PREVALÊNCIA DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
HIPERTENSIVAS DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
INTRODUÇÃO
A crise hipertensiva é o aumento súbito da pressão
arterial, acompanhada por sintomas, que podem ser
leves ou graves, com ou sem lesão aguda de órgãos-
alvo. Sendo classificada em urgência hipertensiva e
emergência hipertensiva a partir dos achados clínicos.
OBJETIVO
Esse estudo visa analisar a prevalência das internações
de caráter urgente a partir da hipertensão arterial
sistêmica antes e durante a pandemia do COVID-19 no
município de Salvador – BA e correlacionar conforme a
faixa etária e gênero.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir
de dados colhidos do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH – SUS), no site do
Departamento de Informática do SUS, acessado em
05/02/2023. Incluíram-se pacientes hospitalizados
vítimas de hipertensão em Salvador-BA. Foi feita uma
análise dos dados epidemiológicos, utilizando as
variáveis gênero, faixa etária e ano/ mês de
processamento.
RESULTADOS
Durante o período analisado, houve um total de 5.266
internações por crises hipertensivas em Salvador-BA.
Em relação a faixa etária, a prevalência é maior no
sexo feminino, sendo que em idosos a partir de 60-69
anos, as mulheres representam quase 3x a quantidade
dos homens. E entre a faixa etária dos 80 anos o valor
chega a crescer 4x mais quando comparado aos
homens acometidos pela mesma doença. Isso se deve
ao fato de que as mulheres possuem uma maior
predisposição para desencadear doenças
hipertensivas, devido a uma série de elementos como:
metabolismo, carga hormonal, fatores
Mulheres
psicossomáticos. No que tange ao ano de
processamento, foi feita uma comparação entre os
anos de 2018 – 2019 – 2020 - 2021 e 2022 e observou-se
que durante o período mais crítico da pandemia do
COVID-19 (2020 e 2021) houve uma drástica redução
de caso sendo que o ano de 2018 possuiu 34,77% dos
casos acometidos, 2019 obteve 32,60%, 2020 atingiu
10,9% dos casos, 2021 possuiu 8,16%, isso evidencia
que durante a pandemia pelo vírus COVID-19, houve
uma baixa demanda de internações por hipertensão.
Nathaly Haianne Oliveira Sampaio¹, João Paulo de Carvalho Santos²
1. Centro Universitário UNIFTC, campus Paralela, Salvador-BA;
2. Universidade Federal da Bahia - UFBA, campus Salvador-BA
E-mail para contato: nathaly.sampaio@ftc.edu.br
CONCLUSÕES
As causas da hipertensão arterial sistêmica são
múltiplas e elas interferem diretamente na qualidade
de vida das pessoas. A redução do número de
internações devido a urgências hipertensivas e
internação de caráter eletivo no período analisado se
deve ao contexto de isolamento social imposto pela
pandemia do SARS-CoV-2, uma vez que muitos
pacientes preferiram não receber acompanhamento
médico por medo do risco da contaminação pelo
vírus. Além disso, durante o período mais crítico da
pandemia, muitas doenças foram “negligenciadas”
em detrimento do COVID-19 que recebeu todo
protagonismo, o que corroborou ainda mais para
diminuição dos internamentos por hipertensão.
Portanto, a pandemia do COVID-19 influenciou
negativamente em diversos âmbitos da vida do ser
humano, incluindo o atendimento de doenças
hipertensivas.
Homens Mulheres
1.500
1.000
500
0
2018 2019 2020 2021 2022
Homens
23.7%
Gráfico 1: A representação gráfica
constata os números de vítimas
acometidas de acordo com a sexo,
demonstrando um maior acometimento
de mulheres entre o periodo de 2018-
2022.
76.3%
Gráfico 2: É demonstrado a diferença
significativa no que tange ao número de
mulheres acometidas comparado com o
número de homens.
BIBLIOGRAFIA:
-Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema
Único de Saúde (DATASUS).
Disponível em http://www.datasus.gov.br. Acessado em:
05/02/2023.