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METODOLÓGICO
Ó
DO PROFESSOR
ENSINO
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PR IM ÁR IO
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Língua Portuguesa
s
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ª
re
E fin
.
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ACT UA L I Z AÇÃO C U R R I C U L A R
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classe
T p
978-989-88-8458-9
9 789898 884589
GUIA
METODOLÓGICO
DO PROFESSOR
E NS INO
5
PRIMÁ RIO
Língua Portuguesa ª
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classe
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Título
Guia Metodológico do Professor
Língua Portuguesa – 5.ª Classe
Ensino Primário
Coordenação Geral
Manuel Afonso
José Amândio F. Gomes
João Adão Manuel
Coordenação Técnica
Maria Milagre L. Freitas
Cecília Maria da Silva Vicente Tomás
Autores
Catarina Luís
David Suelela
Araújo dos Anjos
Editor
Texto Editores, Lda. – Angola
——————–––——––––––————————
Capa e Design Gráfico
Mónica Dias
——————————––––––————–––——
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Pré-impressão
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LeYa, SA
Impressão e Acabamentos
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Morada
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Telefone
T
E-mail
info@textoeditores.ao
—————–––—————————––––––——
Reservados todos os direitos. É proibida a
reprodução desta obra por qualquer meio
(fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o con-
sentimento escrito da Editora e do INIDE,
abrangendo esta proibição o texto, as ilus-
trações e o arranjo gráfico. A violação destas
regras será passível de procedimento judicial
de acordo com o estipulado no Código dos
Direitos de Autor e Conexos.
—————————–––———––––––————
©2019
Texto Editores, Lda.
Luanda, 2019 · 1.ª Edição · 1.ª Tiragem
(5000 exemplares)
6. Produção textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
7. Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5HIHU¬QFLDVELEOLRJU£ȴFDV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
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s
1. Introdução
A Língua Portuguesa é uma disciplina fundamental em todo o
currículo do Sistema de Educação e Ensino de Angola. No Ensino
Primário, constitui o pilar para o desenvolvimento cognitivo e
expressivo da criança, preparando-a para a compreensão das
matérias tratadas nos próximos anos de escolaridade.
(VWHVGHVDȴRVSDUHFHPHYLGHQFLDUTXHQR6LVWHPDGH(QVLQR
e Educação de Angola, a Língua Portuguesa deve ser ensinada
VREXPDSHUVSHFWLYDLQWHUGLVFLSOLQDUDȴPGHVHSURSRUFLRQDU
pré-requisitos ao aluno para a compreensão e aprendizagem
VLJQLȴFDWLYDGDVGHPDLVGLVFLSOLQDVGRFXUU¯FXOR
5
directrizes para a promoção de um ensino-aprendizagem inter-
disciplinar da Língua Portuguesa no nosso currículo escolar,
orientando os seus alunos a depreenderem sentidos, concei-
WRVHUHJUDVJUDPDWLFDLVSHORFRQWH[WRSURFHVVRUHȵH[LYRDQD-
lítico-sintético), compreenderem a globalidade de textos e a
HVFUHYHUHPFRPFRUUHF©¥RJUDPDWLFDOHȴQDOLGDGHHVW«WLFD
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T p
6
2. A aula de Língua Portuguesa
na 5.ª Classe
O Programa, o Manual do Aluno e o Caderno de Actividades
de Língua Portuguesa da 5.ª Classe foram elaborados numa
sequência temática e estrutural de cinco tipos de aula, como em
seguida se descreve.
2 Ortografia
re
E fin
3 Interpretação Textual
to va
5 Produção Textual
p
7
aluno, permitindo-lhe participar do seu processo de desenvolvi-
PHQWRGHIRUPDDFWLYDFRQVFLHQWHUHȵH[LYDHFU¯WLFD+£WHPSR
que, no ambiente escolar, o aluno deixou de ser um depositário
de saber.
JUDȴDOHLWXUDJUDP£WLFDHGDHVFULWD
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p
8
No estudo de textos, dentro e fora do ambiente escolar, o pro-
fessor deve orientar o aluno a explorar i) ideias, temas, assunto
principal (leitura ideológicaLLQ¯YHOYRFDEXODUVLJQLȴFD©¥RGH
palavras, estruturas frásicas (leitura gramatical) e iii) modo de
UHGDF©¥RHPSURVDRXYHUVRHVWUXWXUDLQWHUQDȴQDOLGDGHQDWX-
reza dos seres (leitura formal).
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3. Do vocabulário
à compreensão textual
O vocabulário sozinho não resolve as tuas dificuldades.
Tu tens de trabalhar para compreender o próprio vocabulário.
(Freire, 2011, p. 71)
10
exploração vocabular coloca, novamente, o aluno em diá-
logo com a cultura, a história, a ciência e, respectivamente,
com todos os processos sociais e históricos do país e do
mundo.
EXLLJXDOPHQWHSDUDDLGHQWLȴFD©¥RGRWLSRGHWH[WRHPHVWXGR
Feito isso na aula de exploração vocabular, mais facilmente os
to va
do texto.
T p
▪2VLJQLȴFDGRGHXPDSDODYUDGHYHVHUGHVFREHUWRDWUDY«V
de estratégias inferenciais (da análise do texto, cotexto,
contexto e intertexto).
11
▪7RGRRVLJQLȴFDGRLG¬QWLFRRXFRQWU£ULRDGHVFREULUVREUH
uma palavra terá de ser inserido em frases reconstruídas
(substituição de uma palavra por outra) ou construídas
pelos alunosDȴPGHTXHRHQVLQRDSUHQGL]DJHPGRYR-
cabulário não se processe de forma isolada e sem referen-
te discursivo.
▪ Realização de exercícios discursivos sobre vários tópicos
OLJDGRV ¢ VLJQLȴFD©¥R GH SDODYUDV VLQRQ¯PLD DQWRQ¯PLD
homonímia...).
▪ O uso do dicionário deve ser recomendado, em caso de
G¼YLGDVSDUDDFRPSDUD©¥RGHVLJQLȴFDGRVHDMXGDUDVH-
leccionar o sinónimo ou antónimo mais adequado à situa-
ção real em que uma palavra aparece inserida no texto,
EHPFRPRSDUDDDSUHQGL]DJHPGDRUWRJUDȴDSURQ¼QFLD
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e disposição alfabética das palavras. Ou seja, numa aula
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12
3.1 Estrutura de plano de aula1
a) Objectivos gerais:
• Desenvolver a compreensão leitora pelo alargamento do
vocabulário;
• Desenvolver competências analítico-sintéticas, culturais e
HQFLFORS«GLFDVDWUDY«VGDLGHQWLȴFD©¥RGRVLJQLȴFDGRGH
palavras pelo contexto.
E2EMHFWLYRVHVSHF¯ȴFRV
• Ler silenciosamente o texto para apreensão da sua globali-
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GDGHHGHSDODYUDVGHGLI¯FLOVLJQLȴFD©¥RVXEOLQKDQGRDV
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•'HVFREULURVLJQLȴFDGRGDVSDODYUDVDSDUWLUGRFRQWH[WR
to va
•ΖGHQWLȴFDURWLSRGHWH[WR
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•9RFDEXO£ULRGHGLI¯FLOVLJQLȴFD©¥R
• Descoberta da tipologia textual.
1
Leccionada pelo Professor António Vilela de Freitas (2012), no ISCED de Luanda,
durante cerca de duas décadas.
13
3.1.3 Meios didácticos
• Motivação
• Linhas estratégicas
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p
Actividades
• Desenvolvimento do conteúdo
14
Forma organizativa: frontal colectiva.
• Linhas estratégicas23 45
Actividades
1.º Passo: indicação do número da página do texto a estudar.
2.º Passo:OHLWXUDVLOHQFLRVDGRWH[WRSDUDDLGHQWLȴFD©¥RGH
palavras de difícil compreensão.
3.º Passo: transcrição para os cadernos das palavras de
difícil compreensão por eles propostas e registadas no
quadro pelo professor3 (como exemplo, segue-se uma breve
lista de palavras do texto O Meu País em África – Manual do
Aluno da 5.ª Classe, 2019, p. 8):
Situada (l.1) Estatuto (l.13)
Oshikwanyama (l.12) Administração (l.4)
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2
As linhas estratégicas estão todas viradas para o aluno, ou seja, constituem as
actividades do aluno durante a aula sob a orientação do professor. Uma linha
estratégica (nome) representa a conversão de um objectivo específico (ver-
bo). Assim, no momento de definição dos objectivos específicos, devemos certi-
ficar-nos de que os mesmos se referem «aos comportamentos dos alunos e não
aos do professor» (Robert Mager, citado por Piletti, 2014, p. 81).
3
Os alunos deverão, igualmente, identificar o número de linha em que uma pala-
vra proposta se encontra.
4
O ponto de partida para a identificação dos significados deve ser sempre o texto
segundo a estratégia descendente cotexto-contexto-intertexto.
5
Nesta classe, a descoberta da tipologia textual deve ser feita de forma reflexiva,
implícita, referencial, considerando os seguintes aspectos: i) principal finalidade
do texto (se fornece informações, se expressa sentimentos); ii) existência ou não
de entidades: se as entidades são pessoas (reais ou imaginárias), se são animais,
se há convívio de pessoas com animais; iii) natureza do vocabulário (simples ou
rebuscado); iv) se o texto está escrito em parágrafo, período, frase ou em linhas
(a noção de linha pode ser uma estratégia para, mais tarde, se estudar o verso).
15
• Consolidação 6
• Linhas estratégicas
Actividades
1.º Passo: realização de exercícios de compreensão global
do texto (perguntas do tipo verdadeiro e falso)6.
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2.º Passo: participação na correcção frontal colectiva dos
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exercícios.
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6
Em regra, os exercícios devem ser do tipo «verdadeiro e falso», num universo de
cinco perguntas, havendo duas cujas respostas devem ser justificadas.
16
• O aluno poderá aprender que, numa língua funcional e de
vasta expansão como o português, as palavras podem ter
diferentes VLJQLȴFDGRV (sinónimos, antónimos) e valores
(utilitários, artísticos);
• O aluno poderá desenvolver as suas competências
lógico-cognitivas e analítico-sintéticas (daqui o diálogo da
Língua Portuguesa com as disciplinas exactas como a Mate-
mática) através do recurso à inferência e ao contexto para
DGHVFREHUWDGRVLJQLȴFDGRHGRVYDORUHVGHXPDSDODYUD
$VVLP VHQGR QD SODQLȴFD©¥R GH XPD DXOD GH YRFDEXO£ULR
leitura ou de gramática, convém recordar-se de dois concei-
tos-chave (inferência e contexto):
17
3.3 Estratégias para a compreensão
do vocabulário
Actividades
1. Identificação de diferentes sentidos da mesma palavra.
Exemplo:
4XHVLJQLȴFDGRWHPDSDODYUDadministração nas seguintes
frases?
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3. Substituição de palavras em frases por outras de sentido
idêntico de acordo com o contexto.
Exemplos:
• Em Angola, a língua portuguesa tem o estatuto de língua
RȴFLDO
Exemplos:
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RPHVPRVLJQLȴFDGRGHmuitos:
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19
complementares¢VLODED©¥RLGHQWLȴFD©¥RHGLYLV¥RGHV¯ODEDV
Para tal, deve, igualmente, promover actividades relacionadas
com os aspectos seguintes:
de verbos.
T
20
4. Leitura e interpretação textual
na escola
Ler implica igualmente ser capaz de compreender a organização
interna do texto, parafraseá-lo ou resumi-lo de forma correcta
e eficiente, identificando o tema e o assunto do mesmo.
(Azevedo, 2012, p. 23)
VHPVDEHUSURGX]LUWH[WRVFU¯WLFRVHVLJQLȴFDWLYRV
21
E, para que isso aconteça, faz-se necessário que o professor
(em particular) crie, dentro da aula, condições ambientais, psi-
cológicas e didáctico-pedagógicas favoráveis à transformação
GHVVHHVSD©RQXPDYHUGDGHLUDRȴFLQDGHVDEHUOLQJX¯VWLFRRQGH
os alunos cultivem e exercitem o prazer de ler, uma vez que que
se acredita que grande parte dos nossos alunos não dispõe de
recursos para a prática regular da leitura em casa quer pela falta
de livros quer pelo dilema do tempo que muitos pais enfrentam,
LPSRVWRSHODGLQ¤PLFDVRFLRSURȴVVLRQDOHHFRQµPLFDGDVRFLH-
dade.
balho.
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p
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entrelinhas, o dito pelo não dito, jogando entre o «aparente» e o
«verdadeiro» o sentido do que se lê, para melhor entender e com-
preender o sentido da leitura. É importante introduzir esta noção
GHVGHFHGRDȴPGHVHUFRQVROLGDGDQDVFODVVHVVHJXLQWHV
VHUXPDFRQVWDQWHQDYLGDGRDOXQRFXMRDUW¯ȴFHLQLFLDO«RSUR-
fessor.
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Preparação de uma aula de leitura e interpretação
24
4.2 Estrutura de plano de aula
a) Objectivos gerais:
• Aprofundar a prática de leitura e interpretação de textos
em sala de aula, realizando actividades que envolvam a
interpretação de textos, bem como a produção de tex-
tos, enfatizando, em princípio, o género conto, a lenda, a
fábula, a descrição e a poesia;
• Interpretar o texto de forma detalhada;
• Desenvolver as capacidades de compreensão e expres-
são, bem como o espírito analítico-sintético.
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E2EMHFWLYRVHVSHF¯ȴFRV
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texto;
• Responder a exercícios de interpretação detalhada do
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texto;
• Dividir o texto em partes lógicas;
• Atribuir títulos às partes delimitadas;
• Resumir o texto pelas suas partes lógicas;
• Transcrever a matéria para o caderno;
• Participar na correcção colectiva do mesmo;
• Transcrever a tarefa para casa;
• Participar na elaboração conjunta do sumário.
25
4.2.2 Conteúdos programáticos
• Motivação
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• Linhas estratégicas
Actividades
26
• Desenvolvimento do conteúdo
Métodos didácticos: socrático, heurístico, indutivo-dedutivo.
• Linhas estratégicas
Actividades
1.º Passo: leitura oral individual parcelar do texto.
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2.º Passo: resposta a perguntas (num máximo de três) orais
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global do texto.
p
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5.º Passo: atribuição de títulos às partes lógicas.
1. Introdução
1.1 $ORFDOL]D©¥RJHRJU£ȴFDGH$QJROD
2. Desenvolvimento
2.1 Extensão do território e divisão administrativa de
Angola
2.2 Número de população, capital e moeda de Angola
2.3 Algumas línguas faladas em Angola
3. Conclusão
3.1 Estatuto da língua portuguesa em Angola
• Consolidação
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• Linhas estratégicas
Actividades
1.º Passo: resumo do texto a partir dos títulos atribuídos às
partes lógicas.
28
3.º Passo: transcrição da tarefa para casa.
Exemplo:
• Divide o texto «$6HFDHD'HVHUWLȴFD©¥R» (Manual do Aluno,
2019, p. 10) em três partes lógicas. Atribui títulos às res-
pectivas partes.
acontece no mundo;
b) ler por prazer, para se distrair;
T
29
• Activação de conhecimentos de mundo – caso esta sincro-
nicidade falhe, haverá uma lacuna de compreensão, que
será preenchida por outras estratégias, em geral de carác-
ter inferencial.
• Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades
dos textos – o leitor não aborda o texto como uma folha
em branco. Esta estratégia opera durante toda a leitura e é
também responsável por uma velocidade maior de proces-
samento do texto, pois o aluno não precisará de estar preso
a cada palavra, podendo antecipar muito de seu conteúdo.
•9HULȴFD©¥RGHKLSµWHVHVȂDRORQJRGDOHLWXUDQRHQWDQWRR
OHLWRUHVWDU£DYHULȴFDUFRQVWDQWHPHQWHHVVDVVXDVKLSµWH-
VHVLVWR«FRQȴUPDQGRDVRXDVUHIXWDQGRHFRQVHTXHQWH-
mente, a buscar novas hipóteses mais adequadas. Se assim
não for, o leitor (aluno) irá por um caminho e o texto por
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outro.
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•&RPSDUD©¥RGHLQIRUPD©·HVȂSDUDDFWLYLGDGHVHVSHF¯ȴFDV
como as de resumo ou síntese do texto, esta comparação
é essencial para medir a relevância das informações que
deverão ser retidas.
• Generalização – uma das estratégias que mais contribuem
para a síntese resultante da leitura é a generalização exer-
cida sobre enumerações, redundâncias, repetições, exem-
SORVH[SOLFD©·HVHWF1LQJX«PJXDUGDXPWH[WRȴHOPHQWH
na memória. Podem guardar-se alguns dos seus trechos ou
citações que mais impressionaram o leitor, mas em geral
armazenam-se informações na forma de generalizações
responsáveis, em grande parte, pela síntese.
30
• Produção de inferências locais – no caso de uma lacuna de
compreensão, provocada, por exemplo, por um vocábulo
ou uma estrutura desconhecida, exercem-se estratégias
inferenciais, isto é, descobrir-se-á, pelo contexto imediato
GRWH[WRDIUDVHRSHU¯RGRRSDU£JUDIRHSHORVLJQLȴFDGR
DQWHULRUPHQWH M£ FRQVWUX¯GR QRYR VLJQLȴFDGR SDUD HVWH
termo até então desconhecido.
• Produção de inferências globais – nem tudo está dito ou
posto num texto. O texto tem os seus implícitos ou pressu-
postos que também têm de ser compreendidos numa lei-
tura efectiva. Para o fazer, o leitor lança mão, ao mesmo
tempo, de certas pistas que o autor deixa no texto, do con-
MXQWRGDVLJQLȴFD©¥RM£FRQVWUX¯GDHGRVVHXVFRQKHFLPHQ-
tos do mundo, inclusive lógicos.
• Recuperação do contexto de produção do texto – para inter-
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pretar um texto discursivamente, é preciso situá-lo: Quem
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D FRPSUHHQV¥R GH XP WH[WR ȴFD QXP Q¯YHO GH DGHV¥R DR
conteúdo literal, pouco desejável a uma leitura crítica e
FLGDG¥6HPLVVRROHLWRUQ¥RGLDORJDFRPRWH[WRPDVȴFD
subordinado a ele.
•'HȴQL©¥RGHȴQDOLGDGHVHPHWDVGDDFWLYLGDGHGHOHLWXUDȂ
todo o controlo do processo de leitura, da activação de estra-
tégias ou do exercício de capacidades está subordinado às
PHWDVRXȴQDOLGDGHVGHOHLWXUDLPSRVWDVSHODVLWXD©¥RHP
que o leitor se encontra. Ler para estudar, trabalhar, entre-
ter-se, buscar informação, actualizar-se, orientar-se. Não há
leitura, a não ser, por vezes, a leitura escolar, que não seja
RULHQWDGDDXPDȴQDOLGDGHGDYLGD
31
• Percepção de relações de intertextualidade (no nível temá-
tico): ler um texto é colocá-lo em relação com outros tex-
tos já conhecidos, outros textos que estão tramados a este
texto, outros textos que poderão dele resultar como répli-
cas ou respostas. Quando esta relação se estabelece pelos
temas ou conteúdos abordados nos diversos textos, fala-se
de intertextualidade.
• Percepção de relações de interdiscursividade (no nível dis-
cursivo) – perceber um discurso é colocá-lo em relação com
outros discursos já conhecidos, que estão tramados a este
discurso. Quando esta relação se estabelece, então, num
dado texto, como nas paródias, nas ironias, nas citações,
falamos de interdiscursividade.
• Percepção de outras linguagens (imagens, som, imagens em
PRYLPHQWR GLDJUDPDV JU£ȴFRV PDSDV HWF Ȃ FRPR HOH-
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mentos constitutivos dos sentidos dos textos e não somente
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32
Ainda sobre a interpretação do texto...
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33
5. A compreensão da Gramática
na 5.ª Classe
A finalidade imediata do ensino gramatical é de levar
o discente até um grau suficiente de posse funcional
dos processos gramaticais de codificação e de decodificação.
(Titone, 1970, p. 175)
34
Nesta conformidade, durante os primeiros anos de escola-
ridade do Ensino Primário, o desenvolvimento da competência
comunicativa dos alunos ainda deve ser promovido de forma
UHȵH[LYD DWUDY«V GD UHDOL]D©¥R GH DFWLYLGDGHV GH UHSHWL©¥R H
substituição de unidades gramaticais inseridas ou recuperadas
em frases para a apreensão de valores discursivos de palavras
e não se deve dar tanta relevância à nomenclatura gramatical e
ao ensino estrutural da língua, atendendo à idade e ao nível cog-
nitivo dos alunos.
35
Preparação de uma aula de Gramática
36
• a leitura do texto de forma oral individual e parcelar;
ȏDLGHQWLȴFD©¥RGHSDODYUDVXVDGDVHPVXEVWLWXL©¥RGHRX-
tras;
• a análise de algumas dessas frases escritas no quadro
pelo professor;
• a substituição das palavras sublinhadas nas frases escritas
no quadro por outras com a mesma função;
• a comparação da função dos dois tipos de palavras em
análise, devidamente destacadas no quadro pelo profes-
sor;
• a dedução do conceito de pronomes pessoais pelo registo
feito no quadro;
• a transcrição da matéria para o caderno;
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37
• a extracção do texto de uma frase indicadora de pedido,
conselho, ordem ou advertência;
• a extracção do texto de uma frase sem palavra de negação
HPDUFDGDSRUSRQWRȴQDO
ȏDFODVVLȴFD©¥RGDVIUDVHVHVFULWDVQRTXDGURSHODLQWHQ©¥R
comunicativa, força ilocutória;
• a distinção das frases escritas no quadro pela intenção
comunicativa (indicação de pergunta, declaração, pedido,
conselho; expressão de emoções…);
• a transcrição do conteúdo para o caderno;
• a realização de exercícios de aplicação sobre tipos de frase.
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Na fase de consolidação, o professor não deve formular
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E fin
Tu, eles e ti
38
• Transcreve do texto B frases com os pronomes:
Eu e mim
Vós e vos
Nós e nos
39
• Transcreve do texto B (não pode ser um texto sobre o qual se
trabalhou no desenvolvimento da aula) X frases interrogati-
vas, exclamativas e declarativas;
$ȴPGHWRUQDUDDXODGHH[SORUD©¥RJUDPDWLFDOPDLVSDUWLFL-
SDWLYDUHȵH[LYDHFDWLYDQWHRSURIHVVRUGHYHWUDEDOKDUVHPSUH
com um texto, orientar o aluno para a descoberta pelo contexto
de conceitos, regras ou categorias. Assim sendo:
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40
6. Produção textual
Tradicionalmente concebido como forma escrita,
o texto hoje é pensado como um DISCURSO, podendo ser
oral ou escrito, podendo ser uma troca conversacional ou
qualquer outra forma coesa e coerente de conversação.
(Casanova, 2012, p. 300)
Q¯YHOYRFDEXODUDSUHQGHUDRUWRJUDȴDGDVSDODYUDVDHVWUXWXUDU
FRUUHFWDPHQWHIUDVHVHDXWLOL]DUDO¯QJXDFRPȴQDOLGDGHXWLOLW£-
T
ria e estética.
41
• da conversão e reconversão de textos: passagem de um
poema a um conto e de um conto a um poema, etc.;
• da observação e análise de gravuras;
• de temas de canções infanto-juvenis.
• 3ODQLȴFDUVHUFDSD]GHJHUDUXPDVLWXD©¥RGHFRPXQLFD-
ção funcionalmente adequada ao efeito que se pretende
obter;
to l
• Textualizar, escolhendo determinado modo de enuncia-
s
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re
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42
7. Conclusão
O presente Guia MetodológicoIRLHODERUDGRDȴPGHDX[L-
OLDU R SURIHVVRU D SODQLȴFDU H PLQLVWUDU DXODV GH /¯QJXD 3RUWX-
guesa sob uma perspectiva interdisciplinar no currículo do
Ensino Primário.
PHQWRGDFRPSUHHQV¥ROHLWRUDȵX¬QFLDRUDOHHVFULWDHGHFRP-
to va
43
Referências bibliográficas
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FRP VHQWLGR 5HȵH[·HV VREUH D LPSRUW¤QFLD GD OHLWXUD HP
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s
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E fin
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Cortez.
Titone, Renzo (1970). Psicolinguística Aplicada. Introdução Psicoló-
gica à Didáctica das Línguas. Roma: Summus Editorial.
to l
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45
Notas
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