.
Parágrafo único – Concluído o procedimento, a autoridade policial remeterá cópia do seu 528. Os casos omissos serão resolvidos pelo Delegado-Geral, que poderá consultar o Conselho
relatório à autoridade resignante. Superior de Polícia Civil.
522. O escrivão diligenciará para arquivar em pasta própria todos os documentos expedidos ou
recebidos na sua unidade, excetuando-se aqueles vinculados aos procedimentos policiais.
523. Nas inquirições de servidores públicos efetivos, especialmente policiais, bastará consignar
o endereço da unidade de lotação, dispensando-se o endereço de residência, nos termos do art.
76, parágrafo único, do Código Civil Brasileiro.
524. As notícias de crimes registradas em outras unidades, cuja apuração é de atribuição espe-
cífica de delegacias especializadas, a estas deverão ser comunicadas com toda brevidade, por
meio de ofício, fax ou e-mail institucional ou outro meio digital institucional, para a adoção das
pertinentes providências.
525. A autoridade policial comunicará à Polícia Federal o extravio, perda, furto, roubo, recupera-
ção ou apreensão de armamento em procedimentos policiais no prazo de 48 horas.
526. Quando a autoridade policial, no curso de investigação, se deparar com vítima ou testemu-
nha sob ameaça, e exposta a grave e a atual perigo em virtude de colaboração ou de informa-
ções prestadas, deverá encaminhá-la ao Programa de Proteção à Vítima e à Testemunha Amea-
DADOS DO FATO
OCORRÊNCIA Nº PROCEDIMENTO GERADO Nº
DPC REQUISITANTE:
DATA DO FATO: DT/DE/COORPIN:
ENDEREÇO DO
FATO:
MUNICÍPIO/UF:
TELEFONE (DDD): CELULAR (DDD)
VÍTIMA(S)
NARRATIVA DO FATO
(CONTINUA)
Instrução de Preenchimento
Esse formulário tem o objetivo de registrar os vestígios coletados por investigador analista, em
investigação onde ocorreu suposta ação criminal e produzir informação técnica que possa trazer
elementos de convicção sobre fatos.
O relatório técnico será o resultado de algum exame, avaliação ou ação específica que tenha sido realizada
por policial civil que detenha conhecimento técnico-especializado, prático ou investigativo. Assim, o
objeto/vestígio que originou um relatório técnico terá algum exame parcial ou análise sobre determinada
coleta. O relatório técnico – servirá para complementar um estudo maior sobre um fato questionado e poderá
ainda ser embasado por exame pericial complementar, quando formatizado pedido pelo delegado de polícia
que identificar sua necessidade.
NARRATIVA DO FATO
A narrativa deverá ser circunstanciada, detalhada, contendo informações acerca do objeto/vestígio, de
como foi coletado ou ainda entregue.
TIPO DE ESTUDO
Descrever o estudo efetuado em relação a cada objeto/vestígio (em separado) encontrado no local do
fato.
METODOS DE INVESTIGAÇÃO
Parte de várias determinações particulares para encontrar uma determinação geral
Método indutivo que as une. A indução se vale muito da observação científica, da relação e da
generalização.
Ao contrário do indutivo, o método dedutivo parte de uma análise do partic ular e
Método dedutivo também do geral para encontrar que respostas busca. O processo dedutivo se vale
muito da lógica como elemento de investigação.
É um método criado para testar a validade de teorias e hipóteses em um contexto
Método empírico de experiência. O método empírico gera evidências, uma vez que aprendemos
fatos através das experiências vividas e presenciadas, para obter conclusões.
(CONTINUA)
(CONTINUA)
PESSOA DESAPARECIDA
Nome: Identidade: CPF: UF: Sexo: Estado Civil: Idade: anos Data
de nascimento: Naturalidade: ) Profissão: Filiação, Pai: e Mãe:
Orientação sexual:
Endereço:
Rua/Av: Nº: Complemento: Bairro: Cidade: UF:
Telefone 1: Telefone 2: Telefone 3:
Possui Filhos: ☐ Não ☐ Sim, Quantos?
(CONTINUA)
☒ Autorizo ☐ Não autorizo a divulgação de imagem (foto), em meios público, através da Internet, Intranet e mídia,
televisionada, quer escrita, quer rádiofusão, quer bus Tv, da pessoa abaixo qualificada.
Na condição de Comunicante assumo total responsabilidade, tanto civil quanto criminal, pelas informações prestadas no Boletim de Ocorrência, bem como neste Registro de Pessoa
Desaparecida – RPD, sob pena da Lei. Assumo também, o compromisso de informar por qualquer meio de comunicação (telefone, email, etc) e reto rnar a esta especializada, quando
da localização do desaparecido para da baixa da ocorrência.
Art. 299 do Código Penal Brasileiro
Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração fal sa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
Pena – Reclusão de um a cinco anos, e multa, se o documento é publico, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é pa rticular.
_________________________________________________________________
Comunicante
_________________________________________
Delegada de Polícia
DADOS DA VÍTIMA
NOME: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
DATA DE NASCIMENTO:Clique ou toque aqui para inserir o texto. IDADE Clique ou toque aqui para
inserir o texto. NATURALIDADE: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
PAI: Clique ou toque aqui para inserir o texto. MAE:Clique ou toque aqui para inserir o texto.
RG :Clique ou toque aqui para inserir o texto. CPF:Clique ou toque aqui para inserir o texto.
ESCOLARIDADE: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
RELIGIÃO: Clique ou toque aqui para inserir o texto. ORIENTAÇÃO SEXUAL: Clique ou toque aqui
para inserir o texto.
ENDEREÇO RESIDENCIAL: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
TELEFONES: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
ENDEREÇO COMERCIAL: Clique ou toque aqui para inserir o texto. TELEFONES COMERCIAIS:
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
RAMO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
RENDA MENSAL: R$ Clique ou toque aqui para inserir o texto.
FAZ USO DE ALGUM MEDICAMENTO ? ☐ NÃO ☐ SIM
QUAIS ? Clique ou toque aqui para inserir o texto. QUAL A COMORBIDADE? Clique ou toque
aqui para inserir o texto.
POSSUI ALGUMA PASSAGEM POLICIAL ? MOTIVO?
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
QUANTAS PESSOAS MORAM NA CASA: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
A FAMILIA POSSUI ALGUMA DIVIDA CONTRAIDA ? ( EXPLICAR ):
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
RECENTE MENTE FEZ RECEBEU ALGUM VALOR EM DINHEIRO ACIMA DO NORMAL?
☐ NÃO ☐ SIM
QUAL A RENDA BRUTA MENSAL DA FAMILIA E DE ONDE VEM ESSA RENDA? R$ Clique ou toque
aqui para inserir o texto.
(CONTINUA)
QUAIS OS BENS QUE A FAMILIA POSSUI E VALORES? Clique ou toque aqui para inserir o texto. ALGUM PARENTE PROXIMO DE BOAS CONDICOES FINACEIRAS? QUEM? CONTATO?
☐ NÃO ☐ SIM
HOUVE REFORMAS RECENTES NAS PROPRIEDADES DA FAMIIA? EXPLICAR
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto. ALGUMA INFORMAÇÃO QUE QUEIRA COMPLEMENTAR?
ALGUM FUNCIONÁRIO DEMITIDO DE FORMA CONTURBADA? NOMES, FUNÇÃO E HÁ QUANTO ☐ NÃO ☐ SIM
TEMPO ESTAVA COM A FAMILIA? Clique ou toque aqui para inserir o texto.
☐ NÃO ☐ SIM
2 3
(CONTINUA) (CONTINUA)
HOUVE DISPAROS DE ARMA DE FOGO? RAMO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
☐ NÃO ☐ SIM RENDA MENSAL: R$ Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
FAZ USO DE ALGUM MEDICAMENTO ? ☐ NÃO ☐ SIM
AS FORÇAS DE SEGURANÇA FORAM INFORMADAS DO FATO? QUEM INFORMOU E A QUEM ?
☐ NÃO ☐ SIM QUAIS ? Clique ou toque aqui para inserir o texto. QUAL A COMORBIDADE? Clique ou toque
Clique ou toque aqui para inserir o texto. aqui para inserir o texto.
HOUVE REGISTRO DE OCORRENCIA ? NUMERO? POSSUI ALGUMA PASSAGEM POLICIAL ? MOTIVO?
☐ NÃO ☐ SIM ☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto. Clique ou toque aqui para inserir o texto.
QUAL DESTINO TOMADO PELOS SEQUETRADORES?Clique ou toque aqui para inserir o texto. FAZ USO DE SUBSTANCIAS ENTORPECENTES?
☐ NÃO ☐ SIM
O QUE FOI DITO NO MOMENTO DO ARREBATAMENTO?Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
A CIDADE TEM CONHECIMENTO DOS FATOS? ☐ NÃO ☐ SIM
DATA E HORÁRIO DO CONTATO INICIAL: Clique ou toque aqui para inserir o texto.
HOUVE ALGUM OBJETO DEIXADO OU ESQUECIDO PELOS SEQUESTRADORES?
☐ NÃO ☐ SIM QUAL A FORMA DO PRIMEIRO CONTATO? Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
QUEM DA FAMILIA FOI O RESPONSÁVEL PELO PRIMEIRO CONTATO? Clique ou toque aqui para
4 5
(CONTINUA) (CONTINUA)
inserir o texto.
O QUE EXATAMENTE FOI DITO PELOS CRIMINIOSOS NO MOMENTO DO PRIMEIRO CONTATO ?
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
DADOS DA NEGOCIAÇÃO ACOMPANHADA
O QUE EXATAMENTE FOI DITO PELA FAMILIA NO MOMENTO DO PRIMEIRO CONTATO ? Clique
ou toque aqui para inserir o texto.
DATA E HORÁRIO DE CHEGADA DA EQUIPE DE ORIENTAÇÃO: Clique ou toque aqui para inserir o
O QUE FOI EXIGIDO? Clique ou toque aqui para inserir o texto. texto.
O QUE FOI OFERECIDO? Clique ou toque aqui para inserir o texto. HAVIA ALGUM POLICIAL QUE JÁ ESTAVA ORIENTANDO A FAMILIA ? NOME/LOTAÇÃO/ CARGO/
CONTATO.
OS CRIMINOSOS POSSUIAM CONHECOMENTO DA VITIMA E FAMILIA? O QUE FOI DITO?
☐ NÃO ☐ SIM
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
POSSUIAM SOTAQUE OU VÍCIOS DE LINGUAGEM? QUEM ERAM AS PESSOAS QUE SE ENCONTRAVAM NA CASA NO MOMENTO DA CHEGADA DA
EQUIPE ?
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
HAVIA RUIDOS DE FUNDO? QUAIS? NO MOMENTO DA CHEGADA DA EQUIPE DE ORIENTAÇÃO QUANTOS CONTATOS HOUVERAM?
HORARIOS / FORMAS
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
HOUVE CONVERSA OU CONTATO DIRETO COM A VITIMA ? O QUE FOI DITO? QUALO VALOR INICIAL EXIGIDO?
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto. HOUVE OFERTA POR PARTE DA FAMILIA ?
HOUVE PROVA DE VIDA? QUAL ? Clique ou toque aqui para inserir o texto.
☐ NÃO ☐ SIM HOUVE REDUÇÃO DE VALOR POR PARTE DOS SEQUESTRADORES ?
Clique ou toque aqui para inserir o texto. ☐ NÃO ☐ SIM
HOUVERAM QUANTAS LIGAÇÕES ATE A CHEGADA DA EQUIPE POLICIAL? O QUE FOI DITO ? Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto. HOUVE PROVA DE VIDA? DE QUE FORMA ?
HOUVE MUDANCA NO MEIO DE CONTATO? ☐ NÃO ☐ SIM ☐ NÃO ☐ SIM
INFORMAR TODAS AS FORMAS DE CONTATO: TELEFONES , EMAILS ETC Clique ou toque aqui para inserir o texto.
Clique ou toque aqui para inserir o texto. HORA E DATA DO PRIMEIRO CONTATO APÓS A CHEGADA DA EQUIPE DE ORIENTAÇÃO:
QUAIS AS PESSOAS ESTAVAM NA CASA NA HORA DO PRIMEIRO CONTATO? RELATAR CONVERSA , PROVA DE VIDA ETC.
Clique ou toque aqui para inserir o texto. Clique ou toque aqui para inserir o texto.
ALGUEM MAIS FALOU COM OS SEQUESTRADOES?
☐ NÃO ☐ SIM
Clique ou toque aqui para inserir o texto.
6 7
(CONTINUA)
(CONTINUA)
(CONTINUA)
(CONTINUA)
(CONTINUA)
(CONTINUA)
A N EX O I I
INVESTIGAÇÃO DE OCORRÊNCIAS
ENVOLVENDO CRIMES CIBERNÉTICOS
LARISSA LAGE DE BARROS
Delegada de Polícia Civil da Bahia desde o ano de 2016, atualmente lotada na sede do Depar-
JORGE FIGUEIREDO JÚNIOR tamento de Crimes contra o Patrimônio - DCCP, no Núcleo de Inteligência. Atuou no DHPP, em
Idem - Planejamento Operacional Delegacias Territoriais, em Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher em Salvador/BA
e na Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, CECCOR-LD/
DELMAR ARAUJO BITTENCOURT DRACO. Graduada em direito pelas Faculdades Milton Campos de Minas Gerais. Especialista em
Delegado de Polícia, é graduado em Direito, pós-graduado em CyberCrime e Cybersecurity, Pre- Ciências Criminais pela UCSal e especialista em Direito Público pela UNIASSELVI. Ex-Procuradora
venção e Investigação em Crimes Digitais. Pós-graduando em Direito Digital na Escola Brasileira Jurídica de Sabará/MG.
de Direito EBRADI. Coautor do livro “Tratado de Investigação Criminal Tecnológica”. Coautor do
livro “Enfretamento da Corrupção e Investigação Criminal Tecnológico”. Instrutor da Academia MARCELO SIMOES TANNUS
de Polícia da Bahia - ACADEPOL e da Associação de Delegados de Polícia da Bahia – ADPEB nas Delegado de Polícia em 2001, formado pela UCSal em 1994, pós-graduado em Gestão e Análi-
matérias relacionadas à investigação tecnológica e a crimes cibernéticos. Ex-coordenador do Nú- se Criminal pela UNIFACS, em 2015. Instrutor da ACADEPOL na matéria de prática da ativida-
de policial. Iniciou sua carreira no Departamento de Polícia do Interior - DEPIN, passando pela
Revisão de textos
Elâine Nogueira da Silva, Delegada - Geral Adjunta/GDG
José Fernando Oliveira dos Santos, Delegado de Polícia/Corregedor Chefe-Correpol
Artur Fernando Guimarães de Jesus Costa, Delegado de Polícia/GDG
Anísio Amaral Vianna Filho, Delegado de Polícia/Assessor Técnico/GDG
Pollyanna Pedreira Silva, Delegada de Polícia/Coordenadora de Tecnologia de Gestão-EPP/GDG
Diagramação
P55 Edição
Impressão e acabamento
Empresa Gráfica da Bahia