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Nível Fundamental
PROGRAMA:
Língua Portuguesa
Ética no Serviço Público
Matemática
Conhecimentos Técnicos
D DIDATICON
EDITORA
LÍNGUA PORTUGUESA
ÍNDICE
GRAMÁTICA
PARTE I – FONÉTICA / FONOLOGIA
1. CONCEITO..................................................................................................................................................................................................3
2. FONEMA......................................................................................................................................................................................................3
3. FONEMAS VOCÁLICOS.............................................................................................................................................................................3
4. FONEMAS CONSONANTAIS.....................................................................................................................................................................3
5. DÍGRAFO.....................................................................................................................................................................................................3
6. DIVISÃO SILÁBICA.....................................................................................................................................................................................4
7. ORTOGRAFIA.............................................................................................................................................................................................4
8. EMPREGO DO HÍFEN.................................................................................................................................................................................5
9. ACENTUAÇÃO GRÁFICA..........................................................................................................................................................................5
10. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO..............................................................................................................................................................6
11. APÊNDICE...................................................................................................................................................................................................8
12. EXERCÍCIOS...............................................................................................................................................................................................9
13. GABARITO .................................................................................................................................................................................................10
PARTE II – MORFOLOGIA
1. CONCEITO..................................................................................................................................................................................................11
2. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS...........................................................................................................................................11
3. CLASSES DE PALAVRAS..........................................................................................................................................................................12
4. EXERCÍCIOS...............................................................................................................................................................................................23
5. GABARITOS................................................................................................................................................................................................28
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1. COMUNICAÇÃO.........................................................................................................................................................................................53
2. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO...................................................................................................................................................................53
3. NÍVEIS DE LINGUAGEM OU REGISTROS LINGUÍSTICOS.....................................................................................................................54
4. A NOÇÃO DE TEXTO.................................................................................................................................................................................54
5. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.............................................................................................................................................56
6. TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS.............................................................................................................................................57
7. NÍVEIS DE LINGUAGEM............................................................................................................................................................................57
8. GÊNERO TEXTUAL....................................................................................................................................................................................58
9. TIPOLOGIA TEXTUAL ...............................................................................................................................................................................58
10. FUNÇÕES DA LINGUAGEM.......................................................................................................................................................................59
11. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS......................................................................................................................................................................59
12. EXERCÍCIOS...............................................................................................................................................................................................60
13. GABARITO..................................................................................................................................................................................................69
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GRAMÁTICA Tritongo: ocorre quando juntamos três sons vocálicos numa
única sílaba: iguais; quão.
PARTE I – FONÉTICA / FONOLOGIA O tritongo se classifica, quanto à pronúncia, como:
Oral: quando o som sai apenas pela boca: iguais.
1. CONCEITO Nasal: quando o som sai pela nariz: quão.
Fonologia é a parte da gramática que trata dos sons pro-
Hiato: ocorre quando colocamos, simultaneamente, em
duzidos pelo ser humano para a comunicação, em relação a
uma palavra duas vogais, que pertencem a sílabas diferentes:
determinada língua.
sa-í-da; co-o-pe-rar; ga-ú-cho.
2. FONEMA ENCONTROS CONSONANTAIS
O s fonemas são os elementos sonoros mais simples da É o encontro de sons consonantais simultâneos dentro da
língua, capazes de estabelecer distinção entre duas palavras. palavra. Podem ser classificados de acordo com o modo como
Como em: sua e tua. Note que a distinção entre uma e outra se apresentam.
palavra são os fonemas /se/ e /te/. Encontros consonantais perfeitos: sons consonantais
Não podemos confundir letras com fonemas, pois letra é a que pertencem à mesma sílaba: pro-ble-ma; psi-co-lo-gi-a;
representação gráfica de um som. pe-dra.
M - letra eme> som /me/. Encontros consonantais imperfeitos: sons consonantais
J - letra jota > som /je/. que pertencem a sílabas diferentes: dig-no; per-fei-to; ar-tis-ta.
H - letra agá > não existe som para essa letra.
Nem sempre ao número de letras corresponde o mesmo 5. DÍGRAFO
número de fonemas. Veja: Ocorre quando duas letras representam um único som:
TÁXI:
CH - chá AM - tampa
4 letras: t, a, x, i.
LH - telha EM - tempo
5 fonemas: /te/, /a/, /ke/, /se/, /i/.
NH - ninho IM - tímpano
Os fonemas se dividem em dois grupos:
GU - foguete OM - tombo
Fonemas vocálicos: representam as vogais.
QU - quilo UM - tumba
Fonemas consonantais: representam as consoantes
RR - carro AN - anta
3. FONEMAS VOCÁLICOS SS - assado EN - entortar
São eles: A, E, I, O, U. Dividem-se em dois grupos: SC - descer IN - interno
Vogais SÇ - desço ON - onda
São a base da sílaba em Língua Portuguesa. Há apenas XC - exceto UN - unta
uma vogal em cada sílaba: sa-pa-to; ca-fé; u-si-na. XS - exsudar
Semivogais
São fracas em relação à vogal. As letras I e U, quando Nota: Os grupos GU e QU, quando trazem o U pronunciado,
acompanham outra vogal numa mesma sílaba, são as semivo- não representam dígrafos, pois nesse caso G e Q têm um som
gais. As letras E e O também serão semivogais quando forem e U tem outro: aguentar; sagui; tranquilo; aquoso.
átonas, acompanhando outra vogal. Veja: SÍLABA
cá-rie: É a junção de fonemas numa única emissão de ar. Cada vez
/i/ é semivogal que se expele o ar do pulmão passando pelo aparelho fonador
/e/ é vogal (boca ou boca e nariz), temos uma sílaba.
tou-ro: De acordo com o número de sílabas, a palavra será clas-
/o/ é vogal sificada como:
/u/ é semivogal Monossílaba - uma única sílaba: chá, pé, me, lhe.
Dissílaba - duas sílabas: café, sofá, onça, digno.
4. FONEMAS CONSONANTAIS
Trissílaba - três sílabas: copinho, socorro, agora.
São: B, C, D, F, G, H , J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z.
Polissílaba - quatro ou mais sílabas: limonada, chocolate-
ENCONTROS VOCÁLICOS
zinho, desenvolvimento.
São eles: o ditongo, o tritongo e o hiato.
Ditongo TONICIDADE
Ocorre quando juntamos dois sons vocálicos numa única As sílabas de uma palavra podem ser fortes ou fracas. As
sílaba: ca-iu; viu; tou-ro;den-tais. sílabas fortes são chamadas de TÔNICA, e as sílabas fracas
Os ditongos são classificados de acordo com a sua forma- são chamadas de ÁTONAS.
ção e a sua pronúncia. paralelepípedo: PI é a sílaba tônica, as outras são átonas.
De acordo com a formação, o ditongo pode ser: sapato: PA é a sílaba tônica, as outras são átonas.
Crescente: começa com semivogal e termina com vogal:
cárie, história, tênue. Nota: Em cada palavra, há apenas uma sílaba forte; todas
Decrescente: começa com vogal e termina com semivogal: as outras serão fracas.
touro, dentais, peixe. As palavras monossílabas, por possuírem apenas uma
sílaba, devem ser chamadas de tônicas ou átonas:
De acordo com a pronúncia, o ditongo pode ser: Monossílaba tônica- possui sentido próprio quando está
Oral: quando o som sai completamente pela boca: tênue, só: chá, pá, mês.
dentais. Monossílaba átona- não possui sentido próprio quando
Nasal: quando o som sai pelo nariz: pão, mãe, também, está só: com, em, lhe.
cantaram. Palavras com duas ou mais sílabas são classificadas de
acordo com a posição que a sílaba tônica ocupa dentro da
Nota: AM e EM, em final de palavras, representam ditongos
palavra:
decrescentes nasais. Perceba que os sons que ouvimos são: /
Oxítona- é a palavra cuja última sílaba é forte: café, ma-
tã-bei/ e /cã-ta-rau/.
racujá, ananás.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Paroxítona- é a palavra cuja penúltima sílaba é forte: sa- Nota: Esses sinais são também chamados de notações
pato, educado, revólver. léxicas.
Proparoxítona- é a palavra cuja antepenúltima sílaba é
forte: lâmpada, metafísica, pássaro. Dificuldades Ortográficas:
- Uso do “S”
FORMAS VARIANTES a) depois de ditongos: coisa, faisão, mausoléu, maisena,
Algumas palavras podem ter pronúncia variável. Veja: lousa.
acróbata ou acrobata b) em nomes próprios com som de /z/: Neusa, Brasil,
biópsia ou biopsia Sousa, Teresa.
biótipo ou biótipo c) no sufixo -oso (cheio de): cheiroso, manhoso, dengoso,
boêmia ou boemia gasosa.
necrópsia ou necropsia d) nos derivados do verbo querer: quis, quisesse.
xérox ou xerox e) nos derivados do verbo pôr: pus, pusesse.
Nota: Ortoépia é a parte da gramática que trata da correta f) no sufixo -ense, formador de adjetivo: canadense,
pronúncia das palavras. Quando cometemos um engano de paranaense, palmeirense.
pronúncia, surge a prosódia. g) no sufixo -isa, indicando profissão ou ocupação
rubrica- sílaba tônica = bri (o erro prosódico comum é feminina: papisa, profetisa, poetisa.
pronunciar a sílaba ru como forte). h) nos sufixos -ês/-esa, indicando origem, nacionalida-
ínterim- sílaba tônica = ín (o erro prosódico comum é pro- de ou posição social: calabrês, milanês, português, norueguês,
nunciar a sílaba rim como forte) japonês, marquês, camponês, calabresa, milanesa, portuguesa,
norueguesa, japonesa, marquesa, camponesa.
6. DIVISÃO SILÁBICA i) nas palavras derivadas de outras que possuam S
A divisão da palavra em sílabas é feita pela soletração. no radical: casa = casinha, casebre, casarão, casario; atrás =
Basta pronunciar com calma a palavra para sabermos quantas atrasado, atraso; paralisia = paralisante, paralisar, paralisação;
sílabas ela contém. Há algumas regras que facilitam a separa- análise = analisar, analisado.
ção de sílabas: j) nos derivados de verbos que tragam o encontro con-
Separam-se: sonantal -nd: pretende = pretensão; suspender = suspensão;
a) hiato: sa-í-da,ba-la-ús-tre; expandir = expansão.
b) encontro consonantal imperfeito: dig-no, ca-rac-te-
-rís-ti-ca; - Uso do “Z”
c) dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC, XS: car-ro, as-sa-do, a) nas palavras derivadas de primitiva com Z: cruz =
des-cer, des-ço, ex-ce-ção, ex-su-dar. cruzamento, juiz = ajuizar, deslize = deslizar.
Não se separam: b) nos sufixos -ez/-eza, formadores de substantivos
a) ditongo: cá-rie, á-gua; abstratos a partir de adjetivos: altivo = altivez; mesquinho =
b) tritongo: i-guais, quão; mesquinhez; macio = maciez; belo = beleza; magro = magreza.
c) encontro consonantal perfeito: pro-va, clas-se; c) no sufixo -izar, formador de verbos: hospital = hos-
d) dígrafos CH, LH, NH, GU, QU, AM, EM, IM, OM, UM, pitalizar; canal = canalizar; social = socializar; útil = utilizar;
AN, EN, IN, ON, UN: cha-lei-ra, te-lha, vi-nho, guer-ra, que-ro, catequese = catequizar.
âm-bar, Em-bu, im-pa-la, om-bro, um-bigo, can-to, ven-to, tin-ta, Quando usamos apenas -r ou -ar para formar um verbo,
ton-to, tun-dra. aproveitamos o que já existe na palavra primitiva: pesquisa =
Notas: pesquisar, análise = analisar, deslize = deslizar.
a) Qualquer consoante solta dentro da palavra, que não d) nos verbos terminados em -uzir e seus derivados:
forme sílaba com vogal posterior, pertencerá sempre à sílaba conduzir, conduziu, conduzo; deduzir, deduzo, deduzi; produzir,
anterior: tungs-tê-nio; e-clip-se; e-gíp-cio; feldspa-to.
produzo, produziste.
b) prefixo + vogal - formam sílaba normalmente: tran-sa-
e) no sufixo -zinho, formador de diminutivo: cãozinho,
-tlân-ti-co; su-ben-tender.
pezinho, paizinho, mãezinha, pobrezinha.
c) prefixo + consoante - isola-se o prefixo e depois separam-
-se as sílabas restantes: sub-li-nhar; ab-rup-to; trans-por-te. Nota: Se acrescentarmos apenas -inho, aproveitamos a
letra da palavra primitiva: casinha, vasinho, piresinho, lapisinho,
7. ORTOGRAFIA juizinho, raizinha.
Ortografia vem do grego “orthós” = direito + “gráphein” =
- Uso do “H”
escrever. Os sons da fala são representados por sinais gráficos,
chamados letras, e além delas usamos outros sinais, chamados a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o jus-
auxiliares. tifique: hábil, harpa, hiato, hóspede, húmus, herbívoro, hélice.
São eles: Obs.: Escreve-se com H o topônimo BAHIA, quando se
a) Hífen (-)- usado para ligar elementos de palavras com- aplica ao Estado.
postas, para ligar pronomes enclíticos aos verbos e para indicar b) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se
a translineação textual (divisão silábica em final de linha): super- elas formarem um composto ou derivado sem hífen: desa-
-homem, ajudou-me, questiona-mento. bitado, desidratar, desonra, inábil, inumano, reaver.
b) Til (~)- usado para marcar a nasalização de um som
Obs.: Nos compostos ou derivados com hífen, o H perma-
vocálico: irmã.
c) Cedilha (ç)- coloca-se sob o c, antes das vogais a, o e nece: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem.
u: açaí, castiço, açúcar. c) no final de interjeições: ah! oh! ih!
d) Apóstrofo (’)- marca a supressão de um som: copo - Uso do “X”
d’água, minh’alma. a) normalmente após ditongo: caixa, peixe, faixa, trouxa.
e) Acentos gráficos:
▪agudo (´)- representa um som aberto: sofá. Obs.: Caucho e seus derivados (recauchutar, recauchuta-
▪circunflexo (^)- representa um som fechado: você. gem) são escritos com CH.
▪grave (`) - representa a fusão de vogais idênticas (crase): b) normalmente após a sílaba inicial en-: enxaqueca,
àquele. enxada, enxoval, enxurrada.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Usaremos CH depois da sílaba inicial en- caso ela seja c) para separar as sílabas de uma palavra, inclusive na
derivada de uma com CH: de cheio = encher, enchimento, translineação (mudança de linha): a-ba-ca-xi, se-pa-ra-do.
enchente de charco = encharcado de chumaço = enchumaçado
de chiqueiro = enchiqueirar Hífen com prefixos e pseudoprefixos ante-, anti-, circum-,
c) depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexerica. co-, contra-, des-, entre-, extra-, hiper-, in-, infra-, inter-, intra-,
Obs.: Mecha e seus derivados são com CH. sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-,
eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-,
- Uso do “SS”
neo-, pan-, pluri-, pre-, pro-, proto-, pseudo-, re-, retro-, semi-,
Emprega-se nas seguintes relações:
tele- etc. Emprega-se o hífen nos seguintes casos:
a) ced - cess: ceder - cessão, conceder - concessão -
a) Antes de h: anti-higiênico, circum-hospitalar, contra-
concessionário.
-harmônico, extra-humano, sub-hepático, super-homem, ultra-
b) gred - gress: agredir - agressão, regredir - regressão.
-hiperbólico; arqui-hipérbole, eletro-higrômetro, geo-história,
c) prim - press: imprimir - impressão, oprimir - opressão.
neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar.
d) tir - ssão: discutir - discussão, permitir - permissão.
Notas:
Uso do “Ç” 1: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que
a) nas palavras de origem árabe, tupi ou africana: aça- contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo
frão, açúcar, muçulmano, araçá, Paiçandu, miçanga, caçula. elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil, inumano.
b) após ditongo: louça, feição, traição. 2: Nas formações com os prefixos circum- e pan-, também
c) na relação ter - tenção: abster - abstenção, reter - re- se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por
tenção. vogal, h, m, n: circum-escolar, circum-hospitalar, circum-murado,
- Uso do “G” circum-navegação; pan-africano, pan-harmônico, pan-mágico,
a) nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, pan-negritude.
-úgio: pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio. Atenção: Nos casos em que o prefixo “circum-” anteceder
b) nas palavras femininas terminadas em -gem: gara- uma sílaba que obriga ao uso do “n” (pois só se usa “m” antes
gem, viagem, escalagem, vagem. de “b” e “p”), deve-se modificar a grafia do prefixo: circunlunar.
Obs.: Pajem e lambujem são exceções à regra. b) Nas formações em que o prefixo/pseudoprefixo ter-
mina na mesma letra com que se inicia o segundo elemento:
- Uso do “J” anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supraauricular; arqui-
a) na terminação -aje: ultraje, traje, laje. -irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-
b) nas formas verbais terminadas em -jar e seus deri-
-interno; ad-digital; hiper-requintado; sub-barrocal; sub-base;
vados: arranjar, arranjem; viajar, viajem; despejar, despejem.
c) em palavras de origem tupi: jiboia, pajé, jenipapo. Obs.: Nas formações com o prefixo co-, pre-, pro-, re-,
d) nas palavras derivadas de outras que se escrevem estes se aglutinam em geral com o segundo elemento mesmo
com J: ajeitar (de jeito), laranjeira (de laranja). quando iniciado por e ou o: coobrigação, coocupante, coorde-
nar, cooperação, cooperar, preeminente, preeleito, preenchido,
- Uso do “I” proativo, reedição, reeleição.
a) no prefixo anti-, que indica oposição: antibiótico, c) Nas formações com os prefixos além-, aquém-, bem-,
antiaéreo. ex-, pós-, pré-, pró-, recém-, sem-, sota-/soto-, vice-/vizo-:
b) nos verbos terminados em -air, -oer e -uir e seus além-Atlântico, aquém-Pirineus, bem-criado, bem-vindo, ex-al-
derivados: sair - sais, sai; cair - cais, cai; moer - móis, mói; roer mirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, ex-primeiromi-
- róis, rói; possuir - possuis, possui; retribuir - retribuis, retribui. nistro, ex-rei, pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-natal,
- Uso do “E” pró-africano, pró-europeu, recém-eleito, sem-cerimônia, sem-
a) nas formas verbais terminadas em -oare -uare seus -vergonha, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor.
derivados: perdoar - perdoes, perdoe; coar - coes, coe; conti-
Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem- aparece
nuar - continues, continue; efetuar - efetues, efetue.
aglutinado ao segundo elemento: benfazejo, benfeito, benque-
b) no prefixo -ante, que expressa anterioridade: anteon-
rença, benfazer, benquerer.
tem, antepasto, antevéspera.
d) Nas formações com o prefixo mal-, emprega-se hífen
- Uso do “SC” quando o segundo elemento começa por vogal, h ou l: mal-
Não há regras para o uso de SC; sua presença é inteira- -afortunado, mal-entendido, mal-humorado, mal-informado,
mente etimológica. mal-limpo.
e) Nas formações com prefixos ab-, ob-, sob-, sub-, ad-,
8. EMPREGO DO HÍFEN
O uso do hífen é meramente convencional. Algumas regras cujo elemento seguinte se inicia por r: ab-rupto, ob-rogar, sob-
esclarecem poucos problemas, mas muitos serão resolvidos -roda, sub-reitor, ad-renal, ad-referendar.
apenas com a consulta ao dicionário. Ainda assim alguns gra- Hífen com sufixos
máticos divergem em determinados casos. Nas formações por sufixação, apenas se emprega o hífen
Observe o que diz o Formulário Ortográfico da Língua nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani
Portuguesa: “Só se ligam por hífen os elementos das palavras que representam formas adjetivas, como -açu, - guaçu e -mi-
compostas em que se mantém a noção de composição, isto rim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada
é, os elementos das palavras compostas que mantêm a sua graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica
independência fonética, conservando cada um a sua própria dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu,
acentuação, porém formando o conjunto perfeita unidade de capim-açu, Ceará-Mirim.
sentido”. Exemplos: couve-flor, grão-duque etc. Veja, em linhas
gerais, o uso desse sinal: 9. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
a) para ligar as partes de adjetivo composto: verde-claro, Os acentos gráficos marcam a sílaba tônica:
azul-marinho, luso-brasileiro. a) grave ( ` ) - para indicar crase. Ex. Fomos à escola.
b) para ligar os pronomes mesoclíticos ou enclíticos: b) agudo - para som aberto: café, cipó.
amá-lo-ei, far-me-á, dê-me, compraram-na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) circunflexo - para som fechado: você, complô. IV) Proparoxítonas
O sinal gráfico modifica o som de qualquer sílaba: Todas são acentuadas: lânguido, física, trópico, álibi,
d) til (~) - nasalizador de vogais: romã, maçã, ímã, órfão. hábitat, déficit, lápide.
Obs.: O til substitui o acento gráfico quando os dois recaem
sobre a mesma sílaba: irmã, romãs. V) Regras especiais:
a) Ditongos abertos: são acentuados os ditongos abertos
Regras gerais ÉI, ÉU, ÓI em palavras monossílabas e oxítonas: méis, coronéis,
I) Monossílabas tônicas
céu, chapéu, mói, herói, anéis, fiéis, corrói, dói;
Recebem acento as terminadas em
b) I e U tônicos:
-a(s): pá, já, má, lá, trás, más, chás;
I e U tônicos recebem acento se cumprirem as seguintes
-e(s): pé, fé, Sé, mês, três, rés
determinações:
-o(s): pó, só, dó, cós, sós, nós
II) Oxítonas ▪ devem ser precedidos de vogais que não sejam eles
Recebem acento as terminadas em próprios nem ditongos;
-a(s): sofá, maracujá, Paraná, ananás, marajás, atrás; ▪ devem estar sozinhos na sílaba (ou com o -s);
-e(s): Pelé, café, você, freguês, holandês, viés; ▪ não devem ser seguidos de -nh.
-o(s): complô, cipó, trenó, retrós, compôs, avós; Exemplos: saída, juízes, saúde, viúva, caíste, saístes,
-em: amém, também, armazém; balaústre, baús, faísca.
-ens: parabéns, reféns, armazéns;
VI) Acento diferencial nos verbos TER e VIR (e seus
III) Paroxítonas derivados) Recebe acento diferencial a 3ª pessoa do plural
Recebem acento as terminadas em:
do presente do indicativo: eles têm, eles vêm, eles retêm, eles
-l: fácil, difícil;
intervêm.
-i(s): táxi, júris;
-is: tênis, lápis; Obs.: A 3ª pessoa do singular desses verbos segue a regra
-r: mártir, dólar; geral de acentuação:
-x: tórax; Félix; a) ele tem, ele vem (monossílabas tônicas terminadas em
-ã(s): órfã, ímãs; “m” – não há regra para se acentuar);
-us: bônus, vírus; b) ele retém, ele intervém (oxítonas terminadas em “em”
-ão(s): órgão, bênçãos; recebem acento gráfico);
-um: álbum, fórum;
-uns: fóruns, pódiuns; Outros Acentos Diferenciais:
-ps: bíceps, fórceps; a) pôr (verbo) - para distinguir de por (preposição).
- ditongo crescente: mágoa, série:
b) pôde (verbo poder no passado) - para distinguir de pode
- ditongo decrescente ei(s): vôlei, jóqueis;
(verbo poder no presente).
-n: pólen, hífen;
-on(s): elétron, elétrons; próton, prótons; c) fôrma ou forma (utensílio) - acento facultativo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hiato ‘oo’ não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo,
abençôo, povôo abençoo, povoo
crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, creem, deem, leem, veem, descreem,
O hiato ‘ee’ não é mais acentuado relêem, revêem releem, reveem
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não existe mais o acento diferencial em pára (verbo), péla (substantivo e para (verbo), pela (substantivo e verbo),
palavras homógrafas verbo), pêlo (substantivo), pêra pelo (substantivo), pera (substantivo),
(substantivo), péra (substantivo), pólo pera (substantivo), polo (substantivo)
(substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo ‘poder’ (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - ‘pôde’) e no
verbo ‘pôr’ para diferenciar da preposição ‘por’
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não se acentua mais a letra ‘u’ nas formas argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, argui, apazigue, averigue, enxague,
verbais rizotônicas, quando precedido de ‘g’ enxagúemos, obliqúe enxaguemos, oblique
ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui)
Não se acentua mais ‘i’ e ‘u’ tônicos em baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura,
paroxítonas quando precedidos de ditongo feiúme feiume
Hífen
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, antessala, antessacristia, autorretrato,
formadas de prefixos (ou falsos prefixos) anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, antissocial, antirrugas, arquirromântico,
terminados em vogal + palavras iniciadas arqui-rivalidade, auto-regulamentação, arquirrivalidade, autorregulamentação,
por ‘r’ ou ‘s’, sendo que essas devem ser auto-sugestão, contra-senso, contra- contrassenha, extrarregimento, extras-
dobradas regra, contra-senha, extra-regimento, sístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal,
extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra- ultrarromântico, ultrassonografia, suprar-
-sonografia, semi-real, semi-sintético, renal, suprassensível
supra-renal, supra-sensível
Obs: em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista,
hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras auto-afirmação, auto-ajuda, auto-apren- autoafirmação, autoajuda, autoaprendi-
formadas de prefixos (ou falsos prefixos) dizagem, auto-escola, auto-estrada, zabem, autoescola, autoestrada, autoins-
terminados em vogal + palavras iniciadas auto-instrução, contra-exemplo, contra- trução, contraexemplo, contraindicação,
por outra vogal -indicação, contra-ordem, extra-escolar, contraordem, extraescolar, extraoficial,
extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, infraestrutura, intraocular, intrauterino,
intra-uterino, neo-expressionista, neo- neoexpressionista, neoimperialista, se-
-imperialista, semiaberto, semi-árido, miaberto, semiautomático, semiárido,
semi-automático, semi-embriagado, semiembriagado, semiobscuridade, su-
semi-obscuridade, supra-ocular, ultra- praocular, ultraelevado.
-elevado
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico, etc.
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar-se por ‘h’: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-
-herbáceo, etc.
Nova Regra Regra Antiga Como Será
Agora, utiliza-se hífen quando a palavra é antiibérico, antiinflamatório, antiinflacio- anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-infla-
formada por um prefixo (ou falso prefixo) nário, antiimperialista, arquiinimigo, ar- cionário, anti-imperialista, arqui-inimigo,
terminado em vogal + palavra iniciada pela quiirmandade, microondas, microônibus, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-
mesma vogal. microorgânico -ônibus, micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente =
não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo ‘co’. Mesmo se a outra palavra iniciar-se com a vogal ‘o’, NÃO utliza-se hífen.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática
e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-
-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-
-quer, bem-te-vi, etc.
Observações Gerais
O uso do hífen permanece Exemplos
Em palavras formadas por prefixos ‘ex’, ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
‘vice’, ‘soto’
Em palavras formadas por prefixos ‘circum’ pan-americano, circum-navegação
e ‘pan’ + palavras iniciadas em vogal, M
ou N
Em palavras formadas com prefixos ‘pré’, pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
‘pró’ e ‘pós’ + palavras que têm significado
próprio
Em palavras formadas pelas palavras além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-
‘além’, ‘aquém’, ‘recém’, ‘sem’ -número, sem-teto
Não existe mais hífen Exemplos Exceções
Em locuções de qualquer tipo (substan- cão de guarda, fim de semana, café com água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-
tivas, adjetivas, pronominais, verbais, leite, pão de mel, sala de jantar, cartão -rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia,
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais) de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo ao-deus-dará, à queima-roupa
de, acerca de etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
12. EXERCÍCIOS 08) FGV - Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo.
FONÉTICA /FONOLOGIA
b) um trissílabo.
01) UFRJ - Nesta relação, as sílabas tônicas estão destaca-
c) um proparoxítono.
das. Uma delas, porém, está destacada incorretamente.
d) um tritongo. d) um tritongo.
Assinale-a.
e) um dígrafo.
a) inteRIM.
b) puDIco.
09) UFPI - Têm a mesma classificação, quanto ao acento
c) ruBRIca. tônico, as palavras:
d) graTUIto. a) alivia, vizinho, insônia, chão.
e) inauDIto. b) risquei, fósforo, tijolo, porque.
c) zombaria, devagarinho, companhia.
02) FAU-Santos - Nas palavras enquanto, queimar, folhas, d) fôlego, estrela, tamborete.
hábil e grossa, constatamos qual sequência de letras e
fonemas? 10) UEPG - Assinale a sequência em que todas as palavras
a) 8-7, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5. estão partidas corretamente.
b) 7-6, 6-6, 5-5, 5-5, 5-5. a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar.
c) 8-5, 7-5, 6-4, 5-4, 5-4. b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu.
d) 8-6, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5. c) sub-lin-gual, bis-ne-to, d-ses-pe-rar.
e) 8-5, 7-6, 6-5, 5-5, 5-5. d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-es-cre-ver.
e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu.
03) Escola Naval - Nas palavras anjinho, carrocinhas, nossa
e recolhendo, podemos detectar oralmente a seguinte 11) FGV - Assinale a alternativa em que a sílaba tônica está
quantidade de fonemas, respectivamente: corretamente destacada.
a) três, quatro, dois, quatro. a) mis-TER, de-CA-no, a-VA-ro, cir-CUI-to.
b) cinco, nove, quatro, oito. b) RU-bri-ca, a-zi-A-go, I-be-ro, MIS-ter.
c) seis, dez, cinco, nove. c) NO-bel, LÁ-tex, I-be-ro, fi-lan-TRO-po.
d) três, seis, dois, cinco. d) ru-BRI-ca, lá-TEX, A-va-ro, DE-ca-no.
e) sete, onze, cinco, dez. e) DE-ca-no, Ê-xo-do,ru-BRI-ca, u-re-TER.
04) UFSC - Assinale a alternativa em que a palavra não tem 12) ITA - Dadas as palavras: 1) TUN-GSTÊ-NIO, 2) BIS-A-VÔ
suas sílabas corretamente separadas. e 3) DU-E-LO, constatamos que a separação de sílabas
a) in-te-lec-ção. está correta:
b) cons-ci-ên-cia. a) apenas na palavra 1.
c) oc-ci-pi-tal. b) apenas na palavra 2.
d) psi-co-lo-gia. c) apenas na palavra 3.
e) ca-a-tin-ga. d) em todas as palavras.
e) em nenhuma delas.
05) PUC - Assinale o vocábulo que contém cinco letras e
quatro fonemas. 13) 2012/Cesgranrio - Algumas palavras são acentuadas com
a) estou. o objetivo exclusivo de distingui-las de outras. Uma palavra
b) adeus. acentuada com esse objetivo é a seguinte:
c) livro. a) pôr.
d) volto. b) ilhéu.
e) daqui. c) sábio.
d) ‘também.
06) ITA - A sequência de palavras cujas sílabas estão sepa- e) lâmpada.
radas corretamente é:
a) a-dje-ti-va-ção, im-per-do-á-veis, bo-ia-dei-ro. 14) 2012/CEPERJ - A palavra do texto que teve sua grafia
b) in-ter-ve-io, tec-no-lo-gi-a, sub-li-nhar. alterada pelo mais recente acordo ortográfico é:
c) in-tu-i-to, co-ro-i-nha, pers-pec-ti-va. a) mídias.
d) co-ro-lá-rio, subs-tan-ti-vo, bis-a-vó. b) álcool.
e) flui-do, at-mos-fe-ra, in-ter-vei-o. c) trás.
d) estresse.
e) ideia.
07) UFRJ - As sílabas das palavras psicossocial e traído
estão corretamente separadas em:
15) 2012/IBFC - Assinale a alternativa em que a palavra deve
a) psi-cos-so-ci-al, tra-í-do.
ser obrigatoriamente acentuada.
b) psi-cos-so-cial, tra-í-do.
a) angustia.
c) psi-co-sso-ci-al, traí-do.
b) critica.
d) psi-co-sso-ci-al, tra-í-do.
c) analise.
e) psico-sso-ci-al, traí-do.
d) escritorio.
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LÍNGUA PORTUGUESA
16) 2016/Marinha - Em qual opção todas as palavras estão b) É difícil lidar com individuos sem carater, pois a gente
corretamente grafadas? nunca pode confiar no que dizem.
a) enxoval - enchente - enxergar. c) As pessoas não vêem os prejuízos que as despesas
b) sinusite - butequim - taboada. extraordinárias trazem aos cofres públicos.
c) extinção - abcesso - excassez. d) Ele não apóia a estratégia dos internautas porque de-
d) desavisado - extravasar - conceção. testa esses modismos politicamente corretos.
e) degladiar - prevenir - impecilho. e) Na saída da passeata, vimos que os manifestantes
ainda estavam fazendo protestos contra os juízes.
17) 2016/EEAR - Assinale a alternativa em que não há erro
de ortografia.
a) O Facebook é utilizado com o propósito de obter infor- 13. GABARITO
mação sobre uma classe social privilegiada.
01) A 02) D 03) B 04) D 05) E
b) O usuário que quizer poderá limitar a invasão de sua
privacidade. Basta apenas um delete. 06) E 07) A 08) C 09) C 10) C
c) Aquele que acredita ser vulnerável não tem conciência 11) A 12) C 13) A 14) E 15) D
dos grandes riscos que corre. 16) A 17) A 18) E 19) A 20) D
d) A falta de malícia de alguns usuários os induz a correr
21) E 22) E
risco desnescessário.
18) 2015/EsPCEx - Assinale a alternativa em que a grafia de Obs.: Algumas questões estão comentadas.
01) A.
todas as palavras está correta.
A sílaba tônica é ÍN-, ínterim.
a) Mulçumano é todo indivíduo que adere ao islamismo.
b) Gostaria de saber como se entitula esse poema em 2) D.
francês. Enquanto = 8 letras e 6 fonemas; queimar = 7 letras e 6
c) Esses irmãos vivem se degladiando, mas no fundo se fonemas; folhas = 6 letras e 5 fonemas; hábil = 5 letras e
amam. 4 fonemas; grossa = 6 letras e 5 fonemas.
d) Não entendi o porquê da inclusão desses asterísticos.
3) B.
e) Essa prova não será empecilho para mim.
Anjinho = 5 fonemas; carrocinhas = 9 fonemas; nossa = 4
fonemas; recolhendo = 8 fonemas.
19) 2014/PM - Assinale a alternativa que contém a palavra
acentuada corretamente, segundo o Novo Acordo Or- 4) D.
tográfico: A separação correta é psi-co-lo-gi-a.
a) Pôde. 05) E.
b) Veemencia. DAQUI = 4 fonemas; todas as outras têm cinco fonemas
c) Pêra. cada uma.
d) Agata.
06) E.
Corrigindo as erradas: a) ad-je-ti-va-ção, boi-a-dei-ro; b)
20) 2017/IF-PA - No trecho: “Os resultados comprovaram que
in-ter-vei-o, c) intui-to; d) bi-sa-vó.
as mulheres de meia-idade têm uma memória mais preci-
sa...”, o termo em destaque está acentuado pelo mesmo 07) A.
motivo do uso do acento na palavra destacada em: psi-cos-so-ci-al, tra-í-do.
a) As mulheres mantém mais tranquilidade.
08) A.
b) O cérebro contêm massa branca.
Pa-pa-gai-o apresenta um ditongo (gai).
c) Os homens detém o poder.
d) Os homens mantêm a concentração. 09) C.
e) Eles retém mais hormônio Veja a sílaba tônica de cada uma delas: zom-ba-RI-a,
de-va-ga-RI-nho, com-pa-NHI-a. São todas paroxítonas.
21) 2017/CRQ - A palavra “gás” aparece corretamente acen-
10) C.
tuada. Dentre as palavras abaixo, aquela cuja regra de Corrigindo as erradas: a) tran-sa-tlân-tico; b) bi-sa-vô; d)
acentuação mais se aproxima daquela que justifica o su-bes-cre-ver; e) ci-san-di-no.
acento em “gás” é:
a) ácido. 11) A.
b) âmbito. Mister é oxítona; decano, avaro e circuito são paroxítonas.
c) estágio. 12) C.
d) público. Apenas du-e-lo está com a separação correta. Corrigindo
e) crê. as outras: tungstê-nio; bi-sa-vô.
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LÍNGUA PORTUGUESA
PARTE II – MORFOLOGIA 2) Sufixal (ou sufixação)
Pela colocação de sufixos: boiada, canalizar, felizmente,
1. CONCEITO artista.
A Morfologia (morfe= forma, logia= estudo) é o ramo da
linguística que estuda as formas das palavras em diferentes 3) Prefixal-sufixal (ou prefixação-sufixação)
usos e construções. Pela colocação de prefixo e sufixo numa só palavra: des-
Divide-se em: lealdade, infelizmente, desligado.
1) Estrutura e formação de palavras.
4) Parassintética (ou parassíntese)
2) Classes de Palavras.
Pela colocação simultânea de prefixo e sufixo numa mesma
2. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. palavra: entardecer, entristecer, desalmado, emudecer.
Os elementos que formam as palavras damos o nome de
5) Regressiva
morfemas ou elementos mórficos. São eles:
Pela redução de uma palavra primitiva: sarampo (de sa-
Tomemos como exemplo a palavra ALUNAS. Ela é constituí-
rampão), pesca (de pescar), barraco (de barracão), boteco (de
da de três morfemas: alun = morfema que é base do significado.
botequim).
a= morfema que indica o gênero feminino;
s = morfema que indica o número plural; Obs.: Quando a palavra original a ser reduzida é um verbo,
Assim, de acordo com a função na palavra, os morfemas recebe o nome de derivação regressiva deverbal: pesca (de
são classificados em: pescar).
I. Radical (ou morfema lexical)
É o elemento que contém a significação básica da palavra: 6) Imprópria
livro, livraria, livreira. Pela mudança de classe gramatical da palavra: o jantar
II. Desinência (ou morfema flexional) (substantivo formado pelo uso do verbo jantar), o belo (subs-
São elementos terminais do vocábulo. Servem para marcar: tantivo formado pelo uso do adjetivo belo).
a) gênero e número nos nomes (desinências nominais); Já na composição, o processo se dá por duas maneiras.
b) pessoa/número e tempo/modo nos verbos (desinências 1) justaposição, ocorre a junção de dois ou mais radicais,
verbais):
sem que haja alteração desses elementos formadores. Na
▪ meninas = menin (radical) + a (desinência nominal de
aglutinação, ocorre a fusão de dois ou mais radicais, havendo
gênero feminino) + s (desinência nominal de número plural);
alteração de um desses elementos formadores. Assim:
▪ amávamos = amá (radical) + va (desinência verbal modo-
-temporal) + mos (desinência verbal número-pessoal) Composição
Justaposição Aglutinação
III. Vogal temática
É o elemento que, nos verbos, serve para indicar a conju- amor-perfeito aguardente (água + ardente)
gação. São três: beija-flor planalto (plano + alto)
a - para verbos de 1ª conjugação: fal + A = r guarda-chuva vinagre (vinho + acre)
e - para verbos de 2ª conjugação: varr + E + r
malmequer fidalgo (filho + de + algo)
i - para verbos de 3ª conjugação: part + I + r
passatempo ¤
IV. Tema
pontapé ¤
É o radical acrescido da vogal temática.
▪ bebemos = beb (radical) + e (vogal temática) + mos (de- Hibridismo: forma palavras pela união de elementos de
sinência verbal número/pessoal) bebe = tema línguas diferentes:
V. Afixos ▪ automóvel (auto - grego + móvel - latim); abreugrafia
Elementos de significação secundária que aparecem agre- (abreu - português + grafia - grego); monocultura (mono - grego
gados ao radical. + cultura - latim), burocracia (bureau - francês + cracia - grego).
Podem ser:
Onomatopeia: forma palavras pela reprodução aproximada
▪ Prefixo - morfemas que se antepõem ao radical: reluz,
de sons ou ruídos e vozes de animais: tique-taque; pingue-
expor.
-pongue; miar; zunir; mugir;
▪ Sufixo - morfemas que se pospõem ao radical: moralista,
lealdade. Abreviação: forma palavras pela redução de um vocábulo
VI. Vogal e consoante de ligação até o limite que não cause dano à sua compreensão: moto (por
São elementos que, desprovidos de significação, são usa- motocicleta); pneu (por pneumático); foto (por fotografia), pornô
dos entre um morfema e outro para facilitar a pronúncia. (por pornografia), quilo (por quilograma).
▪ gasômetro = gás + metro - o é vogal de ligação;
Já a Sigla é a redução das locuções substantivas às letras
▪ chaleira = chá + eira - l é consoante de ligação;
ou sílabas iniciais:
Como são formadas as palavras? IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
Por dois processos: Derivação e composição. MASP - Museu de Arte de São Paulo;
A Derivação se dá por acréscimos de afixos: Sudene - Superintendência para o Desenvolvimento do
1) Prefixal (ou prefixação) Nordeste.
Pela colocação de prefixos: reler, infeliz, ultravioleta,
super-homem. Nota: lista de alguns radicais e prefixos gregos e latinos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Radicais gregos: Exemplo: Todos os antigos empregados da empresa...
AEROS (ar): aeronáutica Repare que, no exemplo anterior, o substantivo “empre-
ACROS (alto): acrofobia gados” está no plural. Com ele estão concordando (mascu-
AGOGOS (conduzir): demagogo lino plural) as palavras: “todos”, “os” e “antigos”. Se o nome
ALGIA (dor): nevralgia “empregados” estivesse no singular, todos os outros termos
ANTROPOS (homem): antropologia teriam de ficar no singular. A esse fenômeno é que se nomeia
Radicais latinos: concordância nominal, pois todas as palavras acompanham
AGRI (campo): agrícola o nome (substantivo).
ARBORI (árvore): arborizar Em um grupo verbal, o núcleo é um verbo. As palavras
AVI (ave): avícola e expressões de natureza adverbial são modificadores dos
BIS (duas vezes): bisavô verbos.
CAPITI (cabeça): decapitar Não se pode afirmar que as palavras e expressões de
natureza adverbial são determinantes de verbos, uma vez que
Prefixos gregos: são invariáveis.
A/AN (negação): anônimo ... viajarão amanhã bem cedo.
ANA (inversão): anagrama
As palavras de natureza adverbial também são modi-
ANFI (duplo): anfíbio
ficadores de adjetivos e de orações e períodos, e as que
ANTI (contrário): antiaéreo
expressam intensidade também modificam outros advérbios.
DIS (dificuldade): disenteria
RELAÇÃO ENTRE AS CLASSES DE PALAVRAS
Prefixos latinos:
O substantivo e seus determinantes
ABS/AB (afastamento): abjurar
AD (aproximação): adjunto Determinado Determinantes
AMBI (duplicidade): ambidestro Substantivo (pronome Artigo
ANTE (anterior): antedatar substantivo / numeral Adjetivo
CIRCUM (movimento em torno): circunferência substantivo) ◄ Locução adjetiva
Pronome adjetivo
3. CLASSES DE PALAVRAS
Numeral adjetivo
As palavras da língua portuguesa distribuem-se em dez
classes gramaticais. O verbo e seus modificadores
Considerando, sobretudo, o critério sintático, podemos
fazer, a seguir, o estudo dessas classes gramaticais Determinado Determinantes
Verbo ◄ Advérbio
Substantivo
Locução adverbial
¤ Artigo
¤ Adjetivo O advérbio e seu modificador
¤
Variáveis Numeral Determinado Determinantes
¤ Pronome Advérbio (possui função de
¤ Verbo modificador do verbo, além Advérbio de
de modificar adjetivos e intensidade
Advérbio outros advérbios)
Invariáveis Preposição ◄
Classes relacionais
Conjunção
O advérbio e seu modificador
Interjeição Classe independente
Determinado Determinantes
DETERMINANTES E DETERMINADOS - GRUPOS NO- Adjetivo (possui função de
MINAL E VERBAL determinante do substanti-
O contexto em que a palavra é empregada é fundamental vo, mas pode vir modificado Advérbio de
para a identificação de sua classe gramatical. Desse modo, por um advérbio de intensi- intensidade
perceber a relação que as palavras mantêm entre si, dentro da dade) ◄
frase, é o caminho mais curto para a correta análise gramatical.
A frase se organiza em pequenos grupos.
Dependendo de qual termo uma palavra modifique, ela
Em cada grupo, existe sempre uma palavra mais importante,
que é o núcleo do grupo. O núcleo é o termo determinado, poderá assumir valores diferentes: substantivo, adjetivo ou
elemento modificado por outras palavras. As palavras que adverbial.
acompanham o núcleo são chamadas de determinantes e Valor Substantivo
modificam-no, acrescentando-lhe informações, especificando Possui valor substantivo qualquer termo que ocupe o lugar
seu sentido. do substantivo (nome) ou que venha determinado por um artigo
Em um grupo nominal, o núcleo é um termo de natureza (pronome ou numeral de valor adjetivo). Tal qual o substantivo,
substantiva (substantivos, pronomes substantivos, numerais a palavra que assume o seu valor varia livremente. Veja os
substantivos e termos substantivados). O núcleo exige a concor- exemplos seguintes:
dância de seus determinantes que, por sua vez, têm natureza Ela decidiu sair cedo.
adjetiva (artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome adjetivo, (pronome substantivo)
numeral adjetivo).
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LÍNGUA PORTUGUESA
As cinco esperavam o resultado do exame. Plural dos substantivos compostos
(numeral substantivo)
Regra Geral
Seu olhar melhora o meu.
(substantivo) Variam Não variam
Substantivo Prefixo
Valor Adjetivo
Adjetivo Advérbio
Qualquer palavra que modifique (determine) um substantivo Numeral verbo
ou termo equivalente (de valor substantivo) terá valor adjetivo e
I. Flexionam-se os dois elementos quando o substantivo
concordará com o substantivo.
é formado por:
- Minha prima mora em Salvador.
• substantivo + substantivo:
(pronome adjetivo)
cirurgião-dentista → cirurgiões-dentistas
- As cinco ondas atingiram o litoral brasileiro.
• substantivo + adjetivo:
(numeral adjetivo)
amor-perfeito → amores-perfeitos
- Triste sina era a de Juvenal. • adjetivo + substantivo:
(adjetivo) livre-pensador → livres-pensadores
Cumpre observar que, quando o advérbio modificar o subs- • numeral + substantivo:
tantivo, ele se transformará num pronome indefinido e terá, por meio-termo → meios-termos
isso mesmo, valor adjetivo. • substantivo + pronome:
Muitas pessoas saíram cedo. padre-nosso → padres-nossos
(pronome indefinido: valor adjetivo) II. Flexiona-se apenas o segundo elemento quando o subs-
Todas as garotas ficaram com medo. tantivo é formado por:
(pronome indefinido: valor adjetivo) • verbo + substantivo:
Poucos alunos assistem ao último horário. o guarda-chuva → os guarda-chuvas
(pronome indefinido: valor adjetivo) • advérbio + adjetivo:
Nota: o alto-falante → os alto-falantes
Com exceção dos advérbios: menos, alerta, abaixo, • adjetivo + adjetivo:
pseudo, salvo e tirante. o latino-americano → os latino-americanos
• palavra invariável + substantivo:
Valor Adverbial o vice-presidente → os vice-presidentes
Já vimos que o advérbio é invariável e que modifica o
adjetivo, o próprio advérbio, o verbo e, em alguns casos, o III. Flexiona-se somente o primeiro elemento quando o
substantivo. Confira os exemplos: substantivo é formado por:
Joana ficou muito perturbada. • substantivo + de + substantivo:
(modifica um adjetivo: invariável) pé de moleque → pés de moleque
Maria estava todo triste. • substantivo + substantivo, e o segundo elemento
(modifica um adjetivo: invariável) determina o primeiro elemento:
Fernanda ficou meio cansada. caneta-tinteiro → canetas-tinteiro
(modifica um adjetivo: invariável) Quando o composto for uma onomatopeia, só varia o se-
Eles cantavam mal. gundo elemento: tico-ticos, pingue-pongues, reco-recos, au-aus.
(modifica um verbo: invariável) Quando o composto for formado por verbos repetidos,
Descansaram bastante. variam os dois elementos (piscas-piscas) ou apenas o segundo
(modifica um verbo: invariável) (pisca-piscas).
Elas gritavam muito.
(modifica um verbo: invariável) Compostos formados pela palavra “Guarda”
Eles cantavam muito mal. • Quando a palavra “guarda” for um substantivo, o composto
(modifica um advérbio: invariável) varia livremente: guardas-noturnos.
Descansaram bastante pouco. • Quando a palavra “guarda” for um verbo, ela não sofrerá
(modifica um advérbio: invariável) variação, como se pode ver em: guarda-comidas.
Elas gritavam muito alto. • A exceção é o vocábulo “guarda-marinha”, que admite dois
(modifica um advérbio: invariável) plurais: guardas-marinhas ou guardas-marinha.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Plural dos adjetivos compostos NUMERAL
Regra Geral. Critério Definição Exemplos
Varia o segundo elemento, concordando com o substantivo.
Indica: Dois alunos,
Exemplos:emissoras todo-poderosas, bolsas azul-escuras. o número; o dobro dos
I. Varia somente o segundo elemento nos adjetivos com- Semântico a ordem; alunos, segundo
postos, quando os dois são adjetivos. amultiplica-ção ou a divi- aluno, um terço
são dos seres vivos. da classe.
encontros latino-americanos
cortinas branco-acinzentadas Dois / duas
sapatos verde-escuros Morfológico Varia em gênero e número. Terceiro / tercei-
olhos azul-claros ros
torcidas rubro-negras Os numerais adjetivos são
determinantes do núcleo Dez alunos
II. Quando o nome de cor é originário de um substantivo, do grupo nominal. faltaram.
fica invariável, quer se trate de palavra simples ou composta. Sintático
Os numerais substantivos Os dez faltaram.
tons pastel são núcleos do grupo
vestidos vinho nominal.
sapatos areia
PRONOME
colchas rosa
blusas verde-musgo Critério Definição Exemplos
tintas vermelho-rubi Refere-se aos seres, Ele saiu ontem.
camisas amarelo-âmbar Semântico indicando-os como pes- Você saiu ontem?
olhos cor de mel soas do discurso. Eu saí ontem.
Ele / ela
Exceções: Pode variar em gênero,
Morfológico Você / vocês
São invariáveis: bege, azul-marinho, azul-celeste e furta-cor. número e pessoa.
Eu / tu
Variam os dois elementos do adjetivo: surdo-mudo.
Os pronomes adjetivos
Substantivos empregados com valor adjetivo são invariá- são palavras determi-
veis: homens monstro, gravatas cinza, blusas laranja. nantes do núcleo do
Este dia é especial.
Sintático grupo nominal.
ARTIGO Tudo foi especial.
Os pronomes substan-
Critério Definição Exemplos tivos são núcleos do
grupo nominal.
Determina ou indetermina O aluno saiu.
Semântico
os seres. Um aluno saiu. CLASSES DO VERBO
Morfológico Varia em gênero e número. o / a, os /as VERBO
É uma palavra determinan- Ele encontrou Critério Definição Exemplos
Sintático te do núcleo de um grupo as irmãs.
Ele saiu.
nominal.
Ela era inteligente.
Indica ação, processo,
Os artigos são palavras que se relacionam exclusivamente Choveu bastante
Semântico intenção, estado ou
com o substantivo, com a função de especificá-lo ou generalizá- ontem.
fenômeno da natureza.
-lo. Daí a existência de dois tipos de artigos: os definidos e os Queremos voltar
cedo.
indefinidos.
Observando-se o enunciado: “Os países descobrem na falo / fala
ajuda às vítimas do tsunami uma causa planetária comum”, Varia em pessoa, nú- falo / falamos
Morfológico
percebe-se o mesmo na relação entre “os” e “países”:a notícia mero, tempo e modo. falei / falo / falarei
falei / falasse
não tratará de países em sentido amplo e geral. Ao ler a repor-
tagem, o leitor será com certeza informado sobre que países É o núcleo dogrupo Ela voltou.
são esses a que a manchete se refere. Sintático verbal nospredicados Ela voltou cansada.
verbale verbo-nominal.
Algo diferente ocorre com a relação entre as palavras “uma”
e “causa”. O artigo “uma” é indefinido. Por trás dessa escolha,
existe uma intenção do locutor: ele pretende não particularizar ADVÉRBIO
a causa, mas generalizá-la, incluindo-a entre um conjunto de Critério Definição Exemplos
outras causas. Informa uma circunstân- Chegamos ontem.
A distinção entre o, a, os, as (definidos) e um e uma Semântico cia (tempo, modo, lugar, Chegamos aqui
(indefinidos) evidencia que, sob o ponto de vista da flexão, os causa, etc.)
artigos aceitam as variações de gênero e número. Quanto à Não varia.
aqui, lá, ali, cedo,
função, exercem sempre papel de adjunto adnominal, já que só Morfológico Obs.: Alguns variam
cedinho.
determinam, como vimos, os substantivos. Quando diante de um somente em grau.
substantivo comum de dois gêneros, é também do artigo a res- É uma palavra modifi- Dormia
ponsabilidade de indicar se a palavra é masculina ou feminina. Sintático
cadora do grupo verbal. tranquilamente
É o que ocorre, por exemplo, com “o estudante” e “a estudante”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
CLASSES RELACIONAIS Locução prepositiva Locução adverbial
As palavras, dentro de um grupo nominal ou verbal, po-
Termina sempre por
dem se relacionar. Para estabelecer um relacionamento entre Não termina por preposição–
preposição, sendo de amais
palavras ou orações, há duas classes de palavras: preposição “De longe em longe,
comum.
e conjunção. sinto-me fatigado.”
– Não quero você perto de
– Às vezes, sinto-me
Critério Definição Exemplos nós.
cansada.
Não varia. aqui, lá, ali, cedo, – Agiu de acordo com seus
– Ele estava perto de nós.
Morfológico Obs.: Alguns variam cedinho. princípios.
somente em grau. Tipos de relação
É uma palavra modifi- Dormia A relação que as preposições estabelecem entre dois ter-
Sintático
cadora do grupo verbal. tranquilamente mos é chamada de regência.
A) Ausência, falta: Uma vida sem alegrias é mais difícil.
Preposição é a palavra invariável que relaciona dois termos; B) Assunto: Mostram-se indecisos acerca do propósito
nessa relação, um termo completa ou explica o sentido do outro. da reunião.
As preposições são uma espécie de conectivo. Sua função, C) Causa ou motivo: O velho morreu de fome.
portanto, é estabelecer a ligação entre palavras e termos (cada D) Companhia: Sempre estudava com eles.
qual com sua função sintática específica),relacionando-os sin- E) Concessão: Com apenas dois anos, já sabia ler.
tática e semanticamente. F) Conformidade: Era capaz de viver conforme seus
Consideremos os dois enunciados seguintes: objetivos.
A) A ajuda de um país é essencial para a nova geopolítica G) Direção: Dirigiu-se para o centro da cidade.
mundial. H) Especialidade: É perito em casos de homicídio.
I) Estado ou qualidade: Prédio em decadência.
B) A ajuda a um país é essencial para a nova geopolítica-
J) Finalidade: Parou para descansar.
mundial.
K) Instrumento: Prenderam-no com algemas.
Tanto em “A” quanto em “B”, a ligação do termo “ajuda”
L) Lugar: Passei a viver em Curitiba.
(núcleo do sujeito) ao termo “país” (núcleo do adjunto adnominal
M) Matéria: Bebi suco de laranja.
e do complemento nominal, respectivamente) faz estabelecer N) Meio: Assistiu ao comício pela televisão.
entre eles uma relação de dependência, primeiramente sintática. O) Oposição: Gostaria de levantar um protesto contra a
Afinal, o leitor é conhecedor intuitivo do idioma e saberá que poluição do ar.
“de um país” e “a um país”são estruturas que só podem estar P) Origem: O poder emana do povo.
relacionadas ao termo “ajuda”. Qualquer alteração nesse rela- Q) Posse: Os livros do professor estão sobre a mesa.
cionamento trará como consequência imediata a dissolução do R) Tempo: Nasci em 1960.
enunciado tal como o apresentamos e a criação de outro. Mas
a dependência é também semântica. Para provar isso, basta CONJUNÇÃO
que percebamos a diferença de sentido provocada pela troca Critério Definição Exemplos
efetuada entre “de” e “a”. Enquanto em “A”, o país é o agente e, mas, portanto,
da ação de ajudar, em “B” ele é alvo da ação feita por outrem. Morfológico Não varia. porque, quando,
O mesmo se pode dizer para o relacionamento entre “essencial” embora, se, que,etc.
e “nova geopolítica mundial”: só será possível alcançar o ob- Liga palavras ou ora-
jetivo de se construir uma nova ordem mundial caso os países Lúcia e Paulo
ções, coordenando ou
saíram.
se conscientizem de que é preciso concentrar esforços para a subordinando uma à
Sintático Eu disse que eles
adoção de políticas mais eficientes de ajuda humanitária. Pala- outra.
saíram.
vras como “a”, “de”, “para” são usadas nos atos comunicativos Não exerce função
para cumprir esse papel. São as preposições. sintática.
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, O bom relacionamento entre as orações de um texto garante
desde, em, entre, para, perante, sem, sob, sobre, trás. Preposi- a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos.
Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
ções acidentais: são palavras que, embora pertençam a outras
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos,
classes gramaticais, podem exercer o papel de preposição:
as conjunções fazem parte daquilo que se pode chamar “arqui-
como, conforme, consoante, durante, exceto, salvo, segundo. tetura textual”: um conjunto de relações que garantem a coesão
Quando as preposições se ligam a artigo, pronome ou advérbio, do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende
sem perda de elementos fonéticos, temos o que se chama de muitas vezes do valor relacional das conjunções.
combinação. É o caso de a + o (ao), a + onde (aonde), de + Nos textos dissertativos, elas evidenciam, muitas vezes, a
esse (desse), etc. Se essa ligação produz perda fonética, temos linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso, por exem-
a contração. É o caso de em + o (no), de + aí (daí), por + as plo, das exposições e argumentações construídas por meio de
(pelas), em + aquelas (naquelas), a + as (às), etc. Se duas ou contrastes e oposições que conduzem ao uso de adversativas
mais palavras se unem com o valor de preposição, temos as e concessivas.
chamadas locuções prepositivas: abaixo de, a respeito de, em As conjunções são classificadas em coordenativas ou su-
bordinativas, de acordo com a relação que estabelecem entre
cima de, junto a, por cima de, acerca de, de acordo com, em
as frases que relacionam. Entretanto, não se deve memorizar tal
frente a, junto de, por trás de, acima de, dentro de, em redor de,
classificação, mas descobri-la a partir das relações semânticas
perto de, ao lado de, graças a, por causa de. de enunciados reais, ou seja, a partir do efetivo emprego dessas
palavras em frases da língua.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nos textos narrativos, as conjunções estão muitas vezes Causa x explicação
ligadas à expressão de circunstâncias fundamentais à conclu-
Conjunções explicativas Conjunções causais
são da história, como noções de tempo, finalidade, causa e
consequência. Que, pois, porque que, pois, porque, uma vez
que, já que, com o (= já que),
Quadro de conjunções coordenativas
visto que
Tipo Ideia Exemplos
Aparecem após orações Aparecem em orações que
e, nem,(não só) mas como verbo no modo impe- indicam fato anterior a outro.
adição,acréscimo, também, como, como rativo.
Aditiva
sucessividade também, (tanto) como, – Os olhos da menina estão
quanto – Não grite, pois estou
vermelhos / porque ela cho-
escutando bem.
oposição, contraste, rou.
mas, porém, contudo, Aparecem em orações que
ressalva, indicam fato posterior a
Adversativa todavia, entretanto, no
adversidade, outro.
entanto, não obstante
advertência
– A menina chorou / porque
ou, ou... ou, ora... ora,
Exprime alternância, seus olhos estão verme-
já... já, umas vezes,
Alternativa ligando pensamentos lhos. ▼
outras vezes, talvez...
que se excluem ▼ fato anterior
talvez
fato posterior
logo, portanto, por
isso, então, assim, Nota: POIS: conclusivo.
Conclusiva conclusiva
por conseguinte, pois Deve ser colocado após o verbo da oração em que aparece.
(depois do verbo) Ganhou muito dinheiro; comprou, pois, a casa.
Explicativa Explicação Porque, pois, que CLASSE INDEPENDENTE
INTERJEIÇÃO
Quadro de conjunções coordenativas
Critério Definição Exemplos
Tipo Ideia Exemplos
Semântico Exprime emoções. Ai!. Oba!. Oh!
que (para afirmação certa)
Integrante integração Morfológico Não varia.
se (para afirmação incerta)
porque, que, porquanto, Sintático Não exerce função sintática. Oh! Ele chegou!
pois, visto que, já que, uma
Causal causa, motivo vez que, como (no início PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
da oração = já que), se (= De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, se-
já que) rão classificadas à parte certas palavras e locuções – outrora
consideradas advérbios – que não se enquadram em nenhuma
que, do que, qual, como,
Comparativa comparação das dez classes conhecidas. Tais palavras elocuções, chamadas
quanto
“denotativas”, exprimem:
embora, ainda que, mesmo
que, se bem que, posto Palavras /
Concessiva concessão Ideia Exemplos
que, conquanto, apesar de locuções
que, por ... que • Felizmente não me
felizmente,
se, caso, contanto que, sal- machuquei.
Afetividade infelizmente,
condição, vo se, exceto se, desde que Ainda bem que o orador foi
Condicional ainda bem
hipótese com verbo no subjuntivo), a breve!
menos que, a não ser que Designação ou
eis Eis o anel que perdi. Ei-lo!
acordo, conforme, consoante, segun- indicação
Conformativa concordância, do, como (=conforme),que exclusive,
Voltaram todos, menos (ou
conformidade (conforme) menos,
exceto, salvo, fora) André.
que (após tal, tanto, tão, ta- exceto,
consequência, • Não me descontou sequer
Consecutiva manho), sem que, de modo fora,
efeito Exclusão um real.
que, de forma que salvo,
• Ninguém, senão Deus,
tirante,
quando, logo que, depois poderia salvá-lo.
senão,
que, antes que, sempre
Temporal tempo sequer
que, desde que, até que,
enquanto, mal, apenas inclusive,
também,
para que, a fim de que, que mesmo, Eu também vou.
Final finalidade (=para que), de modo que, ainda, • Levou-me para sua casa
de forma que Inclusão até, e ainda me deu roupa e
Proporcionali- à proporção que, à medida ademais, dinheiro.
Proporcional além disso,
dade que, • Aqui falta tudo, até água.
de mais a
mais
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LÍNGUA PORTUGUESA
apenas, Usos dos Pronomes Pessoais
Só Deus é perfeito. Eu, tu / Mim, ti
somente,
Limitação • Apenas um aluno teve Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti
só,
nota boa. exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal,
unicamente
Eu cá me arranjo. agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos
cá, lá, só, de preposição.
• Você é que não se mexe!
é que, Exemplos:
• É isso mesmo!
Realce sobretudo,
• Veja só! • Trouxeram aquela encomenda para mim.
mesmo,
• Vá embora!• Eu sei lá o • Era para eu conversar com o diretor, mas não houve
embora
que ele pretende? condições.
Venha ao meio-dia, ou Agora, observe a oração: Sei que não será fácil para mim
melhor, venha já. conseguir o empréstimo. O pronome mim NÃO é sujeito do
aliás, • Aquele casal era japo- verbo conseguir, como à primeira vista possa parecer. Analisan-
ou melhor, nês, aliás, descendente de do mais detalhadamente, teremos o seguinte:
Retificação
isto é, japoneses.
O sujeito do verbo ser é a oração conseguir o empréstimo,
ou antes • Finda a saudação cortês, o
pois que não será fácil? Resposta: conseguir o empréstimo,
cavalo calou-se, isto é, reco-
lheu o movimento do rabo. portanto há uma oração subordinada substantiva subjetiva re-
duzida de infinitivo, que é a oração que funciona como sujeito,
isto é, Os elementos do mundo
tendo o verbo no infinitivo.
Explanação a saber, físico são quatro, a saber:
O verbo ser é verbo de ligação, portanto fácil é predicativo
por exemplo terra, fogo,água e ar.
do sujeito.
Afinal, quem tem razão? O adjetivo fácil exige um complemento, pois conseguir o
• Posso mostrar-lhes o sítio;
afinal, empréstimo não será fácil para quem? Resposta: para mim,
agora, vender eu não vendo.
agora, que funciona como complemento nominal. Ademais a ordem
Situação • Então, que achou do
então, direta da oração é esta:
filme?
mas Conseguir o empréstimo não será fácil para mim. Se,
• Mas você fez isso, meu
filho? si, consigo.
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos,
PRONOMES
portanto só poderão ser usados na voz reflexiva ou na voz
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa
reflexiva recíproca.
que substitui ou acompanha o nome, indicando-o como pessoa
Exemplos:
do discurso. Quando o pronome substituir um substantivo,
• Quem não se cuida, acaba ficando doente.
será denominado pronome substantivo; quando acompa-
• Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
nhar um substantivo, será denominado pronome adjetivo. Por
• Gilberto trouxe consigo os três irmãos.
exemplo, na frase Aqueles garotos estudam bastante; eles
serão aprovados com louvor. Aqueles é um pronome adjetivo, Com nós, com vós / Conosco, convosco
pois acompanha o substantivo garotos e eles é um pronome Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qual-
substantivo, pois substitui o mesmo substantivo. quer palavra que indique quem “somos nós” ou quem “sois vós”.
Exemplos:
PRONOMES PESSOAIS
• Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas.
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das
• Ele disse que sairia com nós dois.
três pessoas do discurso: a que fala, a com quem se fala e a
de quem se fala. Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer
Pronomes pessoais do caso reto: Pronomes pessoais do
substantivo, funcionarem como sujeito, não devem ser agluti-
caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito
nados com a preposição de.
da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
Exemplos:
Pronomes pessoais do caso oblíquo: São os que desem- • É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
penham a função sintática de complemento verbal (objeto direto • No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.
ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto
Pronomes Oblíquos Átonos
adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe,
oração reduzida).
nos, vos, os as, lhes. Eles podem exercer diversas funções
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em
sintáticas nas orações. São elas:
dois tipos: os átonos, que não são antecedidos por preposição,
e os tônicos, precedidos por preposição. A) Objeto Direto
Os pronomes que funcionam como objeto direto são me,
Pronomes oblíquos átonos: Os pronomes oblíquos átonos
te, se, o, a, nos, vos, os, as.
são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Exemplos:
Pronomes oblíquos tônicos: Os pronomes oblíquos tô- • Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
nicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, • Respeite-me, garoto.
consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas. • Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Se o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, os pronomes Exemplos:
o, a, os, as se transformarão em no, na, nos, nas. • Deixei-a entrar atrasada.
• Mandaram-me conversar com o diretor.
Exemplos:
• Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. Pronomes Possessivos
• Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor. São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas
do discurso. São eles: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s),
02) Se o verbo terminar em R, S ou Z, essas terminações
sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
serão retiradas, e os pronomes o, a, os, as mudarão para lo,
la, los, las. Empregos dos pronomes possessivos
01) O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu,
Exemplos:
sua, seus, suas pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade).
• Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até
Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela,
mim.
deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos.
• As apostilas, tu perde-las toda semana.
• As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com faci- Exemplos:
lidade. • Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus
documentos.
03) Independentemente da predicação verbal, se o verbo De quem eram os documentos? Não há como saber. Então
terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a ter- a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se, após
minação -S. o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos:
Exemplos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera
• Encontramo-nos ontem à noite. com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me
• Recolhemo-nos cedo todos os dias. que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-
04) Se o verbo for transitivo indireto terminado em S, se- -se, ainda, eliminar o pronome possessivo: Joaquim contou-me
guido de lhe, lhes, não se retira a terminação S. que Sandra desaparecera com os documentos dele (ou dela).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros usos dos demonstrativos: Exemplos:
01) Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto • Todos os colegas o desprezam.
para o que ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso para • Todas as meninas foram à festa.
o que já foi dito ou escrito. • Todos vocês merecem respeito.
Exemplos:
• Algum
• Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade
O pronome indefinido algum tem sentido afirmativo, quando
a permitiu.
usado antes do substantivo; passa a ter sentido negativo, quando
• Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A ver-
estiver depois do substantivo.
dade é essa.
Exemplos:
02) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo ime-
• Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
diatamente anterior.
• Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Exemplos:
• Certo
• O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
A palavra certo será pronome indefinido, quando ante-
• Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplica-
ceder substantivo e será adjetivo, quando estiver posposto a
velmente.
substantivo.
03) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos
Exemplos:
anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que
• Certas pessoas não se preocupam com os demais.
foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação
• As pessoas certas sempre nos ajudam.
ao que foi nomeado em primeiro lugar.
• Qualquer
Exemplos:
O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em
• Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos
sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum, posterior-
é de domínio destes sobre aquele.
mente ao substantivo, ou nenhum.
• Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as
Exemplos:
novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.
• Ele entrou na festa sem qualquer problema.
04) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando Essa frase está inadequada gramaticalmente. O adequado
equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s). seria
• Ele entrou na festa sem problema algum.
Exemplos:
• Ele entrou na festa sem nenhum problema.
• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
• Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que PRONOMES INTERROGATIVOS
aconteceu) São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em
frases interrogativas diretas ou indiretas.
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do Exemplos:
discurso de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. • Que farei agora? - Interrogativa direta.
São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, • Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
outrem, mais, menos, demais, algum, alguns, alguma, • Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, • Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interro-
todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, gativa indireta.
bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos,
Notas
certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos,
01) Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se
quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer
a palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ),
além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada
Que é dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar quédê,
qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
quedê ou cadê, pois essas palavras oficialmente não existem,
Usos de alguns pronomes indefinidos apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia mais constante.
• Todo 02) Não se deve usar a forma o que como pronome inter-
O pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, rogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome seja
se significar inteiro e o substantivo à sua frente o exigir; caso colocado depois do verbo.
signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o subs-
Exemplos:
tantivo exija.
• Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje
Exemplos: à noite?
• Todo dia telefono a ela. (Todos os dias) • Que queres de mim? e não O que queres de mim?
• Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro) • Você fará o quê?
• Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele
PRONOMES RELATIVOS
não admite artigo)
São pronomes relativos aqueles que substituem um termo
• Todos, todas da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações.
Os pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados • Eu admiro o aluno O QUAL supera todos os obstáculos.
com artigo, se o substantivo à sua frente o exigir. • Foi ele QUE me disse a verdade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• A garota a QUEM conheci ontem está em minha sala. Ex. Ontem caminhei no Zerão.
• Eu conheço a cidade ONDE sua sobrinha mora. Estudei no Maxi no ano passado.
• Simpatizei com o rapaz CUJA namorada você conhece. Confiei em pseudo-amigos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
02) Gerúndio 06) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo
São as formas terminadas em ndo. É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal
03) Particípio
no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito
São as formas terminadas em ado ou ido.
simples do Indicativo.
Tempos Compostos Exemplos:
Os tempos verbais compostos são formados por locuções • Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se não es-
verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como tivesse trabalhando tanto.
principal, qualquer verbo no particípio. São eles: • Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado
de cidade.
01) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a forma-
• Eu teria confiado mais uma vez naquele amigo, se ele me
ção de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente
tivesse prometido não mais me trair.
do Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem
ocorrido com frequência ultimamente. 07) Futuro Composto do Subjuntivo
• Eu tenho estudado demais ultimamente. É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
• Todos nós nos temos esforçado, para a empresa crescer. no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio,
• Será que tu tens tentado melhorar? tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples.
Exemplos:
02) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo
Quando você tiver terminado sua série de exercícios,
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
eu caminharei 6 Km.
no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando
Observe algumas frases:
desejo de que algo já tenha ocorrido.
• Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Raul.
• Espero que você tenha estudado o suficiente, para con-
• Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado
seguir a aprovação.
a Raul.
• O meu desejo é que todos nós nos tenhamos esforçado,
para a empresa crescer. Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas
• Duvido de que tu tenhas tentado melhorar. as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei “você”
praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo,
03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio “já”.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
Agora observe estas:
no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particí-
• Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Raul.
pio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do
• Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado
Indicativo simples.
a Raul.
• Ontem, quando você foi ao Zerão, eu já tinha caminhado
6 Km. Perceba que novamente o significado é totalmente dife-
• Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. rente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso,
• Eu tinha confiado naquele amigo que mentiu a mim. esperarei “você” praticar a sua ação para, depois, praticar a
minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso
04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo
do advérbio “já”.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, 08) Infinitivo Pessoal Composto
tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
simples. no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indi-
Exemplos: cando ação passada em relação ao momento da fala.
• Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se não es- Exemplos:
tivesse trabalhando tanto. • Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito
• Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado dinheiro.
de cidade.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
• Eu teria confiado mais uma vez naquele amigo, se ele me
Os verbos classificam-se em:
tivesse prometido não mais me trair.
01) Verbos Regulares
Obs.: Perceba que todas as frases remetem a ação obriga-
Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações
toriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, apren-
no radical.
deria é completamente diferente de Se eu tivesse estudado,
Ex. cantar, vender, partir.
teria aprendido.
02) Verbos Irregulares
05) Futuro do Presente Composto do Indicativo
Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver
alterações no radical.
no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal
Ex. fazer = faço, fazes; fiz, fizeste
no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente
simples do Indicativo. 03) Verbos Anômalos
Exemplos: Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes altera-
• Quando você chegar ao Zerão, eu já terei caminhado 6 Km. ções no radical.
• Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. Ex. ser = sou, é, fui, era, serei.
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LÍNGUA PORTUGUESA
04) Verbos Defectivos ser = Eu sou / seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.
Verbos defectivos são aqueles que não possuem conju- haver = Eu hei / haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam.
gação completa.
02) Imperativo Afirmativo
Ex. falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª
O Imperativo Afirmativo provém tanto do Presente do
pes. do presente do indicativo e o presente do subjuntivo inteiro). Indicativo, quando do Presente do Subjuntivo. Tu e vós provêm
05) Verbos Abundantes do Presente do Indicativo, sem a desinência -s; você, nós e
Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas vocês provêm do Presente do Subjuntivo. Por exemplo, veja a
formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio, que conjugação do verbo cantar. Presente do indicativo: Eu canto,
chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam.
usado na voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio Presente do Subjuntivo: Que eu cante, tu cantes, ele cante,
irregular, com outra terminação diferente, usado na voz passiva, nós cantemos, vós canteis, eles cantem.
com o auxiliar ser ou estar. Imperativo Afirmativo: Canta tu, cante você, cantemos
Exemplos de verbos abundantes nós, cantai vós, cantem vocês.
Infinitivo Particípio regular Particípio Irregular Exceção: Ser = sê tu, seja você, sejamos nós, sede
aceitar aceitado aceito vós, sejam vocês.
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LÍNGUA PORTUGUESA
a desinência do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo -sse e as vender = era para eu vender, tu venderes, ele vender, nós
mesmas desinências número-pessoais para os verbos regulares vendermos, vós venderdes, eles venderem.
( - / s / - / mos / is / m). sorrir = eu sorrir, tu sorrires, ele sorrir, nós sorrirmos, vós
O Pretérito Imperfeito do Subjuntivo sempre é iniciado pelas sorrirdes, eles sorrirem.
conjunções caso ou se. Por exemplo, veja a conjugação dos 04) Pretérito Imperfeito do Indicativo
verbos cantar, vender e sorrir. O Pretérito Imperfeito do Indicativo é obtido pela elimi-
Eles cantaram - ram + sse= se eu cantasse, tu cantas- nação da terminação verbal -ar, -er, -ir do Infinito Impessoal,
ses, ele cantasse, nós cantássemos, vós cantásseis, eles acrescentando-se a desinência -ava- para os verbos terminados
cantassem. em -ar e a desinência -iapara os verbos terminados em -er e
Eles venderam - ram + sse= se eu vendesse, se tu -ir e, depois, as mesmas desinências número-pessoais para os
vendesses, se ele vendesse, se nós vendêssemos, se vós verbos regulares ( - / s / - / mos / is / m). Na segunda pessoa do
vendêsseis, se eles vendessem. plural (vós), troca-se o -a por -e.cantar - ar + ava = eu cantava,
Eles sorriram - ram + sse= se eu sorrisse, se tu sorris- tu cantavas, ele cantava, nós cantávamos, vós cantáveis, eles
ses, se ele sorrisse, se nós sorrissemos, se vós sorrisseis, cantavam.
se eles sorrissem. vender - er + ia = eu vendia, tu vendias, ele vendia, nós
vendíamos, vós vendíeis, eles vendiam.
Tempos derivados do Infinitivo Impessoal
sorrir - ir + ia = eu sorria, tu sorrias, ele sorria, nós sorríamos,
O Infinitivo Impessoal forma o Futuro do Presente do Indi-
vós sorríeis, eles sorriam.
cativo, o Futuro do Pretérito do Indicativo e o Pretérito Imperfeito Os verbos que não seguem as regras acima são ter, pôr,
do Indicativo. vir e ser.
01) Futuro do Presente do Indicativo Ter = tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.
O Futuro do Presente do Indicativo é obtido pelo acréscimo Pôr = punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.
ao infinitivo das desinências -ei / ás / á /emos / eis / ão. Vir = vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham.
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender Ser = era, eras, era, éramos, éreis, eram.
e sorrir. 4. EXERCÍCIOS
cantar = eu cantarei, tu cantarás, ele cantará, nós cantare-
mos, vós cantareis, eles cantarão. MORFOLOGIA
vender = eu venderei, tu venderás, ele venderá, nós ven- ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
deremos, vós vendereis, eles venderão. 01) UFU - A palavra ensolarada tem o mesmo processo de
sorrir = eu sorrirei, tu sorrirás, ele sorrirá, nós sorriremos, formação da palavra:
vós sorrireis, eles sorrirão. a) desalmada.
02) Futuro do Pretérito do Indicativo b) inspirada. d) sonhada.
c) esperada. e) amada.
O Futuro do Pretérito do Indicativo é obtido pelo acréscimo
ao infinitivo das desinências -ia / ias / ia / íamos / íeis / iam. 02) UM - Aponte a alternativa em que não ocorre corres-
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender pondência entre o emprego do prefixo grego e o sentido
e sorrir. expresso entre parênteses.
cantar = eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria, nós canta- a) anônimo (sem nome)
ríamos, vós cantaríeis, eles cantariam. b) sincrônico (ao mesmo tempo)
vender = eu venderia, tu venderias, ele venderia, nós ven- c) parágrafo (escrito ao lado)
deríamos, vós venderíeis, eles venderiam. d) anticristo (contrário a Cristo)
sorrir = eu sorriria, tu sorririas, ele sorriria, nós sorriríamos, e) apogeu (no alto da terra)
vós sorriríeis, eles sorriram. 03) E. S. Uberaba - Todos os verbos seguintes são formados
Exceções: Os verbos fazer, dizer e trazer são conjugados por parassíntese (derivação parassintética), exceto:
no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, seguindo-se as a) endireitar
b) atormentar d) desvalorizar
mesmas regras acima, porém sem as letras ze, sendo estrutu-
c) enlouquecer e) soterrar
rados, então, assim: far, dir, trar.
fazer = eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, 04) Uece - Pertence à área semântica de chuva a palavra:
eles farão. a) pluvial.
dizer = eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, b) fulvo. d) plúmbeo.
eles diriam. c) cúpido. e) fluvial.
trazer = eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós 05) Londrina - A palavra resgate é formada por derivação:
trareis, eles trarão. a) prefixal.
03) Infinitivo Pessoal b) sufixal. d) parassintética.
O Infinitivo Pessoal é obtido pelo acréscimo ao infinitivo das c) regressiva. e) imprópria.
desinências / - / es / - / mos / des / em. 06) Cesgranrio - O prefixo de irregular difere semanticamente
Por exemplo, veja a conjugação dos verbos cantar, vender do prefixo de:
a) desumano
e sorrir.
b) imigrante d) anormalidade
cantar = era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós
c) ilimitado e) intolerância
cantarmos, vós cantardes, eles cantarem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
07) Faap - “Vou-me embora pra Pasárgada.” Embora (em + 02) FSJT - São substantivos usados só no masculino:
boa + hora) – processo de formação de palavras a que a) champanha – guaraná – estigma – apêndice.
chamamos: b) capital – grama – omoplata – aluvião.
a) derivação prefixal. c) cal – radiovitrola – plasma – eclipse.
b) derivação sufixal. d) comichão – moral – cisma – personagem.
c) composição por justaposição. e) usucapião – lança-perfume – cal – intérprete.
d) composição por aglutinação.
e) derivação regressiva. 03) UM - Desejavam transformar os... em... do céu.
a) pagões – cidadões c) pagões – cidadãos
08) Faap - Infatigavelmente (in + fatigável + mente) – proces- b) pagãos – cidadões d) pagãos – cidadãos
so de formação de palavras a que chamamos:
a) derivação prefixal. 04) Fuvest - Assinale a alternativa em que está correta a
b) derivação sufixal. forma plural.
c) derivação prefixal e sufixal. a) júnior – júniors
d) composição por justaposição b) gavião – gaviães d) mal – maus
e) composição por aglutinação c) fuzil – fusíveis e) atlas –atlas
09) BB - A palavra “aguardente” formou-se por: 05) Cefet - Das opções a seguir, assinale a que apresenta um
a) hibridismo substantivo que só tem uma forma no plural.
b) aglutinação d) parassíntese a) guardião
c) justaposição e) derivação regressiva b) espião d) vulcão
c) peão e) cirurgião
10) CESGRANRIO - Indique a palavra que foge ao processo
de formação de chapechape: 06) UM - Assinale a alternativa correta quanto ao gênero das
a) zunzum palavras:
b) reco-reco d) tilim-tlim a) A lança-perfume foi proibida no carnaval.
c) toque-toque e) vivido b) Os observadores terrestres esperavam atentos a eclipse
11) FFCL - As palavras couve-flor, planalto e aguardente da Lua.
são formadas por: c) A gengibre é uma erva de grande utilidade medicinal.
a) derivação d) A dinamite é um explosivo à base de nitroglicerina.
b) onomatopeia d) composição
c) hibridismo e) prefixação 07) UEL - “Viam-se... junto aos ...do jardim”.
a) papelsinhos - meios-fio
12) “Seu sim, pode ter certeza, não me convenceu, Amaro!” b) papeizinhos - meios-fios d) papelsinhos - meios-fios
A palavra em destaque é formada por: c) papeizinhos - meio-fios e) papeizinhos - meio-fios
a) prefixal
b) sufixal d) parassintética 08) Uni-Rio - Nas palavras abaixo, há uma com erro de flexão.
c) regressiva e) imprópria Assinale-a.
a) irmãozinhos
13) CESGRANRIO - Assinale a opção em que nem todas as b) papelzinhhos d) heroizinhos
palavras são de um mesmo radical: c) exortaçõezinhas e) lençoizinhos
a) noite, anoitecer, noitada
b) luz, luzeiro, alumiar 09) FFALM - Identifique o substantivo que só se usa no plural.
c) incrível, crente, crer a) lápis
d) festa, festeiro, festejar b) pires d) ônibus
e) riqueza, ricaço, enriquecer c) tênis e) idos
14) 2016/IBFC - Assinale a alternativa correta. A palavra
10) F. Objetivo - Indique o substantivo que tem apenas um
insensatez é composta por: gênero.
a) Sufixo; c) Sufixo e prefixo; a) estudante
b) Prefixo; d) Afixo e infixo b) indígena d) jornalista
c) mártir e) testemunha
15) 2016/FUNRIO - Em pré-disposição, o prefixo pré tem o
seguinte significado:
11) Cefet - Das opções a seguir, assinale a que apresenta um
a) negação. substantivo que só tem uma forma no plural.
b) duplicação. d) anterioridade. a) guardião
c) proximidade. e) inferioridade. b) espião d) vulcão
c) peão e) cirurgião
CLASSE DE PALAVRAS
Adjetivo / Substantivo 12) UFJF -
“... eu não sou propriamente um autor defunto,
01) Cefet - Assinale a alternativa em que a palavra tem o
mas um defunto autor...” (Machado de Assis)
gênero indicado incorretamente. I. No primeiro caso, autor é substantivo; defunto é
a) a ênfase adjetivo.
b) a grama d) o crisma II. No segundo caso, defunto é substantivo; autor é
c) o alface e) o ágape adjetivo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
III. Em ambos os casos, tem-se um substantivo com- c) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
posto. d) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
Marque: e) Muita é a procura; pouca, a oferta.
a) se I e II forem verdadeiras.
05) Esan - Assinale a alternativa correta.
b) se I e III forem verdadeiras.
a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco.
c) se II e III forem verdadeiras.
d) se todas forem verdadeiras. b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros.
e) se todas forem falsas. c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco livros.
13) 2016/FGV - “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, e) n.d.a.
quer ao menos crer na fábula, e pouco apreço dá às de-
monstrações científicas.” 06) 2016/IOBV - Quanto à classificação dos numerais, os que
(Machado de Assis) indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo
No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados pos- ter valor de adjetivo ou substantivo são os numerais:
suem, respectivamente, os valores de a) Multiplicativos. c) Cardinais.
a) qualidade e estado. b) Ordinais. d) Fracionários.
b) estado e relação.
07) 2012/IESES - “Em maio, um abaixo-assinado, para que
c) relação e característica.
d) característica e qualidade. o parlamento extinga a lei ortográfica, tomou a 82ª Feira
e) qualidade e relação. do Livro de Lisboa.” O numeral ordinal destacado está
corretamente escrito na alternativa:
14) 2016/FGV - Os adjetivos mostram diferentes valores em a) Octagésima segunda.
nossa língua; o valor indicado inadequadamente é: b) Octogésima segunda.
a) rochas distantes/localização; c) Oitagésima segunda.
b) pés sobre-humanos/qualidade; d) Oitogésima segunda.
c) grandes naus/característica; 08) IBGE - Assinale a opção que apresenta o emprego correto
d) pés redondos/forma; do pronome, de acordo com a norma culta:
e) pés barrentos/matéria.
a) O diretor mandou eu entrar na sala.
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível.
15) 2015/EXATUS - Assinale a alternativa em que o plural
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei.
está incorreto:
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo.
a) velozeis. c) plantões.
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.
b) leões. d vapores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
14) Cesgranrio - Assinale a opção que completa as lacunas 03) 2014/FUNCAB - Assinale a opção que completa, correta
da seguinte frase: Ao comparar os diversos rios do mundo, e respectivamente, as lacunas da frase abaixo.
defendia com azedume e paixão a proeminência _____ Os animais ________que me refiro e _________ os
sobre cada um _____. quais trabalho trouxeram benefícios _________essa
a) desse, daquele comunidade.
b) daquele, destes d) deste, desse a) de - com - a
c) deste, daqueles e) deste, desses b) dos - a - para d) com - para - com
c) a - com - a e) em - para - por
15) UEPG - Assinale a alternativa em que a palavra onde
funciona como pronome relativo: 04) 2016/Instituto Excelência - Indique a alternativa em que
a) Não sei onde eles estão. aparece uma interjeição:
b) “Onde estás que não respondes?” a) Bravo! Vou indicar esse espetáculo aos meus amigos.
c) A instituição onde estudo é a UEPG. b) Ela chorou um rio de lágrimas.
d) Ele me deixou onde está a catedral. c) Corra, pois precisamos chegar o quanto antes.
e) Pergunto onde ele conheceu esta teoria. d) Nenhuma das alternativas.
16) Londrina - “Foram divididos _____ próprios os trabalhos
que _____ em equipe”. 05) 2015/Banestes
a) conosco – se devem realizar Claro, ué!
b) com nós – devem-se realizar A palavra sublinhada acima faz parte de uma classe de
c) conosco – devem realizar-se palavras que exprimem emoções, sensações e estados
d) com nós – se devem realizar de espírito, e que, muitas vezes, valem por uma estrutura
e) conosco – devem-se realizar linguística mais elaborada, pois, têm um sentido completo.
Qual classe é essa?
17) FCMSC - “Por favor, passe _____ caneta que está aí perto
a) Adjetivo.
de você; _____ aqui não serve para _____ desenhar.”
b) Pronome. d) Conjunção
a) aquela, esta, mim
c) Interjeição. e) Preposição
b) esta, esta, mim d) essa, essa, mim
c) essa, esta, eu e) aquela, essa, eu 06) PUC - Assinale a alternativa em que somente advérbios
foram acrescentados à frase: “O tempo passou.”
18) ETF - “Estamos certos de que V. Exa. _____ merecedor da
a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente.
consideração que _____ dispensam _____ funcionários”.
b) O tempo passou bastante, majestoso.
a) é – lhe – vossos
c) Realmente, o tempo passou depressa demais.
b) é – lhe – seus d) sois – lhe – seus
d) Sim, o curto tempo já passou.
c) é – vos – vossos e) sois – vos – vossos
07) UFU - A opção em que há um advérbio exprimindo cir-
19) Carlos Chagas - “Acredito que todos _____ dizer que
cunstância de tempo é:
não _____.”
a) Possivelmente viajarei para São Paulo.
a) lhe irão – se precipite
b) Maria tinha aproximadamente 15 anos.
b) lhe irão – precipite-se d) irão lhe – precipite-se
c) As tarefas foram executadas concomitantemente.
c) irão-lhe – se precipite e) ir-lhe-ão – se precipite
d) Os resultados chegaram demasiadamente atrasados.
20) TRE - “O auxiliar judiciário discutiu _____ mesmos a
08) Famec - O adjetivo está empregado na função de advér-
respeito de possíveis desentendimentos entre _____ e
bio em:
_____.”
a) Acesa a luz, viu claro os gestos furtivos do animal.
a) conosco – eu – ti
b) A lamparina tornou claros os degraus da escada.
b) com nós – mim – tu d) conosco – eu – tu
c) Reservou par ao céu um azul bem claro.
c) com nós – mim – ti e) conosco – mim – ti
d) Subitamente, um claro ofuscou-lhe a vista.
2.3 - Preposição - Interjeição / Advérbio e) Não gostava das cores muito claras.
01) 2016/VUNESP - Nas passagens – Em um campo en- 09) UEPG - A frase em que o advérbio expressa simultanea-
lameado... – e – Em 1815... –, a preposição Em está mente ideias de tempo de negação é:
formando expressões que reportam, respectivamente, às a) Falei ontem com os embaixadores.
circunstâncias de b) Não me pergunte as razões da minha atitude.
a) modo e tempo. c) lugar e tempo. c) Eles sempre chegam atrasados.
b) lugar e meio. d) modo e lugar. d) Jamais acreditei que você viesse.
e) Agora seremos felizes.
02) 2015/EEAR - Assinale a alternativa que completa, correta
e respectivamente, as lacunas do texto abaixo. 10) UFV - Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto
O candidato parece apto _____ o cargo. Tem capacidade em:
_____ exercer a função, e seu perfil profissional é coerente a) Ele permaneceu muito calado.
_____ a ideologia da instituição. Além disso, seu aparta- b) Amanhã, não iremos ao cinema.
mento fica próximo _____ nossa empresa. c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
a) para, com, com, de c) com, de, para, a d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
b) com, para, com, a d) para, de, com, a e) Ela falou calma e sabiamente.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Verbo III. Não vá dizer que não foi orientado no tocante às
formas tributárias.
01) FUVEST - Assinale a alternativa em que uma forma verbal
foi empregada incorretamente: Os verbos destacados acima têm, no plural, as seguintes
a) O superior interveio na discussão, evitando a briga. formas:
b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será a) vimos, vimos, ide
absolvido. b) viemos, vimos, vades d) vimos, vimos, vão
c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida. c) viemos, vimos, ides e) vimos, viemos, vão
d) Quando você vir Campinas, ficará extasiado.
e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo. 10) BANESPA - Assinale a alternativa que preenche corre-
tamente as lacunas do período ao lado: “Se você os ____,
02) CARLOS CHAGAS - Não te ____ com essas mentiras não ____ no que lhe ____ “.
que ____ da ignorância. a) ver - creia - disser
a) aborreces, proveem b) ver - creias - dizerem d) vir - creia - disserem
b) aborreça, provém d) aborreça, proveem c) ver - crê - disserem e) vir - creias - disserem
c) aborreças, provêm e) aborreças, provém
11) CORREIOS - “Não sabemos qual será nossa reação
03) CESGRANRIO - A frase negativa que corresponde a “Põe quando ____ a chegada do adversário.”
nela todo o incêndio das auroras” é: a) vemos
a) Não põe nela todo o incêndio das auroras. b) vimos d) virmos
b) Não ponhas nela todo o incêndio das auroras. c) veremos e) vermos
c) Não põem nela todo o incêndio das auroras.
d) Não ponha nela todo o incêndio das auroras. 12) PUC - Trazendo-os é o gerúndio do verbo trazê-los. Nas
e) Não pondes nela todo o incêndio das auroras. formas abaixo, do imperativo, assinale a única incorreta:
a) traze-os tu
04) FCM - Mesmo que a direção o ____ para o lugar e ele ____ b) traga-os você d) trazei-los vós
nomeado, duvido que ____ a exercer o cargo. c) tragamo-los nós e) tragam-nos vocês
a) indicar, for, chega
b) indicaria, seja, chega d) indique, seja, chegue 13) PUC - Indique a frase onde houver uma forma verbal
c) indique, for, chega e) indicar, ser, chegue incorreta:
a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.
05) CESESP - Assinalar o único item em que o emprego do b) Se ela vir de carro, chame-me.
infinitivo está errado: c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta
a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem. para o reflorestamento.
b) De hoje a três meses podes voltar aqui. d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de
c) Disse ser falsas aquelas assinaturas. gasolina.
d) Depois de alguns instantes, eles parecia estarem mais
14) MACKENZIE - Assinale a alternativa em que não há erro
conformados.
na forma verbal:
e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.
a) Minha mãe hesitou; tu não hesitastes.
06) ETF - “Se ele ____ o requerimento, posso mostrar-lhe a b) Esta página vale por meses; quero que valha para
prova quando ____”. sempre.
c) Tu tiveste dezessete anos; vós tivesteis sempre a mes-
a) troxer - querer
ma idade.
b) trouxer - quiser d) trouxer - querer
d) A análise das minhas emoções é que entrava no meu
c) trazer - querer e) trazer - quiser
plano; vós não entravais.
e) Achavam-se lindo e diziam-no; achaveis-me lindo e
07) ETF - “Se vocês não ____ os mais exaltados, creio que
dizieis-mo.
eles se ____ seriamente”.
a) contessem - desaveriam 15) FUVEST - Assinale a alternativa gramaticalmente correta:
b) contessem - desaviriam a) Não chores, cala, suporta a tua dor.
c) contessem - desaviam b) Não chore, cala, suporta a tua dor.
d) contivessem - desaveriam c) Não chora, cale, suporte a sua dor.
e) contivessem - desaviriam d) Não chores, cales, suportes a sua dor.
e) Não chores, cale, suporte a tua dor.
08) BB - “Enquanto uns trabalhavam, outros ____ televisão”.
a) se entretiam na 16) TRE - “Tendo ____ na operação, os funcionários se ____
b) entretiam na d) entretinham com a a serviços essenciais e executaram as tarefas que lhes
c) entretinham na e) se entretinham com a ____”.
a) intervido - ativeram - caberam
09) TRT - Observe: b) intervido - ateram - couberam
I. Eu venho pensando em exercer atividades no campo c) intervindo - ateram - caberam
da fiscalização. d) intervindo - ativeram - couberam
II. Vi quando você apreendeu a mercadoria. e) intervido - ativeram - couberam
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LÍNGUA PORTUGUESA
17) TRE - Observe a frase: “Se tu ____ que os eleitores che- 04) ESPM - No trecho “...Apollinaire, que foi um bom poeta,
gam para votar, ____ a porta e ____ -os entrar”. revelara-se um mau profeta, já que os poetas continuaram
a) veres / abre / deixa a se valer do livro para difundir seus poemas...”, o conector
b) veres / abra / deixe em negrito só não possui o mesmo valor semântico de:
c) vires / abra / deixa a) porque.
d) vires / abre / deixa b) conquanto.
e) virdes / abri / deixai c) visto que.
d) uma vez que
18) CESGRANRIO - Assinale a frase em que há erro de e) como.
conjugação verbal:
a) Os esportes entretêm a quem os pratica. 05) 2016/COSEAC - “Portanto, ao apresentar-me aqui como
b) Ele antevira o desastre. brasileira, automaticamente sou romana, sou egípcia, sou
c) Só ficarei tranquilo, quando vir o resultado. hebraica.”
d) Eles se desavinham frequentemente. O período transcrito acima, em relação ao que lhe ante-
e) Ainda hoje requer o atestado de bons antecedentes. cede no texto, exprime o sentido de:
a) adição.
19) MACKENZIE - Que alternativa contém as palavras ade- b) conclusão
quadas para o preenchimento das lacunas? c) explicação.
“Ao lugar de onde eles ____, ____ diversas romarias.” d) concessão.
a) provém, afluem e) conformidade.
b) provém, aflue
c) provém, aflui 5. GABARITOS
d) proveem, afluem
e) provêm, afluem MORFOLOGIA
20) BB - “Se ____ que não sabes, ____ outra questão”. Estrutura e formação de palavras
a) vires, faz 01) A 02) E 03) D 04) A 05) C
b) veres, faças 06) B 07) D 08) C 09) B 10) E
c) ver, faça 11) D 12) E 13) B 14) C 15) D
d) vir, faz
e) vires, faze Classe de Palavras
Adjetivo / Substantivo
Conjunção
01) C 02) A 03) D 04) E 05) B
01) Indique qual das conjunções aditivas indica ideia de 06) D 07) B 08) B 09) E 10) E
oposição.
11) B 12) A 13) E 14) E 15) A
a) Meu irmão e eu fomos ao cinema do bairro.
b) Bruna não telefonou nem deu notícias.
Artigo / Numeral / Pronome
c) Leandro apareceu com o carro e disse que o comprara
há pouco. 01) D 02) A 03) A 04) B 05) C
d) Estou procurando Alice há mais de uma hora e ainda 06) A 07) B 08) D 09) A 10) B
não a encontrei. 11) C 12) D 13) C 14) C 15) C
e) Não só trouxemos as prendas mas também armamos 16) D 17) C 18) B 19) A 20) E
as barracas da quermesse.
Preposição/ Interjeição / Advérbio
02) CONSULPLAN - “Já a produção de petróleo não é sufi-
01) C 02) D 03) C 04) A 05) C
ciente para atender à demanda, embora a dependência
externa no setor tenha conhecido…” O termo “embora”, 06) C 07) C 08) A 09) D 10) A
nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:
a) Condição. Verbo
b) Adição. 01) B 02) C 03) B 04) D 05) C
c) Conformidade. 06) B 07) E 08) E 09) D 10) D
d) Concessão.
11) D 12) D 13) B 14) B 15) A
e) Tempo.
16) D 17) D 18) E 19) E 20) E
03) CONSULPLAN - “- Pois é, não jogo futebol, mas tenho
alma de artilheiro…” a palavra destacada exprime ideia de: Conjunção
a) Escolha.
01) D 02) D 03) B 04) B 05) B
b) Contraste, oposição.
c) Finalidade.
d) Explicação.
e) Soma, adição.
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LÍNGUA PORTUGUESA
PARTE III – SINTAXE 2) Sujeito simples - aquele que apresenta apenas um
núcleo:
1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO • Muitos funcionários das repartições públicas de São Paulo
Frase: estão afastados.
É todo enunciado que tem sentido completo. A frase pode •As minhas duas belas primas do interior chegaram.
ou não ter verbo.
Quando o núcleo está expresso na frase, chamamo-lo de
Quando não tem, denomina-se FRASE NOMINAL.
sujeito simples claro.
• “Eta, vida besta, meu Deus.”
(Carlos Drummond de Andrade) Quando o núcleo não está expresso na frase, chamamo-lo
• Fogo! de sujeito simples oculto, ou desinencial, ou não expresso, ou
Embora as frases nominais não tenham verbo, conseguem implícito, ou elíptico.
comunicar ideias completas, pois pressupõem a presença de Obs.: A Nomenclatura Gramatical Brasileira não reconhe-
verbos ocultos subentendidos. Equivalem a: ce o sujeito oculto ou elíptico; para a NGB, será determinado
• Meu Deus, como essa vida é besta. apenas.
• Está pegando fogo! 3) Sujeito composto - aquele que apresenta dois ou
Oração: mais núcleos:
É todo enunciado que contenha verbo: Eu e ela chegamos a um acordo.
• Todos querem... O presidente e seus ministros participaram das comemo-
• “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos rações do Dia da Independência.
de réis.” 4) Sujeito indeterminado - Surge quando existe um ele-
(Machado de Assis)
Período: mento sobre o qual se declara algo, mas não se pode identificar
É todo enunciado que possui verbo (oração) e sentido com- tal elemento; é aquele que, embora existindo, não se quis ou
não se pôde representar na oração.
pleto (frase), ou seja, é uma frase com verbo, ou uma oração
• Chegaram bem tarde hoje. - não se sabe “quem chega-
com sentido completo.
ram”.
Pode ter uma ou mais orações. Deve terminar por ponto-
Há duas maneiras de tornar o sujeito indeterminado:
-final, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou por
a) com verbos na 3ª pessoa do plural, sem sujeito expres-
reticências.
so (ou que não haja referência a nenhum ser anteriormente
Se tem uma só oração, é período simples; duas ou mais
expresso):
orações, período composto: • Roubaram meu anel.
a) Período simples: “O sertanejo é antes de tudo um forte.” • Destruíram dois orelhões em pleno centro da cidade.
(Euclides da Cunha)
b) Período composto: Chegou de mansinho, bateu, entrou Obs.: Quando o contexto permite definir o agente da ação,
e sentou-se calado. teremos um sujeito simples oculto:
• Umas pessoas malvadas estiveram aqui e roubaram o
2. SINTAXE DA ORAÇÃO meu anel.
Termos Essenciais da Oração • Aqueles vândalos presos ontem destruíram dois orelhões
Observe a oração abaixo: em pleno centro da cidade.
• Os acionistas pareciam bastante apreensivos. b) com verbos na 3ª pessoa do singular, seguido da partí-
Nela podemos identificar dois conjuntos: cula SE - índice de indeterminação do sujeito:
▪ o ser de quem se afirma algo, chamado de sujeito: os • Vive-se bem nesta cidade.
acionistas; • Trata-se de questões tributárias.
▪ aquilo que se diz do ser, que é o predicado: pareciam
5) Sujeito oracional - Surge quando o sujeito de uma
bastante apreensivos.
oração é toda uma outra oração.
O sujeito e o predicado são chamados de termos essenciais
• É bom que todos compareçam.
da oração.
1ª oração: É bom.
Obs.: Apesar de ser um “termo essencial”, há frases em
2ª oração (sujeito): que todos compareçam.
Língua Portuguesa em que não há sujeito.
O que é bom? sujeito = que todos compareçam.
SUJEITO
Obs.: Na análise sintática, esta oração que funciona como
Aquele, ou aquilo, a respeito do qual se transmite uma
sujeito é classificada como oração subordinada substantiva
informação.
subjetiva.
De acordo com o modo como aparece na frase, pode ser
classificado como determinado ou indeterminado. 6) Oração sem sujeito - Não há um elemento ao qual se
atribui o predicado. Ocorre nos seguintes casos:
1) Sujeito determinado - Ocorre quando se pode deter-
a) com os verbos que indicam fenômeno da natureza:
minar o elemento ao qual o predicado se refere: • Choveu muito pouco no verão passado.
• Os operários cruzaram os braços logo cedo. • Trovejou durante horas seguidas.
Os operários = sujeito determinado, pois podemos identificar b) com o verbo haver indicando “existência” ou “aconte-
o termo ao qual se atribui o ato de cruzar os braços. cimento”:
• Passamos férias maravilhosas. • Na festa havia muitas pessoas.
O sujeito (termo sobre o qual se projeta a ação de passar) • Há anos surgiu no teatro brasileiro uma nova estrela.
está implícito na desinência verbal “Passamos”. c) com os verbos ser e estar, indicando tempo:
Temos então sujeito determinado ou desinencial. • Amanhã será dia 15.
29
LÍNGUA PORTUGUESA
• Hoje está frio. ▪Verbo transitivo indireto: exige um objeto indireto (com-
d) com o verbo fazer indicando tempo ou fenômeno da plemento com preposição):
natureza: • Todos nós precisamos de descanso.
• Faz duas horas que ele saiu. • Os alunos devem confiar em seus professores.
• Fará, no próximo domingo, vinte anos que a conheci. ▪ Verbo transitivo direto e indireto: exige dois objetos,
e) com os verbos bastar e chegar seguidos da preposição de: um direto e outro indireto:
• Chega de conversa mole. • Ontem emprestei meu carro ao vizinho.
• Basta de reclamações. • Confiei meu carro ao meu irmão.
Obs.: Obs.:
1) Em todos os casos acima, os verbos não têm sujeito; são 1) Ao classificarmos um verbo, temos de fazê-lo dentro do
chamados, então, de verbos impessoais. Devem ficar sempre texto. É o contexto que vai indicar a sua classificação.
na 3ª pessoa do singular. Ela já escreve bem. (verbo intransitivo)
Exceção é o verbo ser, que merecerá tratamento especial Ela escreveu dois poemas. (verbo transitivo direto)
na concordância verbal. • Ela me escreveu ontem. (verbo transitivo indireto)
2) Os verbos que indicam fenômeno da natureza, empre- • Ela ainda não me escreveu uma linha sequer. (verbo
gados metaforicamente, admitem sujeito: transitivo direto e indireto)
• Sua negativa anuviou minha alegria. • Ela permanecia calada. (verbo de ligação)
• Choveram bombas sobre a cidadezinha serrana. • Ela permanecia na sala. (verbo intransitivo)
2) Existem verbos intransitivos (não têm objeto) que apa-
► PREDICADO recem sempre com adjunto adverbial:
É a informação que se transmite a respeito de algo ou • Ninguém entrou no carro. (verbo intransitivo + adjunto
alguém. No processo da comunicação, as palavras que formam adverbial de lugar “no carro”)
uma frase estão agrupadas em dois eixos: o sujeito e o predica- • Cheguei tarde. (verbo intransitivo + adjunto adverbial de
do. Como vimos, pode haver frase sem sujeito. Nunca, porém, tempo “tarde”)
existirá uma frase sem predicado. • Irei ao cinema. (verbo intransitivo + adjunto adverbial de
Antes de classificarmos os predicados, vamos primeiro de- lugar “ao cinema”)
finir os verbos, como eles aparecem na formação do predicado, • Voltaram para as suas casas. (verbo intransitivo + adjunto
e também os predicativos (do sujeito e do objeto). adverbial de lugar “para as suas casas”)
Verbo de ligação - É aquele que liga o sujeito ao seu pre-
► PREDICATIVOS
dicativo (termo que expressa um estado ou qualidade). A função
São termos que expressam um estado ou qualidade.
do verbo de ligação é apenas “ligar” o predicativo ao sujeito.
I) Predicativo do sujeito - Indica uma qualidade ou estado
Pode ser eliminado sem causar prejuízo ao sentido da frase:
para o sujeito colocado dentro do predicado.
• Os alunos estavam alegres.
É obrigatório após um verbo de ligação e, eventualmente,
• Os alunos ficaram alegres.
pode aparecer após verbos intransitivos e transitivos:
Obs.: a) com verbos de ligação:
1) Normalmente são verbos de ligação: ser, estar, ficar, • Os alunos são estudiosos.
continuar, parecer, permanecer e tornar-se. • Os jogadores acabaram cansados.
2) Estes verbos são de ligação somente quando acom-
panhados de um predicativo do sujeito. Caso não haja um b) com verbos intransitivos:
predicativo para o sujeito, eles serão chamados de intransitivos. • O trem chegou atrasado.
• Os alunos estavam no pátio. • Os meninos chegaram famintos.
Note que agora não há mais predicativo do sujeito. Não
c) com verbos transitivos diretos:
há, então, verbo de ligação; estavam é verbo intransitivo, e no
• Meu primo foi nomeado diretor.
pátio é adjunto adverbial.
• O paciente recebeu tranquilo a notícia.
Vejamos outros exemplos:
• Flávia está aqui. d) com verbos transitivos indiretos:
• Pedro ficou em casa. • Os torcedores assistiram nervosos à decisão.
• Os delegados procederam cautelosos ao inquérito.
►TRANSITIVIDADE VERBAL
1) Verbo nocional - É aquele verbo que expressa ideia de II) Predicativo dos Objetos Direto ou Indireto - Termo que
ação. Nesse caso, o verbo não é apenas um elo, mas o termo expressa um estado ou uma qualidade do objeto atribuído
que encerra o sentido da frase. O verbo nocional subdivide-se em: a ele pelo sujeito:
1.1) Verbo intransitivo - É aquele que tem o sentido • Eles nomearam meu primo diretor.
completo, isto é, não precisa de complementos. • O povo elegeu-o senador.
• Todos chegaram. • Gosto de você cheirosa, Terezinha!
• O assaltante baleado morreu.
► CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO
1.2) Verbo transitivo - É aquele que tem sentido in- I) Predicado nominal - Aquele que apresenta como núcleo
completo, ou seja, o verbo precisa de complemento. O verbo o termo que indica o estado ou qualidade do sujeito (predi-
transitivo, por sua vez, subdivide-se em: cativo do sujeito). O verbo será sempre de ligação. Estrutura
▪ Verbo transitivo direto: exige um objeto direto (comple- do predicado nominal:
mento sem preposição): Sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito:
• As chuvas transtornam as cidades grandes. • Estes operários são trabalhadores.
• Todos os alunos fizeram as redações solicitadas. • Seu avô está bastante velho.
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LÍNGUA PORTUGUESA
II) Predicado verbal - Expressa a ideia de ação. Tem como Nos exemplos dados, as preposições podem ser eliminadas
núcleo um verbo nocional. Nesse caso, o verbo é importante; e os verbos continuam com os mesmos sentidos. Claro está
ele é que encerra o sentido da frase. Estrutura do predicado também que o objeto direto preposicionado serve para dar uma
verbal: variação ao entendimento total da frase:
a) Sujeito + verbo intransitivo: Beber algo é diferente de beber de algo, pois, na primeira,
• As aves voam no céu. temos a ideia do todo e, na segunda, a ideia da parte de um
• Chegamos cedo ao cinema. todo. Algumas vezes o emprego da preposição antes do objeto
direto é obrigatório. Veja quais são os casos:
b) Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto: a) antes dos pronomes oblíquos tônicos, ligados a verbos
• Alguns animais comem plantas. transitivos diretos:
• Todos os alunos fizeram a lição. • Viu a mim no mercado.
• O salva-vidas observou a nós na piscina.
c) Sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto:
• As plantas precisam de sol. b) com o pronome relativo “quem”, funcionando como
• Os professores simpatizaram com o novo aluno. complemento na frase:
• Chegou o João, a quem não esperávamos.
d) Sujeito + verbo transitivo direto e indireto + objeto direto • Ela é a mulher a quem eu amo.
+ objeto indireto:
c) Para evitar dúvida no entendimento da frase:
• O rapaz informou a hora ao transeunte.
• Venceram aos japoneses os canadenses.
• Avisaram-me sobre o acidente.
• Enganou ao aluno o professor.
e) Oração sem sujeito com verbo intransitivo ou transitivo: III) Objeto direto pleonástico - É usado para enfatizar
• Choveu muito ontem. uma ideia contida no objeto direto com a repetição dele
• Nevou em várias cidades do sul. próprio. Para bem utilizá-lo, devemos colocá-lo no início da
III) Predicado verbo-nominal - É o predicado, composto frase, depois repeti-lo por meio de pronome oblíquo - ao qual
de um verbo nocional, mais um predicativo (do sujeito ou do daremos o nome de objeto direto pleonástico, pois pleonasmo
é aquilo que se repete.
objeto). Terá dois núcleos: um será o verbo nocional e o outro
• As rosas, dei-as para Maria.
será o predicativo.
• O bolo, nós não o comemos.
Estrutura do predicado verbo-nominal:
a) Sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito: IV) Objeto direto interno - Surge quando utilizamos um
• Os alunos chegaram atrasados. verbo intransitivo como transitivo direto, e seu complemen-
• Todos saíram apressados. to é da mesma família semântica do verbo:
• Viver uma vida fácil.
b) Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto + predi- • Sonhou um sonho alegre.
cativo do sujeito:
• As meninas comeram o bolo alegres. V) Objeto indireto - Completa o sentido do verbo transitivo
indireto, ou seja, vem indiretamente ligado ao verbo com o
• As mulheres deixaram o hospital felizes.
auxílio de preposições.
c) Sujeito + verbo transitivo indireto + objeto indireto + • Paguei ao médico.
predicativo do sujeito: • Deparamos com um estranho.
• As meninas se referiram ao pai felizes.
VI) Objeto indireto pleonástico - Da mesma forma já vista
• Os alunos obedeciam ao professor alegres. no objeto direto pleonástico, podemos repetir também o objeto
d) Sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto + predi- indireto dentro da frase, para reforçar a ideia que se pretende
cativo do objeto: seja transmitida.
• O presente deixou as crianças felizes. • A mim, o que me deu foi pena.
• O professor tornou o exercício simples. • A ti, ó rosa perfumada, entrego-te o mundo.
II) Objeto direto preposicionado - É uma subclassificação VIII) Agente da passiva - É o complemento de um verbo
do objeto direto e surge quando o verbo é transitivo direto, mas na voz passiva analítica. É o agente que pratica uma ação
o complemento aparece antecedido de uma preposição indicada por um verbo na voz passiva. O agente da passiva
(que pode ser tirada sem prejuízo do sentido original do verbo), vem sempre introduzido por preposição, geralmente pela
pois a preposição aparece apenas para maior clareza, melhor preposição POR - e suas combinações: PELO, PELA, PELOS,
PELAS. Mas também podemos usar a preposição DE - e suas
harmonia ou para dar ênfase à expressão:
combinações - em algumas frases.
• Judas traiu a Cristo.
• A cidade foi cercada por soldados.
• As bruxas beberam de suas porções.
• O rei era aclamado pela multidão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
► TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO • Todos os dias eu espero o jornal na porta.
Chamamos de termos acessórios aqueles que podem ser Período composto é o agrupamento de orações finalizadas
retirados da frase sem prejuízo para o sentido global. São por um único ponto:
eles: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. • Eu espero que você seja feliz.
• Todos vimos os homens que colhiam algodão no campo.
I) Adjunto adnominal - É o termo que determina ou ca-
racteriza um substantivo. Pode ser: O período composto se constitui de duas maneiras diferen-
a) um artigo: tes: por coordenação e por subordinação.
• O carro nos pertence. √ Período composto por coordenação: É o período que
b) um adjetivo: apresenta orações de sintaxe independente. Suas orações são
• O bom aluno estuda sempre. coordenadas, pois ligam-se pelo sentido ou através de uma
c) uma locução adjetiva: conjunção coordenativa.
• O amor da mãe é eterno.
d) um numeral: 3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL
• Duas meninas saíram por aqui. Colocação pronominal é a posição do pronome pessoal
e) um pronome: oblíquo átono em relação ao verbo na frase. O pronome, em
• Um dia comprarei aquela casa. relação ao verbo, pode aparecer em três posições:
1. Próclise: antes do verbo:
II) Adjunto adverbial - É o termo que indica uma cir-
• Nada se perde.
cunstância (de tempo, causa, modo, lugar etc.) modificando
o sentido de um verbo, de um advérbio ou de um adjetivo. 2. Mesóclise: no meio do verbo:
Ele pode aparecer com ou sem preposição. • Dirigir-lhe-emos a palavra.
O adjunto adverbial não completa o sentido do termo a que se
liga, apenas modifica o seu sentido. 3. Ênclise: depois do verbo:
• Dormi em paz. - modifica o verbo. • Viram-me no shopping.
• Acordei bastante cedo. - modifica o advérbio. 1. PRÓCLISE
• Ela é muito bonita. - modifica o adjetivo. A próclise ocorre sempre que há palavras que atraiam o
O adjunto adverbial, quando modifica o adjetivo ou advér- pronome para antes do verbo, como:
bio, recebe o nome de adjunto adverbial de intensidade, por 1) os advérbios de maneira geral.
intensificar a ideia expressa por eles. • Não o vi na feira.
Ao modificar o verbo, o adjunto adverbial classifica-se de
• Talvez o veja ainda hoje.
acordo com a ideia expressa, porém essa classificação não é
• A noite ontem lhe fora alegre, não?
dada pela nomenclatura gramatical brasileira, e sim apenas
• Infelizmente me avisaram tarde.
sugerida pelos gramáticos.
Nota: se houver pausa, sinalizada pela vírgula, ocorrerá
Obs.: Veja a seguir algumas possibilidades:
ênclise e não próclise:
• Pedro foi, sim. - adj. adv. de afirmação
• Infelizmente, avisaram-me tarde.
• Ele falou do medo. - adj. adv. de assunto
• Maria fez tudo por amor. - adj. adv. de causa 2) os pronomes demonstrativo, indefinido, relativo, inter-
• Maria passeava com a mãe. - adj. adv. de companhia rogativo:
• Estudei muito apesar do calor. - adj. adv. de concessão • Isso me deixa transtornado.
• Farão com o meu auxílio. - adj. adv. de condição • Tudo me fez refletir muito.
III) Aposto - É o termo que explica, esclarece, discrimina ou • Este é um lugar onde me sinto bem.
identifica um outro termo da oração. Geralmente aparece entre • Alguém me ligou, Pedro?
vírgulas, mas pode também aparecer após dois-pontos, entre 3) as conjunções subordinativas:
travessões ou até sem essas pausas, porém sempre estará
• Comprarei isso, se me for útil. (conjunção adverbial
explicando um outro termo qualquer:
condicional)
• Pelé, rei do futebol, é meu amigo.
• É necessário que o leve ao médico. (conjunção integrante)
• Só quero uma coisa: sorvete.
• Quando me procurares, estarei bem longe daqui. (con-
• Após algum tempo - cinco ou seis minutos - ele voltou.
junção adverbial temporal)
VOCATIVO:
Nota: A elipse da conjunção não dispensa a próclise:
Usado como chamamento, é o termo que serve para atrair
• Peço a Vossa Excelência me dispense dessas formali-
a atenção do interlocutor para aquilo que se vai dizer. Pode
aparecer no começo, no meio ou no final da oração, mas não dades. (que me...)
faz parte nem do sujeito nem do predicado. É um termo isolado, • Quando passo e te vejo, exulto. (quando te...)
portanto não se classifica nem como termo integrante nem como Deve-se usar, ainda, a próclise:
termo acessório: 4) Se o gerúndio vier antecedido da preposição expletiva EM:
• Brasileiros e brasileiras, façamos tudo pela Pátria. • Em se pensando em verão, pensa-se em praia.
• Vocês por aqui, meninos?!
5) Em frases exclamativa, interrogativa, optativa:
► SINTAXE DO PERÍODO • Quanto me doeu essa distância!
Período simples é o agrupamento de palavras em torno de
• Quando me dirá a verdade, hein?
um verbo, com sentido completo:
• A vida lhe seja calma.
• Eu e meus irmãos compraremos roupas novas amanhã.
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LÍNGUA PORTUGUESA
6) Nas orações optativas cujo sujeito estiver anteposto ao (2) Vindo o infinitivo impessoal regido da preposição PARA,
verbo: quase sempre é indiferente a colocação do pronome oblíquo an-
• Deus o guarde! tes ou depois do verbo, mesmo com a presença do advérbio NÃO:
• Os céus te favoreçam! • Corri para defendê-lo.
• Corri para o defender.
7) Em frases em que a palavra SÓ, no sentido de APENAS,
• Calei-me para não contrariá-lo.
SOMENTE, e as conjunções coordenativas alternativas OU...
• Calei-me para não o contrariar.
OU, ORA... ORA, QUER... QUER.
• Só me ofereceram um copo d’água. (3) A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocor-
• Ou ele se corrige ou lhe voltarão as costas. ra a próclise ou a mesóclise, é necessário haver justificativas.
• O rio, ora-se estreita, ora-se alarga caprichosamente. Com os advérbios (palavras que funcionam como ímã), usa-
• Quer-nos atacasse, quer se escondesse, a onça era -se a próclise. Quando, porém, houver pausa após o advérbio,
sempre um perigo. usa-se a ênclise:
• Antigamente, preservava-se mais a saúde.
2. MESÓCLISE
A mesóclise ocorre somente com verbos no futuro do 4. CASOS FACULTATIVOS DE PRÓCLISE OU ÊNCLISE
presente ou no futuro do pretérito, desde que não se justifique 1) Com os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu...), desde
a próclise. que não precedidos de palavra atrativa.
• Comemorar-se-á o dia dos pais sem gastos supérfluos. • Eu lhe obedeço. (próclise) ou
(futuro do presente) • Eu obedeço-lhe. (ênclise)
• Procurar-me-iam, caso precisassem de um fiador. (futuro Agora, em
do pretérito) • Eu não lhe obedeci. (obrigatório o uso da próclise, devido
à palavra atrativa “não”).
Nota: Havendo um dos casos que justifique a próclise,
desfaz-se a mesóclise: 2) Com infinitivo não flexionado precedido de preposição
• Tudo lhe contarei, pois não há segredos entre nós. (pro- ou palavra negativa.
nome indefinido) • Vim para te acalmar. (próclise) ou
• Jamais se publicará a notícia. (advérbio) • Vim para apoiar-te. (ênclise).
6) Quando o sujeito (sem sentido negativo) vier, imediata- D) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo:
mente, antes do verbo: • Há de acostumar-se, ou há de se acostumar.
• O advogado queixou-se do comportamento do seu cliente. Obs.: Com a preposição “a” e o pronome oblíquo “o” (e
Mas... variações), o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo:
• O advogado não se queixou do comportamento. • Tornou a vê-los depois do casamento.
Ainda... havendo um sujeito com sentido negativo, ocorrerá II. Com verbo auxiliar + particípio
a atração do pronome junto do sujeito: Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome
• Ninguém se queixou do comportamento do aluno ficará depois do verbo auxiliar:
• Haviam-me oferecido um bom emprego.
Notas: Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará
(1) junto a infinitivo flexionado, regido de preposição, é antes do verbo auxiliar:
de rigor a próclise: • Não me haviam oferecido nada de bom.
• Repreendi-os por se queixarem sem razão.
• A situação levou-os a se posicionarem contra todos. Obs.: Jamais a posposição do pronome ao particípio!
33
LÍNGUA PORTUGUESA
4. CONCORDÂNCIA VERBAL → O verbo irá para o plural se a ideia por ele expressa se
CASO 1 referir ou puder se atribuída a todos os núcleos do sujeito:
→ Verbo depois do sujeito: • “Naquela crise, só DEUS ou NOSSA SENHORA podiam
• “AS SAÚVAS eram uma praga.” acudir-lhe.”
(PovinaCavalcânti) (Camilo C.Branco)
• “TU não és inimiga dele, não?”
(Camilo C.Branco)
NOTA: Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de
[O sujeito sendo simples (com um núcleo), com ele concor- verbo no singular:
dará o verbo em número e pessoa.] • “UM PRÍNCIPE OU UMA PRINCESA não casa sem um
→ Verbo antes do sujeito: vultoso dote.”
(Viriato Correia)
• Não faltarão PESSOAS que nos queiram ajudar.
CASO 5
CASO 2 Núcleos do sujeito unidos pela preposição COM.
O sujeito é composto e da 3ª. pessoa. → Usa-se mais frequentemente o verbo no plural quando se
O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva atribui a mesma importância, no processo verbal, aos elementos
geralmente este para o plural. do sujeito unidos pela preposição COM:
• “A ESPOSA E O AMIGO seguem sua marcha.” • “ELE COM MAIS DOIS acercaram-se da porta.”
(José de Alencar) (Camilo C.Branco)
→ É lícito (mas não obrigatório deixar o verbo no singular,
quando: → Pode-se usar o verbo no singular quando se deseja dar
a) Os núcleos do sujeito são sinônimos: relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o
• “A CORAGEM E A FOITEZA com que lhe respondi, verbo vier antes deste.
perturbou-o...” • O BISPO, COM DOIS SACERDOTES, iniciou solene-
(Camilo C.Branco) mente a missa.
• “Já num sublime e público teatro se assenta O REI INGLÊS
b) Os núcleos do sujeito formam sequência gradativa: COM TODA A CORTE.”
• UMA ÂNSIA, UMA AFLIÇÃO, UMA ANGÚSTIA REPEN- (Luís de Camões)
TINA começou a me apertar a alma.
CASO 6
→ Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este
Núcleos do sujeito unidos por NEM.
poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo.
→ Quando o sujeito é formado por núcleo no singular unido
• “Não fossem O RÁDIO DE PILHA E AS REVISTAS, que
pela conjunção NEM, usa-se, comumente, o verbo no plural.
seria de Elisa?”
(Jorge Amado) • NEM A RIQUEZA NEM O PODER o livraram de seus
inimigos.
• “E de tudo, só restaria A ÁRVORE, A RELVA E O CES-
TINHO DE MORANGOS.” → É preferível a concordância no singular:
(Lígia Fagundes Teles) a) Quando o verbo precede o sujeito:
• Não o convidei EU NEM MINHA ESPOSA.
CASO 3
b) Quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser
O sujeito é composto e de pessoas diferentes.
atribuído a um dos elementos do sujeito:
[Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo
• NEM PAULO NEM JOÃO será eleito governador do Acre.
se flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. A 1ª.
pessoa prevalece sobre a 2ª. e a 3ª.; a 2ª. prevalece sobre a 3ª.] CASO 7
• “Foi o que fizemos CAPITU E EU.” Núcleos do sujeito correlacionados.
(Machado de Assis) O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito
• “TU E ELE partireis juntos.” composto estão ligados por uma das expressões correlativas
(Mário Barreto)
NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ COMO TAMBÉM, TAN-
NOTA: Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa TO... COMO, etc.
regra: • “NÃO SÓ A NAÇÃO MAS TAMBÉM O PRÍNCIPE esta-
a) Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais pró- riam pobres.”
ximo, quando este se pospõe ao verbo: (Alexandre Herculano)
• “O que me resta da felicidade passada és TU E ELES.” • “TANTO LINCOLN QUANTO O ALEIJADINHO parecem
(Camilo C.Branco)
deter o segredo de tudo que lhes falta.”
b) Ora preferindo a 3ª. pessoa na concorrência tu + ele = (Viana Moog)
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LÍNGUA PORTUGUESA
CASO 10 NOTA: Essa é a concordância lógica, geralmente preferida
Núcleos do sujeito são verbos no infinitivo. pelos escritores modernos. Todavia, não é prática condenável
O verbo concordará no plural se os infinitivos forem determi- fugir ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração
nados pelo artigo ou exprimirem ideias opostas; caso contrário, adjetiva no singular (fazendo-o concorda com a palavra UM),
tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural. quando se deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a
• O COMER E O BEBER são necessários. (precedidos entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais:
de artigo) • ELE É UM DESSES PARASITAS QUE vive à custa dos
• RIR E CHORAR fazem parte da vida. (ideias opostas) outros.
• CANTAR, DANÇAR E REPRESENTAR faz [ou fazem]
CASO 17
a alegria do artista.
Sujeito: MAIS DE UM.
CASO 11 O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será de
Sujeito oracional. Concorda no singular o verbo cujo sujeito rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for
é uma oração. superior a UM.
• QUE TODOS CHEGUEM JUNTOS é impossível. • MAIS DE UM EXCURSIONISTA já perdeu a vida nesta
• CANTAR faz bem para a alma. montanha.
• MAIS DE UM DOS CIRCUNSTANTES se entreolharam
CASO 12
com espanto.
Sujeito coletivo. O verbo concorda no singular com o sujeito
• MAIS DE TRÊS FERIDOS já tiveram alta.
coletivo no singular.
• A MULTIDÃO vociferava ameaças. CASO 18
• “UM GRUPO DE RAPAZES sentara-se ali ao lado.” Sujeito: QUAL DE NÓS, NENHUM DE NÓS, QUAIS DE
(Fernando Namora)
VÓS, ALGUNS DE NÓS.
CASO 13 Estando o pronome no singular, no singular (3ª. pessoa)
Sujeito: A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERO DE, etc. ficará o verbo.
Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior • QUAL DE VÓS testemunhou o fato?
parte de, parte de, a maioria de, grande número de, etc., se- • NENHUM DE VÓS falará primeiro?
guida de substantivo ou pronome no plural, o verbo, quando NOTA: Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos
posposto ao sujeito, pode ir para o singular ou para o plural, QUAIS? QUANTOS? Ou um dos indefinidos ALGUNS, MUITOS,
conforme se queira efetuar uma concordância estritamente gra- POUCOS, etc., seguidos dos pronomes NÓS ou VÓS, o verbo
matical (com o coletivo singular) ou uma concordância enfática, concordará, por atração, com estes últimos, ou, o que é mais
expressiva, com a ideia de pluralidade sugerida pelo sujeito. lógico, na 3ª. pessoa do plural.
• A MAIOR PARTE DOS CANDIDATOS estão bem pre- • QUANTOS DENTRE NÓS a conhecemos?”
parados. (Rogério C.Cerqueira)
• “A MAIORIA DAS PESSOAS são sinuosas, coleantes...”
(Ondina Ferreira) • ALGUNS DE NÓS vieram (ou viemos) de longe.
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LÍNGUA PORTUGUESA
CASO 21 • “Aquilo eram ASPEREZAS que o tempo acepilhava.”
Concordância com certos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS (Graciliano ramos)
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LÍNGUA PORTUGUESA
CASO 27 PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO - É o
A expressão HAJA VISTA. período em que as orações mantêm uma relação de depen-
A) A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. dência entre elas. Essa dependência é sintática e semântica.
Pode ser construída de três modos. Sintática porque uma desempenha uma função em relação à
I. HAJAM VISTA os livros desse autor. [= tenham vista, outra; semântica porque o sentido de uma se completa com o
vejam-se] sentido da outra:
II. HAJA VISTA os livros desse autor. [= por exemplo, veja] • As meninas queriam que o rapaz as levasse ao cinema.
III. HAJA vista aos livros desse autor. [= olhe-se para, atente- • O filme que elas queriam ver não agradava ao rapaz.
-se para os livros] Nos exemplos dados, em cada período, uma oração de-
5. ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO pende da outra para ter sentido ou para estar sintaticamente
completa.
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: São aque-
las que se ligam a outras apenas pelo sentido, sem o auxílio de ORAÇÃO PRINCIPAL - É aquela que não exerce função
conjunções coordenativas: sintática no período e vem sempre acompanhada de outra
• Saia, deixe-me em paz! oração que lhe completa o sentido, ou que atribui uma carac-
• Seu pai esteve aqui, deixou um abraço para você. terística a um de seus substantivos, ou ainda indica-lhe uma
circunstância.
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS: São aquelas
A oração principal não apresenta conjunção ou pronome
que, além de se ligarem pelo sentido, ligam-se também com o relativo:
auxílio de conjunção coordenativa. É necessário que se case.
• Fale a verdade, ou não mais conversarei com você. O homem que fuma vive pouco.
• Não li o livro, mas farei a prova assim mesmo. Sopram os ventos, quando amanhece.
As orações coordenadas sindéticas, por terem conjunções,
são reclassificadas de acordo com o sentido expresso pela ORAÇÃO SUBORDINADA - É aquela que se liga à outra
conjunção. por meio de conjunção integrante, conjunção subordinativa ou
pronome relativo. A oração subordinada sempre dependerá da
A) Oração coordenada sindética aditiva: São as orações
principal para ser entendida. A oração subordinada:
que expressam ideias similares ou equivalentes, e por isso dão
a) completa o sentido da oração principal: Eu peço que
ideia de soma, adição.
desistas.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só... mas tam-
b) caracteriza o ser da oração principal: Deus, que é Pai,
bém, não apenas... mais ainda, senão ainda, como também etc.
ajuda-nos.
• Ana caiu e quebrou a perna. c) indica uma circunstância para a oração principal: Saímos,
• Ela não foi ao mercado nem foi à feira. quando escureceu.
B) Oração coordenada sindética adversativa: Expressa As orações subordinadas são classificadas de acordo com
um pensamento que se opõe ao anterior, dá ideia de contrarie- a função que desempenham em relação à oração principal:
dade e, por isso, adversidade. a) Quando exerce as funções próprias do substantivo,
Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, recebe o nome de oração subordinada substantiva.
contudo, entretanto, senão, no entanto, ao passo que, não As funções do substantivo são: sujeito, objeto direto e
obstante etc.: indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto.
Trata a todos com respeito, mas não com intimidade. b) Quando exerce a função própria do adjetivo, recebe o
• Irei com você, porém prefiro ficar em casa. nome de oração subordinada adjetiva.
A função do adjetivo é: adjunto adnominal.
C) Oração coordenada sindética alternativa: Expressa
c) Quando exerce a função própria do advérbio, recebe o
ideias que se excluem ou que se alternam, daí transmitir a noção
nome de oração subordinada adverbial.
de escolha, alternância.
Principais conjunções alternativas: ou, ou... ou, ora, quer... ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA - A oração
quer, seja... seja, já... já etc.: subordinada recebe o nome de oração subordinada substantiva
• Vá para casa agora, ou tomará chuva. quando sua função é completar o sentido da oração principal.
• Ora chorava, ora sorria. Damos a ela o nome SUBSTANTIVA, porque pode ser substi-
tuída, trocada por um substantivo. É sempre iniciada por uma
D) Oração coordenada sindética conclusiva: Mostra a conjunção integrante.
dedução ou conclusão de um raciocínio. Principais conjunções As principais conjunções integrantes são QUE e SE:
conclusivas: assim, logo, portanto, por isso, por conseguinte, por • É necessário que se case.
consequência, pois (posposto ao verbo da oração) etc.: Nesse exemplo, a oração que se case está completando o
• Penso, logo existo. sentido da principal, e pode ser trocada pelo substantivo casa-
• Você não terminou a lição; não irá, pois, brincar. mento: É necessário seu casamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Então: a oração subordinada funciona como sujeito da A) Oração subordinada adjetiva explicativa
oração principal. Eu quero que você saia. = Eu quero sua saída. Quando explica o sentido de um ser da oração principal.
Então: a oração subordinada funciona como objeto direto A oração subordinada adjetiva deve ser sempre isolada por
da oração principal. vírgulas, travessões ou parênteses.
Então: a oração subordinada funciona como aposto da • O homem, que é racional, às vezes age sem pensar.
oração principal. • Deus - que é nosso pai - nos salvará.
De acordo com a função que exerce em relação à principal,
B) Oração subordinada adjetiva restritiva
podemos classificar a oração subordinada substantiva. Para
Quando restringe, particulariza o sentido do ser da oração
isso, basta sabermos o que falta na oração principal. Veja:
principal:
Oração subordinada substantiva subjetiva • Vi homens que colhiam algodão.
É assim classificada quando exerce a função de sujeito em • Comi as frutas que estavam maduras.
relação à oração principal:
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL - A oração subor-
• Espera-se que as meninas tragam as tortas.
dinada adverbial é aquela que indica uma circunstância para a
• É necessário que ela estude matemática.
oração principal. Ela desempenha as funções próprias de um
Oração subordinada substantiva objetiva direta advérbio, ou seja, de um adjunto adverbial. Sempre iniciada
Recebe esse nome a oração que exerce a função de objeto por conjunção subordinativa adverbial, é essa conjunção que
direto em relação à oração principal: indicará a circunstância que a oração toda expressa; e, de
• Maria esperou que o marido voltasse. acordo com essa circunstância, reclassificaremos a oração
• Ignoramos se eles se salvaram. subordinada adverbial.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta 1) Oração subordinada adverbial causal
Damos à oração essa denominação, pois exerce a função Expressa causa, motivo, razão. Principais conjunções cau-
de objeto indireto em relação à oração principal. Vem sempre sais: porque, visto que, já que, uma vez que, posto que, como,
introduzida por preposição, e essa preposição estará ligada ao na medida em que etc.:
verbo da oração principal: • Você veio porque quis.
• Nós necessitamos de que nos ajudem. • Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
• Gosto de que me beije.
2) Oração subordinada adverbial comparativa
Oração subordinada substantiva completiva nominal Expressa uma comparação. Principais conjunções compara-
Assim é chamada quando exerce a função de complemento tivas: (do) que, tal... qual, tão... como, tanto... quanto, como etc.:
nominal em relação à oração principal. Vem sempre introduzida • Voltou a casa como quem vai à prisão.
por preposição, e essa preposição estará ligada a um nome da • A luz é mais veloz do que o som.
oração principal:
Obs.: A oração subordinada adverbial comparativa pode
• Eu sou favorável a que o prendam.
ter um verbo subentendido. Isso acontece quando o verbo da
• Nós temos necessidade de que nos ajudem.
oração principal é o mesmo da oração subordinada:
Oração subordinada substantiva predicativa • A luz é mais veloz do que o som(é veloz).
Quando exerce a função de predicativo do sujeito em re-
3) Oração subordinada adverbial concessiva
lação à oração principal. Vem sempre ao lado de um verbo de
Expressa um fato que se admite em exceção à ideia ex-
ligação da oração principal:
pressa pela oração principal. Principais conjunções concessivas:
• Seu receio era que chovesse.
embora, ainda que, se bem que, apesar de etc.:
• O necessário agora é que você se cure.
• Nada seria resolvido, ainda que eu falasse.
Oração subordinada substantiva apositiva • Irei à festa, embora não esteja disposto.
Quando exerce a função de aposto em relação à oração
4) Oração subordinada adverbial condicional
principal. Geralmente aparece após dois-pontos:
Expressa uma hipótese, uma condição. Principais con-
• Só desejo uma coisa: que seja feliz.
junções condicionais: salvo se, caso, exceto se, sem que, a
• Confesso uma verdade: (que) eu sou puro.
menos que etc.:
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA - A função da oração • Se chover, não sairei de casa.
subordinada adjetiva é caracterizar um ser da oração principal, • Não deixe de estudar, a menos que você já saiba tudo.
que já possui sentido completo. É a função própria do adjetivo,
5) Oração subordinada adverbial conformativa
ou seja, adjunto adnominal.
Expressa conformidade, acordo entre um fato e outro.
A oração subordinada adjetiva pode caracterizar o ser da
Principais conjunções conformativas: conforme, segundo, como,
oração principal de duas maneiras diferentes: explicando ou
consoante etc.:
restringindo o seu sentido.
• O homem age conforme pensa.
A oração subordinada adjetiva é iniciada por um pronome
• A história se repete,consoante opinam alguns.
relativo.
O homem que fuma vive pouco - nesse exemplo temos 6) Oração subordinada adverbial consecutiva
uma restrição, pois não é todo homem que vive pouco, apenas Expressa uma consequência, um resultado, um efeito.
aquele que fuma. Principais conjunções consecutivas: tanto que, tão que, que etc.:
O gelo, que é frio, conserva o alimento - nesse outro exem- • Gritou tanto, que acordou os vizinhos.
plo temos uma explicação, pois ser frio é característica própria do • Ó Deus, onde estás, que não respondes?
gelo. Assim podemos reclassificar a oração subordinada adjetiva:
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LÍNGUA PORTUGUESA
7) Oração subordinada adverbial final • Assistimos ao filme.
Expressa finalidade, objetivo. Principais conjunções finais: → o verbo assistimos não tem sentido completo, ele ne-
a fim de, para que, porque, que etc.: cessita de outro termo que lhe dê completude; o termo ao filme
• Saí, a fim de que evitássemos brigar. está completando o sentido do verbo assistir.
• Veio à escola para que estudasse. Os termos apto e assistimos são os regentes, pois exigem
complemento; já os termos para o trabalho e ao filme são os
8) Oração subordinada adverbial proporcional
regidos, pois funcionam como complemento.
Expressa proporcionalidade. Principais conjunções propor-
cionais: à medida que, na medida em que, à proporção que, à A regência divide-se em:
maneira que, ao passo que etc.: ► REGÊNCIA NOMINAL - quando o termo regente é um
• Aumentava a pressão ao passo que a esquadra se apro- nome (substantivo, adjetivo ou advérbio):
ximava. • O homem está apto para o trabalho.
• O dia clareia à medida que o sol surge.
É o fato de um nome não ter sentido completo e exigir outro
9) Oração subordinada adverbial temporal que lhe complete o sentido. Não há regras para o uso ou não
Expressa ideia de tempo. Principais conjunções temporais: de determinada preposição com o nome. Alguns deles admitem
quando, enquanto, apenas, mal, logo que, assim que, depois mais de uma regência. A escolha de uma ou outra preposição
que, agora que etc.: deve ser feita com base na clareza, na eufonia e também deve
• Mal chegamos, ela foi saindo. adequar-se às diferentes formas de pensamento.
• O que fará, agora que está em férias?
Obs.: Lista de alguns nomes e suas preposições mais
ORAÇÕES REDUZIDAS - São as orações subordinadas frequentes:
que se apresentam sem conjunção ou sem pronome relativo, e aberto a, para
com o verbo numa das formas nominais:
aborrecido a, com, de, por abrigado a
▪ infinitivo (pessoal ou impessoal) - AMAR.
abundante de, em
▪ gerúndio - AMANDO.
certeza de
▪ particípio -AMADO.
certo de
Quando a oração se apresenta da forma que estávamos
desgostoso com, de
vendo até agora, dizemos que ela é uma ORAÇÃO DESEN-
desprezo a, de, por
VOLVIDA. Se tirarmos a conjunção inicial e colocarmos o verbo
empenho de, em, por
em forma nominal, transformaremos a oração desenvolvida em
fácil a, de, para
ORAÇÃO REDUZIDA.
falho de, em
Oração reduzida de infinitivo: Oração reduzida de infini- hábil em
tivo surge quando tiramos a conjunção e colocamos o verbo no habituado a, com
infinitivo. Aqui podemos ter as orações subordinadas substan- impróprio para
tivas e as orações subordinadas adverbiais: imune a, de
• É necessário casar-se. junto a, com, de
• Todos temos necessidade de nos amarem. lento em
Oração reduzida de gerúndio: Oração reduzida de gerún- morador em
dio aparece quando tiramos a conjunção ou pronome relativo e ódio a, contra, de, para com, por
colocamos o verbo no gerúndio. peculiar a
precedido a, com, de
Oração reduzida de particípio: Oração reduzida de parti- simpatia a, para com, por
cípio aparece quando tiramos a conjunção ou pronome relativo último a, de, em
e colocamos o verbo no particípio. Aqui podemos ter as orações união a, com, entre
subordinadas adjetivas e as orações subordinadas adverbiais: útil a, para
• Há saudade nunca esquecida. vizinho a, com, de
• Partido o bolo, vários convidados se retiraram.
► REGÊNCIA VERBAL - Nesse tipo de regência, é o verbo
Obs.: As orações subordinadas substantivas só podem ser que pede um complemento que pode ou não ligar-se através
reduzidas de infinitivo. de preposição. A escolha da preposição adequada depende da
As orações subordinadas adjetivas podem ser reduzidas significação do verbo. Devemos observar as possibilidades de
de gerúndio e particípio. utilização de uma ou outra preposição.
As orações subordinadas adverbiais podem ser reduzidas a) Existem verbos que admitem mais de uma regência sem
de infinitivo, gerúndio e particípio. mudar seu significado:
Cumpriremos o nosso dever.
6. REGÊNCIA VERBAL / NOMINAL
Cumpriremos com o nosso dever.
A regência trata das relações de dependência que as pala-
vras mantêm entre si. É o modo pelo qual um termo rege outro José não tarda a chegar.
que lhe completa o sentido. Temos: José não tarda em chegar.
▪ Termo regente: aquele que pede um complemento. b) Existem verbos que mudam seu significado quando se
▪ Termo regido: aquele que completa o sentido de outro. altera a regência:
• O homem está apto para o trabalho Aspirei o aroma das flores.
→ o nome apto não possui sentido completo, precisa de um (aspirar = sorver, respirar)
complemento; o termo para o trabalho aparece completando o Aspirei a um bom cargo.
sentido do nome apto.
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LÍNGUA PORTUGUESA
(aspirar = desejar, almejar, objetivar) DESOBEDECER
Olhe para ele. ■ (desacatar) - VTI - preposição A:
(olhar = fixar o olhar) Os filhos desobedecem aos pais.
Olhe por ele. Sempre que desobedecem à lei, devem ser punidos.
(olhar = cuidar)
ESQUECER
Lista de alguns verbos e suas regências: ■ (sem pronome reflexivo) - VTD - sem preposição:
Veremos aqui alguns verbos e suas regências, cujas parti- Esqueci o caderno.
cularidades seguirão o seguinte esquema: Não esqueça os sapatos na sala.
VERBOS: ■ (com pronome reflexivo) - VTI - preposição DE:
■ (sentido na frase) - sua transitividade (VI, VTD, VTI, VTDI) Esqueci-me do caderno.
- preposição exigida exemplo Não se esqueça dos sapatos na sala.
Assim: Obs.:
Repare que o verbo esquecer pode ser usado com ou sem
CONFIAR
pronome reflexivo.
■ (acreditar) - VTI - preposição EM:
Se estiver com pronome reflexivo, ele estará também com
Confio em meus pais.
preposição DE. Se ele não estiver com pronome reflexivo, ele
■ (entregar) - VTDI - sem preposição + preposição A:
estará sem preposição.
Confio meu carro ao meu filho.
Tome cuidado, pois algumas vezes ele aparece com pro-
ASPIRAR nome, mas esse não é reflexivo. Observe o seguinte exemplo:
■ (sorver) - VTD - sem preposição: Esqueceram-me os fatos.
Aspiro o perfume das flores. Esta é uma construção comumente usada, na qual o sujeito
Todos aspiramos a fumaça tóxica das fábricas de nossa é determinado e o pronome me representa o objeto indireto,
cidade. logo os fatos é o sujeito.
■ (desejar) - VTI - preposição A: Esqueceu-me a data do seu aniversário.
Aspiro a uma boa posição.
Ele sempre aspirou à vaga de Auditor-Fiscal. IMPLICAR
■ (ser chato com) - VTI - preposição COM:
ABDICAR Ana sempre implica com todos.
■ (renunciar) - VI - sem complemento: Implicava comigo, sempre que eu chegava tarde.
Ela abdicou em 1990. ■ (envolver-se) - VTI - preposição EM:
■ (renunciar) - VTD - sem preposição: Ana implicou-se em casos de vandalismo.
Ele abdicou a coroa. ■ (acarretar) - VTD - sem preposição:
Ele abdicou o direito de votar. Sua atitude implica demissão.
■ (renunciar) - VTI - preposição DE: Desobedecer à lei implica receber punição.
Ele abdicou da coroa. ■ (acarretar) - VTI - preposição EM:
Ele abdicou do direito de votar. Sua atitude implica em demissão.
ASSISTIR Desobedecer à lei implica em receber punição.
■ (ver, presenciar) - VTI - preposição A: Obs.: Hodiernamente, o verbo implicar, no sentido de acar-
Ele assistiu ao espetáculo. retar, pode ser usado das duas maneiras mencionadas acima.
Sempre assisto às novelas.
NAMORAR
■ (ser de direito, caber, pertencer) - VTI - preposição A:
■ (“ficar”) - VTD - sem preposição:
Férias é um direito que assiste a todos.
Eu namoro o Pedro e João namora a Maria.
Tal direito assiste aos alunos.
Estou namorando aquela menina.
■ (morar) - VI - preposição EM (adjunto adverbial de lugar):
Obs.: Não se deve usar o verbo namorar com a preposição
Eles assistem em São Paulo.
com, como muito frequentemente se ouve.
Assistem todos em área de risco.
São erradas as construções:
■ (ajudar, auxiliar) - VTD - sem preposição:
Eu namorei com ele durante dois anos.
O médico assiste o paciente.
Quer namorar comigo?
O departamento jurídico assistiu a Comissão de Direitos
Humanos. Com qual menina você namora?
O correto é:
CHAMAR Eu namorei-o durante dois anos.
■ (convocar, denominar, cognominar) - VTD - sem prepo- Quer namorar-me?
sição: Qual menina você namora?
O gerente chamou os funcionários para a reunião.
Na hora de aflição, o filho chama a mãe. PISAR
Obs.: Apesar de a regência dada acima ser a mais frequen- ■ (pôr os pés em) - VTD - sem preposição:
te, o verbo chamar admite várias construções como corretas: O artista pisou o palco com vontade!
Chamei Pedro. Não pise a grama.
Chamei a Pedro. ■ (pôr os pés em) - VTI - preposição EM:
Chamei Pedro de herói. O artista pisou no palco com vontade!
Chamei a Pedro de herói. Não pise na grama.
Chamei por Pedro. Obs.: Antigamente, apenas a primeira construção era ad-
Na hora de aflição, o filho chama pela mãe. mitida como correta; hoje, ambas o são.
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LÍNGUA PORTUGUESA
7. CRASE CASO 2
1. CONCEITO: A crase resulta da contração da preposição Diante de substantivos femininos usados em sentido geral
“a” exigida por um termo subordinante com o artigo feminino e indeterminado:
“a” ou “as” (reclamado por um termo dependente). Seria assim: • Não vai a festas, nem a reuniões.
Verbo Trans. • A - artigo definido feminino • Dedicas o trabalho a homem ou a mulher?
Indireto • A - pronome demonstrativo • A FUNAI decidiu fechar o parque indígena a visitas.
• Aquela, aquele, aquilo - • Não dê atenção a pessoas suspeitas.
Verto Trans. pronomes demonstrativos
CASO 3
Direto e Indireto • a qual, as quais - pronome
Preposição relativo. Diante de nomes de parentesco, precedidos de pronome
A possessivo:
• Recorri a minha mãe.
Nome: • Peça desculpas a sua irmã.
Advérbio, • “Arrependi-me de ter falado a minha prima.”
substantivo ou (Graciliano Ramos)
adjetivo • “Nunca saio satisfeito das visitas que faço a minha mãe.”
(Antônio Olavo Pereira)
Exemplos:
• Irei à cidade. CASO 4
[Irei a a cidade.] Diante de nomes próprios que não admitem o artigo:
• Apresentei-me à diretora. • Iremos a Curitiba e depois a Londrina.
[Apresentei-me a a diretora.] • O historiador referiu-se a Joana D’Arc.
• Dedico-me às artes. • Rezamos a Nossa Senhora todos os dias.
[Dedico-me a as artes.] • Chegamos a Paquetá ao meio-dia.
• Em relação à lei... Haverá crase quando o nome próprio admitir o artigo ou
[Relação a a lei...] vier acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva:
• Era contrário à cota. • A jovem tinha devoção à Virgem Maria.
[Era contrário a a cota.] • Referiu-se à Roma dos Césares.
• Relativamente à ação... • Assim foi que cheguei à histórica Ouro Preto numa tarde
[Relativamente a a ação...] de maio.
• Aludi-se à Diamantina das serestas divinas.
Notas:
1) Se não houver a presença da preposição ou do artigo, CASO 5
não haverá crase e, consequentemente, não se acentuará o Diante da palavra “casa”, no sentido de “lar, domicílio”,
“a” ou “as”. quando não acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva:
2) O acento indicador da crase chama-se GRAVE (`). • Voltamos a casa tristes.
O acento indicador de crase só tem cabimento diante de • “Chegou Basílio a casa e atirou-se a chorar sobre a cama.”
palavras femininas determinadas pelo artigo definido “a” ou “as” (Camilo C.Branco)
e subordinada a termos que exigem a preposição “a”. • “Chegavam a casa quase sempre à tardinha.”
• Avançamos rente à parede. (Herberto Sales)
• Exige-se a assistência às aulas. Se a palavra “casa” vier acompanhada de adjetivo ou locu-
• Procedeu-se à apuração dos votos. ção adjetiva, terá lugar o acento da crase:
• Devemos aliar a teoria à prática. • O filho pródigo voltou à casa paterna.
• O trem chegou à estação às 18 horas. • Fiz uma visita à velha casa de meus avós.
Os termos diante dos quais ocorre a crase exercem as A crase é de rigor com a dita palavra no sentido de esta-
funções sintáticas: objeto indireto, complemento nominal ou de belecimento comercial ou hospitalar, residência oficial de chefe
adjuntos adverbiais. de Estado, dinastia, enfim, quando “casa” não significa “lar,
2. NÃO HÁ CRASE: Não havendo o artigo “a(s)” antes do domicílio”:
termo dependente, é evidente que não pode ocorrer a crase. • Fui à Casa Medeiros comprar uma lembrancinha.
Por isso, não se acentua o “a” em: • Poucos têm acesso à Casa da Moeda.
CASO 1 CASO 6
Diante de palavras masculinas. Nas locuções adverbiais formadas com a repetição da
• Venho a mando de meu patrão. mesma palavra:
• Escreveu um bilhetinho a lápis. • Os rivais ficam frente a frente.
• Casarão do império cede lugar a edifício. • Entraram uma a uma.
• Fomos a São Lourenço, onde passeamos a pé, a cavalo, • “Gramados e pastos eram, de ponta a ponta, um só
de charrete. atoalhado branco.”
(Monteiro Lobato)
Obs.: Ocorrendo a elipse da palavra “moda ou maneira”, • Fomos de cidade a cidade.
das expressões “à moda de”, “à maneira de”, haverá crase diante
de nomes masculinos: CASO 7
• Calçados à Luís XV (à moda de Luís XV). Diante do substantivo “terra”, em oposição a bordo, a mar:
• Cabelos à Sansão. • Os marinheiros tinham descido a terra para visitar a cidade.
• Estilo à Machado de Assis. • Vendo o tubarão, o nadador voltou logo a terra.
41
LÍNGUA PORTUGUESA
Fora desse caso, escreve-se “à”: • Assisti às duas sessões de ontem.
• Aves voavam rente à terra. • Entregaram-se os prêmios às três alunas vencedoras.
• Os astronautas voltaram à Terra.
• Gulliver chegou, primeiramente, à terra dos liliputianos. CASO 11
Diante de verbos:
CASO 8 • Começou a chover repentinamente.
Diante de artigos indefinidos e de pronomes pessoais (in- • Puseram-se a discutir em voz alta.
clusive de tratamento, com exceção de “senhora” e “senhorita)
e interrogativos: 3. CASOS ESPECIAIS:
• Chegamos à cidade a uma hora morta.
CASO 1
• Recorreram a mim (a nós, a ela, a você, a dona Marta, etc.)
O uso do artigo antes dos pronomes possessivos, salvo
• Solicito a Vossa Senhoria o obséquio de anotar nosso
em alguns casos, fica ao arbítrio de quem escreve. Daí a pos-
endereço.
sibilidade de haver, ou não, a crase antes desses pronomes:
• Não me referi a Vossa Excelência.
• A quem falaste? • A minha viagem é certa. Ou
• Falaste a que pessoa? • Minha viagem é certa.
• Referiu-se à minha viagem. Ou
Escreve-se, porém, com o acento indicador de crase: • Referiu-se a minha viagem
• Peço à senhora que tenha paciência. Seguindo-se a atual tendência, é preferível usar o artigo, e,
• É um favor que peço à senhorita. portanto, a crase, diante dos possessivos que não se referem a
CASO 9 nomes de parentesco.
Antes de outros pronomes que rejeitam o artigo, o que Ocorrendo a elipse do substantivo, o “a” será acentuado:
ocorre com a maioria dos indefinidos e relativos e boa parte • Ele referia-se à desgraça do amigo e não à sua. [à sua
dos demonstrativos: desgraça]
• Escrevi a todas¹ as (ou a algumas, a várias, a muitas) • Eu fui à formatura dele, mas ele não compareceu à minha.
colegas.
• Não ligo a essas² (ou a tais) coisas). CASO 2
• Foi vício que o levou a tamanha¹ degradação. Opcional é também, na linguagem familiar, o uso do artigo
• O letreiro pode despencar a qualquer¹ hora. diante de nomes próprios personativos. A crase, portanto, de-
• Esta é a vida a que³ aspiramos. penderá da preferência do escritor.
• A tia gostava de Jacinta, a quem³sempre ajudava. • Mandamos um convite à (ou a) Cristina.
• Ali havia uma árvore, a cuja³sombra descansamos. • Escrevi à (a) Magnólia.
• Diariamente chegam turistas a esta² cidade. Na língua formal, sobretudo quando se faz referência mulhe-
• “A penedia, a essa² hora, faiscava.” res célebres, não se usa artigo e, portanto, não se acentua o “a”:
(José Geraldo Vieira)
• A polícia dará proteção a Maria de Lourdes, testemunha
• Estamos a pouca¹ (ou a certa) distância da fronteira. do crime.
¹ pronome indefinido • Por que os ingleses tinham ódio a Joana d’Arc?
² pronome demonstrativo Em um e outro caso, o acento indicativo de crase será de
³ pronome relativo rigor, se o nome vier acompanhado de um adjunto:
• Quem negará elogios à corajosa Maria Quitéria de Me-
Há, no entanto, pronomes que admitem o artigo, dando
deiros?
ensejo à crase:
• Refiro-me à Beatriz do Dr. Vieira.
• Não fale nada às outras¹ colegas.
• À querida Marta, (nas dedicatórias).
• Assistimos sempre às mesmas² cenas.
• O professor referiu-se à intrépida Joana d’Arc.
• Diga a tal² senhora que sua reclamação não procede.
• Não temo as acusações de Zito, às quais³ responderei CASO 3
oportunamente. Com relação à palavra “Distância de...”.
• Estavam atentas umas às outras¹. Coloca-se o acento grave sobre “a” da expressão “à distân-
cia de”, seja a distância determinada, precisa ou não:
¹ pronome indefinido
• Achava-me à distância de cem (ou de alguns) metros da
² pronome demonstrativo
fronteira.
³ pronome relativo
• Paramos à distância de alguns metros do riacho.
CASO 10 Se antes de “distância” ocorrer adjetivo ou palavra que não
Diante de numerais cardinais referentes a substantivos não admite o artigo definido, não se acentuará o “a”:
determinados pelo artigo, usados em sentido genérico: • O trem passava a pouca distância da casa.
• Assisti a duas sessões (ou a uma só sessão).
• “Só o João conservava-se a respeitável distância da água.”
• A fazenda ficava a três léguas da cidade.
(Coelho Neto)
• Daqui a quatro semanas muita coisa terá mudado.
• O número de candidatas aprovadas não chega a vinte. Quando se trata da locução adverbial “a distância”, é op-
• “Então aquilo tinha acontecido de meia-noite a três horas!” cional o uso do acento grave sobre o “a”. Renomados escritores
(Graciliano Ramos) modernos ora acentuam, ora não acentuam.
Usa-se, porém, a crase nas locuções adverbiais que expri- • “É necessário vê-los a distância.”
(Graciliano Ramos)
mem hora determinada e nos casos em que o numeral estiver
precedido de artigo: • “Pedras de gamão estavam à distância.”
• Chegamos às oito horas da noite. (Graciliano Ramos)
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LÍNGUA PORTUGUESA
• “Os merceeiros ignaros, os negociantes sovinas, eram, CASO 6
porém, mantidos a distância.” A crase pode também resultar da contração da preposição
(Ciro dos Anjos)
“a” com os pronomes demonstrativos “aquele, aquela, aqueles,
• “Seguiu-a a distância, discretamente.” aquelas, aquilo, a, as”:
(Fernando Namora)
• “Os canhões punham à distância os franceses cobiçosos.” • Não irás àquela festa. [a aquela]
(José Lins do Rego) • Vou àquele cinema. [a aquele]
CASO 4 • Não dei importância àquilo. [a aquilo]
Acentua-se o “a” ou “as” de locuções formadas de subs- • Não estou falando de todas as jovens; refiro-me à que
tantivos femininos como: você namora. [a a]
I. ADVERBIAIS • Àquela ordem estranha, o soldado estremeceu.
• Falarei às que quiserem me ouvir.
à direita à esquerda à força
• “... suas forças são inferiores às de Nassau.”
à noite à risca à vontade (Assis Brasil) (Fonte: Novíssima Gramática da Língua
à uma hora às sete horas à zero hora Portuguesa, CEGALLA, Domingos Paschoal.)
O uso do acento grave é opcional nas locuções adverbiais b) tempo passado - usa-se o verbo “haver”:
que indicam meio ou instrumento: • Ele chegou há uma hora.
barco a (ou à) vela escrever a (ou à) máquina • Ele chegou há quinze minutos.
escrever a (ou à) mão fechar o cofre a (ou à) chave c) tempo futuro - usa-se a preposição “a”:
repelir o invasor a (ou à) bala etc. • Ele chegará daqui a dez minutos.
É desnecessário o acento grave no “a” ou “as” depois de • Esta foi a notícia / à qual fiz referência.
“até”, a não ser que sua falta possa gerar ambiguidade (duplo [referência a... + a qual]
sentido): • É linda a cidade / à qual fui ontem.
• Chegou até a praia. [ir a... + a qual]
• Andei até a igreja.
4. Antes de pronome de tratamento, não há artigo, daí não
• Fomos até as dunas.
ocorrer a crase.
Mas em... • Peço ajuda a Vossa Excelência.
• Os garimpeiros danificaram todo o rio até à nascente.
[Sem o acento grave, poder-se-ia entender que os garim- 8. PONTUAÇÃO
peiros danificaram inclusive a nascente do rio.] 1. SINAIS DE PONTUAÇÃO
Há, portanto, casos em que o acento grave, nas locuções, Emprego dos sinais de pontuação
não assinala crase; emprega-se, simplesmente, para deixar 1.1 VÍRGULA
bem claro que se trata de um adjunto adverbial. Comparem-se,
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
por exemplo, as expressões seguintes, em que a ausência do
1.1.1 para separar elementos de mesmo valor sintático ou
acento grave torna o sentido dúbio:
orações assindéticas:
• Ver a distância ver à distância • A nossa empresa está contratando engenheiros, econo-
• Matar a fome matar à fome mistas, analistas de sistemas e secretárias. (OD)
• Cheirar a gasolina cheirar à gasolina • A terra, o mar, o céu, tudo apregoa a glória de Deus.
(sujeito composto)
• Enfrentar-se a espada enfrentar-se à espada
• Os passantes chegam, olham, perguntam e prosseguem.
• Receber a bala receber à bala (orações coordenadas)
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LÍNGUA PORTUGUESA
1.1.2 para separar vocativo: • A História, diz Cícero, é a mestra da vida.
• Pedro, desligue essa televisão! • “O Jornal, como o entendem hoje em dia, é o mergulho
• Você viu,Tereza, a novela ontem? absoluto na intensidade da vida.”
(Félix Pacheco)
1.1.3 para separar apostos:
• Seu Joaquim, nosso vizinho, ganhou o prêmio. 1.1.11 para separar certas conjunções pospositivas, como
• Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou PORÉM, CONTUDO, POIS, ENTRETANTO, PORTANTO, etc.:
presa no elevador. • “Vens, pois, anunciar-me uma desventura.”
(Alexandre Herculano)
• Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
• “As pessoas delicadas, contudo, haviam desde a véspera
1.1.4 para separar predicativos deslocados (ordem indireta):
abandonado a cidade.”
• Lentos e tristes, os retirantes iam passando. (ordem (João Ribeiro)
indireta)
1.1.12 para separar termos que desejamos realçar:
Na ordem direta, seria assim: • O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas do
• Os retirantes iam passando lentos e tristes. paletó.
Outros exemplos: • Aos filhos, dei-lhes amor, carinho e limites.
• Novo ainda, eu não entendia certas coisas.
• “Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar Nota: no caso, os objetos indiretos foram antepostos aos
e o desejo de arrastar.” verbos e virgulados para ganhar destaque, realce.
(Gustavo Coração)
1.1.13 para isolar elementos repetidos:
1.1.5 para separar certas expressões explicativas ou retifi- • O palácio, o palácio está destruído.
cativas, como ISTO É, A SABER, POR EXEMPLO, OU MELHOR, • Estão todos cansados, cansados de dar dó!
OU ANTES, etc.
1.1.14 para isolar as orações coordenadas, exceto as
• O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos
introduzidas pela conjunção E:
humanos, tem seu princípio em Deus.
• Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de
• Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o
confiança. (or.coord. conclusiva)
Canadá.
• Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado
• Viajo dia 20, ou melhor, dia 23.
ao dirigir. (or.coord. adversativa)
1.1.6 para isolar o adjunto adverbial antecipado: • Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. (or.coord. explicativa)
• Ontem à noite, fomos todos jantar fora. • Trabalha durante todo o dia e estuda à noite. (or.coord.
• “Eis que, aos poucos, lá para as bandas do oriente, clareia aditiva: sem vírgula)
um cantinho do céu.”
Nota: Coloca-se vírgula antes da conjunção E nos seguin-
• “Com mais de setenta anos, andava a pé.”
(Graciliano Ramos) tes casos:
A conjunção E tiver sentido adversativo (mas):
Notas: A posição normal do adjunto adverbial é vir no • Acendeu o cigarro, e não fumou.
final da frase.
O adjunto adverbial, quando breve, pode dispensar a Iniciar a segunda oração em que o sujeito seja diferente do
vírgula: que estiver na primeira oração:
• “Dentro do navio homem e mulheres conversavam.” • As crianças chegaram do colégio, e mamãe foi trabalhar.
(Jorge Amado) 1ª oração (sujeito: as crianças);
2ª. oração (sujeito: mamãe).
1.1.7 para separar orações adjetivas explicativas:
• Pelas 11 horas do dia, que foi de sol ardente, alcançamos 1.1.15 para sinalizar o Polissindético: repetição intencional
a margem do rio Paraná. do conectivo coordenativo. É particularmente eficaz para sugerir
• “O coronel ia enchendo o tambor do revólver,do qual movimentos contínuos ou séries de ações que se sucedem
nunca se apartava.” rapidamente:
(Herberto Sales)
• “Trejeita, e canta, e ri nervosamente.”
• Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi (Antônio Tomás)
escrito por Graciliano Ramos. • “Vão chegando as burguesinhas pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas,
1.1.8 para isolar, nas datas, o nome do lugar:
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.”
• São Paulo, 22 de maio de 1995. (Manuel Bandeira)
• Belo horizonte, 13 de dezembro de 2000.
1.1.16 para separar elementos paralelos de um provérbio:
1.1.9 para indicar a elipse de um elemento da oração: • Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
• Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, es-
trebuchava como um animal. IMPORTANTE: a pontuação dos períodos em que há ora-
• Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou; a ções subordinadas adverbiais obedece aos mesmos princípios
irmã, que foi um acidente. observados em relação aos adjuntos adverbiais. Isso significa
• Eu gosto de chá; Tereza, de café com leite. que a oração subordinada adverbial sempre pode ser separada
por vírgulas da oração principal. Essa separação é optativa quan-
1.1.10 para isolar orações intercaladas ou de caráter ex- do a oração subordinada está posposta à principal e é obrigatória
plicativo: quando a oração subordinada está intercala da anteposta:
• O filme, disse ele, é fantástico.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Tudo continuará como está se você não intervier. (ad- 1.3.6 subordinadas equivalentes que dependem da mesma
verbial condicional posposta à principal) ou subordinante:
• Tudo continuará como está, se você não intervier. • É importante que trabalhemos; que estudemos; que
• Disse que, quando chegar, tomará todas as providências. aproveitemos a vida.
(oração intercalada: vírgulas obrigatórias)
1.4 DOIS PONTOS
• Quando chegar, tomará todas as providências. (oração
Os dois-pontos são empregados para:
anteposta à principal: vírgula obrigatória)
1.4.1 fazer uma enumeração:
1.2 PONTO FINAL • “Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o car-
1.2.1 Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o ro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto
término de uma frase declarativa de um período simples ou irresistível...”
(Machado de Assis)
composto.
• “Compramos: laranjas, peras, bananas, açaí, milho verde
• Desejo-lhe uma feliz viagem.
entre outras delícias da feira.”
• A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no
entanto tudo no seu interior era conservado com primor. 1.4.2 Fazer uma citação:
• “Repetia as palavras do pai: o mundo, sem a selva, será
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas,
triste e mau.”
por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia. (Adonias Filho)
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito • Bem diz o ditado: vento ou ventura, pouco dura.
recebe o nome de ponto final.
1.4.3 antes de certos apostos, principalmente nas
1.3 PONTO E VÍRGULA enumerações:
Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa • Tudo ameaça as plantações: vento, enchentes, geadas,
maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária insetos daninhos, bichos, etc.
entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto e • “O Titanic nasceu de um sonho: o de que era possível
vírgula para: construir um navio à prova de naufrágio.”
1.3.1 separar orações coordenadas que tenham certo (Artur Dapieve)
sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula: 1.4.4 antes de orações apositivas:
• Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e • A verdadeira causa das guerras é esta: os homens se
alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas. esquecem do Decálogo.
• “Só ponho uma condição: vai almoçar comigo.”
1.3.2 separar vários itens de uma enumeração: (Carlos de Laet)
• Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes • Tenho uma ideia: que você cresça e apareça!
princípios: 1.4.5 para indicar um esclarecimento, um resultado ou
a) igualdade de condições para o acesso e permanência resumo do que se disse:
na escola; • “Resultado: no fim de algum tempo tinha o que se chama
b) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o ‘dinheiro no Banco’.”
pensamento, a arte e o saber; (Carlos D.Andrade)
c) pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de • “Guardo o mundo na mãe: não sei se sou feliz.” (Cabral
instituições públicas e privadas de ensino; do Nascimento)
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; • “Em resumo: saí com 1.029 cruzeiros no bolso, um tanto
........ confuso.”
(Carlos D.Andrade)
(Constituição da República Federativa do Brasil)
1.5 PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
1.3.3 para separar orações, quando se omite o verbo da
1.5.1 O ponto de interrogação é empregado para indicar
segunda:
uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
• Eles foram ao cinema; eu, ao teatro.
• O criado pediu licença para entrar:
(omitiu-se a forma verbal “fui”)
_ O senhor não precisa de mim?
1.3.4 para separar orações coordenadas adversativas e _ Não obrigado. A que horas janta-se?
conclusivas, desde que a conjunção esteja deslocada. _ Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
• Era franzina; tinha, porém, a força de um touro. _ Bem.
• Dormiu pouco; acha, por isso, que o dia vai ser cansativo. _ O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou
a cavalo?
Nota: caso se queira enfatizar a oposição ou a conclusão, _ Não. (José de Alencar)
pode-se usar ponto e vírgula antes das conjunções adversativas • “Caça é coisa para homem, não é, César?”
e das conclusivas, ainda que elas não estejam deslocadas. (Antônio Olinto)
• Era franzino; porém tinha a força de um touro. Ou
1.5.2 o ponto de interrogação aparece, às vezes, no fim de
• Era franzino, porém tinha a força de um touro.
uma pergunta intercalada, que pode, ao mesmo tempo, estar
• Dormiu pouco; por isso acha que o dia vai ser cansativo.
entre parênteses:
Ou
• “A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio
• Dormiu pouco, por isso acha que o dia vai ser cansativo.
que se tem inventado para a divulgação do pensamento.”
(Carlos Laet)
1.3.5 para separar orações coordenadas assindéticas, que
tenham sujeito diferente: Nota: não se usa o ponto interrogativo nas perguntas
• Uns trabalham; outros aproveitam a vida; os primeiros indiretas:
cuidam do corpo; os segundos, do espírito. • Dize-me o que tens.
45
LÍNGUA PORTUGUESA
1.6 PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! ) c) aposto / adjetivo e substantivo
1.6.1 O ponto de exclamação é empregado para marcar d) complemento nominal / substantivos
o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que
normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indig- 06) “Case com ele! Já tá velho... se morrer, sobra-lhe uma boa
nação etc. pensão – pense nisso!” O termo destacado classifica-se
• - Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um come-
como:
douro muito compreensível e muito repousante, Jacinto! - Então
a) objeto indireto c) adjunto adnominal
janta, homem!
(Eça de Queiroz) b) sujeito simples d) aposto
• “- Céus! Que injustiça!”
(Camilo C.Branco) 07) Foplac - Assinale a alternativa em que apareça predicado
• “Suspendam o interrogatório!” verbo-nominal:
(Érico Veríssimo)
a) A chuva permanecia calma;
Nota: o ponto de exclamação é também usado com inter-
b) A chuvarada assustou os habitantes da vila;
jeições e locuções interjetivas:
c) Toninho ficou satisfeito;
• Oh!
• Valha-me Deus! d) Os meninos saíram do cinema calados;
e) Os candidatos estavam preocupados.
1.6.2 substitui a vírgula depois de um vocativo enfático:
“Colombo! Fecha a porta dos teus mares!”
(Castro Alves) 08) TTN - Observe as duas orações abaixo:
I. Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice de
1.7 RETICÊNCIAS (...)
sonegação fiscal.
As reticências (...) são empregadas, principalmente para:
II. Houve uma sensível queda na arrecadação do ICM
1.7.1 assinalar interrupção do pensamento ou suspensão,
ou ainda, corte da frase de um personagem pelo interlocutor, em alguns Estados.
nos diálogos: Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectivamen-
• “- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência te, como:
de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...” a) nominal e verbo-nominal
(Júlio Dinis)
• “- A instrução é indispensável, a instrução é uma chave, b) verbo-nominal e verbal d) verbal e verbo-nominal
a senhora não concorda, dona Madalena? c) nominal e verbal e) verbal e nominal
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LÍNGUA PORTUGUESA
13) UFPI - “Jatene está convicto de suas ideias”. Os setores • Na II, da farmácia é adjunto adverbial.
do governo discordam do modelo proposto”. • Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado.
Os termos destacados, quanto à função sintática, são, • Tanto em I como em II, da farmácia tem a mesma função
respectivamente: sintática.
a) objeto indireto, aposto, complemento nominal Dessas quatro considerações:
b) compl. nominal, obj. indireto, obj. indireto a) apenas uma é verdadeira;
c) compl. nominal, adjunto adnominal, obj. indireto b) apenas duas são verdadeiras;
d) agente da passiva, obj. indireto, compl. nominal c) apenas três são verdadeiras;
d) as quatro são verdadeiras;
14) ESPM - Em “Aquela lhe deu cem mil contos, só por inte- e) nenhuma é verdadeira.
resse!”, o termo destacado é:
a) adjunto adnominal Vozes Verbais
b) objeto indireto 01) FCC - Transpondo-se para a voz passiva a construção
c) complemento nominal “Mais tarde vim a entender a tradução completa”, a
d) sujeito simples forma verbal resultante será:
a) veio a ser entendida.
15) FMU b) teria entendido.
I. “Tinha grande amor à humanidade”. c) fora entendida.
II. “As ruas foram lavadas pela chuva”. d) terá sido entendida.
As palavras em destaque são, respectivamente: e) tê-la-ia entendido.
a) objeto direto / objeto indireto
02) Na oração: “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”,
b) adjunto adnominal / objeto indireto
c) agente da passiva / complemento nominal a locução por uma bomba formidável tem a função de:
d) complemento nominal / agente da passiva a) objeto indireto.
b) agente da passiva.
16) FCMSC - Na oração seguinte: c) adjunto adverbial.
“Você ficará tuberculoso, de tuberculose morrerá.” d) complemento nominal.
As palavras destacadas exercem, respectivamente, a e) adjunto adnominal.
função de: 03) Em qual alternativa há forma verbal na voz passiva sin-
a) objeto direto / aposto tética ou pronominal?
b) objeto indireto / adjunto adnominal a) Nas férias, vive-se feliz e despreocupado ao ar livre!
c) predicativo / adjunto adverbial b) O amor é semeado no vento, nas estrelas e no eclipse.
d) objeto direito / adjunto adverbial c) No desespero de um abraço mudo, encontraram a
felicidade.
17) PUC - Dê a função sintática do termo destacado em:
“Voltaremos pela Via Anhanguera”. d) Pela fria madrugada, ouvia-se ainda o estridente cantar
a) objeto indireto das aves noturnas
b) agente da passiva
04) Transportando para a voz ativa a oração “Os sócios
c) adjunto adverbial
foram convocados para uma reunião”. Obtém-se a
d) complemento nominal
forma verbal:
18) Espcex/Aman - A oração que apresenta complemento a) convocaram-se;
nominal é: b) convocaram;
a) O povo necessita de alimentos. c) convocar-se-ia;
b) Caminhar a pé lhe era saudável. d) haviam sido convocados;
c) O cigarro prejudica o organismo.
05) MED. - Todas as frases estão na voz passiva, exceto:
d) O castelo estava cercado de inimigos.
a) Fazia-se a relação dos livros novos.
e) As terras foram desapropriadas pelo governo.
b) Projetava-se um grande frigorífico.
19) CESCEA - Aponte a alternativa em que ocorre o adjunto c) Estuda-se novo processo de irrigação.
adverbial de causa: d) Arrisca-se a vida por tão pouca coisa.
a) Comprou livros com dinheiro. e) Trata-se sempre do mesmo problema.
b) O poço secou com o calor.
c) Estou sem amigos. Concordância Verbal / Nominal
d) Vou ao Rio. 01) IBGE - Assinale a frase em que há erro de concordância
e) Pedro é efetivamente bom. verbal:
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
20) FCMSC - Observe as duas frases seguintes.
b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da
I. O proprietário da farmácia saiu.
imigração.
II. O proprietário saiu da farmácia.
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
Sobre elas são feitas as seguintes considerações: d) Deve existir problemas nos seus documentos.
• Na I, da farmácia é adjunto adnominal. e) Choveram papéis picados nos comícios.
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LÍNGUA PORTUGUESA
02) MACK - Indique a alternativa em que há erro: d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos.
a) Os fatos falam por si sós. e) Quais de vós ainda tendes paciência?
b) A casa estava meio desleixada.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro. 09) PUC - É provável que ....... vagas na academia, mas não
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça. ....... cumpridas.
a) hajam - existem - ser
03) UF - Enumere a segunda coluna pela primeira (adjetivo b) hajam - existe - ser
posposto): c) haja - existem - serem
(1) velhos d) haja - existe - ser
(2) velhas e) hajam - existem - serem
( ) camisa e calça ............
10) FCC - “............ de exigências! Ou será que não ............
( ) chapéu e calça ............
os sacrifícios que ............ por sua causa?
( ) calça e chapéu ............
a) Chega - bastam - foram feitos
( ) chapéu e paletó ...........
b) Chega - bastam - foi feito
( ) chapéu e camisa ..........
c) Chegam - basta - foi feito
a) 1 - 2 - 1 - 1 - 2 d) Chegam - basta - foram feitos
b) 2 - 2 - 1 - 1 - 2 e) Chegam - bastam - foi feito
c) 2 - 1 - 1 - 1 - 1
d) 1 - 2 - 2 - 2 - 2 11) UF - “Soube que mais de dez alunos se ............. a participar
e) 2 - 1 - 1 - 1 - 2 dos jogos que tu e ele ............”
a) negou - organizou
04) UF- Assinale a frase que encerra um erro de concordância b) negou - organizasteis
nominal: c) negaram - organizaste
a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila. d) negou - organizaram
b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas. e) negaram - organizastes
c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos. 12) EPCAR - Não está correta a frase:
e) Ela comprou dois vestidos cinza. a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou.
b) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu
05) BB - Verbo deve ir para o plural: convite.
a) Organizou-se em grupos de quatro. c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores.
b) Atendeu-se a todos os clientes.
d) Na mocidade tudo são flores.
c) Faltava um banco e uma cadeira.
e) Deve haver muitos jovens nesta casa.
d) Pintou-se as paredes de verde.
e) Já faz mais de dez anos que o vi.
13) FTM - A frase em que a concordância nominal contraria
06) TTN - Assinale a alternativa correta quanto à concordân- a norma culta é:
cia verbal: a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito.
b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos.
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles
c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos.
chegaram.
d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito.
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários,
e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e
ninguém foram demitidos.
um grito.
c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem
muitas ciladas em seu caminho. 14) SANTA CASA - “Suponho que ........... meios para que se
d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão. .......... os cálculos de modo mais simples.”
e) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara a) devem haver - realize
sua petição. b) devem haver - realizem
c) deve haverem - realize
07) FFCL - A concordância verbal está correta na alternativa:
d) deve haver - realizem
a) Ela o esperava já faziam duas semanas.
e) deve haver - realize
b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
c) Eles parece estarem doentes. 15) FUVEST - Aponte a alternativa correta:
d) Devem haver aqui pessoas cultas. a) Considerou perigosos o argumento e a decisão.
e) Todos parecem terem ficado tristes. b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
c) Já faziam meses que ela não a via.
08) MACK - Assinale a incorreta:
d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a
a) Dois cruzeiros é pouco para esse fim.
população.
b) Nem tudo são sempre tristezas. e) A quem pertence essas canetas?
c) Quem fez isso foram vocês.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Colocação Pronominal b) contudo.
c) desde que.
01) EPCAR - Imagine o pronome entre parênteses no lugar
d) uma vez que.
devido e aponte onde não deve haver próclise: e) por conseguinte.
a) Não entristeças. (te)
b) Deus favoreça. (o) 04) FCE - “Os homens sempre se esquecem de que somos
c) Espero que faça justiça. (se) todos mortais.” A oração destacada é substantiva:
d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se) a) completiva nominal
e) Ninguém faça de rogado. (se) b) objetiva indireta
c) predicativa
02) BB - A colocação pronominal está incorreta: d) objetiva direta
a) Preciso que venhas ver-me. e) subjetiva
b) Procure não desapontá-lo.
c) O certo é fazê-los sair. 05) UFMG - Na frase “Maria do Carmo tinha a certeza de que
d) Sempre negaram-me tudo. estava para ser mãe.”, a oração em destaque é:
e) As espécies se atraem. a) subordinada substantiva objetiva indireta
b) subordinada substantiva completiva nominal
03) FFCL - Assinale a alternativa correta quanto à colocação c) subordinada substantiva predicativa
pronominal:
d) coordenada sindética conclusiva
a) A solução agradou-lhe.
e) coordenada sindética explicativa
b) Eles diriam-se injuriados.
c) Ninguém conhece-me bem.
06) UFPA - Qual o período em que há oração subordinada
d) Darei-te o que quiseres.
substantiva predicativa?
e) Quem contou-te isso?
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares.
b) Sou favorável a que o aprovem.
04) MACK - A colocação do pronome está incorreta em:
c) Desejo-te isto: que sejas feliz.
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades
c) Não me submeterei aos seus caprichos. do vestibular.
d) Ele me olhou algum tempo comovido. e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.
e) Não a vi quando entrou. 07) UEPG - Em “É possível que comunicassem sobre políti-
cos”, a segunda oração é:
05) PM/MG - Assinale a alternativa em que ocorre o emprego
a) subordinada substantiva subjetiva
correto da próclise:
b) subordinada adverbial predicativa
a) Me entregue o seu currículo.
c) subordinada substantiva predicativa
b) Devolva-me o que já paguei.
d) principal
c) Que me incomodará agora?
e) subordinada substantiva objetiva direta
d) Disse-lhe muitas vezes.
08) 2015/CFO/PM - Marque a alternativa cujo sinal indicativo
Período Composto de crase seja OBRIGATÓRIO, preenchendo corretamente
a lacuna:
01) PUC - A conjunção “e” tem valor adversativo na frase: a) A coordenação do parque decidiu fechá-lo ___ visitas.
a) Cheguei, vi e venci. b) Tomou a medicação gota ___ gota.
b) Arrumou as malas e despediu-se.
c) Não me referi ___ Vossa Eminência.
c) Deitei-me exausto, e não consegui dormir.
d) Não estou falando de todas as mulheres; refiro-me ___
d) Siga o meu conselho e não se arrependerá.
que você ama.
e) Analise os dados restantes e envie-os ao diretor.
09) CESGRANRIO - Considere a sentença abaixo.
02) F. TIBIRIÇA - No período “Penso, logo existo.”, oração “Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus.” As duas
em destaque é: orações do período estão unidas pela palavra “e”, que,
a) coordenada sindética conclusiva além de indicar adição, introduz a ideia de
b) coordenada sindética aditiva a) oposição
c) coordenada sindética alternativa b) condição
d) coordenada sindética adversativa c) consequência
d) comparação
03) PUC - Observe as frases: e) união
I. “Eu não me preparei bem para o vestibular. Tenho
muita esperança de ser aprovado.” 10) CONSULPLAN - “Já a produção de petróleo não é sufi-
II. “Eu não me preparei bem para o vestibular, ______ ciente para atender à demanda, embora a dependência
tenho muita esperança de ser aprovado.” externa no setor tenha conhecido…” O termo “embora”,
nesse fragmento, estabelece relação lógico-semântica de:
As duas frases de I ficam coerentemente unidas, formando
a) condição.
um único período em II, se o espaço for preenchido por:
b) adição.
a) pois.
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) conformidade. d) Respondeu à carta no mesmo dia.
d) concessão. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
e) tempo.
04) UNIFIC - A alternativa que preenche a frase corretamente é:
11) FUVEST - No período: “Era tal a serenidade da tarde, que “Os encargos _________ nos obrigaram são aqueles
se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a _________ o diretor se referia.”
finados.”, a segunda oração é: a) de que – que
a) subordinada adverbial causal b) a cujos – cujos
b) subordinada adverbial consecutiva c) por que – que
c) subordinada adverbial concessiva d) cujos – cujo
d) subordinada adverbial comparativa e) a que - a que
e) subordinada adverbial subjetiva
05) FTM - “As mulheres da noite _________ o poeta faz alu-
são ajudam a colorir Aracaju, _________ coração bate de
12) UF - Leia, com atenção, os períodos abaixo:
noite, no silêncio.”
I. Caso haja justiça social, haverá paz.
A alternativa que completa corretamente as lacunas da
II. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela
frase acima é:
não fornece uma reprodução fiel da realidade.
a) as quais / de cujo
III. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas,
b) a que / no qual
não se escutou um único ruído. c) de que / o qual
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, d) às quais / cujo
e) que / em cujo
as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
a) tempo, concessão, comparação 06) SANTA CASA - “É tal a simplicidade _________ se reveste
b) tempo, causa, concessão a redação desse documento, que ele não comporta as
c) condição, consequência, comparação formalidades _________ demais.”
d) condição, concessão, causa A alternativa que preenche a frase corretamente é:
e) concessão, causa, conformidade a) que – os
b) de que – aos
13) 2009/VUNESP - No comentário de Cayatte – “Se o réu é c) com que - para os
culpado, a pena foi pouca. Se o réu é inocente, a pena d) em que – nos
foi muita.” – as orações iniciadas pela conjunção Se ex- e) a que – dos
pressam sentido de
a) conclusão. 07) PUC - A alternativa que preenche as frases corretamente
b) consequência. é
c) conformidade. I. “Diferentes são os tratamentos _________ se pode
d) condição. submeter o texto literário.”
e) concessão. II. “Sempre se deve aspirar, no entanto, _________ ob-
jetividade científica, fugindo _________ subjetivismo.
Regência Verbal / Nominal a) à que, a, do
b) que, a, ao
01) IBGE - Assinale a opção que apresenta a regência verbal c) à que, à, ao
incorreta, de acordo com a norma culta da língua: d) a que, a, do
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. e) a que, à, ao
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do
corte de cana. 08) BB - Emprego indevido do pronome pessoal oblíquo
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. átono “o”:
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. a) O irmão o abraçou.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro b) O irmão o encontrou.
pretendido. c) O irmão o atendeu.
d) O irmão o obedeceu.
02) UF - Assinale a frase em que está usado indevidamente e) O irmão o ouviu.
um dos pronomes seguintes: o, lhe.
a) Não lhe agrada semelhante providência? 09) UF - Assinale a alternativa que substitui corretamente as
b) A resposta do professor não o satisfez. palavras sublinhadas:
c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. 1. Assistimos à inauguração da piscina.
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema 2. O governo assiste os flagelados.
dedicação. 3. Ele aspirava a uma posição de maior destaque.
e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 4. Ele aspirava o aroma das flores.
5. O aluno obedece aos mestres.
03) BB - Regência imprópria:
a) Não o via desde o ano passado. a) lhe, os, a ela, a ele, lhes
b) Fomos à cidade pela manhã. b) a ela, os, a ela, o, lhes
c) Informou ao cliente que o aviso chegara. c) a ela, os, a, a ele, os
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LÍNGUA PORTUGUESA
d) a ela, a eles, lhe, lhe, lhes c) o sujeito e o adjunto adnominal
e) lhe, a eles, a ela, o, lhes d) o predicado verbal e o objeto direto
e) predicado nominal e o sujeito
10) FUVEST - Assinale a alternativa gramaticalmente correta:
a) Não tenham dúvidas que ele vencerá. 02) PUC - Observe as frases:
b) O escravo ama e obedece o seu senhor. I. Ele foi, logo eu não fui;
c) Prefiro estudar do que trabalhar. II. O menino, disse ele, não vai;
d) O livro que te referes é célebre. III. Deus, que é Pai, não nos abandona;
e) Se lhe disserem que não o respeito, enganam-no. IV. Saindo ele e os demais, os meninos ficarão sós.
Crase
Assinale a afirmativa correta:
01) BB - Há crase: a) Em I há erro de pontuação
a) Responda a todas as perguntas. b) Em II e III as vírgulas podem ser retiradas sem que
b) Avise a moça que chegou a encomenda. haja erro.
c) Volte sempre a esta casa. c) Na I, se se mudar a vírgula de posição, muda-se o
d) Dirija-se a qualquer caixa. sentido da frase
e) Entregue o pedido a alguém na portaria. d) Na II, faltam dois pontos depois de disse
02) FCC - A alternativa que preenche corretamente o período 03) FCC - Assinale a letra que corresponde ao período de
é: pontuação correta:
“A casa fica ..... direita de quem sobe a rua, ..... duas a) Cada qual, busca a salvar-se , a si próprio.
quadras da avenida do Cortorno.” b) Cada qual busca, a salvar-se a si próprio.
a) à - há c) Cada qual, busca a salvar-se a si, próprio.
b) a - à d) Cada qual busca, a salvar-se, a si próprio.
c) a - há e) Cada qual busca a salvar-se a si próprio.
d) à - a
e) à - à 04) UF - Na oração “Pássaro e lesma, o homem oscila entre
o desejo de voar e o desejo de arrastar.”, Gustavo Corção
03) FMU - Assinale a alternativa em que não deve haver o empregou a vírgula:
sinal da crase: a) por tratar-se de antíteses
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra. b) para indicar a elipse de um termo
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir. c) para separar vocativo
c) Enriqueço, a medida que trabalho. d) para separar predicativo do sujeito, quando deslocado
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra. 05) FGV - “Considerando as razões apresentadas, penso, que
a solicitação será deferida.” Nesse texto, uma das vírgulas
04) FUVEST - Assinale a frase gramaticalmente correta: separa erradamente:
a) O papa caminhava à passo firme. a) A oração principal e a oração subordinada objetiva direta
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. b) O sujeito e o objeto indireto
c) Chegou à noite, precisamente as 10 horas. c) O predicativo e a oração subordinada objetiva indireta
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. d) O predicativo do sujeito e o gerúndio
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada. e) A oração subordinada adverbial causal e a oração
principal
05) FCMSC - Assinale a sentença onde a crase foi empregada
corretamente:
06) EPCAR - “Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele
a) Não se esqueça de chegar à casa cedo.
em que os afagos de uma tarde serena de primavera no
b) Prefira isto aquilo, já que ao se fazer o bem não se
silêncio da solidão produzem o torpor dos membros.”
olha à quem.
No período em apreço, usaram-se vírgulas para separar:
c) Já que pagaste àquelas dívidas, à que situação aspiras?
a) uma oração pleonástica
d) Chegaram até a região marcada e daí avançaram até
b) elementos paralelos
à praia.
c) uma oração coordenada assindética
e) Suas previsões não deixaram de ter razão, pois à uma
d) uma oração intercalada
hora da madrugada é um perigo andar à pé, sozinho.
e) um adjunto deslocado
Pontuação
07) BB - “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram
que há criatividade”. Cabe(m) no máximo:
01) FGV - Leia atentamente: “É oportuno, um conselho.” Na
a) 3 vírgulas
oração, há um erro de pontuação, pois a vírgula está
b) 4 vírgulas
separando:
c) 2 vírgulas
a) o adjunto adnominal e o objeto direto
d) 1 vírgula
b) o predicativo do sujeito e o adjunto adverbial de modo
e) 5 vírgulas
51
LÍNGUA PORTUGUESA
08) SANTA CASA - Os períodos abaixo apresentam diferenças 13) 2017/COMPERVE - Considere o texto a seguir.
de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período
Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte co-
de pontuação correta:
letivo ao invés do individual; por outro, as críticas colocam
a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio.
que apenas a população de menor renda média é que
b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio.
seria direcionada para esse sentido, o que representaria,
c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio.
em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.
e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. O uso do ponto e vírgula serve para separar
a) períodos de mesma natureza no interior do parágrafo.
09) TTN - Das redações abaixo, assinale a que não está b) orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido.
pontuada corretamente: c) itens de um enunciado enumerativo.
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resul- d) orações de valor conclusivo.
tado do concurso.
b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resul-
tado do concurso. 10. GABARITOS
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resul-
tado do concurso. SINTAXE
d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do
concurso, em fila. Termos: Essenciais, integrantes e acessórios da
e) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resul- oração
tado do concurso.
01) B 02) A 03) D 04) C 05) A
10) ITA - Dadas as sentenças: 06) B 07) D 08) C 09) E 10) D
I. Quase todos os habitantes daquela região pantanosa 11) C 12) D 13) C 14) B 15) D
e longe da civilização, morrem de malária.
16) C 17) C 18) B 19) B 20) B
II. Pedra que rola não cria limo.
III. Muitas pessoas observavam com interesse, o eclipse
solar. Vozes Verbais
12) 2017/MS CONCURSOS - Veja os itens sobre pontuação 06) A 07) A 08) C 09) D 10) B
e assinale a alternativa correta: 11) D 12) D
I. Usamos o ponto e vírgula para separar orações de
um período longo em que já existem vírgulas.
II. Usamos dois-pontos em enumerações, nas exemplifi- Regência Verbal / Nominal
cações, antes de citação da fala ou de declaração de 01) D 02) E 03) E 04) E 05) D
outra pessoa, antes das orações apositivas.
06) B 07) E 08) D 09) B 10) E
III. Usamos a vírgula para separar adjuntos adverbiais
no início ou meio da frase.
IV. Usamos parênteses para intercalar palavras e ex- Crase
pressões de explicação ou comentário. 01) B 02) D 03) E 04) D 05) D
V. V - Usamos as aspas para separar expressões ex-
plicativas.
Pontuação
a) Apenas I, II, III e V estão corretos.
01) E 02) C 03) E 04) D 05) A
b) Apenas I, II, III e IV estão corretos
c) Apenas II, III e V estão corretos. 06) D 07) C 08) E 09) E 10) B
d) Apenas III, IV e V estão corretos. 11) D 12) B 13) B
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LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo de
indivíduos.
1. COMUNICAÇÃO Fala ou discurso é a utilização individual da língua.
Conceito de comunicação. Cultura é a soma de todas as realizações do homem.
O que é comunicação? Quais os elementos envolvidos num É todo fazer humano que pode ser transmitido de geração a
ato de comunicação? geração. A linguagem é elemento cultural e é fator essencial
Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos para que haja cultura.
trocam entre si informações. Signo Linguístico
A comunicação faz parte de nossa vida. A todo momento Signo linguístico é a sequência de sons ou de letras que
estamos nos comunicando, seja através da fala, da escrita, de nos remete a um significado. Um signo linguístico é constituído
gestos, de um sorriso ou através da leitura de documentos, de duas partes:
jornais e revistas. Significante: é o material sonoro (fala) e/ou visual (escrita)
Ao realizar qualquer ato comunicativo, temos presentes os – fogo; casa.
seguintes elementos: Significado: o conceito, a ideia que se associa ao signi-
• emissor ou remetente: é aquele que envia a mensagem ficante.
(uma pessoa, uma empresa, uma emissora de televisão etc.);
2. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
• destinatário: é aquele a quem a mensagem é endereçada
Leia atentamente os textos a seguir:
(um indivíduo ou um grupo);
• mensagem: é o conteúdo das informações transmitidas; Texto 1:
• canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem A rosa de Hiroshima
será transmitida (carta, palestra, jornal televisivo, etc.); Vinícius de Moraes
• código: é o conjunto de signos e de regras de combinação
Pensem nas crianças
desses signos utilizados para elaborar a mensagem: o emissor
Mudas telepáticas
codifica aquilo que o receptor irá decodificar;
Pensem nas meninas
• contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem
Cegas inexatas
se refere.
Material modificado a partir de: http://www.brasilescola.com/redacao/ Pensem nas mulheres
elementos-presentes-no-atocomunicacao.htm Rotas alteradas
Pensem nas feridas
A linguagem como sistema de signos: signo linguístico
Como rosas cálidas
e outros signos.
Mas oh não se esqueçam
O homem usa a linguagem para se comunicar. Linguagem
Da rosa da rosa
é todo sistema organizado de sinais que serve de meio de co-
Da rosa de Hiroshima
municação entre os indivíduos. Temos dois tipos de linguagem:
A rosa hereditária
• Linguagem não-verbal - sinais, sons, gravuras, símbolos,
A rosa radioativa
convenções, música, mímica, gestos, expressões fisionômicas, Estúpida e inválida
ou seja, qualquer código que não utiliza palavras. A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Texto 2:
Bomba atômica é uma arma explosiva cuja energia deriva
• Linguagem verbal - código que utiliza a palavra falada de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso - uma
ou escrita. Exemplo: única bomba é capaz de destruir uma cidade grande inteira.
Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra,
O que é Democracia:
ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de
Democracia é a forma de governo em que a soberania
Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial
é exercida pelo povo.
(consistindo em um dos maiores ataques a uma população ci-
A palavra democracia tem origem no grego demokratía vil, quase 200 mil mortos, já ocorridos na história). No entanto,
que é composta por demos (que significa povo) e krat os (que elas já foram usadas centenas de vezes em testes nucleares
significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo por vários países.
povo através do sufrágio universal. Fonte: (HTTP://pt.wikipedia.org – Acesso em 2/12/2008)
É um regime de governo em que todas as importantes
decisões políticas estão com o povo, que elegem seus repre- As palavras do texto de Vinícius de Moraes assumiram uma
significação diferente do habitual, mais ricas e figurativas do que
sentantes por meio do voto. É um regime de governo que pode
as palavras do verbete bomba atômica.
existir no sistema presidencialista, em que o presidente é o maior
representante do povo, ou no sistema parlamentarista, em que Atente-se aos conceitos:
existe o presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que De acordo com seu nível de significação, as palavras
toma as principais decisões políticas. podem ser denotativas ou conotativas. Chama-se Denotação
ao nível de significação restrito e comum da palavra, isto é,
• Linguagem mista = é a soma seu uso habitual, o sentido do dicionário, como ocorre no texto
da verbal com a não-verbal. 2. Chama-se Conotação ao nível de significação figurado e
incomum que a palavra assume em certos contextos, como nos
exemplifica o texto 1.
53
LÍNGUA PORTUGUESA
3. NÍVEIS DE LINGUAGEM OU REGISTROS LINGUÍSTICOS Gíria ou calão:
Níveis de Linguagem ou Registros Linguísticos são os “Sabe qualé o dos cara mermão? Eles qué que tu dá uma
diferentes modos de falar, de acordo com a situação em que o passada nuns troços pra sacá o que o tô falando!”
Fonte: (http://www.geocities.com/Area51/Quadrant/6996/
falante se encontra. Em consequência, teremos:
dicionariodegirias.htm - Acesso feito em 01/12/2008)
a) Língua Culta ou Formal – aquela que se prende aos
modelos da Gramática Normativa, tradicional, e é empregada e) Língua Literária – elaboração artística do código lin-
pelas elites sociais escolarizadas. É a modalidade linguística guístico, visando provocar o prazer estético.
tomada como padrão de ensino e nela se redigem os textos e A Ilha do Dia Anterior
documentos oficiais do país. Exemplo: Era a alvorada, o sol ainda não atingia os vidros: foi até a
“A questão da segurança pública deve ser vista de forma galeria, sentiu o cheiro do mar, afastou um pouco o batente da
interdisciplinar. É preciso planejar e executar políticas de se- janela, e, com os olhos entreabertos, tentou fixar a praia.
gurança que vislumbrem a prevenção, inclusive envolvendo No Amarillii, onde o dia não saía do convés, Roberto ouvira
comunidades; que sejam eficazes na apuração dos crimes, nos os passageiros falarem a respeito de auroras avermelhadas,
processos judiciais e na condenação dos culpados; que garan- como se o sol estivesse impaciente em dardejar o mundo,
tam a punição. É preciso planejar com inteligência e estratégia enquanto agora via, sem lacrimejar, cores pastel: um céu espu-
e não apenas ostensivamente em ações isoladas e periféricas mante de nuvens escuras levemente franjadas de perolado, en-
relacionadas somente à ponta da linha, ou seja, aos sintomas quanto uma nuance, um leve matiz de rosa, estava subindo atrás
da violência. da Ilha, que parecia colorida de turquesa num papel grosseiro.
Fonte: (Dr. Antonio A. Genelhu Junior, presidente da Ordem os Advogados Fonte:(Umberto Eco. A Ilha do Dia Anterior. Rio de Janeiro: Record. 1995)
do Brasil, seção Espírito Santo, A GAZETA, 26/10/2008: Ações isoladas
–artigo de opinião; página 6, 1º caderno)
4. A NOÇÃO DE TEXTO
b) Língua Coloquial ou Informal – aquela usada diaria- Texto e Textualidade
mente pelas pessoas, sem preocupação em atender às regras Observe os itens a seguir, procurando responder à questão:
da Gramática Normativa. É a linguagem descontraída, porém O que é um texto?
que não foge muito dos padrões estabelecidos. Exemplo: Item 1:
“Me faz um favor? Fecha essa porta pra mim, tá?”
54
LÍNGUA PORTUGUESA
Uma produção cultural, para ser considerada um texto, novo, terá uma qualidade de vida muito melhor.”
precisa fazer sentido. Em textos verbais, por exemplo, o autor Fonte: (Resposta dada pela bióloga MayanaZatz em entrevista à Revista
Veja edição 2050 – ano 41-nº 9 Editora Abril – 5 de março de 2008 - http://
fala ou escreve a partir do seu conhecimento prévio, tentando veja.abril.com.br/050308/entrevista.shtml)
propor significados ao ouvinte ou leitor. Observe que a pesquisadora faz uma afirmação:
O ouvinte/leitor tenta construir sentidos usando também o A terapia com células-tronco pode ser considerada como o
seu conhecimento prévio. É nessa relação que se estabelecem futuro da medicina regenerativa.
possíveis sentidos.
Fonte: EVANGELISTA, Aracy Alves Martins. Literatura Infantil e Relaciona fatos e argumentos para justificar sua afir-
Textualidade. In: Literatura Infantil na Escola: Leitores e Textos em
Construção. Cadernos CEALE volume II, ano I, maio/96. p.10-1.
mação, para dar consistência a ela:
Entre as áreas mais promissoras, está o tratamento para dia-
Importante: betes, doenças neuromusculares, como as distrofias musculares
Não se pode construir o sentido de qualquer produção cul- progressivas e a doença de Parkinson. Com as células-tronco,
tural unilateralmente. Produtor e receptor fazem o seu trabalho, também se poderá promover a regeneração de tecidos lesiona-
para o qual concorre o conhecimento prévio de cada um deles. dos por causas não hereditárias, como acidentes, ou pelo câncer.
O conhecimento prévio abrange: o conhecimento de mundo, o O tratamento do diabetes é muito promissor porque depende da
conhecimento textual (formas de organização de textos), o co- regeneração específica de células que produzem insulina, o que
nhecimento linguístico. Na construção da leitura, o leitor procura é mais fácil do que regenerar por completo um órgão complexo.
atribuir sentidos a pistas que encontra no texto, produzidas pelo E conclui sua ideia, produzindo uma relação de sentido
autor no trabalho de construção da escrita. clara e consistente e ainda reforçando sua tese, ou seja, a
Coerência e Coesão Textuais afirmação com que inicia sua resposta:
55
LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de Coerência Textual Percebe-se a caracterização de um ambiente sofisticado,
Coerência narrativa de riqueza, com a utilização de elementos que compõem um
campo semântico de sofisticação.
Uma personagem só pode fazer aquilo que puder ou souber
fazer. Constitui incoerência relatar uma ação realizada por uma Coerência argumentativa
personagem que não tinha competência para realizá-la. Num texto argumentativo, utilizam-se dados e pressupostos
Exemplo de coerência narrativa: dos quais se fazem inferências ou chegam-se a conclusões.
Essas inferências e conclusões devem estar verdadeiramente
Vamos acabar com esta folga
(Stanislaw Ponte Preta) relacionadas com os elementos lançados como base do raciocí-
nio, da argumentação que se quer apresentar. A essa harmonia
O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de dá-se o nome de coerência argumentativa.
sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia
brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o dia- Exemplo:
bo. De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou Estima-se que existam no Brasil cerca de 30 sites de
que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, relacionamento com aproximadamente cinco milhões de inter-
motivada pela provocação e logo um turco, tão forte como o nautas navegando neles. É muita gente e por isso é preciso
alemão, levantou-se de lá e perguntou: tomar cuidado. Uma precaução básica, por exemplo, é não
Isso é comigo? se sentir nas nuvens com “massagens no ego” que venham
Pode ser com você também – respondeu o alemão. pela rede porque isso pode cegar a razão. “Eu não enxergava
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma trau- nada da realidade”, diz a gaúcha Isabel Stasiak, que procurou
litada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu a sua cara-metade num site. Achou que levara sorte porque ele
que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então apareceu em uma semana e, a partir daí, a paquera levou seis
um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se meses. Ela: ex-modelo, 50 anos, e, conforme admite, “tímida
e não conversou. Partiu pra cima do alemão e não teve outra e carente”. Ele: carioca, engenheiro de uma estatal, 44 anos.
sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos Isabel foi teclando mil detalhes de sua vida, o moço manteve-se
O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez reservado. Hora de se conhecer pessoalmente: “Éramos prati-
ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem camente vizinhos, mas não sabíamos, e fiquei feliz porque ele
para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo é bonito, alto e moreno”, diz ela. Apareceu, porém, um detalhe
pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a não tão detalhe que fez o príncipe virar sapo: o moço era casado.
vez de um francês, depois um norueguês, etc., etc.. Até que lá Rolou o barraco: apaixonada,Isabel foi atrás da mulher dele e
do canto do café levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de contou tudo. Rolou então a violência: o bonitão, altão e morenão,
picardia para perguntar, como os outros: que se dizia amoroso na internet, quebrou-lhe os dentes e o
Isso é comigo? romance acabou num boletim de ocorrência. Não são todos os
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro trapaceados, no entanto, que vão à delegacia. Tímida demais,
deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo, gingando assim a professora baiana Antonia Dias sentiu-se envergonhada para
pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba!
contar o golpe no qual caíra até mesmo para um delegado. Ela
O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que
conheceu em uma sala de bate-papo um homem que se mostrou
quase desmonta o brasileiro.
educado, romântico e gentil. Conheceram-se pessoalmente e
Seria incoerência se o brasileiro magrinho derrubasse o
num piscar de olhos estavam no cartório diante de um juiz de paz.
alemão.
Casamento e lua-de-mel consumados, imediatamente o marido
Coerência figurativa apaixonado revelou-se um golpista obstinado. Antonia foi forçada
É a articulação harmônica das figuras do texto, com base a quitar-lhe dívidas e teve o seu cartão de crédito detonado. Do
nas relações de significado que mantêm entre si. As várias dia para a noite o homem se deletou de sua vida. “Deve estar
figuras que ocorrem num texto devem articular-se de maneira por aí frequentando os sites de relacionamento”, diz ela.
Fonte: (Trecho da reportagem - Por dentro da rede. Revista ISTOÉ.
coerente para constituir um único bloco temático, pertencer ao 14/03/2007)
mesmo universo de significado.
Fonte: (PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto. Leitura e
Observe que o parágrafo inicia-se com dados sobre os sites
Redação. 5 ed. São Paulo: Ática, 1997) de relacionamento e a advertência sobre riscos:
“Estima-se que existam no Brasil cerca de 30 sites de relacio-
Exemplo:
namento com aproximadamente cinco milhões de internautas na-
Eu havia acabado de me vestir e não devia mais mexer vegando neles. É muita gente e por isso é preciso tomar cuidado”.
nos quadros e nas estátuas, mas um dos cavalos chineses de A partir daí, o jornalista reforça a tese apresentada e a
porcelana ficaria melhor na mesinha baixa de mogno. Coloquei fundamenta com sugestões de atitudes e exemplos de pessoas
o pôster com Lord Jim na parede oposta ao grande espelho, o que tiveram problemas na rede. Seu parágrafo é coerente com
cavalo de bronze embaixo e o de madeira ao lado. Eram treze a tese apresentada na introdução.
estatuetas – três de porcelana, quatro de bronze, duas de aço, O parágrafo seria incoerente se, após advertir para ter
três de cerâmica e uma de madeira – e dez posters, cinco em cuidado, o autor do texto passasse a dar exemplos de pessoas
preto e branco e cinco coloridos, todos cavalos. Não gostei do que tiveram relacionamentos felizes na rede.
número treze para as estatuetas e retirei uma delas, de bronze,
pesadona, e levei-a para a sala íntima onde estava o piano. 5. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
A arrumação ficou boa, mas eu continuei sentindo o mesmo Ler significa compreender, interpretar textos, dados e fatos
sobressalto no coração. Olhei-me no espelho demoradamente, e, ainda, estabelecer relações entre os textos e os contextos
quando a campainha tocou. a que se referem. A memorização e repetição acrítica de um
Fonte: (FONSECA, Rubem. 74 degraus. In: Feliz Ano Novo. 2 ed. São determinado conjunto de informações não é a verdadeira leitura.
Paulo: Companhia das letras, 1989)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Ler é ter capacidade de análise, de reconhecer e explicitar O Texto Literário distingue-se, nomeadamente, pelo fato
o papel desempenhado por diferentes recursos linguísticos na de transformar a realidade, servindo-se dela como modelo para
organização de textos de diferentes níveis de linguagem. arquitetar mundos “fantásticos”, que só existem textualmente
e que se estabelecem através da metáfora, da caricatura, da
Algumas sugestões para uma boa leitura:
alegoria e pela verossimelhança. Residindo aqui a ficcionalidade
1. Compreender os propósitos implícitos e explícitos da
patente no Texto Literário. Este é o elemento que mais o dife-
leitura; rença do Texto Não Literário, que tem por finalidade transmitir
2. Ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios rele- uma informação objetiva e autêntica da realidade. Para isso, o
vantes para o conteúdo em questão; Texto Não Literário vai combinar as palavras, numa sucessão
3. Dirigir a atenção ao fundamental, em detrimento do que coerente, sem que estas sejam independentes, mas apenas
pode parecer mais trivial; sejam úteis na comunicação.
4. Avaliar a consistência interna do conteúdo expressado O texto Literário tem uma função artística ao passo que
pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio e o não literário, científica.
com o ‘sentido comum’;
5. Comprovar continuamente se a compreensão ocorre Exemplo de texto literário:
mediante a revisão e a recapitulação periódica e a auto inter- Retrato
rogação; Cecília Meireles
6. Elaborar e provar inferências de diversos tipos, como Eu não tinha este rosto de hoje,
interpretações, hipóteses, previsões e conclusões”. assim calmo, assim triste, assim magro
Fonte: (SOLÉ, 1998, 73 apud Dalla Vecchia, Adriana; Gavron Thaís Fer-
nanda in Projeto da Oficina de leitura: uma experiência em sala de aula) nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
A intenção de um texto
Eu não tinha estas mãos sem força,
Na leitura de um texto, é importante dar conta da intenção
tão paradas e frias e mortas;
do autor impressa. Toda vez que alguém escreve ou desenha
eu não tinha este coração
algo, deseja comunicar alguma coisa a outrem, não é verdade? que nem se mostra.
Quando você escreve uma carta, ou envia um e-mail para
um amigo, você tem a INTENÇÃO de cumprimentá-lo; tem a Eu não dei por esta mudança,
INTENÇÃO de informar-lhe algo; ou você tem a INTENÇÃO de tão simples, tão certa, tão fácil:
perguntar-lhe... - em que espelho ficou perdida
A verdade é que ninguém gasta tempo, horas a fio à frente a minha face?
de um computador sem uma INTENÇÃO qualquer. Exemplo de texto não-literário:
Podemos pensar assim: quando alguém propõe a escrever
“Apesar de recente, a lei que estabelece multas, prisão
um poema, um conto, um romance, uma charge, um cartum,
e pagamento de fiança para motoristas com qualquer teor de
uma reportagem, um artigo de opinião, um editorial, uma fofoca,
álcool no sangue vem sendo defendida por autoridades públicas
uma novela, uma crônica, uma propaganda, uma resenha, uma
ligadas diretamente ao problema. Para justificar a aplicação das
tirinha, tem sempre a INTENÇÃO de dizer algo ao seu leitor.
punições estabelecidas pela nova legislação fazem uso das es-
A esta INTENÇÃO, tão repetitiva aqui, chama-se MENSA- tatísticas. ‘Os acidentes nas rodovias estaduais diminuíram’, diz
GEM, TEMA, CONTEÚDO. o Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário e Urbano (BPRv).
Então, é possível lermos um texto que tenha como INTEN- O número de embriagados flagrados durante as blitze e o de
ÇÃO revelar: internações por acidentes de trânsito também. (...)”
Fonte: (Lei Seca: Governo atribui redução de acidentes a novas regras
• AFETO pela criança abandonada ou pela criatura hu- 14/07/2008 - 22h04 - Daniella Zanotti - Redação Gazeta Rádios e Internet)
mana;
• ALEGRIA ante o sucesso do amigo ou ante a morte do 7. NÍVEIS DE LINGUAGEM
desafeto; A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite
• AMOR à pátria, à criança humana ou à primeira noite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais esco-
de namoro; lhidos, teremos uma comunicação verbal visual, auditiva, etc.
• CRÍTICA ao governo atual; A linguagem que mais utilizamos para praticar atos de co-
• DESABAFO ante um crime; municação é a língua, que é um conjunto de palavras e regras
• MÁGOA do adolescente; para a combinação dessas palavras, utilizado pelos membros
• MEDO da própria reação; de uma comunidade.
• LEMBRANÇA daquele mico no primeiro encontro; Dá-se o nome de fala à utilização que cada membro da
• SONHO de ser estrela! comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita.
A forma oral se caracteriza por maior espontaneidade do que a
É BOM SABER... forma escrita. Dessa forma, em decorrência do caráter individual
[Em situação de prova de concurso, é exatamente essa IN- da fala, pode-se observar que ela possui vários níveis, segue
TENÇÃO apresentada no texto que é perguntada ao candidato. abaixo os mais utilizados:
Se, de fato, ele a percebeu.]
Formal (culto): é o nível de fala utilizado pelas pessoas
6. TEXTOS LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS cultas, em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado
Que é um texto Literário?.Que é um texto não literário? maior com o vocabulário e pela obediência às regras estabele-
É exatamente essa diferença que vamos ver agora. cidas. Observe o exemplo abaixo:
57
LÍNGUA PORTUGUESA
“Depois da campanha mais disputada e volátil dos últimos O que é DESCRIÇÃO?
tempos, os resultados parciais de apuração e as projeções dão Descrever é “fotografar” um objeto, uma pessoa, um lugar
a vitória ao democrata Bill Clinton nas eleições à presidência com palavras. Requer observação cuidadosa, para tornar o
dos Estados Unidos, realizadas ontem.” que vai ser descrito em um modelo inconfundível, porém, não
se trata de enumerar uma série de elementos, mas transmitir
Informal (coloquial/popular): é a fala que a maioria das sensações, sentimentos. É criar o que não se vê, mas se percebe
pessoas utiliza no seu dia-dia, sobretudo nas situações mais ou imagina; é não copiar friamente uma imagem, mas deixá-la
formais. Caracteriza-se pela espontaneidade, pois não existe rica, pois o ser e o ambiente são aspectos importantíssimos na
uma preocupação com as normas estabelecidas pela comuni- descrição. Existem duas possibilidades de descrição:
dade linguística. Observe o exemplo abaixo: a) Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, são
“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar apresentadas no seu sentido real. Exemplo:
“Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70Kg. Aparência atlética,
esquentando tanto? Me parece que as coisas no fim sempre
ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos
dão certo.”
negros e lisos”.
Técnico (profissional): é a fala que alguns profissionais b) Descrição subjetiva: quando há maior participação da
(advogados, economistas, etc.) utilizam no exercício de suas emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem
são apresentados em sentido figurado. Exemplo:
atividades profissionais. Observe o exemplo abaixo:
“Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas “Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao
vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo abor- homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como
recedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um
comandos mal digitados.” anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei...”
Revista PC World, ago/1992.p. 98. “O Ateneu”, Raul Pompeia
O que é NARRAÇÃO?
Literário (artístico): é a utilização da língua como finalidade A narração tem por objetivo contar uma história real, fictícia
expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra poetas ou mesclando dados reais e imaginários. Baseia-se numa evo-
e romancista. Observe o exemplo abaixo: lução de acontecimentos, mesmo que não mantenham relação
“O céu jogava tinas de água sobre o noturno que me de linearidade com o tempo real. Sendo assim, está pautada
devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas em verbos de ação e conectores temporais.
molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos meni- A narrativa pode estar em 1ª ou 3ª pessoa, dependendo
neiros de um grupo negro. do papel que o narrador assuma em relação à história. Numa
“Sentaram-me num automóvel de pêsames.” narrativa em 1ª pessoa, o narrador participa ativamente dos fatos
narrados, mesmo que não seja a personagem principal (narrador
8. GÊNERO TEXTUAL = personagem). Já a narrativa em 3ª pessoa traz o narrador
É um nome que se dá às diferentes formas de linguagem como um observador dos fatos que pode até mesmo apresentar
que circulam socialmente, sejam mais informais ou mais formais. pensamentos de personagens do texto (narrador = observador).
O bom autor toma partido das duas opções de posicio-
Eles são a forma como a língua se organiza nas inúmeras si-
namento para o narrador, a fim de criar uma história mais ou
tuações de comunicação que vivemos no dia-a-dia. Gêneros
menor parcial, comprometida. Por exemplo, Machado de Assis,
textuais são língua em uso social, seja quando usamos a língua
ao escrever Dom Casmurro, optou pela narrativa em 1ª pessoa
na escola, seja quando usamos a língua fora dela para nossa
justamente para apresentar-nos os fatos segundo um ponto de
comunicação, seja quando usamos gêneros escritos, seja quan- vista interno, portanto mais parcial e subjetivo.
do usamos gêneros orais. Os gêneros são língua em uso, são
língua viva, são instrumentos de comunicação. Narração objetiva x Narração subjetiva
Como eles são instrumentos de comunicação indispensável,
todas as pessoas usam gêneros para se comunicar. O fato de • objetiva - apenas informa os fatos, sem se deixar en-
todas as pessoas dominarem pelo menos alguns gêneros dá volver emocionalmente com o que está noticiado. É de cunho
uma base para que elas possam aprender outros e mais outros, impessoal e direto.
de forma infinita. • subjetiva - leva-se em conta as emoções, os sentimentos
envolvidos na história. São ressaltados os efeitos psicológicos
Importante: que os acontecimentos desencadeiam nos personagens.
É muito comum, em prova, perguntarem o gênero tex-
tual em análise. Elementos básicos da narrativa:
Os mais cobiçados em situação de prova são Edito- Fato - o que se vai narrar (O quê?)
rial, Artigo de Opinião, Crônica, Charge, Cartuns, tirinhas, Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
reportagens. Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Personagens - quem participou ou observou o ocorrido
9. TIPOLOGIA TEXTUAL (Com quem?)
São as características que um texto apresenta, a saber, Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
tais como Descrição, Narração, Dissertação, Injunção. Um Modo - como se deu o fato (Como?)
texto pode ter uma característica predominante ou mesmo Consequências (Geralmente provoca determinado des-
mesclar duas características, como é comum nos romances fecho).
em que concorrem narração e descrição. Tais características Exemplo:
são muito cobradas em prova de concurso público. Atente-se Naquela noite, todos estavam na sala conversando anima-
às suas marcas. Vamos começar com a Descrição. O que é um damente. De repente, veio uma voz lá de fora. Chamou por meu
texto descritivo? pai. A princípio, não reconheci quem era. Houve um silêncio geral.
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LÍNGUA PORTUGUESA
_ Seu Odorico... – chamou novamente! 3. Conativa (ou apelativa)
Minha mãe disse que era Francisquinho, guardador da Ocorre quando o receptor é posto em destaque e é estimula-
igreja. Ele veio trazer um aviso. do pela mensagem. Há um autor querendo influenciar o receptor.
Nunca me esqueci daquela noite. Eu ainda era muito me- É comum nesse tipo de texto o emprego do modo imperativo dos
nina. Foi a noite do suicídio de Padre Bento. verbos e de vocativos.
O que é um Texto Dissertativo? 4. Metalinguística
A tipologia textual da Dissertação é uma das mais cobi- Tem como função realçar o código, quando este é utilizado
çadas/presentes em provas de concurso público!!! como assunto ou explica a si mesmo. Por exemplo, quando
Dissertação é um texto que se caracteriza pela exposição, um poema reflete sobre a criação poética, um filme tematiza o
defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de próprio cinema ou um programa de televisão que debate o papel
um ponto de vista. Para tal defesa, o autor do texto dissertativo social da televisão.
trabalha com argumentos, com fatos, com dados, os quais utiliza
para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias. 5. Fática
Organiza-se, geralmente, em três partes: Ocorre quando o canal é posto em destaque. A função é
testar o canal de comunicação. Acontece nos cumprimentos
• Introdução - onde você explicita o assunto a ser discutido,
diários, nas primeiras palavras de uma aula etc.
com a apresentação de uma ideia ou de um ponto de vista que
6. Poética
pretende defender. A introdução deve ser apresentada de manei-
Podemos encontrá-la nos casos em que o emissor enfatiza
ra clara o assunto que será tratado, podendo formular uma tese.
• Desenvolvimento - em que irá desenvolver seu ponto a construção, a elaboração da mensagem por meio por meio
de vista. Para isso, deve argumentar, fornecer dados, trabalhar da escolha de palavras que realcem a sonoridade, pelo uso de
exemplos, se necessário. É a parte do texto em que as ideias, expressões imprecisas. O texto não é objetivo, traz uma fala
conceitos, informações serão desenvolvidas. cheia de rodeios, transmite pouca informação. A função poética
• Conclusão - em que dará um fecho coerente com o de- ocorre tanto em prosa como em verso
senvolvimento e com os argumentos apresentados. Em geral, a Importante: é possível encontrar em um texto mais de uma
conclusão é uma retomada da ideia apresentada na introdução, função da linguagem. Portanto, cabe ao leitor identificar aquela
agora com mais ênfase, de forma mais conclusiva, onde não
que predomina e, por conseguinte, a intenção de seu autor.
deve aparecer nenhuma ideia nova, uma vez que você está
fechando o texto. 11. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Fonte(s): http://www.mundovestibular.com.br
A língua portuguesa encontra-se em constante alteração,
Modelo de um parágrafo dissertativo: evolução e atualização, não sendo um sistema estático e fechado.
“É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de O uso faz a regra e os falantes usam a língua de modo a suprir
imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o suas necessidades comunicativas, adaptando-a conforme suas
precário controle que ainda existe sobre as drogas psicotrópicas intenções e necessidades.
e as instituições brasileiras de recuperação de viciados não terão Sendo uma sociedade complexa, formada por diferentes
estruturas suficientes para atender à demanda”. grupos sociais, com diferentes hábitos linguísticos e diferentes
(Alberto Corazza, IstoÉ, 20.12.95) graus de escolarização, ocorrem variações na língua, principal-
mente de caráter local, temporal e social.
10. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Nem todas as variações linguísticas usufruem do mesmo
O modo como a linguagem se organiza está diretamente
prestígio, sendo algumas consideradas menos cultas. Contudo,
ligada à função que se deseja dar a ela, isto é, à intenção do
todas as variações devem ser encaradas como fator de enriqueci-
autor. Para os seis componentes da comunicação, seis são as
mento e cultura e não como erros ou desvios. Tipos de variação:
suas funções:
As variações linguísticas ocorrem principalmente nos âm-
Emissor – aquele que transmite a mensagem.
bitos geográficos, temporais e sociais.
Receptor – aquele com quem o emissor se comunica.
Mensagem – é aquilo que se transmite ao receptor.
I. Variações regionais (diatópicas ou geográficas)
Referente (ou contexto) – é o assunto da mensagem.
São variações que ocorrem de acordo com o local onde
Código – é a convenção social que permite ao receptor
vivem os falantes, sofrendo sua influência. Este tipo de variação
compreender a mensagem.
ocorre porque diferentes regiões têm diferentes culturas, com
Canal – é o meio físico que conduz a mensagem ao receptor.
diferentes hábitos, modos e tradições, estabelecendo assim
1. Referencial (ou informativa)
diferentes estruturas linguísticas.
Ocorre quando o referente é posto em destaque e a intenção
Exemplos de variações regionais:
principal do emissor é informar. Os textos cuja função é referencial
Diferentes palavras para os mesmos conceitos;
possuem linguagem clara, direta e precisa, procurando traduzir a
Diferentes sotaques, dialetos e falares;
realidade de forma objetiva. Alguns textos jornalísticos, os textos
científicos e os didáticos são o melhor exemplo disso. Reduções de palavras ou perdas de fonemas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
III. Variações sociais (diastráticas) começo, na recuperação, na melhoria, no crescimento. Nosso
São variações que ocorrem de acordo com os hábitos e país está como está porque fizeram com ele o que fizeram. Mas
cultura de diferentes grupos sociais. Este tipo de variação ocorre ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste
porque diferentes grupos sociais possuem diferentes conheci- caso, como diz o ditado, “não tem ‘mas’ nem meio ‘mas’”. Só
mentos, modos de atuação e sistemas de comunicação. depende de nós.
(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em: http://
Exemplos de variações sociais: vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.phtml#.
Gírias próprias de um grupo com interesse comum, como Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)
60
LÍNGUA PORTUGUESA
Também, erroneamente, procuramos dar a eles tudo que Existe uma lenda urbana em nosso país que define como
pedem, sem impor limites, deixamos que façam o que querem criminoso apenas quem lucra com a pirataria digital. Em outras
dentro de casa, rolem no chão quando pedem um brinquedo no palavras, a crença que circula de boca em boca é que somente
supermercado e rimos da situação, quando na verdade faltou- vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam
-nos autoridade, mas não nos preocupamos. Afinal, a escola e esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entre-
os professores vão dar um jeito nisso. tanto, não é bem assim que funciona.
Chegando à escola, uma nova realidade, uma turma de O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de
novos colegas, uma professora impondo regras, horários, obras que possuem direitos autorais configura crime. Mas por
responsabilidade, quanta coisa para nossos pobres filhos. Não
que ninguém é preso ou recebe multas? Simples: a aceitação
acompanhamos os cadernos, não auxiliamos na realização dos
cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de
trabalhos, nem criamos horários para que estudem.
fiscalização ou punição para a reprodução e distribuição deste
Afinal, são crianças e devem brincar. Passado o tempo,
tipo de conteúdo.
vamos lá, nas avaliações, reclamar das notas baixas de nossos (Vinicius Munhoz, Como a pirataria é castigada em outros países do mundo?
filhos. Afinal, a culpa é da escola, dos professores e da direção, Disponível em: www.tecmundo.com.br. 14.07.2015.)
que não souberam ensinar as nossas crianças. 07) VUNESP - A partir da leitura do texto, conclui-se correta-
Adiante, os nossos filhos passam a andar com amigos
mente que o autor
estranhos, que não gostam de ir para a escola, mas isto não é
a) parte do pressuposto de que o leitor reproduz filmes
problema nosso, nossos filhos apenas andam com esses ami-
piratas porque isso ainda não é crime no brasil.
gos. Chega um dia que nos pedem um tênis importado, estra-
b) dialoga com o leitor como se este considerasse comum
nhamos. Afinal, não temos dinheiro para comprar e dizemos não.
assistir a filmes adquiridos por meio da pirataria.
Então, no dia seguinte, aparecem com o que queriam. Per-
c) considera aceitável comercializar filmes piratas, contan-
guntamos como conseguiram, dizem que ganharam de presente
de algum amigo. Que maravilha um amigo que gosta de nossos to que o lucro da venda seja usado para pagar direitos
filhos, que cuida deles enquanto trabalhamos. autorais.
Um dia, um telefonema. Nosso filho foi preso roubando d) defende que quem praticar a reprodução ilegal de filmes
outro tênis importado. deve ser preso, como qualquer outro tipo de criminoso.
Segurança pública começa em casa (FRANQUILIN, Paulo. e) julga adequada a maneira como o stj tem punido exem-
plarmente aqueles que insistem em assistir a filmes
04) FUNCAB - A frase “Segurança pública começa em casa”,
piratas.
do ponto de vista de quem escreveu, pode ser entendida
como: 08) VUNESP O trecho do segundo parágrafo – Entretanto, não
a) Os professores sabem educar. é bem assim que funciona. –, no contexto em que está
b) Uma ironia na exposição da ideia. inserido, apresenta uma afirmação
c) Uma dúvida sobre como educar.
a) condizente com a crença da maioria dos brasileiros.
d) Intensificação poética da ideia de educar.
b) contrária ao que já foi exposto pelo STJ.
e) Os pais são os responsáveis por educar.
c) a favor do comportamento de quem compra DVD pirata.
05) FUNCAB - Embora “Segurança” represente um drama d) divergente do que afirma o senso comum.
particular, é possível entrever nele um debate de natureza: e) desfavorável ao discurso que condena a pirataria.
a) social.
b) econômica. d) linguística. Texto 4
c) regional. e) hierárquica. O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal
motivo que os brasileiros alegam para se ausentar do trabalho,
06) FUNCAB - Os fragmentos abaixo estão corretamente
apontou a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), divulgada pelo
associados a atitudes da família em relação aos filhos,
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
exceto:
a) “Esquecemos que somos modelos para as nossas O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que
crianças, ao deixar de usar o cinto de segurança, des- faltaram ao trabalho pelo menos um dia alegaram ter tido gripe
respeitar um sinal fechado [...]” (transgressão) ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013, em 62,9 mil domicílios
b) “[...] procuramos dar a eles tudo que pedem, sem impor em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
limites [...]” (permissividade) tem, portanto, base de comparação.
c) “Não acompanhamos os cadernos, não auxiliamos na Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Se-
realização dos trabalhos [...]” (negligência) gundo o médico Drauzio Varela, o resfriado é menos intenso e
d) “Afinal, a culpa é da escola, dos professores e da di- caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e irritação na garganta.
reção, que não souberam ensinar as nossas crianças” Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não ultrapas-
(comprometimento) sam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias,
e) “Afinal, não temos dinheiro para comprar e dizemos requer repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional,
não.” (autoridade) uso de analgésicos e antitérmicos.
(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou
Texto 3 estudos, aponta IBGE”. www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)
A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pen- 09) VUNESP - De acordo com o texto, a Pesquisa Nacional de
samos que este ato, na verdade, é ilegal. Nada como comprar Saúde, divulgada pelo IBGE, foi realizada a partir
aquele DVD pirata no camelô ou baixar um filminho no Pirate a) do exame de um banco de dados que empregadores
Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é guardam de seus funcionários.
verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia b) da análise de documentos médicos que comprovam o
ser punido por isso? afastamento de trabalhadores doentes.
61
LÍNGUA PORTUGUESA
c) da contagem do número de trabalhadores brasileiros DICAS:
que permaneceram hospitalizados.
• Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
d) do registro da declaração de cidadãos brasileiros con-
repetições ou substituições que contribuem para a continui-
sultados no contexto domiciliar.
e) da entrevista de trabalhadores enquanto estes estavam dade de um texto.
afastados do serviço por doença. • Identificar a tese de um texto.
• Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
10) VUNESP - Conforme o texto, é correto afirmar: para sustentá-la.
a) os casos de gripe foram mais frequentes do que os de
• Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
resfriados entre os trabalhadores que faltaram ao trabalho.
• Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que
b) por serem menos intensos, os casos de resfriados
constroem a narrativa.
não constituem justificativa válida para se ausentar do
trabalho. • Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
c) ao longo dos anos, os brasileiros têm faltado cada vez elementos do texto.
mais ao trabalho devido a resfriados que se tornaram • Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
tão intensos quanto a gripe. marcadas por conjunções, advérbios, etc.
d) o estudo do IBGE não permite estabelecer uma compa-
Texto 7
ração entre os estados da federação quanto às causas
de falta ao trabalho. POR QUE A IDA É SEMPRE MAIS
e) a gripe e o resfriado têm em comum o fato de serem DEMORADA QUE A VOLTA?
transmitidos por vírus, apesar de a gripe ser mais de-
Essa sensação acontece com todo mundo que viaja – desde
bilitante.
que tenham sido feitos trajetos idênticos, na mesma velocidade,
11) (VUNESP/PM/SP/2015) A forma verbal requer, destacada em sentidos opostos. Isso porque o nosso cronômetro interno
no terceiro parágrafo, está corretamente substituída, sem não funciona com perfeita regularidade e muitas vezes engana
alteração da mensagem, por: a noção de tempo. As estruturas neurais que controlam a per-
a) delata. cepção temporal estão localizadas na mesma área do cérebro
b) restitui. d) previne. que comanda a nossa concentração.
c) exige. e) prescinde. Isso significa que, se a maior parte dessa área estiver vol-
Texto 6 tada a prestar atenção no caminho, nas placas e na paisagem,
não conseguimos nos concentrar no controle de tempo. E aí
não saberemos quanto tempo, de fato, a viagem levou. Na ida,
a descoberta de novos lugares influi na percepção de distância,
e achamos que estamos demorando mais. Nossa preocupação
é: “Quando vamos chegar?” Na volta, com o caminho já conhe-
cido, a concentração se dispersa e a percepção de tempo é
alterada para menos, dando a impressão que o trajeto passou
mais depressa.
Fonte: Revista Superinteressante - Rafael Tonon -
Edição 241 - Julho de 2007, pág. 50.
Texto 8
CINZAS NA AMAZÔNIA
Agosto marca o início tradicional das queimadas na Amazô-
nia Legal. Mas os primeiros dias deste mês foram preocupantes.
12) (IBFC/ANALISTA/PM/2014) Os dois textos (5 e 6) abor- O número de focos de fogo na região é 40% maior que em 2006.
dam o mesmo tema, contudo, ao confrontá-los, percebe- “Acendemos o sinal amarelo”, diz o pesquisador Alberto Setzer,
mos que: do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É cedo para
a) o segundo texto apresenta um traço seletivo da memória soar o alarme, mas o temor é que, se a estiagem que atinge a
associado às preferências. região continuar, os próximos meses sejam enfumaçados. Há
b) apenas, no primeiro texto, apontam-se falhas da memória. outros dois motivos de inquietação. Os focos atuais se concen-
c) o segundo texto é mais claro em função da presença tram no norte de Mato Grosso, sul do Pará e leste do Tocantins,
de elementos não-verbais. todos com forte atividade agrícola. E todas as reservas florestais
d) o conteúdo do primeiro texto nega completamente a
nacionais registraram casos de incêndio.
situação descrita no segundo. Fonte: Revista Superinteressante. nº 482, 13 de agosto de 2007.
62
LÍNGUA PORTUGUESA
14) De acordo com o texto, pode-se inferir que: É isso a alegria: algo de dentro que nos leva ao mundo e nos
a) As queimadas na Amazônia Legal ocorrem com maior permite o gozo e a reconhecimento de nós mesmos, no rosto
frequência antes do mês de agosto. do outro. Empatia e simpatia. Amor.
b) Se a frase na linha 2 “acendemos o sinal amarelo” for Se a alegria vem de dentro ou de fora? De dentro, claro.
alterada para “ o sinal amarelo será acendido”, não Mas seu sintoma mais bonito é nos jogar para fora, de encontro
haverá mudança no sentido do texto. à música e à dança do mundo, ao encontro de nós mesmos.
Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noti-
c) O clima seco auxilia na propagação dos focos de in- cia/2015/02/dentro-de-nos-balegriab.html
cêndio.
d) Os focos de incêndio podem apresentar riscos às flo- 15) AOCP - Em “Meu coração sorri em resposta a essa festa
ou acha nela apenas um eco do seu próprio e inesperado
restas brasileiras.
contentamento?”, é correto inferir que
a) a dúvida do autor é em relação a não saber se ele está
Texto 9
realmente alegre com o fato de estar participando de
[...] a alegria uma festa de carnaval.
Seu sintoma mais bonito é nos jogar para fora, de b) a dúvida do autor, expressa pela sua pergunta, reto-
encontro ao mundo e a nós mesmos ma seu questionamento inicial referente à origem da
IVAN MARTINS alegria.
c) o questionamento do autor demonstra uma certeza a
A alegria vem de dentro ou de fora de nós?
respeito da fonte de sua alegria ser externa, sendo ex-
A pergunta me ocorre no meio de um bloco de carnaval, pressa pelo sorriso de seu coração em resposta à festa.
enquanto berro os versos imortais de Roberto Carlos, cantados d) o questionamento do autor é uma demonstração de sua
em ritmo de samba: “Eu quero que você me aqueça neste in- tristeza interna que se disfarça de alegria em determi-
verno, e que tudo mais vá pro inferno”. nados momentos festivos.
Estou contente, claro. Ao meu redor há um grupo de ami- e) o questionamento do autor demonstra a certeza de que
gos e uma multidão ruidosa e colorida. Ainda assim, a resposta sua alegria é apenas uma demonstração do contenta-
sobre a alegria me ilude. Meu coração sorri em resposta a essa mento que ele vive internamente.
festa ou acha nela apenas um eco do seu próprio e inesperado 16) AOCP - Todos os termos e expressões destacados a seguir
contentamento? retomam “alegria”, exceto
Embora simples, a pergunta não é trivial. Se sou capaz de a) “Se ela precisa ser buscada fora, permanentemente,
achar em mim a alegria, a vida será uma. Se ela precisa ser será outra, provavelmente pior.
buscada fora, permanentemente, será outra, provavelmente pior. b) “... ela nos põe de pé quando nem sairíamos da cama.”
Penso no amor, fonte permanente de júbilo e apreensão. c) “Ela vem de fora, nos é imposta pelas circunstâncias,
Quando ele nos é subtraído, instala-se em nós uma tristeza mas torna-se parte de nós.”
sem tamanho e sem fim, que tem o rosto de quem nos deixou. Ela d) “Ela se expõe como esperança: acreditamos que o
vem de fora, nos é imposta pelas circunstâncias, mas torna-se mundo nos trará algo melhor esta manhã;”.
e) “Por mínima que seja, essa fonte de luz e energia é
parte de nós. Um luto encarnado. Um milhão de carnavais seriam
suficiente para dar a largada e começar do zero.”
incapaz de iluminar a escuridão dessa noite se não houvesse,
dentro de nós, alguma fonte própria de alegria. Nem estaríamos 17) AOCP - Em relação ao texto, é correto afirmar que
na rua, se não fosse por ela. Nem nos animaríamos a ver de a) somente por meio de inferência é possível concluir que
perto a multidão. Ficaríamos em casa, esmagados por nossa o questionamento inicial do texto é respondido.
tristeza, remoendo os detalhes do que não mais existe. Ao longe, b) não há elementos linguísticos no texto que comprovem
ouviríamos a batucada, e ela nos pareceria remota e alheia. a resposta ao questionamento inicial que o autor faz.
Nossa alegria existe, entretanto. Por isso somos capazes c) o questionamento inicial não é respondido no decorrer
de cantar e dançar quando o destino nos atinge. do texto, propositalmente, ficando como uma reflexão
Nossa alegria se manifesta como força e teimosia: ela nos para o leitor.
põe de pé quando nem sairíamos da cama. Ela se expõe como d) no texto o autor responde explicitamente seu questio-
namento inicial.
esperança: acreditamos que o mundo nos trará algo melhor esta
e) não é possível, durante a leitura, definir se o questio-
manhã; quem sabe esta noite; domingo, talvez. Ela nos torna
namento inicial do texto é respondido.
sensível à beleza da mulher estranha, ao sorriso feliz do amigo,
à conversa simpática de um vizinho, aos problemas do colega 18) AOCP - Descontextualizada, a expressão “multidão ruido-
de trabalho. Nossa alegria cria interesse pelo mundo e nos faz sa” tem o mesmo significado que “multidão
perceber que ele também se interessa por nós. a) tranquila”.
Por mínima que seja, essa fonte de luz e energia é suficiente b) barulhenta”. d) alucinada”.
para dar a largada e começar do zero. Um dia depois do outro. c) apressada”. e) festiva”.
Todos os dias em que seja necessário. Texto 10
Quando se está por baixo, muito caído, não é fácil achar
o interruptor da nossa alegria. A gente tem a sensação de que A mulher que está esperando o homem está sujeita a muitos
alegria se extinguiu e com ela o nosso desejo de transar e de perigos entre o ódio e o tédio, o medo, o carinho e a vontade
viver, que costumam ser a mesma coisa. Mas a alegria está lá de vingança.
- feita de boas memórias, do amor que nos deram, do carinho Se um aparelho registrasse tudo o que ela sente e pensa
que a gente deu aos outros. Existe como presença abstrata, mas durante a noite insone, e se o homem, no dia seguinte, pudesse
calorosa, que nos dirige aos outros, que nos faz olhar para fora. tomar conhecimento de tudo, como quem ouve uma gravação
numa fita, é possível que ele ficasse pálido, muito pálido.
63
LÍNGUA PORTUGUESA
Porque a mulher que está esperando o homem recebe sem- um remédio simples que inibe a produção de ácido gástrico.
pre a visita do Diabo e conversa com ele. Pode não concordar Úlceras que, antes duravam décadas, hoje são resolvidas com
com o que ele diz, mas conversa com ele. omeprazol, em poucos dias – a um custo de poucos reais.
(Rubem Braga – Ai de ti, Copacabana) (Lendro Narloch. Fique tranquilo e aproveite. Veja.com. Adaptado)
19) VUNESP - Dizer que a mulher recebe a visita do Diabo 22) VUNESP - Segundo o autor,
equivale a dizer que ela a) a crise econômica dos anos 80 incrementou a natali-
a) prefere ficar longe de parentes próximos. dade, pois o importante, nessa ocasião, era a sobrevi-
b) tem maus pensamentos a respeito do homem. vência.
c) é pessoa de pouca religiosidade. b) no período Pleistoceno, o homem vivia como caçador
d) em sua angústia, não abre mão da proteção divina. e coletor, visando à sua evolução.
e) se conforma, naquelas horas, em ser traída. c) o omeprazol, criado há dez anos, constitui um bálsamo
capaz de eliminar o ácido gástrico.
20) VUNESP - No trecho – Pode não concordar com o que ele
d) é nas madrugadas que as gastrites atacam com maior
diz, mas conversa com ele. –, a ideia é a de que a mulher
força, apesar do uso do omeprazol.
a) pode pensar em algo negativo, mas não aderir a esse
e) o aumento da prole, no Pleistoceno, assegurando a
pensamento.
continuação da vida, foi fruto do temor.
b) fica completamente à mercê de pensamentos mórbidos.
c) tem fraco poder de argumentação.
23) VUNESP - Assinale a alternativa em que se observa o
d) chega a duvidar de sua própria espiritualidade.
emprego da linguagem figurada.
e) é uma pessoa educada em seus relacionamentos.
a) ... o homem tem uma tendência a se concentrar no que
pode dar errado.
Texto 11
b) É perfeitamente racional ser otimista em momentos
MODELOS ruins.
c) O escritor Nelson Rodrigues acordava todas as madru-
Não existe gente que tem medo de palhaço? Pois eu tenho
gadas para amestrar a úlcera com mingau.
medo de modelos. Sou provavelmente o único homem no mundo
d) Nas cavernas do Pleistoceno, gerava mais descen-
que, se um dia ficasse frente a frente com a Gisele Bündchen, dentes quem tinha medo de ataques e antecipava
sairia correndo. Não sei qual é a origem desta fobia. Não me problemas.
lembro de ter sido assustado por uma modelo, quando criança. e) Úlceras que, antes duravam décadas, hoje são resol-
Nenhuma modelo me fez mal, ainda. Mas elas simplesmente vidas com omeprazol, em poucos dias.
me apavoram. É aquele ar que elas têm.
Pouca gente sabe que, antes de entrar na passarela, as Texto 13
modelos chupam um limão para desfilar com a correta expressão
A JUSTIÇA COMO É FEITA
de desprezo, beirando o nojo pelos seus inferiores, começando Carlos Heitor Cony
por mim. Nunca sorriem. Alimentam-se de pequenos passari-
nhos, pois não têm um sistema gastrointestinal como o nosso. RIO DE JANEIRO – Um filme de André Cayatte (“Justice
Só mudam de dieta na lua cheia, quando comem um homem est faite”) conta a história de um réu acusado de um crime.
inteiro. Aquela maneira de caminhar cruzando as pernas que só Ele alega inocência, o juiz fica em dúvida e, na dúvida, não
modelos têm é uma amostra do que são capazes. o condena à morte, mas à prisão por oito anos. Cayatte, que
(Luis Fernando Verissimo, O Estado de S. Paulo. Adaptado) além de cineasta era advogado militante, termina entrando na
história com o seguinte comentário: “Se o réu é culpado, a pena
21) VUNESP - Os termos em destaque em – Mas elas sim-
foi pouca. Se o réu é inocente, a pena foi muita. De qualquer
plesmente me apavoram. É aquele ar que elas têm. –
forma, a justiça dos homens foi feita”.
apresentam, no contexto, respectivamente, o antônimo (Folha de S.Paulo, 05.03.2009)
e o sinônimo em:
a) estimulam / gás 24) VUNESP - Ao se deparar com a dúvida, o juiz
b) acalmam / aragem d) ameaçam / respiração a) omite-se de suas obrigações.
c) constrangem / hálito e) tranquilizam / aparência b) prescreve uma pena mais severa.
c) deixa de fazer a justiça dos homens.
Texto 12 d) não deixa que ela o perturbe.
e) opta por uma sentença mais branda.
Por herança da evolução, o homem tem uma tendência
a se concentrar no que pode dar errado. Nas cavernas do 25) VUNESP - O comentário de Cayatte deixa evidente que
Pleistoceno, gerava mais descendentes quem tinha medo de a) o juiz não se influenciou pela alegação de inocência do
ataques e antecipava problemas. A ansiedade garantiu nossa réu, o que lhe permitiu ser justo, independentemente
sobrevivência, mas nos faz enxergar a realidade de um jeito da justiça dos homens.
enviesado. Nos aterrorizamos com ameaças mesmo quando b) a decisão do juiz se baseia na justiça dos homens, que
há motivos para ficarmos tranquilos. nem sempre pode refletir a verdade de uma situação.
É perfeitamente racional ser otimista em momentos ruins. c) a ponderação do juiz poderia ser de forma menos emoti-
Tome como exemplo os anos 80, quando o Brasil teve sua pior va, caso ele conhecesse, de fato, a justiça dos homens.
crise econômica. A economia decepcionava, mas vivíamos uma d) a pena que o juiz aplicou ao réu revela sua fraqueza na
pequena revolução da medicina. Até aquela década, era preciso hora de decidir, já que abriu mão da justiça dos homens.
lidar com gastrites e úlceras a vida inteira. O escritor Nelson e) o juiz prescreveu uma pena muito maior do que o réu
Rodrigues acordava todas as madrugadas para amestrar a merecia, pelo fato de não se ater à justiça dos homens.
úlcera com mingau. Então um laboratório farmacêutico criou
64
LÍNGUA PORTUGUESA
Para responder às questões de números 26 e 27, considere a Texto 15
frase – Cayatte, que além de cineasta era advogado militante... – Imagine uma discussão, após um jogo de futebol, sobre um
26) VUNESP - Com a frase, entende-se que Cayatte pênalti. “Ele obviamente foi empurrado”, diz o torcedor de um
a) um dia foi advogado. time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.
b) tinha vontade de ser cineasta. O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou
c) era cineasta e advogado. seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade,
d) deixou de ser advogado. uma “malandragem”, mas de um viés involuntariamente criado
e) era mais do que cineasta e advogado. pelo cérebro.
Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também
27) VUNESP - O termo militante significa se aplica a várias outras áreas (como a política), um físico e pro-
a) atuante. fessor da USP tem se dedicado a mapear todos os mecanismos
b) revolucionário. d) militar.
mentais que nos tornam seres tendenciosos – ele já publicou artigos
c) omisso. e) poderoso.
sobre o tema em revistas científicas e prepara um livro. Para André
Martins, isso é um problema inclusive para o método científico.
Texto 14
Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um
lado, depois selecionamos os fatos que sejam adequados –,
existem muitos outros mecanismos de parcialidade no nosso
cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colo-
cado em uma sala cheia de atores, ele vai concordar com eles
em várias questões, mesmo que estejam obviamente errados.
A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas retas
evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só porque os
outros concluíram isso antes deles.
“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz
Martins. “Não existe muita permissão para ideias próprias, só
alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes são de alguma
forma humilhados”.
Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em uma
28) VUNESP - O personagem que vive no mundo do crime
sala de reuniões, o chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema
a) tem medo das pessoas que se arriscam na criminali-
é que precisamos de mais opiniões divergentes”, ao que os su-
dade.
bordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”, “exatamente
b) considera muito perigosa a vida na criminalidade.
o que eu penso”.
c) acredita que, em breve, deixará a criminalidade.
Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários
d) revela intenção de manter-se na criminalidade.
são mapeados, mostram que estar isolado, discordando da
e) afirma, na verdade, ter abandonado a criminalidade.
maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou seja, a rejeição de ser
diferente machuca.
29) VUNESP - Quando diz – ... juro que nunca mais eu assalto! (Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo,
– o personagem está se expressando com 28.11.2015. Adaptado)
a) ódio. 32) VUNESP - Segundo o texto, o fato de as pessoas susten-
b) vergonha. d) obstinação. tarem pontos de vista diferentes sobre um mesmo dado
c) carinho. e) ironia. de realidade
a) decorre de um mecanismo espontâneo, desencadeado
30) VUNESP - A segunda fala da mulher revela que ela pelo cérebro, que as faz convictas do que afirmam.
a) discorda do tipo de vida do rapaz. b) explica a natural tendência humana a ser “do contra”,
b) se sente ameaçada pelo rapaz. independentemente da verdade do que se defende.
c) tem orgulho do tipo de vida do rapaz. c) justifica o desejo humano de vencer pelo convencimento
d) vive com satisfação ao lado do rapaz. do outro, mesmo quando não há exatidão no argumento.
e) intimida o rapaz para que mude de vida. d) implica uma nova perspectiva de abordagem do real, a
qual se sobrepõe a polarizações de ideias e fatos.
31) Na primeira frase do primeiro quadrinho, a expressão des- e) procede das convicções adquiridas ao longo da vida,
sa vida está empregada em sentido__________, sugerindo tornando o cérebro dependente da vivência de realida-
um modo de vida__________. des particulares.
Os espaços da frase devem ser preenchidos, correta e 33) VUNESP - A historieta norte-americana relatada no pe-
respectivamente, com núltimo parágrafo
a) figurado ... em desarmonia com os padrões sociais. a) comprova, com dados do real, a tese de que subordina-
b) próprio ... desejável para a sociedade moderna. dos devem obediência às opiniões de chefes, seguindo
c) figurado ... condizente com a lei e a ordem social. a linha de raciocínio destes.
d) próprio ... ilegal e pouco desejável socialmente. b) exemplifica, com base em dados da ficção, o princípio
e) figurado ... honesto e amparado pela lei. segundo o qual, nas assembleias estudantis, não se
tolera cerceamento de ideias divergentes.
65
LÍNGUA PORTUGUESA
c) ilustra, com humor, a tese de que o cérebro, muitas imaginar que no fundo é em nós que pensamos, considerando
vezes, reage de forma tendenciosa, independentemente a decisão que tomamos em todos os casos em que podemos
de convicções racionais. evitar o espetáculo daqueles que sofrem, gemem e estão na
d) consagra, com elementos abstratos, a ideia de que a miséria: decidimos não deixar de evitar, sempre que podemos vir
concordância com a maioria é sinal de esperteza, para a desempenhar o papel de homens fortes e salvadores, certos
escamotear pontos de vista insustentáveis. da aprovação, sempre que queremos experimentar o inverso
e) demonstra, com base em comportamentos, o princípio de nossa felicidade ou mesmo quando esperamos nos divertir
segundo o qual ideias diferentes nem sempre levam com nosso aborrecimento. Fazemos confusão ao chamar com-
aos melhores resultados. paixão ao sofrimento que nos causa um tal espetáculo e que
pode ser de natureza muito variada, pois em todos os casos é
34) VUNESP - A relação de sentido que existe entre as pala- um sofrimento de que está isento aquele que sofre diante de
vras desavisado e prevenido existe também entre nós: diz-nos respeito a nós tal como o dele diz respeito a ele.
a) dissidentes e concordes. Ora, só nos libertamos desse sofrimento pessoal quando nos
b) tendenciosos e simpatizantes. entregamos a atos de compaixão. [...]
NIETZSCHE, Friedrich. Aurora . Trad. Antonio Carlos Braga.
c) parcialidade e parcimônia.
São Paulo: Escala, 2007. p. 104-105.
d) distorção e contorção.
e) confirmação e sanção. 36) FUNCAB - Sobre o texto analise as afirmativas a seguir.
A tragédia alheia pode tocar as pessoas de muitos modos,
35) VUNESP - Assinale a alternativa em que as passagens e confirma-se a motivação pessoal da compaixão.
destacadas no trecho a seguir estão reescritas com cor- Há uma reformulação do pensamento, oposta à ideia de
reção e fidelidade ao sentido original. que a compaixão é um ato altruísta de esquecimento de
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é si mesmo.
As motivações pessoais da compaixão impossibilitam a
colocado em uma sala cheia de atores, ele vai concordar
crítica social.
com eles em várias questões, mesmo que estejam ob-
viamente errados. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) ... desde que um voluntário desavisado é colocado ... a) I, somente.
assim como estão... b) II, somente. d) I e II, somente.
b) ... se caso um voluntário desavisado seja colocado ... c) III, somente. e) I, II e III.
apesar de que estão...
c) ... contanto que um voluntário desavisado é colocado 37) FUNCAB - O texto de Friedrich Nietzsche faz uma crítica à:
... à medida que estejam... a) ideia de compaixão aceita pelo senso comum.
d) ... caso um voluntário desavisado seja colocado... ape- b) impotência e covardia dos que sofrem.
sar de estarem... c) verdade de que somente o consciente pensa em si
e) ... conforme um voluntário desavisado seja colocado mesmo.
...embora estejam... d) confusão gerada pelos sentimentos de covardia, honra
Texto 16 e percepção do perigo.
133. “Não pensar mais em si” e) diminuição do bom senso nas atitudes altruístas.
Seria necessário refletir sobre isso seriamente: por que 38) FUNCAB - Analise as afirmativas a seguir sobre o frag-
saltamos à água para socorrer alguém que está se afogando, mento: “O acidente do outro nos toca e faria sentir nossa
embora não tenhamos por ele qualquer simpatia particular? Por impotência...”
compaixão: só pensamos no próximo - responde o irrefletido. Por NOS e NOSSA são pronomes adjetivos.
que sentimos a dor e o mal-estar daquele que cospe sangue, Os verbos tocar e fazer estão flexionados no presente do
embora na realidade não lhe queiramos bem? Por compaixão: indicativo e no futuro do pretérito, respectivamente.
nesse momento não pensamos mais em nós - responde o A palavra OUTRO, no contexto, é um substantivo.
mesmo irrefletido. A verdade é que na compaixão - quero dizer,
no que costumamos chamar erradamente compaixão - não Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s):
pensamos certamente em nós de modo consciente, mas incons- a) I.
b) II. d) I e III.
cientemente pensamos e pensamos muito, da mesma maneira
c) III. e) II e III.
que, quando escorregamos, executamos inconscientemente os
movimentos contrários que restabelecem o equilíbrio, pondo
39) Cesgranrio - Assinale a opção em que a inversão da
nisso todo o nosso bom senso. O acidente do outro nos toca e
ordem dos termos altera o sentido fundamental do enun-
faria sentir nossa impotência, talvez nossa covardia, se não o
ciado:
socorrêssemos. Ou então traz consigo mesmo uma diminuição
a) Era uma poesia simples/ Era uma simples poesia.
de nossa honra perante os outros ou diante de nós mesmos.
b) Possuía um sentimento vago/ Possuía um vago senti-
Ou ainda vemos nos acidentes e no sofrimento dos outros um
mento.
aviso do perigo que também nos espia; mesmo que fosse como
c) Olhava uma parasita mimosa/Olhava uma mimosa
simples indício da incerteza e da fragilidade humanas que pode
parasita.
produzir em nós um efeito penoso. Rechaçamos esse tipo de mi-
séria e de ofensa e respondemos com um ato de compaixão que d) Havia um contraste eterno/Havia um eterno contraste.
pode encerrar uma sutil defesa ou até uma vingança. Podemos e) Vivia um drama terrível/Vivia um terrível drama.
66
LÍNGUA PORTUGUESA
40) IBFC - Assinale a alternativa que indica corretamente Texto 17
a função de linguagem predominante no texto abaixo: A Mulher Assassinada
estação Júlio Prestes, marco histórico e turístico de São
Policiais que faziam a ronda no centro da cidade encon-
Paulo, completou 70 anos nesta semana. Atualmente, o
traram, na madrugada de ontem, perto da Praça da Sé, o
local abriga a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica
corpo de uma mulher aparentando 30 anos de idade. Segundo
do Estado, além de ser o ponto de partida da atual Linha
depoimento de pessoas que trabalham em bares próximos,
8 (Júlio Prestes-Itapevi) da CPTM [Companhia Paulista
trata-se de uma prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi
de Trens Metropolitanos].
assassinada a golpes de faca. A polícia descarta a hipótese de
a) emotiva c) referencial
assalto, pois sua bolsa, com a carteira de dinheiro, foi encontrada
b) apelativa d) fática
junto ao corpo. O caso está sendo investigado pelo delegado
41) FCC - Para transmitir mensagens, é fundamental que haja do 2º distrito policial.
uma fonte e um destino, distintos no tempo e no espaço. A Jornal da Cidade, 10 set. 2004
fonte é a geradora da mensagem e o destino é o fim para o Texto 18
qual a mensagem se encaminha. Nesse caminho de pas- Pequena Crônica Policial
sagem, o que possibilita à mensagem caminhar é o canal.
Na verdade, o que transita pelo canal são sinais físicos, Jazia no chão, sem vida,
concretos, codificados. (Samira Chalhub) No texto acima, E estava toda pintada!
a) resumem-se os papéis desempenhados pelos principais Nem a morte lhe emprestava
componentes de um sistema de comunicação. A sua grave beleza...
b) demonstra-se como se estabelecem as diferentes fun- Com fria curiosidade,
ções da linguagem num discurso em prosa. Vinha gente a espiar-lhe a cara,
c) afirma-se que a verdadeira comunicação ocorre quando As fundas marcas da idade,
o falante tem plena consciência dos procedimentos da Das canseiras, da bebida...
fala. [...]
d) fica claro que o elemento essencial para qualquer ato de Sem nada saber da vida,
comunicação está no pleno domínio das formas cultas. De vícios ou de perigos,
e) argumenta-se que a efetividade da comunicação está Sem nada saber de nada...
condicionada pelo tipo de canal em que se decodificará Com sua trança comprida,
a mensagem.
Os seus sonhos de menina,
42) COPEVE - No texto: “Com formato de guarda-chuva Os seus sapatos antigos!
aberto, a Chrysaora hypocella pertence à classe dos Mário Quintana – Prosa & Verso
cifozoários, animais celentrados, da classe Scyphozoa, 44) Os textos 17 e 18 trazem certa semelhança entre si. O
aeróspedos, caracterizados por terem medusas grandes, que há de semelhante nos textos acima?
em forma de campânula, marginadas por tentáculos.”, a a) A temática.
função de linguagem predominante é b) A organização da linguagem.
a) metalinguística. c) A forma de abordagem ao tema.
b) fática. d) expressiva. d) A intenção discursiva.
c) apelativa. e) referencial.
e) O posicionamento do narrador diante a matéria narrada.
43) ENEM
45) Que aspectos distinguem os textos 17 e 18, a partir da
Desabafo
análise dos mesmos, considerando sua linguagem?
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha di- a) denotação – função referencial (texto 18).
vertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta b) função poética – ênfase no assunto (texto 18).
é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa c) criatividade linguística – função poética (texto 18).
da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem d) ênfase na mensagem – função referencial (texto 17).
respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas e) texto jornalístico – Ênfase no leitor (texto 17).
para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 46) Leia o texto e assinale a alternativa correta:
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea Texto 19
de várias funções da linguagem, com o predomínio, entre- A um passarinho
tanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica
Desabafo, a função da linguagem predominante é a Para que vieste
emotiva ou expressiva, pois Na minha janela
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio Meter o nariz?
código. Se foi por um verso
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está Não sou mais poeta
sendo dito. Ando tão feliz!
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da Se é para uma prosa
mensagem. Não sou Anchieta
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimen- Nem venho de Assis
to dos demais. Deixe-te de histórias
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção
Some-te daqui.
da comunicação. Vinícius de Morais
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quanto à análise do texto acima, pode-se afirmar que: casco, soca soca, fasta vento, rola e trota, cabisbaixos, mexe
a) A facilidade com que se pode reconstruir o fato narrado lama, pela estrada, chifres no ar...
e as informações precisas veiculadas pelo texto provam A boiada vai, como um navio (...)”.
a não existência de elementos ficcionais; a função de
linguagem predominante é a referencial. Sobre o conto, estão corretas:
b) No quinto verso, o próprio autor esclarece que seu texto I. A função de linguagem predominante é a função
não tem caráter poético, o que lhe confere a função emotiva, pois a mensagem está centrada no próprio
metalinguística da linguagem. remetente. A afirmação pode ser comprovada com o
c) Apesar de escrito em versos, o texto acima não é seguinte trecho: “Pouco a pouco; porém, os rostos se
literário, porque, nos dois últimos versos, o autor diz desempanam e os homens tomam gesto de repouso
claramente não querer contar histórias, neles, ocorre nas selas, satisfeitos”.
a função apelativa ou conativa, própria da linguagem II. A função poética não está presente no conto de Gui-
de propaganda. marães Rosa porque ela somente é encontrada no
d) Embora haja referência a dados concretos da realidade gênero poema. Como se trata de um conto, a função
circundante, o texto é literário, uma vez que, a par de predominante é a metalinguística.
exemplos de função emotiva e conativa, a criatividade III. A função metalinguística, cuja mensagem está cen-
linguística dá o tom do texto e confere a função poética trada no próprio código, é predominante no conto de
como predominante. Guimarães Rosa. Tal informação pode ser comprova-
e) No sétimo verso, o próprio autor esclarece que seu da com o seguinte trecho: “As ancas balançam, e as
texto não está escrito em prosa; é, portanto, um texto vagas de dorsos, das vacas e touros, batendo com
não literário. as caudas, mugindo no meio, na massa embolada,
com atritos de couros”.
47) Marque a opção que encerra uma frase cujos principais IV. A função poética é predominante, pois ela não é ex-
focos da argumentação sejam, a um só tempo, o emissor clusiva da poesia, podendo ser encontrada em textos
e a mensagem: escritos em prosa, como no conto de Guimarães Rosa.
a) “Volta, vem viver outra vez ao meu lado” a) Apenas I está correta.
(Lupiscínio Rodrigues) b) Todas estão corretas. d) I e IV estão corretas.
b) “Da primeira vez que me assassinaram, c) II e III estão corretas. e) Apenas IV está correta.
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha”
(Mário Quintana) 49)
c) “Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, Tecendo a manhã
Mas atravessa a noite, a madrugada, o dia
Atravessou minha vida, Um galo sozinho não tece uma manhã:
Virou só sentimento” ele precisará sempre de outros galos.
(Manuel Bandeira) De um que apanhe esse grito que ele
d) “Vaias e aplausos marcaram a passagem do presidente e o lance a outro; de um outro galo
Lula pelo Fórum Social Mundial, evento no qual cos- que apanhe o grito que um galo antes
tumava ser ovacionado” (O Globo - 28 de janeiro de e o lance a outro; e de outros galos
2005). que com muitos outros galos se cruzem
e) “Lembrando B. Russel: para todo problema complicado os fios de sol de seus gritos de galo,
há uma solução simples, rápida, de baixo custo e... para que a manhã, desde uma tela tênue,
errada” (Gilberto C. Leifert). se vá tecendo, entre todos os galos.
João Cabral de Melo Neto
48) Leia o fragmento do conto O burrinho pedrês, de Guima-
rães Rosa, para responder à questão: Qual é a função de linguagem predominante no poema
“(...) As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas de João Cabral de Melo Neto? Identifique um verso que
e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio, na massa comprove isso.
embolada, com atritos de couros, estralos de guampas, estron- a) função metalinguística/os fios de sol de seus gritos de
dos e baques, e o berro queixoso do gado junqueira, de chifres galo.
imensos, com muita tristeza, saudade dos campos, querência b) função poética/ um galo sozinho não tece uma manhã.
dos pastos de lá do sertão... c) função emotiva/ os fios de sol de seus gritos de galo.
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando... Dança d) função poética/ que com muitos outros galos se cruzem.
doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito... Vai, vem, volta, vem e) função emotiva/ e o lance a outro; e de outros galos.
na vara, vai não volta, vai varando...
Pouco a pouco; porém, os rostos se desempanam e os 50) UEG - O termo oikonomía, ou economia, surgiu na Grécia
homens tomam gesto de repouso nas selas, satisfeitos. Que Antiga para designar a arte de administrar o lar. E, durante
de trinta, trezentos ou três mil, só está quase pronta a boiada séculos, o estado dos fenômenos relativos à produção,
quando as alimárias se aglutinam em bicho inteiro - centopeia distribuição, acumulação e ao consumo de bens materiais
-, mesmo prestes assim para surpresas más. simplesmente não existiu ou permaneceu limitado à esfera
- Tchou!... Tchou!... Eh, booôi!... individual e familiar.
E, agora, pronta de todo está ela ficando, cá que cada va- [...] Com a abertura dos caminhos das Índias e das Amé-
queiro pega o balanço de busto, sem-querer e imitativo, e que ricas, diferentes civilizações, até então isoladas, se inte-
os cavalos gingam bovinamente. Devagar, mal percebido, vão graram à economia europeia. Iniciava-se aí a expansão
sugados todos pelo rebanho trovejante - pata a pata, casco a do mercado em escala mundial. Diante de tal expansão,
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LÍNGUA PORTUGUESA
intelectuais de várias nações europeias desenvolveram Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que
reflexões no intuito de transformar o comércio numa fonte me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!
ainda maior de riqueza. Surgiram então diferentes políticas Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim
econômicas, destinadas a orientar os governos quanto às você toma água e escova os dentes.
intervenções que eventualmente deveriam efetuar, a fim Chame os amigos junto com os seus pais.
de aumentar a prosperidade nacional. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua
No período “O termo oikonomía, ou economia, surgiu na mulher… na sua cama.
Grécia Antiga para designar a arte de administrar o lar”, Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um
predomina a seguinte função da linguagem: Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite
a) fática. c) emotiva. de magnésio.
b) poética. d) metalinguística. [...].
Adaptado de: <http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luisfer-
Texto 20 nando-verissimo>.Acesso em: 17 out. 2016.
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ÍNDICE
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
informações oficiais, adotando critérios de boas práticas te. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até
apoio. mesmo imprudência no desempenho da função pública.
IV- A remuneração do servidor público é custeada pe- XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu lo-
los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até cal de trabalho é fator de desmoralização do serviço públi-
por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, co, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
que a moralidade administrativa se integre no Direito, humanas.
como elemento indissociável de sua aplicação e de sua XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es-
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada
legalidade. concidadão, colabora e de todos pode receber colabora-
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe- ção, pois sua atividade pública é a grande oportunidade
rante a comunidade deve ser entendido como acréscimo para o crescimento e o engrandecimento da Nação. O ca-
ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante ráter colaborativo e participativo deve estar presente nas
da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado atividades estatísticas e cartográfi cas, privilegiando-se,
como seu maior patrimônio. assim, um contato estreito e harmonioso entre ambas as
VI - A função pública deve ser tida como exercício pro- atividades – contato essencial para melhorar a qualidade,
fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada comparabilidade e coerência dos dados produzidos. Esse
servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con- espírito colaborativo e participativo deve estender-se à co-
duta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou ordenação dos sistemas estatísticos e cartográficos nacio-
diminuir o seu bom conceito na vida funcional. nais de responsabilidade do IBGE. Portanto, compete ao
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investi- Instituto propor, discutir e estabelecer, em conjunto com as
gações policiais ou interesse superior do Estado e da Ad- demais instituições nacionais, diretrizes, planos e progra-
ministração Pública, a serem preservados em processo mas para a produção estatística e cartográfica – processo
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu- que deve irradiar-se à esfera internacional, especialmente
blicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito
na cooperação bilateral e multilateral, a fim de melhorar as
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão compro-
informações estatísticas e geocientíficas oficiais em todos
metimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
os países, por meio da utilização de conceitos, classifica-
negar. Entretanto, os dados individuais de pessoas físicas
ções e métodos que promovam a coerência e a eficiência
ou jurídicas coletados pelo IBGE são estritamente confi-
entre os diversos sistemas estatísticos e cartográficos.
denciais e exclusivamente utilizados para fins estatísticos.
Ademais, leis, regulamentos e medidas que regem a ope-
ração dos sistemas estatístico e cartográfico no Instituto Seção II
devem ser de conhecimento público. Dos principais deveres do servidor público do
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor IBGE
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte-
resses da própria pessoa interessada ou da Administração XIV - São deveres fundamentais do servidor do IBGE:
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo,
sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou função ou emprego público de que seja titular;
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
humana quanto mais a de uma Nação. rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente re-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo solver situações procrastinatórias, principalmente diante
dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela de fi las ou de qualquer outra espécie de atraso na pres-
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos tação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribui-
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da ções, com o fi m de evitar dano moral ao usuário;
mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamen- estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
to e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens para o bem comum;
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tem- d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
po, suas esperanças e seus esforços para construí-los. dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à es- coletividade a seu cargo;
pera de solução que compete ao setor em que exerça e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços
suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, o público;
não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de f ) ter consciência de que seu trabalho é regido por
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos princípios éticos que se materializam na adequada presta-
usuários dos serviços públicos. ção dos serviços públicos;
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or- g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
dens legais de seus superiores, velando atentamente por ção, respeitando a capacidade e as limitações individuais
seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligen- de todos os usuários do serviço público, sem qualquer es-
pécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, naciona- assim como as normas internas desta Fundação, expres-
lidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, sas em suas Resoluções, Ordens de Serviço, Portarias,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; Normas de Serviço e Memorandos.
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
de representar contra qualquer comprometimento indevido Seção III
da estrutura em que se funda o Poder Estatal; Das vedações ao servidor público do IBGE
i) resistir a todas as pressões de superiores hierár-
quicos, de contratantes, interessados e outros que visem XV - É vedado ao servidor público do IBGE:
obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevi- a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades,
das em decorrência de ações imorais, ilegais ou a éticas tempo, posição e influências, para obter qualquer favoreci-
e denunciá-las; mento, para si ou para outrem;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên- b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros
cias específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; servidores ou de cidadãos que deles dependam;
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, co-
que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, nivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao
refletindo negativamente em todo o sistema; Código de Ética de sua profissão;
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e d) usar de artifícios para procrastinar ou difi cultar o
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigin- exercício regular de direito por qualquer pessoa, causan-
do as providências cabíveis; do-lhe dano moral ou material;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba- e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos
lho, seguindo os métodos mais adequados à sua organi- ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento
zação e distribuição; do seu mister;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, ca-
nem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo prichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram
no trato com o público, com os jurisdicionados adminis-
por escopo a realização do bem comum;
trativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa-
inferiores;
das ao exercício da função;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qual-
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas
quer tipo de ajuda fi nanceira, gratifi cação, prêmio, comis-
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce
são, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
suas funções;
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as
missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função,
fim;
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva
mantendo tudo sempre em boa ordem; encaminhar para providências;
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
quem de direito; do atendimento em serviços públicos;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas fun- j) desviar servidor público para atendimento a interes-
cionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo se particular;
contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do l) retirar da Instituição, sem estar legalmente autori-
serviço público e dos jurisdicionados administrativos; zado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fun- patrimônio público;
ção, poder ou autoridade com finalidade estranha ao in- m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no
teresse público, mesmo que observando as formalidades âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de pa-
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; rentes, de amigos ou de terceiros;
v) apresentar, nas análises estatísticas e geográficas, n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele
informações que estejam de acordo com as normas cien- habitualmente;
tíficas sobre fontes, métodos e procedimentos, bem como o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente
comentar as interpretações errôneas e o uso indevido de contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa
informações estatísticas e geocientíficas; humana;
x) zelar pela qualidade dos processos de produção das p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu
informações estatísticas e geocientíficas oficiais, adotando nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas q) disponibilizar informações de caráter sigiloso e con-
quanto nas atividades de apoio; fidencial sobre pessoas físicas ou jurídicas, bem como an-
z) divulgar e informar a todos os integrantes da sua tecipar resultados de pesquisas à sua divulgação oficial,
classe sobre a existência deste Código de Ética, estimu- exceto quando autorizado.
lando o seu integral cumprimento. A conduta ética do ser-
vidor do IBGE deve respeitar a legislação e as normatiza-
ções do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omis-
XV - proceder de forma desidiosa; sivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em pre-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da reparti- juízo ao erário ou a terceiros.
ção em serviços ou atividades particulares; § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao erário somente será liquidada na forma prevista no art.
ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do
e transitórias; débito pela via judicial.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incom- § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, res-
patíveis com o exercício do cargo ou função e com o ho- ponderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
rário de trabalho; regressiva.
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos
Capítulo III sucessores e contra eles será executada, até o limite do
Da Acumulação valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Cons- e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
tituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resul-
públicos. ta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, do cargo ou função.
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas
empresas públicas, sociedades de economia mista da poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e Art. 126. A responsabilidade administrativa do servi-
dos Municípios. dor será afastada no caso de absolvição criminal que ne-
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica gue a existência do fato ou sua autoria.
condicionada à comprovação da compatibilidade de horá- Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabili-
rios.
zado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
§ 3o Considera-se acumulação proibida a percepção
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envol-
de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
vimento desta, a outra autoridade competente para apu-
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
ração de informação concernente à prática de crimes ou
decorram essas remunerações forem acumuláveis na ati-
improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em
vidade.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pú-
Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um
blica.(Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011)
cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
Art. 127. São penalidades disciplinares:
único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em
I - advertência;
órgão de deliberação coletiva.(Redação dada pela Lei nº
9.527, de 10.12.97) II - suspensão;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica III - demissão;
à remuneração devida pela participação em conselhos de IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
administração e fiscal das empresas públicas e socieda- V - destituição de cargo em comissão;
des de economia mista, suas subsidiárias e controladas, VI - destituição de função comissionada.
bem como quaisquer empresas ou entidades em que a Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consi-
União, direta ou indiretamente, detenha participação no deradas a natureza e a gravidade da infração cometida,
capital social, observado o que, a respeito, dispuser legis- os danos que dela provierem para o serviço público, as
lação específica. (Redação dada pela Medida circunstâncias agravantes ou atenuantes e os anteceden-
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) tes funcionais.
Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade
que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando in- mencionará sempre o fundamento legal e a causa da san-
vestido em cargo de provimento em comissão, ficará afas- ção disciplinar.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
tado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos
que houver compatibilidade de horário e local com o exer- casos de violação de proibição constante do art. 117, inci-
cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas sos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional
dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
Lei nº 9.527, de 10.12.97) justifique imposição de penalidade mais grave.(Redação
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo IV Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de rein-
Das Responsabilidades cidência das faltas punidas com advertência e de violação
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
Art. 121. O servidor responde civil, penal e adminis- a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
trativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) I - a indicação da materialidade dar-se-á:(Incluído pela
dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser Lei nº 9.527, de 10.12.97)
submetido a inspeção médica determinada pela autorida- a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
de competente, cessando os efeitos da penalidade uma precisa do período de ausência intencional do servidor ao
vez cumprida a determinação. serviço superior a trinta dias;(Incluído pela Lei nº 9.527, de
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a 10.12.97)
penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de venci- dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por pe-
mento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a per- ríodo igual ou superior a sessenta dias interpoladamen-
manecer em serviço. te, durante o período de doze meses;(Incluído pela Lei nº
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspen- 9.527, de 10.12.97)
são terão seus registros cancelados, após o decurso de II - após a apresentação da defesa a comissão elabo-
3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectiva- rará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsa-
mente, se o servidor não houver, nesse período, praticado bilidade do servidor, em que resumirá as peças principais
nova infração disciplinar. dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará,
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalida-
surtirá efeitos retroativos. de da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes ca- o processo à autoridade instauradora para julgamento.(In-
sos: cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - crime contra a administração pública; Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplica-
II - abandono de cargo; das:
III - inassiduidade habitual; I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes
IV - improbidade administrativa; das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar
repartição; de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibi-
VI - insubordinação grave em serviço; lidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão,
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particu- ou entidade;
lar, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em ra- imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
zão do cargo; anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimô- (trinta) dias;
nio nacional; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na
XI - corrupção; forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun- casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta)
ções públicas; dias;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. IV - pela autoridade que houver feito a nomeação,
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em e destituição de cargo em comissão;
comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, in- II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
compatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertên-
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. cia.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço pú- § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data
blico federal o servidor que for demitido ou destituído do em que o fato se tornou conhecido.
cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal
IV, VIII, X e XI. aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência como crime.
intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de
consecutivos. processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta final proferida por autoridade competente.
ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, inter- § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo co-
poladamente, durante o período de doze meses. meçará a correr a partir do dia em que cessar a interrup-
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou ção.
inassiduidade habitual, também será adotado o procedi-
mento sumário a que se refere o art. 133, observando-se
especialmente que:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de
10.12.97)
Exemplo 3
1 NÚMEROS REAIS. 1.1 OPERAÇÕES E PRO-
BLEMAS. 25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Os números naturais são o modelo matemático neces- Números Inteiros
sário para efetuar uma contagem. Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
Começando por zero e acrescentando sempre uma números naturais, o conjunto dos opostos dos números
unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado
por:
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
Z+={0, 1, 2, ...}
Exemplo 2
40 – 9 x 4 + 23
40 – 36 + 23
4 + 23
27 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vír-
gula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para
ser número racional
OBS: período da dízima são os números que se repe- Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de
tem, se não repetir não é dízima periódica e assim núme- período.
ros irracionais, que trataremos mais a frente.
Exemplo 2
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
Representação Fracionária dos Números Decimais
Números Irracionais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transfor- Identificação de números irracionais
mar com o denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) - Todos os números inteiros são racionais.
e assim por diante. - Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irra-
cional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
número racional.
-Os números irracionais não podem ser expressos na
forma , com a e b inteiros e b≠0.
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
Fonte: www.estudokids.com.br
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Intervalo:[a,b] Conjunto:{x ∈R|x>a}
Conjunto: {x ∈R|a≤x≤b}
Potenciação
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me- Multiplicação de fatores iguais
nores que b.
2³=2.2.2=8
Intervalo:]a,b[ Casos
Conjunto:{x ∈R|a<x<b}
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores
que a ou iguais a a e menores do que b.
Intervalo:]-∞,b[ 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o
Conjunto:{x ∈R|x<b} valor do expoente, o resultado será igual a zero.
Propriedades
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
De modo geral, se
1 1
2 2 2 2 2
2
= = 1 =
3 3 3
Observe: 32
De modo geral,
se
a ∈ R+ , b ∈ R *+ , n ∈ N * ,
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-
-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em
números primos. Veja:
então:
a na Caso tenha:
n =
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
indicado é igual ao quociente dos radicais de mesmo índi-
ce dos termos do radicando. Racionalização de Denominadores
Operações
Multiplicação
Divisão
QUESTÕES
(A) 42.
(B) 45.
(C) 48.
(D) 50.
(E) 52.
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas ina-
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, dequadamente;
Isabella e José foram a uma prova de hipismo, na qual − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
ganharia o competidor que obtivesse o menor tempo final. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e
A cada 1 falta seriam incrementados 6 segundos em seu − as demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria Eduarda fez
1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni fez De acordo com esses dados, ao longo da existência
1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a desse prédio comercial, a fração do total de situações de
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi: risco de incêndio geradas por descuidos ao cozinhar cor-
(A) José responde à
(B) Isabella (A) 3/20.
(C) Maria Eduarda (B) 1/4.
(D) Raoni (C) 13/60.
(D) 1/5.
03. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária - (E) 1/60.
MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222... 07. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
(B) 0,6666... nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Assina-
(C) 0,1616... le a alternativa que apresenta o valor da expressão
(D) 0,8888...
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (A) 3
2ª expressão: 12 x 9 + 3 (B) 3/2
3ª expressão: 123 x 9 + 4 (C) 5
... (D) 5/2
7ª expressão: █ x 9 + ▲
09. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
Seguindo esse padrão e colocando os números ade- visor – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .
quados no lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª
expressão será Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(A) 1 111 111. (B) 2;
(B) 11 111. (C) 3;
(C) 1 111. (D) 4;
(D) 111 111. (E) 6.
(E) 11 111 111.
10. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Super-
06. (TST – Técnico Judiciário – FCC/2017) Duran- visor – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de de-
te um treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um terminada empresa tem o mesmo número de mulheres e
prédio comercial informou que, nos cinquenta anos de de homens. Certa manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos ho-
existência do prédio, nunca houve um incêndio, mas exis- mens dessa equipe saíram para um atendimento externo.
tiram muitas situações de risco, felizmente controladas a
tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações deveu-se a Desses que foram para o atendimento externo, a fra-
ações criminosas, enquanto as demais situações haviam ção de mulheres é
sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as (A) 3/4;
situações de risco geradas por displicência, (B) 8/9;
(C) 5/7;
(D) 8/13;
(E) 9/17.
08. Resposta: D.
RESPOSTAS
01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior,
37 são de nível médio. 09. Resposta: C.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 2-2(1-2N)=12
82-37=45 homens de nível médio. 2-2+4N=12
4N=12
02. Resposta: D. N=3
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o
vencedor. 10. Resposta: E.
Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
03. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4 Dos homens que saíram:
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igual o quociente.
11x11=121+10=131
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- Mas, se tivermos um conjunto para o qual admita a
1/13) existência de, a equação passará a ter solução não-
-vazia.
Esse conjunto é o dos números complexos e conven-
ciona-se que .
5. Potenciação
Efetuando algumas potências de in, com n∈N, pode-
mos obter um critério para determinar uma potência gené-
rica de i:
Conjugado de um número complexo
i0 = 1
Sendo z=a+ bi, chama-se conjugado de z o número i1 = i
complexo que se obtém trocando o sinal da parte imagi- i2 = -1
nária de z. i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1=1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
Exemplo Assim, para obter a potência in, basta calcular ir em
que r é o resto da divisão de n por 4.
Exemplo
z=a+bi
Dados os complexos:
Observe que:
Radiciação
Forma Trigonométrica ! !
θ + 2kπ θ + 2kπ
w! = z= p(cos + i ∙ sen )
n n
Todo número complexo z=a+bi, não0nulo, pode sr ex-
presso em função do módulo, do seno e do cosseno do
argumento z:
RESPOSTAS
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro- OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
duto. errar conforme a pergunta feita.
09. Resposta: B.
1600⋅0,6=960
8,6(1+x)=10,75
Como vai pagar 10% a mais:
8,6+8,6x=10,75
960⋅1,1=1056
8,6x=10,75-8,6
8,6x=2,15
02. Resposta: E.
X=0,25=25%
63/35=1,80
Portanto teve um aumento de 80%. 10. Resposta: D.
50% maior quer dizer que ficou 1,5
03. Resposta: D. Quantidade de tanque: x
Clarice obviamente recebeu o brinco. A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tan-
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou ques
acima de 30% e André recebeu o bracelete. 1,5x=12
X=8
04. Resposta: B.
A=b⋅h
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3
Pi=10+3=13
A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a Pe=40+6=46
equação também. Soma das idades: 10+13+46=69
No exemplo temos:
3x+300 Resposta: B.
Outro lado: x+1000+500
E o equilíbrio? Equação 2º grau
3x+300=x+1500
A equação do segundo grau é representada pela fór-
Quando passamos de um lado para o outro invertemos mula geral:
o sinal
3x-x=1500-300
2x=1200 Onde a, b e c são números reais,
X=600
Discussão das Raízes
Exemplo
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas –
FGV/2015) A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao
dobro da soma das idades de seus dois filhos, Paulo e
Pierre. Pierre é três anos mais velho do que Paulo. Daqui
a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade que
Pedro tem hoje. Se for negativo, não há solução no conjunto dos
números reais.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje
é: Se for positivo, a equação tem duas soluções:
(A) 72;
(B) 69;
(C) 66;
(D) 63;
(E) 60. Exemplo
Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar
na linguagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
Lembrando que:
Pi=Pa+3
Exemplo
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015)
A soma das idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e,
quando somamos os quadrados dessas idades, obtemos
1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos
Resolução
A+J=44
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada A²+J²=1000
real de um número negativo. A=44-J
(44-J)²+J²=1000
Se , há duas soluções iguais: 1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0
Dividindo por2:
J²-44J+468=0
Se , há soluções reais diferentes: ∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64
Substituindo em A
A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Soma das Raízes
Resposta: B.
Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa
Produto das Raízes por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de de-
sigualdade. Veja os sinais de desigualdade:
>: maior
<: menor
Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci- ≥: maior ou igual
das as raízes ≤: menor ou igual
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da
equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
x²-Sx+P=0 tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplica-
Exemplo ção de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a
parte da incógnita positiva, invertemos o sinal representa-
tivo da desigualdade.
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º
grau.
Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
Solução 4x – 2x > – 2 – 12
S=x1+x2=-2+7=5 2x > – 14
P=x1.x2=-2.7=-14 x > –14/2
Então a equação é: x²-5x-14=0 x>–7
Exemplo
a)(-x+2)(2x-3)<0
4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x≤-4:4
x≤-1
Inequação-Quociente S1 = {x R | x ≤ - 1}
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade de
funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos x+1≤0
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi- x≤-1
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à reso-
lução de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é
sinal dessas funções. igual.
Exemplo S2 = { x R | x ≤ - 1}
Resolva a inequação a seguir: Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da ine-
quação
temos:
S = S1 ∩ S2
x-2≠0
x≠2
Portanto:
S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
10x+6x+40500=25x
9x=40500
Como tem que ser natural, apenas o número 3 con- X=4500
vém.
Salario fração
02. Resposta: C. y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
Função 1 grau
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti-
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b.
Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4 Raízes
b=2
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
Função decrescente
Se temos uma função exponencial de-
crescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida
que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a
curva da função é decrescente.
Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoen-
te de uma ou mais potências de bases positivas e diferentes
de 1.
Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.
A Constante de Euler
Solução É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em fun-
ção da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
ros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
e = 2,7182818284
Função exponencial Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
pode ser escrita como a potência de base e com expoente
A expressão matemática que define a função exponen- x, isto é:
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ex = exp(x)
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
Propriedades dos expoentes
Função crescente Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
Se temos uma função exponencial crescente, número racional, então:
qualquer que seja o valor real de x. - ax ay= ax + y
No gráfico da função ao lado podemos observar que à - ax / ay= ax - y
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica- - (ax) y= ax.y
mente vemos que a curva da função é crescente. - (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax
Logaritmo Solução
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que: Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781
A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N
na base a
Consequências da Definição
QUESTÕES
09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Téc-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio nico I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Consi-
em R+ é: derando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apre-
senta o valor de log5100.
(A) 0,35.
(A) (B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.
RESPOSTAS
01. Resposta: D.
(B)
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
02. Resposta: A.
6%=0,06
(C) Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
2x=36
(D) X=18
04.Resposta: B.
F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
(E) X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos
05. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de Y=ax+b
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa- -1=b
tamente uma raiz? 3=2a-1
(A) 0 2a=4
(B) 3 A=2
(C) 6 Y=2x-1
(D) 9
(E) 12 Igualando a função do primeiro grau e a função do se-
gundo grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16
∆=25-24=1
06. Resposta:C.
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
Kx=(x+3)²
Kx=x²+6x+9
-2x=-12 X²+(6-k)x+9=0
X=6 Para ter uma raiz, ∆=0
Substituindo em g(x) ∆=b²-4ac
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 , ∆=(6-k)²-36=0
36-12k+k²-36=0
08. Resposta: D. k²-12k=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k=0 ou k=12
X²+4x-60=0
∆=4²-4.1.(-60) 11. Resposta:C.
∆=16+240
∆=256
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide
por 100.
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume.
Podemos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão
possuir volume e capacidade.
Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demo-
rou 30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?
QUESTÕES
tervalo dura 15 minutos. Sabendo-se que nessa escola há 10. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015)
5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afirmar que o Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45
término das aulas de João se dá às: m. Ele precisava de pedaços, dessas cordas, que medis-
(A) 22h30min sem 40 cm de comprimento cada um. Ele cortou as duas
(B) 22h40min cordas em pedaços de 40 cm de comprimento e assim
(C) 22h50min conseguiu obter
(D) 23h (A) 6 pedaços.
(E) Nenhuma das anteriores (B) 8 pedaços.
(C) 9 pedaços.
06. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- (D) 5 pedaços.
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km (E) 7 pedaços.
em 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em
1h20min. RESPOSTAS
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado
com a época em que era jovem, Arquimedes precisa de 01. Resposta: E.
mais: 3h 20 minutos-200 minutos
(A) 10 minutos;
(B) 7 minutos; 5000-----40
(C) 5 minutos; x----------200
(D) 3 minutos; x=1000000/40=25000
(E) 2 minutos.
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda
07. (IBGE – Agente Censitário Administrativo- 75000
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horá- 4500-------48
rio de trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem 75000------x
trânsito intenso, Lucas foi de carro para o trabalho a uma X=3600000/4500=800 minutos
velocidade média 20km/h maior do que no dia de trânsito 800/60=13,33h
intenso e gastou 48min. 13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(A) 36;
(B) 40;
(C) 48;
(D) 50;
(E) 60.
06. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos 7 PROBLEMAS ENVOLVENDO O CÁLCULO DE
ÁREA E PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS E
15km-------105 VOLUME. 8 LEITURA DE MAPAS E PLANTAS
1--------------x BAIXAS. 9 LOCALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
X=7 minutos UTILIZANDO MAPAS E PLANTAS BAIXAS.
1h20min=60+20=80min Ângulos
8km----80 Denominamos ângulo a região do plano limitada por
1-------x duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
X=10minutos o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
ângulo.
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversa-
mente)
80v=48V+960
32V=960 Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
V=30km/h que 90º.
30km----60 min
x-----------80
60x=2400
X=40km
08 Resposta: B.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
09. Resposta: B. que 90º.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
10.Resposta: E.
1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7
Ângulo Raso:
Triângulo
Elementos
Mediana
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que
liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.
QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes pro-
priedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º
Quanto aos ângulos
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.
Triângulo acutângulo:tem os três ângulos agudos
- é paralelo a
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.
Áreas
Ângulos Externos
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
Exemplo
Semelhança de Triângulos
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mes-
mas medidas, e os lados correspondentes forem propor-
cionais.
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² 4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos qua-
Dividindo os membros por c² drados dos catetos (Teorema de Pitágoras).
Retas Coplanares
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
(A) 100 m.
(B) 108 m. A área da região sombreada, da figura acima apresen-
(C) 112 m. tada, é
(D) 116 m. (A) 100 - 5π .
(E) 120 m. (B) 100 - 10π .
(C) 100 - 15π .
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) (D) 100 - 20π .
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m (E) 100 - 25π .
e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como 05. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) No
medidas dos catetos, em metros: cubo de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se represen-
(A) 3 e 10. tado um plano passando pelos vértices B e C e pelos pon-
(B) 3√2 e 5√2 . tos P e Q, pontos médios, respectivamente, das arestas EF
(C) 3√2 e 10√2 . e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
(A) 80 e 64.
(B) 80 e 62.
(C) 62 e 80.
(D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.
07. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU- 10. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário- VU-
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em cen- NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão indi-
tímetros, mostra um painel informativo ABCD, de formato cadas em metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com
retangular, no qual se destaca a região retangular R, onde formato de triângulos retângulos, situadas em uma praça
x > y. e destinadas a atividades de recreação infantil para faixas
etárias distintas.
Lado=3√2
(A) 64,2 m Outro lado =5√2
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m 03. Resposta: D.
(D) 128,4 m
Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a
mesma medida da parte reta da cinta.
Respostas Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado
esticado tem 8x3=24 m
01. Resposta: D. A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo,
como são três partes, é a mesma medida de um círculo.
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π
Portanto, a cinta tem 8π+24
04. Resposta: E.
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5 9x=108
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC X=12
A=5√5 ⋅ 10=50√5
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
07. Resposta: A.
5y=320 Y²=16²+12²
Y=64 Y²=256+144=400
Y=20
Perímetro: 16+12+20=48
5x=400
X=80 11. Resposta: C.
X=6
a2=b2+c2
a2 = b2 + c2 a2 = 41616
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a
medida l do lado de um quadrado.
d= medida da diagonal
l= medida do lado
d2=l2+l2 d= 2l 2
d2=2 l2 d=l 2
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida h da altura e a me-
dida l do lado de um triângulo equilátero.
l= medida do lado
h= medida da altura
Exercícios resolvidos
a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
2. Uma empresa de iluminação necessita esticar um cabo de energia provisório do topo de um edifício, cujo formato é
um retângulo, a um determinado ponto do solo distante a 6 m, como ilustra a figura a seguir. O comprimento desse cabo
de energia, em metros, será de:
a) 28
b) 14
c) 12
d) 10
e) 8
3. (Fuvest) Um trapézio retângulo tem bases medindo 5 6. O valor do segmento desconhecido x no triângulo
e 2 e altura 4. O perímetro desse trapézio é: retângulo a seguir, é:
a) 17
b) 16
c) 15
d) 14
e) 13
a) 7,5
b) 14,4
c) 12,5
d) 9,5
e) 10,0
6) Alternativa a
Solução: aplicação direta do Teorema de Pitágoras:
x2 = 122 + 92
x2 = 144 + 81
x2 = 225
x=
x = 15
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
Histogramas
Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e Da mesma forma, as tabelas ajudam na melhor visua-
queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço lização de dados e muitas vezes é através dela que vamos
como numa pizza. fazer os tipos de gráficos vistos anteriormente.
aparelho quan�dade
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
05. (TCE/PR – Conhecimentos Básicos – CES- 06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-
PE/2016) TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente.
xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois
meses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a
despesa.
06. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores
ou pizza e de linha
07. Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104
salários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
( ) Certo( ) Errado (D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
RESPOSTAS 5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
01. Resposta: E. 30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20
13,7/7,2=1,90
Houve um aumento de 90%. 08. Resposta: A.
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50,
02. Resposta: D 40-45, 35-40,
81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5) 09. Resposta: CERTA.
108-----60 555----100%
x--------100 x----55%
x=10800/60=180 x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.
1 Conhecimentos técnicos aplicados no Censo Demográfico 2020 (documento “Estudo dos Conhecimentos
Técnicos” disponível no endereço eletrônico http://www.cebraspe.org.br/concursos/ibge_20_recenseador,
para download).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Atenção
A missão do IBGE é “retratar o Brasil com informações
necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exer-
cício da cidadania”.
Conhecimentos Técnicos
1 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para chegar a um consenso sobre quais questões serão investigadas no Censo Demográfico 2020, o IBGE promove
consultas e debates amplos: com a sociedade brasileira e órgãos técnico-governamentais.
A partir daí, com a conclusão do Censo, o Brasil vai dispor de informações necessárias para conhecer as característi-
cas das pessoas – onde residem, por exemplo –, a fim de planejar políticas e investimentos públicos.
O conjunto de dados coletados trará resultados relacionados a questões fundamentais, como:
• O total da população do País por sexo e faixa etária e como está distribuída no Território Nacional;
• A expectativa de vida da população do País;
• A estimativa de brasileiros que vivem fora do País;
• O número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil;
• O tipo de habitação em que vive a população do País;
• A proporção da população que tem acesso ao saneamento básico;
• O nível de instrução da população;
• As condições de trabalho e o rendimento da população;
• Um panorama da diversidade étnico-racial da população brasileira, com sua distribuição por cor ou raça; e
• A caracterização dos povos indígenas por etnia e línguas indígenas faladas ou utilizadas nos seus domicílios, além
de dados sobre a população quilombola.
Os dados coletados no Censo Demográfico 2020 são relativos ao estado de coisas em uma data específica, isto é, a
um retrato da situação naquele momento.
É preciso adotar uma data específica como referência para evitar divergências entre quantitativos e características da
população, que se alteram com o tempo: entre o início e o fim do período da coleta.
Atenção
A coleta do Censo Demográfico 2020 será realizada em todo o Brasil a partir do dia 1º de agosto de 2020, mas a data
de referência do Censo Demográfico 2020 é a meia-noite de 31 de julho para 1º de agosto de 2020.
Isto significa que os Recenseadores deverão considerar a realidade desse instante no tempo como referência para a
coleta de dados.
Conhecimentos Técnicos
2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Posto de coleta
O Posto de Coleta é o local de trabalho criado tem-
porariamente pelo IBGE para dar suporte à operação
censitária. Nele, reúne-se a equipe encarregada do ge-
renciamento e da coleta de dados [Glossário] de uma de-
terminada área.
Conhecimentos Técnicos
3 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Lista de Endereços
• Questionários
o Básico
o Amostra
Conhecimentos Técnicos
4 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Questionário Básico
É o questionário com menor número de quesitos, em
que serão registradas as características do domicílio e de
seus moradores na data de referência [Glossário]. Os que-
sitos desse questionário serão aplicados a todos os domi-
cílios.
Questionário da Amostra
Esse questionário é respondido por uma parte da po-
pulação, selecionada de forma aleatória por meio de cálcu-
los específicos, formando uma amostra estatística.
Atenção
Apenas um modelo de questionário (básico ou amos-
tra) será aplicado em cada domicílio.
Conhecimentos Técnicos
5 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• IRPF: para aqueles cuja base de cálculo sofra re- Conduta do Recenseador
tenção do imposto, conforme tabela do IRPF vigente em Milhares de Recenseadores do IBGE, em todo o Bra-
cada mês; sil, vão às ruas em busca de informações de qualidade
• Pensão alimentícia, quando houver; e para a coleta do Censo Demográfico 2020. Nesse pro-
• Valores de produção recebidos indevidamente. cesso, interagem com diferentes públicos, cada qual com
suas características e peculiaridades.
Face a essa diversidade, é natural que os moradores
recebam os Recenseadores de maneiras distintas. Ora
com receptividade, ora com desconfiança e resistência.
O tratamento cortês, respeitoso e seguro com o in-
formante é fundamental para estabelecer uma relação de
confiança e cooperação. Além disso, é importante que o
Recenseador apresente uma postura de trabalho adequa-
da e use sempre o crachá de identificação.
13º salário
• Gratificação natalina proporcional aos meses de tra-
balho, observada a regra de que a fração igual ou superior
a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Férias indenizadas
• Indenização relativa ao período incompleto de férias,
na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo
exercício, ou fração superior a 14 (quatorze) dias, acres- Importante
cido do adicional de 1/3 (um terço) da remuneração das Informe ao entrevistado que é possível verificar a iden-
férias. tidade do Recenseador pela internet ou por telefone. Pela
Internet, o canal é o site: http://respondendo.ibge.gov.br; e
Conhecimentos Técnicos
6 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
O IBGE não divulga os dados de nenhuma pesquisa,
inclusive do Censo, que possam identificar o informante
como nomes, telefones, etc.
É essencial evitar temas delicados, como política ou A “Lei 5.534”, de 14 de novembro de 1968 assegura o
religião; não emitir opiniões; procurar desviar-se de afirma- sigilo dessas informações.
ções polêmicas e manter o foco na coleta de dados.
Atenção
Importante A violação do sigilo por servidores, agentes de pes-
O Recenseador deve explicar para o informante, de quisa e Recenseadores do IBGE está sujeita a punição de
forma clara e segura, a importância do Censo Demográfico acordo com as normas e a legislação.
2020.
Conduta do Recenseador - Informantes resistentes
Conduta do Recenseador – Identificação Em caso de resistência à prestação de informações
É preciso vestir-se de forma adequada e discreta, e ao IBGE, é necessário que o Recenseador consiga apre-
estar sempre portando o crachá de identificação. O crachá sentar argumentos convincentes ao informante relutante.
é o documento que credencia o funcionário a realizar a Exemplificamos dois argumentos importantes em seguida:
pesquisa para o IBGE. Os dados do Censo são uma importante fonte de es-
O Recenseador, assim como o Agente Censitário Mu- tatística entregue a toda a sociedade. E também para o
nicipal (ACM) e o Agente Censitário Supervisor (ACS), próprio IBGE, que elabora estimativas úteis para a melho-
deve falar também corretamente, evitando cometer erros ria do País.
de português ou usar gírias e palavras inadequadas. As informações coletadas são utilizadas exclusiva-
Durante o trabalho de campo, os entrevistados podem mente para fins estatísticos. O sigilo delas é garantido por
fazer perguntas ao Recenseador e ao supervisor sobre o lei. Além disso, os dados da pesquisa são divulgados de
objetivo da pesquisa e o porquê da visita. Dependendo das forma agregada, ou seja, de forma vinculada a um total
respostas, o informante pode fazer um “julgamento” equi- (por soma dos valores de cada domicílio aos valores de
vocado do funcionário e do IBGE. outros domicílios) e não individualizada. Assim, o IBGE di-
Os funcionários do Instituto precisam cultivar uma ati- vulga apenas o valor total por setor censitário, nunca por
tude de autoconfiança. Isto é, precisam estar cientes do domicílio. Por isso, em hipótese alguma, o sigilo dos dados
que exatamente fazem, transmitindo segurança ao infor- individualizados será desrespeitado.
mante sobre a seriedade da operação.
Conhecimentos Técnicos
7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
Se, mesmo assim, a recusa persistir, o Recenseador deve comunicá-la ao Supervisor para receber novas orientações.
Atenção
Em locais de povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, povos ciganos, pescadores artesanais, etc.),
além dos cuidados rotineiros de abordagem, previstos para o trabalho do IBGE para qualquer outro Setor Censitário, de-
vem ser tomados outros cuidados, de acordo com a tradicionalidade dos diversos grupos. Siga as orientações específicas
que serão fornecidas em momento oportuno, antes de entrar nessas áreas especiais.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Censo Demográfico 2020 constitui uma grande operação estatística, mobilizando centenas de pessoas desde a
fase de planejamento até a divulgação dos resultados.
Para atingir os objetivos da operação, a estrutura organizacional do Censo Demográfico 2020 definiu-se a partir das
representações das Unidades Estaduais do IBGE:
Conhecimentos Técnicos
8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A fim de que os coordenadores possam exercer os leta, e acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos. É
seus papéis no Censo Demográfico 2020, é necessário muito importante que ele garanta que os seus supervisio-
que eles conheçam muito bem as atribuições específicas nados cumpram com as normas estabelecidas pelo IBGE.
de suas funções, as quais serão detalhadas no treinamen- O Posto de Coleta serve de base física para a equipe
to presencial. da coleta de dados e da supervisão, ou seja, é o ponto de
encontro dos Supervisores e Recenseadores durante as
QUEM É? operações do Censo 2020. Para gerenciar o Posto de Co-
AGENTE CENSITÁRIO SUPERVISOR leta, o ACM utiliza o Sistema Integrado de Gerenciamento
O Agente Censitário Supervisor (ACS) [Glossário] será e Controle – SIGC.
a pessoa que supervisionará o trabalho de uma equipe de
Recenseadores, orientando e corrigindo falhas, assegu- Função do Agente Censitário Municipal - ACM
rando, assim, a qualidade dos trabalhos. Em linhas gerais, Durante todo o trabalho do Censo 2020, o ACM estará
buscará garantir que o projeto Censo Demográfico 2020 à frente de dois grupos de ação:
se concretize com sucesso. • Gerencial – administração da equipe (supervisores e
A primeira atividade do ACS é o reconhecimento do recenseadores), e dos materiais e equipamentos do Posto
setor onde realizará o seu percurso completo, atualizando de Coleta;
suas faces e seus logradouros. Concomitante ao reconhe- • Técnico – acompanhamento técnico e monitoramen-
cimento do setor, coletará os dados da Pesquisa Urbanís- to à coleta de dados
tica do Entorno dos domicílios. Esta atividade ocorrerá em O ACM responde técnica e administrativamente ao
período anterior à coleta de dados realizada pelo Recen- Coordenador Censitário de Subárea (CCS), como visto na
seador. estrutura censitária simplificada.
O ACS deverá registrar todas as informações encon-
tradas durante o percurso que não estejam atualizadas CONCEITOS
ou em conformidade com os instrumentos de trabalho de FUNDAMENTAIS
campo (DMC, mapa do setor ou descritivo). Muitos dos conceitos que apresentaremos (como en-
O ACS exercerá, ainda, as tarefas de supervisão da dereço, morador, logradouro e domicílio) fazem parte do
operação censitária, com atenção às questões técnicas e nosso cotidiano. Contudo, a atuação do Recenseador exi-
de informática, exercendo, quando necessário, tarefas ad- ge o conhecimento específico dos conceitos fundamentais
ministrativas, como renovação de contratos, avaliação de utilizados pelo IBGE, para colher resultados adequados.
Recenseadores, etc. Estará subordinado ao Agente Cen-
sitário Municipal (ACM). Divisão político-administrativa do Brasil
A função de Supervisor serve de elo entre aqueles que Para nos ajudar a compreender o que é o setor censi-
coletam as informações (os Recenseadores) e aqueles tário, devemos compreender, em primeiro lugar, o que é a
que gerenciam o Posto de Coleta (responsabilidade do divisão político-administrativa brasileira.
ACM). A extensão, o conteúdo territorial, o número de domi-
cílios e estabelecimentos presentes no Setor Censitário
Função do Agente Censitário Supervisor - ACS [Glossário] influenciam a carga de trabalho do Recense-
ador. Por isso, os setores censitários são planejados para
Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobre- que possuam dimensões adequadas ao trabalho das pes-
tudo, orientar os Recenseadores durante a execução dos quisas do IBGE. Além disso, os setores censitários res-
trabalhos de campo. Assim, evitam-se erros no preenchi- peitam a divisão político-administrativa do país e outros
mento dos questionários e falhas na cobertura do Setor recortes geográficos.
(como a omissão de pessoas e domicílios) O Brasil está dividido, em seu aspecto político-admi-
O ACM é quem irá orientá-lo na correta execução de nistrativo, nas seguintes unidades territoriais:
seu trabalho. O ACS deve se reportar ao ACM sempre que • Unidades Federativas,
houver qualquer dúvida ou problema que comprometa a • Municípios,
realização de suas tarefas. • Distritos e
Para que os ACS cumpram com tranquilidade suas • Subdistritos.
funções, estas foram divididas em duas grandes frentes: A figura a seguir apresenta um esquema dessas uni-
• O treinamento e a contratação dos Recenseadores; e dades e o número de cada uma delas no País em dezem-
•O apoio ao Recenseador e a supervisão do seu tra- bro de 2019.
balho de coleta
QUEM É?
AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL
O Agente Censitária Municipal (ACM) desempenhará
a função de gerente do Posto de Coleta. Isto envolve as
seguintes funções: gerenciar um grupo de supervisores
(ACS), distribuir tarefas, zelar pelos equipamentos de co-
Conhecimentos Técnicos
9 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Caso necessário, relembre quais são algumas das entidades da Federação (estados, Distrito Federal e as suas res-
pectivas siglas):
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10 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A imagem exemplifica um Setor Censitário, com seus limites assinalados em cor amarela. Isso significa que a área de
trabalho abrange os domicílios e estabelecimentos situados em seu interior.
Feita a distinção entre urbano e rural, o IBGE identifica outras estruturas territoriais por meio dos tipos de Setores
Censitários para fins de coleta, conforme apresentados a seguir:
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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12 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Importante
Cada um desses tipos requer uma abordagem específica do Recenseador.
Por meio dela, cabe ao Estado brasileiro garantir a consulta a esses povos mediante procedimentos apropriados e,
particularmente, através de suas instituições representativas, cada vez que se antevejam procedimentos suscetíveis a
afetá-los diretamente, tais como as pesquisas do IBGE.
Em muitas áreas indígenas, o Recenseador precisará ser acompanhado por um guia e/ou um intérprete. De acordo
com o Censo Demográfico 2010, 28,8% dos indígenas residentes em terras indígenas não falavam português no domicí-
lio. A indicação do guia e/ou intérprete é feita com apoio da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, da Secretaria Especial
de Saúde Indígena – SESAI como também através de consulta às lideranças, que têm peso decisivo nessas indicações.
Em algumas áreas quilombolas, o Recenseador também precisará ser acompanhado por um guia comunitário.
Quadra e Face
Para que o Recenseador seja capaz de realizar o seu trabalho corretamente no seu Setor Censitário, é necessário
compreender dois conceitos básicos: Quadra e Face.
A imagem a seguir indica uma quadra padrão composta de 4 faces.
Quadra
É um trecho, geralmente retangular, de uma área urbana ou aglomerado rural, delimitado por elementos como: ruas,
estradas, estradas de ferro, cursos d’água ou encostas. Contudo, pode ter forma irregular. Em alguns locais, a quadra é
chamada de quarteirão.
Face
É cada um dos lados da quadra, contendo ou não endereços.
Endereço
O endereço reúne informações que permitem identificar uma unidade construída ou em construção dentro de um mu-
nicípio, tal como uma casa, um prédio, um apartamento, um estabelecimento, etc.
O IBGE adota um Padrão de Registro de Endereços bastante detalhado, que será objeto do treinamento presencial.
Consideram-se como componentes do endereço:
1) Logradouro;
2) Número;
3) Complemento; e
4) Coordenadas Geográficas.
Veremos a seguir como se definem esses componentes.
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Logradouro
O logradouro é uma área ou via pública, reconhecida pela comunidade, em que circulam pessoas, veículos e merca-
dorias. Na maioria das vezes, recebe um nome de conhecimento geral. Um logradouro pode ser uma avenida, uma viela,
uma praça, uma estrada, um acesso ou até mesmo um rio.
Ao se registrar um logradouro, deve-se denominá-lo preferencialmente segundo a forma oficial, sem omissão de ter-
mos e sem abreviações.
Exemplos: Rua Santo Antônio, Avenida Corifeu de Azevedo Marques, Estrada BR 101, Rio Solimões etc.
Número
É o valor numérico propriamente dito que indica a posição da edificação no logradouro
Complemento
Muitas vezes, ao chegar a um número de um logradouro, observamos a existência de várias unidades, cujo acesso
se dá pelo mesmo número (pela mesma posição no logradouro). O complemento é utilizado para identificar cada unidade
nesse número. Essa situação é muito comum em edificações com múltiplas unidades, tais como prédios ou condomínios
residenciais. São exemplos de complemento: bloco, apartamento, casa 1, casa 2, fundos, sobrado etc.
A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de endereços, segundo os componentes explicados acima:
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas consistem em um dos métodos mais eficientes de localização, pois permitem identificar
qualquer ponto na superfície da Terra por meio de dois valores: latitude e longitude. Essas coordenadas são um importante
recurso para o trabalho nos Setores Censitários. Os valores de latitude e longitude podem ser obtidos através de um receptor
de sinais de satélites, que se encontra integrado ao DMC. Confira abaixo definições mais específicas desses valores:
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Essas coordenadas são um importante recurso para o trabalho no Setor Censitário, tendo em vista que as Coordena-
das Geográficas constituem um componente do endereço no IBGE. Durante o treinamento presencial, será realizado um
exercício de simulação sobre como obter as coordenadas no DMC.
Morador
Para o IBGE, o Morador é a pessoa que: “tem o domicílio como local habitual de residência na data de referência”.
Atenção
A presença ou ausência da pessoa no domicílio na data de referência não define se ela é ou não moradora do domi-
cílio.
Importante
A data de referência é o parâmetro que indica quem deverá ser recenseado.
Devem ser recenseadas todas as pessoas que moravam no domicílio na data de referência: à meia-noite de 31 de
julho para 1º de agosto de 2020
A pessoa pode estar presente e não ser moradora, mas também pode estar ausente e ser moradora.
Parece confuso, mas é fácil de explicar.
Morador é a pessoa que:
a. tem o domicílio como local habitual de residência e nele se encontrava na data de referência; ou
b. embora ausente na data de referência, tem o domicílio como local habitual de residência, desde que a ausência não
seja superior a 12 meses pelos motivos que veremos a seguir:
b.1) viagem a passeio, a serviço, a negócios, de estudos etc.;
b.2) afastamento de sua comunidade tradicional por motivo de caça, pesca, extração vegetal, trabalho na roça, parti-
cipação em festas ou rituais;
b.3) internação em estabelecimento de ensino ou hospedagem em outro domicílio, pensionato, república de estudan-
tes, visando facilitar a frequência à escola durante o ano letivo;
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Cômodo
Para o IBGE, o conceito de cômodo é todo comparti-
mento coberto por um teto, limitado por paredes e que seja
parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha.
Por “parede” entende-se aqui a construção vertical que
permite limitar, dividir ou vedar espaços.
Note-se que o cômodo pode existir tanto na parte inter-
na, quanto na parte externa da edificação principal do do-
micílio, ainda sendo considerada como parte integrante do
domicílio (por exemplo, um banheiro construído separada-
mente da construção principal dentro do mesmo terreno).
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Setor Censitário
É a unidade territorial de coleta das operações censi-
tárias, definida pelo IBGE, com limites físicos identificados
em áreas contínuas e respeitando a divisão político-admi-
nistrativa do Brasil.
Equipe encarregada do gerenciamento, da super-
visão e da coleta de dados
Equipe formada pelo Agente Censitário Municipal
(ACM), pelo Agente Censitário Supervisor (ACS) e pelo
Recenseador.
INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social é um órgão do
Ministério da Previdência
Social, ligado diretamente ao Governo.
IRPF
Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) é um im-
posto federal brasileiro que incide sobre todas as pessoas
que tenham obtido um ganho acima de um determinado
valor mínimo.
Área urbana
Área interna ao perímetro urbano de uma cidade ou
vila, definida por lei municipal. Anteriormente, quando não
existia legislação que regulamentasse as áreas urbanas
de cidades ou vilas, o perímetro urbano foi traçado para
atender a finalidade da coleta censitária.
Área rural
É definida pelo IBGE como toda a área externa ao pe-
rímetro urbano.
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