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PEÇAS PROFISSIONAIS
Tópico Observações
1 Endereçamento direcionar peça conforme regras de competência
redigir apenas se o enunciado indicar o nº do
2 Referência
procedimento
fundamentos legais relativos a:
3 Preâmbulo - atribuição do delegado (serão sempre iguais)
- medida pleiteada (variam conforme a medida)
tópico numerado: 1
circunstâncias fáticas (indicadas
4 Fatos no enunciado) relativas a:
- crime
- medida buscada
Tópico Observações
tópico numerado: 2
fundamentação e dispositivos legais relativos a:
- crime
5 Direito - medida pleiteada (requisitos e cabimento - fumus comissi
delicti e periculum libertatis ou periculum in mora)
OBS: em caso de mais de uma cautelar na mesma peça,
subdivida o tópico para cada pleito
tópico numerado: 3
solicitação expressa da medida
mencionar prazo, se houver
6 Pedido
requerer oitiva do MP, caso necessária
OBS: em caso de mais de uma cautelar na mesma peça,
subdivida o tópico para cada pleito
Pede deferimento
7 Fechamento Local, data
Delegado de Polícia (não assinar)
1. Endereçamento
Ex:
Referência: Inquérito Policial nº __/__
3. Preâmbulo
OBS1: localização também pode ser obtida com representação por quebra
de sigilo de dados informáticos
OBS: localização também pode ser obtida com representação por quebra
de sigilo de dados informáticos
Dicas específicas para identificar a peça - Comunicação
OBS: quando a cidade não for sede de comarca, o delegado pode decretar
por autoridade própria a medida protetiva de urgência de afastamento do
agressor do lar (art. 12-C da Lei 11.340/06)
PORTARIA
Prazo
Em regra não há prazo para instauração do IP, apenas para conclusão.
Exceção:
Art. 13-B, § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser
instaurado no prazo máximo de 72 horas, contado do registro da respectiva
ocorrência policial.
(investigação de crime de tráfico de pessoas ou correlatos, com representação
do Delegado pela obtenção de dados de localização)
Requisitos
Portaria
Cumpra-se.
Local e data
Delegado de Polícia
DECISÃO DE LAVRATURA DE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Aspectos Importantes
- caso o autuado não informe o nome de seu advogado, deve ser remetida
cópia integral para a Defensoria Pública em 24 horas (art. 306, §1º do CPP)
OBS 2: não se lavra APF nem se exige fiança contra condutor de veículo, nos
casos de sinistros de trânsito que resultem em vítima, se prestar pronto e
integral socorro àquela (art. 301 do CTB)
Procedimento
CPP, Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do
termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das
testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a
autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de
prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso
for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-
lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que Ihe
tenham ouvido a leitura na presença do acusado, do condutor e das
testemunhas.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-
lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que
tenham ouvido sua leitura na presença deste.
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação
sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.
Lei 12.830/13, Art. 2º (...)
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a
autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Peça Profissional - Decisão de Lavratura de APF
Aos __ dias de __ de __, nesta cidade de __, Estado do __, onde se achava
presente o delegado de Polícia que esta subscreve, compareceu o condutor
____, o qual fez a apresentação do conduzido ____, recebendo o termo de
entrega do preso, a fim de que fossem tomadas as providências legais.
Após análise prévia das versões, documentos e objetos, concluiu-se que estão
presentes os elementos suficientes da prática do crime de __ pelo conduzido, o
qual foi capturado na situação flagrancial __ (própria/imprópria/presumida).
Desse modo, nos termos do art. 304, §1º, do CPP, determina-se a prisão em
flagrante do conduzido, atendendo-se aos preceitos constitucionais e legais
pertinentes.
Assim, passou a autoridade policial a ouvir o condutor, que informou que __.
Em seguida, passou a autoridade a ouvir a testemunha __, que aduziu que __.
Ambos os depoimentos realizados mediante compromisso na forma lei, com
advertência das penalidades cominadas ao falso testemunho.
Em seguida, passou a autoridade a ouvir a vítima __, que declarou que __.
Após, a autoridade informou ao conduzido sobre os seus direitos
constitucionais, passando à sua qualificação, inclusive com questionamento
acerca de existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência, e o nome e o contato de responsável pelos cuidados.
Questionado, o preso informou que não possui advogado constituído.
Cientificado de seu direito ao silêncio, respondeu que __ / Avisado de seu
direito ao silêncio, permaneceu calado.
Em seguida, lavrou-se a nota de culpa do preso pela prática de crime de __,
tendo-lhe sido entregue mediante recibo.
Ato contínuo, foi comunicada a família/pessoa indicada.
Finalizando-se assim este auto de prisão em flagrante delito, lavrado pelo
escrivão e assinado pelo delegado de polícia, contendo também as assinaturas
de condutor, testemunha, vítima e preso em suas respectivas peças.
Em seguida, junta-se o despacho para a lavratura deste auto de prisão em
flagrante delito, devidamente assinado pelo Delegado de Polícia.
RELATÓRIO
Prazo
Investigado preso Investigado solto
10 dias
Crime de atribuição da Polícia prorrogável
Civil – Regra Geral por 15 dias 30 dias prorrogáveis
(art. 10 do CPP) (09/2024 - STF, ADI sucessivamente
6.298)
Crime de atribuição da Polícia 30 dias prorrogáveis
Federal 15 dias + 15 dias sucessivamente
(art. 66 da Lei 5.010/66)
Crime da Lei de Drogas 30 dias + 30 dias 90 dias + 90 dias
(art. 51 da Lei 11.343/06)
Crime da Lei de Economia
Popular 10 dias 10 dias
(art. 10, § 1º da Lei 1.521/51)
Procedimento de conclusão do inquérito policial
Relatório de Conclusão
:
2. Do Arquivamento
Finalizada a instrução, com base em todas as diligências narradas, ficou
evidenciada atipicidade / falta de indícios suficientes de materialidade e autoria
/ ausência de pressuposto processual ou condição da ação / excludente de
ilicitude / excludente de culpabilidade / excludente de punibilidade / violação à
razoável duração da investigação.
Destarte, com fulcro em análise técnico-jurídica do fato na condução da
investigação policial (art. 2º, §6º da Lei 12.830/13), deixo de indiciar __,
sugerindo ao Ministério Público o arquivamento do feito.
:
3. Da Prisão Preventiva
Todas as diligências listadas demonstram a presença do fumus comissi delicti
(verossimilhança da existência do crime e indícios de autoria).
Percebe-se, de igual modo, a existência de periculum libertatis (perigo do
estado de liberdade), consistente na garantia da ordem pública / garantia da
ordem econômica / conveniência da instrução criminal / assegurar a aplicação
da lei penal / dúvida sobre a identidade do agente..
Nada garante que o investigado, uma vez solto, continue oferecendo risco de
reiteração delitiva / continue colocando em perigo a produção de provas (ao
ameaçar testemunha / ao destruir ou ocultar provas) / continue se furtando à
investigação estatal.
Os fatos apresentados são contemporâneos, e deixam claro que medida
cautelar diversa da prisão não seria suficiente nesse momento.
A Constituição Federal permite que, por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente, o status libertatis excepcionalmente ceda
ante o interesse maior da coletividade, por meio de medida adequada,
necessária e proporcional.
Tendo em vista os motivos de fato e de direito expostos, com base no art. 5º,
LXI da Constituição Federal e art. 311 e seguintes do CPP, represento pela
prisão preventiva de __, para a garantia da ordem pública / garantia da ordem
econômica / conveniência da instrução criminal / assegurar a aplicação da lei
penal / sanar a dúvida sobre sua identidade, solicitando-se a expedição do
mandado.
Pugna-se pela oitiva do Ministério Público, e que a intimação da parte contrária
para manifestação em 5 dias ocorra somente depois do cumprimento da
diligência, tendo em vista a urgência e o perigo de ineficácia da medida.
4. Da Conclusão
Por meio desta investigação foi possível buscar a verdade em atuação
imparcial da Polícia Judiciária, desvendando a autoria e materialidade
Confeccionado o minucioso relatório, a Polícia Civil do Estado do __, por
intermédio desta autoridade policial, encerra este inquérito policial e o
encaminha para a análise do Poder Judiciário, e posterior apreciação do
Ministério Público.
Local e data
Delegado de Polícia
PRISÃO PREVENTIVA
Requisitos
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de
liberdade do imputado.
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de
descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras
medidas cautelares (art. 282, § 4o).
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e
fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
Cabimento
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima
superior a 4 (quatro) anos;
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a
execução das medidas protetivas de urgência;
§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.
Decretação e Procedimento
Art. 316.
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
OBS: continua inexistindo prazo da prisão preventiva; foi criado prazo para
reanálise de sua necessidade pelo juiz
Prisão Temporária Prisão Preventiva
- 5d + 5d (crimes em geral)
Prazo não possui
- 30d + 30d (crimes hediondos)
- inquérito policial
Momento inquérito policial
- processo penal
- delegado
- delegado - membro do MP
Legitimidade
- membro do MP - querelante
- assistente
Competência Juiz (não cabe de ofício)
Requisitos fumus comissi delicti e periculum libertatis
Prisão Temporária Prisão Preventiva
periculum libertatis:
periculum libertatis:
- garantia da ordem pública
- imprescindível para as
- garantia da ordem econômica
investigações do inquérito
- conveniência da instrução
policial
criminal
- indicado não tiver residência
Requisitos - assegurar a aplicação da lei
fixa ou não fornecer
penal
elementos necessários ao
- dúvida sobre a identidade ou
esclarecimento de sua
quando esta não fornecer
identidade (não pode ser
elementos suficientes para
interpretado isoladamente)
esclarecê-la
- rol taxativo do art. 1º da Lei
7.960/89
Cabimento - crimes do art. 313 do CPP
- rol de crimes hediondos e
equiparados da Lei 8.072/90
Prisão Temporária Prisão Preventiva
- fatos novos ou contemporâneos
Pressupostos - não cabimento de medida cautelar diversa da prisão
OBS: previstos expressamente apenas no CPP
Peça Profissional - Prisão Preventiva
2. Do Direito
As diligências realizadas no bojo do inquérito policial em epígrafe evidenciam a
materialidade delitiva. Constam nos autos __.
Incidiu o agente, portanto, no crime hospedado no art. __ do CP / da Lei __,
que se insere nas hipóteses de cabimento da prisão preventiva.
Presente está, portanto, o fumus comissi delicti (verossimilhança da existência
do crime e indícios de autoria).
Percebe-se, de igual modo, a existência de periculum libertatis (perigo do
estado de liberdade), consistente na garantia da ordem pública / garantia da
ordem econômica / conveniência da instrução criminal / assegurar a aplicação
da lei penal / dúvida sobre a identidade do agente..
Nada garante que o investigado, uma vez solto, continue oferecendo risco de
reiteração delitiva / continue colocando em perigo a produção de provas (ao
ameaçar testemunha / ao destruir ou ocultar provas) / continue se furtando à
investigação estatal.
Os fatos apresentados são contemporâneos, e deixam claro que medida
cautelar diversa da prisão não seria suficiente nesse momento.
A Constituição Federal preocupou-se em salvaguardar a liberdade de
locomoção dos cidadãos. Todavia, admite a prisão em algumas hipóteses,
dentre outras, por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente. O status libertatis deve excepcionalmente ceder ante o interesse
maior da coletividade, por meio de medida adequada, necessária e
proporcional. Com efeito, é admissível a prisão preventiva no bojo deste
inquérito policial, sendo imprescindível para o desfecho desta persecução
penal.
3. Do Pedido
Tendo em vista os motivos de fato e de direito expostos, a Polícia Civil do
Estado do __, por intermédio desta autoridade policial, representa pela prisão
preventiva de __, para a garantia da ordem pública / garantia da ordem
econômica / conveniência da instrução criminal / assegurar a aplicação da lei
penal / sanar a dúvida sobre sua identidade, solicitando-se a expedição do
mandado.
Pugna-se pela oitiva do Ministério Público, e que a intimação da parte contrária
para manifestação em 5 dias ocorra somente depois do cumprimento da
diligência, tendo em vista a urgência e o perigo de ineficácia da medida.
Local e data
Delegado de Polícia
PRISÃO TEMPORÁRIA
Requisitos
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos
necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida
na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes
crimes:
2. Do Direito
As diligências realizadas no bojo do inquérito policial em epígrafe evidenciam a
materialidade delitiva. Constam nos autos __.
Incidiu o agente, portanto, no crime hospedado no art. __ do CP / da Lei __,
que se insere na lista de cabimento da prisão temporária.
Presente está, portanto, o fumus comissi delicti (verossimilhança da existência
do crime e indícios de autoria).
Percebe-se, de igual modo, a existência de periculum libertatis (perigo do
estado de liberdade), consistente na ausência de residência fixa / ausência de
fornecimento de elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade.
Nada garante que o investigado, uma vez solto, continue se furtando à
investigação estatal.
Os fatos apresentados são contemporâneos, e deixam claro que medida
cautelar diversa da prisão não seria suficiente nesse momento.
A Constituição Federal preocupou-se em salvaguardar a liberdade de
locomoção dos cidadãos. Todavia, admite a prisão em algumas hipóteses,
dentre outras, por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente. O status libertatis deve excepcionalmente ceder ante o interesse
maior da coletividade, por meio de medida adequada, necessária e
proporcional. Com efeito, é admissível a prisão temporária no bojo deste
inquérito policial, a qual, aliás, assume contornos de imprescindibilidade para
as investigações.
3. Do Pedido
Tendo em vista os motivos de fato e de direito expostos, a Polícia Civil do
Estado do __, por intermédio desta autoridade policial, representa pela prisão
temporária de __, pelo prazo de 5 / 30 dias, para possibilitar sua identificação /
verificar eventual existência de residência fixa, solicitando-se decisão em 24
horas e a expedição do mandado contendo o período de duração e o dia em
que o preso deve ser libertado.
Pugna-se pela oitiva do Ministério Público, e que a intimação da parte contrária
para manifestação em 5 dias ocorra somente depois do cumprimento da
diligência, tendo em vista a urgência e o perigo de ineficácia da medida.
Local e data
Delegado de Polícia
INFILTRAÇÃO POLICIAL
Requisitos
2. Do Direito
As diligências realizadas no bojo do inquérito policial em epígrafe evidenciam a
materialidade delitiva. Constam nos autos __.
Incidiu o agente, portanto, no crime hospedado no art. __ do CP / da Lei __,
que se insere nas hipóteses de cabimento da infiltração policial presencial /
infiltração policial virtual.
Presente está, portanto, o fumus comissi delicti (verossimilhança da existência
do crime e indícios de autoria).
Percebe-se, de igual modo, a existência de periculum in mora (perigo da
demora), consistente no risco de crimes graves continuarem a ser praticados,
ofendendo bens jurídicos alheios.
Nessa linha, convém observar que a Lei 12.850/13 / Lei 11.343/06 / Lei
9.613/98 / ECA, com o intuito de assegurar que as provas do crime possam ser
coletadas, dispõe que a autoridade policial, ante a impossibilidade de colher
elementos de convicção suficientes por outros meios, possa solicitar a
infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação.
O caso concreto evidencia que a medida é adequada, necessária e
proporcional.
O agente policial, ao ocultar sua real identidade e se passar por delinquente,
deve se infiltrar presencialmente / virtualmente no seio criminoso para,
ganhando a confiança do infrator, colher o máximo de provas e identificar o
suspeito.
O limite de atuação deve observar proporcionalidade com a estrita finalidade
da investigação, sem ter seu disfarce descoberto e colocar sua vida em risco.
Deve ter uma atuação mais passiva, de observação de atos espontâneos do
investigado, e não de induzir à prática de crimes.
Havendo risco iminente, a operação será sustada mediante requisição.
Ao final, será confeccionado relatório circunstanciado.
3. Do Pedido
Tendo em vista os motivos de fato e de direito expostos, a Polícia Civil do
Estado do __, por intermédio desta autoridade policial, representa pela
infiltração policial presencial / infiltração policial virtual do agente __, pelo prazo
inicial de 6 meses / 90 dias.
Solicita-se o estabelecimento dos limites da atuação do agente policial, bem
como a preservação de sua identidade.
Pugna-se pela oitiva do Ministério Público, e que a intimação da parte contrária
para manifestação em 5 dias ocorra somente depois do cumprimento da
diligência, tendo em vista a urgência e o perigo de ineficácia da medida.
Termos em que pede deferimento.
Local e data
Delegado de Polícia
QUEBRA DE SIGILO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO
Fundamentos Legais
art. 5º, X da CF (dados pretéritos) - são invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
2. Do Direito
As diligências realizadas no bojo do inquérito policial em epígrafe evidenciam a
materialidade delitiva. Constam nos autos __.
Incidiu o agente, portanto, no crime hospedado no art. __ do CP / da Lei __,
em relação ao qual é cabível a quebra de sigilo de dados de localização.
Presente está, portanto, o fumus comissi delicti (verossimilhança da existência
do crime e indícios de autoria).
Percebe-se, de igual modo, a existência de periculum in mora (perigo da
demora), consistente no risco de crimes graves continuarem a ser praticados,
ofendendo bens jurídicos alheios.
Não se ignora que a Constituição protege a intimidade e a vida privada (art. 5º,
X), e salvaguarda também as comunicações de dados e telefônicas (art. 5º,
XII). Segundo o STF, enquanto o inciso X tutela os dados estáticos
(armazenados, tais quais históricos de chamadas), o inciso XII resguarda a
comunicação dos dados (dinâmicos, a exemplo das comunicações telefônicas).
Todavia, tais direitos não são absolutos, não podendo servir como escudo
protetivo para práticas ilícitas.
Nessa linha, convém observar que o CPP / Marco Civil da Internet, com o
intuito de conferir eficácia à investigação, dispõe que a autoridade policial pode
solicitar autorização judicial para a remessa por empresas de telefonia de
sinais e informações que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos de
crimes relacionados ao tráfico de pessoas / a remessa por empresas
provedoras de registros de conexão ou de acesso a aplicações de internet.
O caso concreto evidencia que a medida é adequada, necessária e
proporcional.
Como se nota, os vestígios colhidos evidenciam que não há outro caminho
para esta apuração criminal senão a decretação dessa excepcional medida.
3. Do Pedido
Tendo em vista os motivos de fato e de direito expostos, a Polícia Civil do
Estado do __, por intermédio desta autoridade policial, representa pela quebra
de sigilo de dados de localização do suspeito__, para que a empresa de
telefonia forneça sinais e informações que permitam a localização da vítima ou
dos suspeitos pelo prazo inicial de 30 dias / para que a empresa provedora
forneça registros de conexão ou de acesso a aplicações de internet, referente
ao lapso temporal entre __ e __.
Pugna-se pela oitiva do Ministério Público, e que a intimação da parte contrária
para manifestação em 5 dias ocorra somente depois do cumprimento da
diligência, tendo em vista a urgência e o perigo de ineficácia da medida.
Termos em que pede deferimento.
Local e data
Delegado de Polícia
MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA (REPRESENTAÇÃO)
Lei 11.340/06, Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial
adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles
previstos no Código de Processo Penal:
III - remeter, no prazo de 48 horas, expediente apartado ao juiz com o pedido
da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
CPP, Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas