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Visto

O Chefe do Departamento
_______________________
(Assistente Universitário)
UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
FACULDADE DE LETRAS, CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES.

Uso do Teatro como Recurso Didáctico para a Leccionação Sobre de Textos Dramáticos – Caso
dos Professores de Português da 8ª e 9ª Classe da Escola Secundária 7 de Abril.

Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Projecto de Pesquisa

Cudakwache Jambo Campira

Chimoio

Maio, 2023
Cudakwache Jambo Campira

Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Projecto de Pesquisa a ser Submetido a Faculdade de


Letras, Ciências, Sociais e Humanidade no
Departamento de Linguística e Tradução, Curso de
Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa como
requisito para obtenção do Grau de Licenciatura em
Ensino de Português.

Supervisor: Amadeu Muchanga

Chimoio
Maio, 2023
Índice

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................1

1.1. Delimitação do Tema.............................................................................................................2

1.2. Objectivos..............................................................................................................................2

1.2.1. Objectivo Geral...............................................................................................................2

1.2.2. Objectivos Específicos....................................................................................................2

1.3. Justificativa........................................................................................................................2

1.4. Problematização.....................................................................................................................3

1.5. Hipóteses................................................................................................................................3

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................4

2.1. O teatro dentro do ensino.......................................................................................................4

2.2. Gênero discursivo da abordagem didático e pedagógica.......................................................4

2.3. Texto dramático escrito versus texto dramático oralizado ou representado..........................5

2.4. Relações de interdependência entre texto dramático escrito e texto dramático oralizado
ou representado.............................................................................................................................5

2.5. Possibilidades de interlocução do texto dramático (escrito e oralizado ou representado).6

2.6. Teatro na educação............................................................................................................6

CAPÍTULO III: METODOLOGIA..................................................................................................8

3.1. Tipo de estudo ou Pesquisa....................................................................................................8

3.2. Tamanho de Amostragens.....................................................................................................8

3.3. Determinação da amostra.......................................................................................................9

3.4. Métodos de estudos e instrumentos de recolha de dados.......................................................9

3.5. Análise de dados....................................................................................................................9

4. Cronograma de Actividades.......................................................................................................10
5. Orçamento..................................................................................................................................10

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................................11

7. Questionários para professores...................................................................................................13

7.1. Questionário para alunos.....................................................................................................15


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

O presente trabalho com o tema Uso do teatro como recurso didáctico para a facilitação da
compreensão dos textos dramáticos insere-se nos estudos de Linguística ao ensino de língua
portuguesa, e convoca à cena acadêmico-científica a discussão de uma proposta de escolarização
do gênero discursivo texto dramático. Entende-se que o texto dramático (texto escrito para o
teatro) acompanha uma historicidade milenar e tem no diálogo e na acção características
primordiais, conforme asseguram os estudos teatrais (Pavis, 2008). A compreensão decorre dos
estudos e actuação no teatro ao longo de dez anos, e da observação das possibilidades de um
investimento que recobrisse as duas áreas de ensino com as quais nos envolvemos nas Artes, o
teatro, na Língua Portuguesa, os gêneros discursivos (Uberfeld, 2010).

O trabalho justifica-se pelo facto de se conhecerem poucas pesquisas direcionadas à aplicação


desse gênero no ensino de língua materna. Sabemos que o teatro tem sido vastamente discutido
no âmbito ficcional, literário, lúdico-pedagógico de sua prática, de seus temas, de seu contexto de
produção: autores, artistas e obras; sua riqueza de situações, teorias e métodos envolve parte de
um material que permite conduzir distintas investigações. A esfera do teatro apresenta-se, pois,
como um lugar privilegiado de experimentação e interrogação que se alarga para estudos voltados
às distintas correntes teóricas e que acreditamos, também, possa ser produtivo para estudos
voltados à linguagem, subsidiados pela teoria dos gêneros discursivos e da multimodalidade.
Entende-se que os gêneros discursivos adquirem, por hipótese, um funcionamento particular dum
modo de ser e apreender, comunicar e produzir sentidos. No contexto de ensino de língua
materna, partimos do pressuposto de que o texto dramático possa contribuir para o
desenvolvimento de competências linguístico-discursivas, comunicativas, interativas e
expressivas dos alunos, pelo facto de sua natureza multimodal permitir o ler-escrever, o ouvir-
falar, o gesticular-assistir (Kress, 2000).

O texto dramático restabelece o vínculo entre estrutura e acção, linguagem e corpo, saber e
prática, exatamente o que a escola denegou como necessidade histórica de se legitimar como
forma social autônoma (Soares, 2002). Em outras palavras, possibilitar que o gênero discursivo
texto dramático circule em uma instituição que preconiza o saber escritural significa encontrar
desafios, em vários sentidos: no trabalho do professor (administração do tempo escolar,
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elaboração de actividades, aplicação de métodos e organização de recursos), na produção e


envolvimento dos alunos e na postura da escola frente a mudanças, por se tratar, assim, de
mudança de parâmetros.

1.1. Delimitação do Tema


 Uso do teatro como recurso didáctico para a facilitação da compreensão dos textos
dramáticos – caso dos professores de português da 8ª e 9ª classe da Escola Secundária 7
de Abril.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral


 Compreender o aprofundamento dos estudos voltados à Linguística no que concerne à
implementação do teatro como um recurso didáctico no ensino de Língua Portuguesa.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Identificar as características dos textos dramáticos e como podem ser exploradas através
da encenação teatral.
 Descrever a natureza do texto dramático, a fim de evidenciar particularidades que fazem
desse gênero discursivo objecto potencial para o ensino de língua portuguesa.
 Explorar técnicas de interpretação teatral para compreender e transmitir a mensagem dos
textos dramáticos.

1.3. Justificativa

A escolha deste tema surge na necessidade de contribuir para a minimização das dificuldades dos
alunos na compreensão e interpretação dos textos dramáticos. Visto que, o teatro é uma forma de
arte que pode ser utilizada como uma ferramenta pedagógica para o ensino de literatura e para o
desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e interpretação de textos dramáticos. Isso
pode ajudar na interação professor-aluno, também a desenvolver as habilidades interpessoais dos
alunos, tais como a comunicação, trabalho em equipe, autoconfiança e criatividade.

Assim, a pesquisa sobre o uso do teatro como recurso didático para a facilitação da compreensão
dos textos dramáticos pode melhorar o ensino de literatura nas escolas secundárias e ajudar a
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identificar as melhores práticas para a utilização do teatro, bem como os desafios que os
professores enfrentam na leccionação dos textos dramáticos.

1.4. Problematização
Durante o estágio das práticas pedagógico, constatou-se que os alunos da 8ª e 9ª classe na Escola
Secundária 7 de Abril, apresentam dificuldades para entender os textos dramáticos, pois esses
textos são diferentes dos textos literários tradicionais, e muitas vezes são escritos em uma
linguagem arcaica e com uma estrutura incomum. O teatro pode ser usado como uma forma de
tornar esses textos mais acessíveis e interessantes para os alunos, pois o teatro é uma forma de
arte visual que pode ajudar a trazer esses textos à vida e torná-los mais compreensíveis.

Os demais programas de ensino de língua a falta de recursos e preparo dos professores para
utilizar essa metodologia, pode afectar a eficácia do ensino.

A questão que se coloca neste estudo se volta para a problemática da escolarização do texto
dramático: de que modo podem-se correlacionar texto dramático (na concepção de gênero teatral
e como arte), teorias linguísticas e ensino de língua português. Para subsidiar essa discussão,
recorremos, primeiramente, aos aportes teóricos dos estudos teatrais para conceituação e
caracterização de nosso objecto de pesquisa. Na sequência, existem as teorias linguísticas que nos
autorizam pensar texto dramático como objeto de ensino de língua portuguesa.

Diante dessa situação, algumas questões passam a nortear esta pesquisa: Que estrategias –
pedagogicas podem ser aplicadas pelos professores para ajudar aos alunos a entender textos
dramáticos?

1.5. Hipóteses
 A partir de uma concepção de gênero teatral considerando as características e
peculiaridades de cada gênero teatral específico,
 Analisar um texto dramático a partir da sua concepção de gênero teatral tais como
tragédia, comédia, drama, farsa, entre outros, escolhendo autor em relação à estrutura
narrativa, personagens e linguagem,
 Através da identificação dos diferentes gêneros teatrais existentes, e estudar as
características específicas de cada um deles, bem como a influência dessas escolhas na
interpretação do texto e na encenação da peça.
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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O teatro dentro do ensino

Ao longo do século XX, o ensino de artes dentro da educação formal sofreu diversas mudanças e
conquistas. Durante a primeira metade do século, em contraposição à escola tradicional e em
busca de valorização do aluno como centro do processo de aprendizagem, a arte vinha ocupando
o lugar de livre expressão do aluno, caracterizada muitas vezes pelo “deixar fazer”. A
criatividade dos alunos se desenvolveria naturalmente, dadas as condições, sem um necessário
direcionamento de um professor. Sendo, por um lado, o reconhecimento da importância da livre
expressão da criança através das artes, por outro desvalorizava as artes como área de
conhecimento em suas especificidades.

Diversas questões acompanham a história do ensino de artes em geral, como: “Que tipo de
conhecimento caracteriza a arte?”, “Qual a função da arte na sociedade?”, “Qual a contribuição
específica que a arte traz para a educação do ser humano?” . Neste sentido, estudos tem buscado
compreender actualmente o ensino das artes centrado tanto na importância dos conteúdos
específicos de cada uma das linguagens, como no processo de desenvolvimento do aluno.

2.2. Gênero discursivo da abordagem didático e pedagógica

Imbuídos da filiação didática e pedagógica concebida pelos pesquisadores genebrinos,


entendemos os gêneros como Mega instrumentos para agir linguisticamente em contextos de
aprendizagem, especialmente, por confiar que eles facilitam, viabilizam e fundam a possibilidade
de comunicação.

Esta investigação sustenta-se na vertente didática da pesquisa sobre gênero teatral, conforme
Dolz e Schneuwly (2004, p.44), para quem “o trabalho escolar, no domínio da produção de
linguagem, faz-se sobre os gêneros teatrais, quer se queira ou não”. Segundo os autores, do ponto
de vista do uso e da aprendizagem, o gênero teatral pode ser considerado um Mega instrumento
que fornece um suporte para a actividade, nas situações de comunicação, e uma referência para os
aprendizes.

Nesta perspetiva, a introdução do teatro como um recurso didático na escola, resulta de uma
decisão didática que visa a objectivos precisos de aprendizagem: aprender a dominar um gênero
5

para melhor conhecê-lo ou apreciá-lo, para melhor saber compreendê-lo, para melhor produzi-lo
na escola ou fora dela. Dolz, Schneuwly e Haller (2004, p.144) salientam que o trabalho com os
gêneros em sala de aula oferece um quadro de condições efetivas para a produção e a receção de
textos, no que respeita à “análise dos conteúdos, da organização do conjunto do texto e das
sequências que o compõem”.

2.3. Texto dramático escrito versus texto dramático oralizado ou representado


Ao longo da história do teatro, é reincidente a tensão entre aqueles que definem o espetáculo
como condicionado ao texto e os que advogam um trabalho de encenação independente e
absoluto; trata-se, segundo Ryngaert (1995, p.30), da “velha luta de poder entre duas metades
inseparáveis, o texto e o palco, que se procura dissociar sempre que uns passam a temer os
“literatos” e os outros os “histriões”“.

Conforme constatam os trabalhos de Mello (2004) e Pavis (2011), nos estudos teatrais, há aqueles
que buscam propor uma visão separatista do texto dramático escrito e do texto dramático
oralizado ou representado: se a preferência é dada ao texto, a tendência é denominada
textocentrismo, se é dada à representação, é denominada cenocentrismo.

2.4. Relações de interdependência entre texto dramático escrito e texto dramático


oralizado ou representado

Rosenfeld (1993, p.75-76) assevera que o texto dramático, enquanto obra literária, apresenta
diálogos livrescos e por maiores que sejam suas virtudes teatrais inerentes, tais como ritmo,
movimento, dramaticidade, diálogo, é na encenação que lhes dá sua verdadeira vida, pois é no
palco que adquirem riqueza plena, devido à cooperação de técnicos, atores, cenógrafos, entre
outros. Nas palavras do autor (1993, p.75-76), “sua verdadeira força não se revela ao leitor, mas
somente ao espectador”.

Essa posição é assegura também por Magaldi (1997), para quem a leitura de um texto dramático
traz um enriquecimento artístico e cultural, mas não chega a constituir o fenômeno do teatro. Para
o autor, a existência de uma peça marca o início da preparação do espetáculo, já o texto,
“alinhado na biblioteca, sem alguém que o encene, também não é teatro. Será sempre mais
fecundo pensar a arte dramática na totalidade dos seus elementos” (Magaldi, 1997, p.15-16).
6

Entendemos, assim, que o texto dramático, quando apenas lido, assume uma feição diferente da
que possui quando representado. No primeiro caso, o texto não foi ativado por uma voz humana
além do seu autor que não está presente para pronunciá-lo; no segundo caso, o texto é dito pelo
ator e já está servido por uma cena, por signos prosódicos, visuais, gestuais dos quais já não se
pode mais fazer abstração (Pavis, 2011).

2.5. Possibilidades de interlocução do texto dramático (escrito e oralizado ou


representado)

Ao tratarmos do texto dramático oralizado ou representado ou simplesmente “representação


cênica”, retomamos Ubersfeld (2010) que assevera a existência de um discurso enunciador (I),
que tem como locutor o dramaturgo (IA), ao qual se juntam, na representação, outros locutores
(IA‟) – atores e encenador – e, como interlocutores, o público (IP).

A autora constata, ainda, a presença de um discurso enunciado (II), que tem como locutor a
personagem (IIA) e, como interlocutor, outra personagem (IIP). Consideramos, assim, que a
produção oral do texto dramático prevê a colaboração de um dramaturgo (quem escreve o texto),
de atores (quem efetivamente interpreta o papel no palco) e de encenadores/diretores
(responsáveis por organizar e dinamizar a apresentação como um todo); de modo amplo, essa
coletividade tem por interlocutor o público de teatro.

Em relação ao fenômeno artístico que caracteriza a apresentação teatral, Peixoto (1986) assinala
que entre ator e plateia existe a consciência de uma cumplicidade fundamental para existência da
representação cênica: ambos se reconhecem como participantes de uma farsa ensaiada, que
procura imitar a realidade. Segundo Chacra (2010), tal cumplicidade é gerada pela ilusão do
teatro realidade de palco ou o “como se” e suas convenções. Somente juntos ator e espectador
podem constituir aquilo que se chama teatro. Com enfeito, um pouco, mas interativo onde os
alunos poderão facilmente compreender matérias relacionadas a textos dramáticos.

2.6. Teatro na educação

Aos professores que pretendem enveredar por essas trilhas do teatro, um nome que não podemos
deixar de citar quando se trata desse universo cultural é o de Viola Spolin (1906 – 1994) que foi
uma atriz, educadora, diretora, autora e criadora de jogos de teatro.
7

Em uma de suas principais obras, ela defende a importância do trabalho com jogos teatrais em
sala de aula: Os jogos teatrais podem trazer frescor e vitalidade para a sala de aula. As oficinas de
jogos teatrais não são designadas como passatempos do currículo, mas sim como complementos
para a aprendizagem escolar, ampliando a consciência de problemas e ideias fundamental para o
desenvolvimento intelectual dos alunos. [...] São fontes de energia que ajudam os alunos a
aprimorar habilidades de concentração resolução de problemas e interação em grupo (Spolin,
2007, p.29).

O teatro pode ter um impacto significativo na educação, especialmente quando se trata de


desenvolvimento socio-emocional, habilidades de comunicação, pensamento crítico e
criatividade. Aqui estão algumas formas pelas quais o teatro pode ser usado na educação:

 Desenvolvimento socio-emocional: O teatro pode ajudar a desenvolver habilidades


socio-emocionais, como a empatia, a compreensão dos pontos de vista dos outros e a
capacidade de trabalhar em equipe. Além disso, representar personagens e experimentar
emoções diferentes pode ajudar a fortalecer a autoestima e a resiliência emocional.
 Habilidades de comunicação: O teatro também pode ajudar a desenvolver habilidades de
comunicação, como a fala clara, a expressão corporal, a postura e a dicção. Além disso,
ensaiar e apresentar peças teatrais pode ajudar os estudantes a superar a timidez e a se
sentirem mais confiantes ao se comunicar com outras pessoas.
 Pensamento crítico: O teatro também pode ser uma ferramenta poderosa para
desenvolver o pensamento crítico. Ao analisar e interpretar textos teatrais, os estudantes
aprendem a pensar de forma crítica e a desenvolver sua própria opinião sobre questões
sociais, políticas e éticas.
 Criatividade: O teatro é uma forma de arte altamente criativa que pode estimular a
imaginação e a criatividade dos estudantes. Ao criar personagens, cenários e diálogos, os
estudantes aprendem a pensar de forma criativa e a solucionar problemas de maneira
inovadora.

O teatro é uma ferramenta valiosa na educação, fornecendo aos estudantes habilidades socio-
emocionais, de comunicação, de pensamento crítico e criatividade.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos a ser adoptados nesta pesquisa: Análise Documental,


Elaboração de Questionários e Pesquisa-ação.

Na Análise Documental, a partir do que propõem Lüdke e André (1986), e selecionamos para
observação e análise livros didáticos. O critério de seleção do material compreendeu a leitura do
Guia do Programa Nacional do Ensino secundário em Moçambique, o texto dramático como
objecto de estudo de livros didáticos voltados a 8ª classe e a 9º classe do ensino secundário.
Como categorias de análise, elegemos: abertura do capítulo, actividades de leitura e compreensão
textual, propostas de produção escrita e oral.

Outro procedimento corresponderá na Elaboração de Questionários, do modo como propõem


Ludke e André (1986), que aplicamos a vinte (5) professores que lecionam língua portuguesa e
trinta (35) alunos da 9a classe do curso diurno na Escola secundária 7 de Abril.

O procedimento de Pesquisa-ação, sob a perspetiva de Thiollent (2005) e Franco (2005), será


realizada junto aos professores que lecionam língua portuguesa que lecionam 8ª e 9ª classe na
Escola secundária 7 de abril. Para o desenvolvimento das actividades, selecionaremos o
procedimento “sequência didática”, preconizado pelos pesquisadores genebrinos (Schneuwly;
Dolz et alii, 2004), a partir da contribuição metodológica de Lopes-Rossi (2002, 2006, 2011,
2012) e de nossa adaptação para estudo, produção recepção do texto dramático.

3.1. Tipo de estudo ou Pesquisa


Na perspectiva de Bogdan e Biklen (1994) “a pesquisa qualitativa é aquela que agrupa diversas
estratégias de investigação que partilham determinadas características ou comportamentos”.
Essa pesquisa é do tipo exploratória e descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa. Nesse
estudo vai ser utilizada a técnica de estudo de caso, pesquisa bibliográfica e de observação direta.

3.2. Tamanho de Amostragens

Para que os dados obtidos num levantamento sejam significativos, é necessário que a amostra
seja constituída por um número adequado de elementos, Gajardo, (2004).
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Vai se analisar o universo total da população, que é os professores e alunos da Escola Secundaria
7 de Abril, na Cidade de Chimoio, Província de Manica.

3.3. Determinação da amostra


A pesquisa irá abranger os professores da língua portuguesa que leccionam 8ª e 9ª classe e uma
parte de alunos da 9ª classe da Escola Secundária 7 de Abril, teremos uma amostra de trinta (55)
alunos da 9a classe do curso diurno, sendo quinze (30) alunos do sexo masculino e vinte(25) são
alunos do sexo feminino, no universo de noventa (90) alunos, com idade compreendidas entre 16
à 18 anos. Portanto, esta amostra ira nos permitir fazer uma generalização do fenómeno a partir
da qualidade de respostas dada ao questionário dirigidos tanto aos alunos como aos professores.

Vai-se trabalhar com cinco (15) Professores dos quais, dois (10) serão do sexo masculino e duas
(5) do sexo aposto da escola em referência.

3.4. Métodos de estudos e instrumentos de recolha de dados.


Os dados desta pesquisa vai ser colectados por meio de questionários e observação directa
e analisados através da utilização da técnica de análise de dados, vai se usar o método
estatístico simples.
O objectivo desta pesquisa é de compreender o aprofundamento dos estudos voltados à
Linguística no que concerne à implementação do teatro como um recurso didáctico no
ensino de Língua Portuguesa, e o tipo de pesquisa que vai se realizar neste estudo será
classificado como exploratória onde, os dados serão colectados por meio de questionário
semiestruturado através de questões abertas e fechadas. Assim, para traçar o perfil dos
Professores e alunos e conhecer as estratégias que pode ser usado por professores para
ajudar os alunos para entender os textos dramáticos. O tipo de pesquisa para este projecto
será “pesquisa quantitativa e qualitativa”.

3.5. Análise de dados


Para analisar estatisticamente os dados que vão ser colectados no questionário, na observação
directa vai ser utilizado o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)
17.0 (© SPSS Inc.TM) que é uma poderosa ferramenta informático que permite realizar cálculos
estatísticos complexos.
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4. Cronograma de Actividades

Especificação/Ano 2023
Meses Março Abril Maio Junho Julho
Levantamento Bibliográfico
Leitura das Obras
Compilação das Obras
Colecta de Dados
Analise Critica do Material
Redacção Provisória do Projecto

Entrega do trabalho Científico

5. Orçamento

Material a Usar/Consumir
Especificação Quantidade Valor Unitário Valor Total Fonte de
(mtn) Financeamento
Blocos de 01 100 X 1 100,00 Autora
notas
Resma 01 350 X 1 350,00 Autora
Esferográficas 02 100 X 2 200,00 Autora
Lápis 02 50 X 2 100,00 Autora
Borrachas 02 20 X 2 40,00 Autora
Serviços
Cópias 50 3 X 50 300, 00 Autora
Impressão 20 3 X 20 60,00 Autora
Recargas de 1000 1000 X 1 1000,00 Autora
Telemóvel
Transporte Todos /dia 20 X 20 400, 00 Autora
Total 2.550.00
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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. AZEREDO, Cristina Soares de Lara. Projeto Eco. 8ª ano. São Paulo: Positivo, 2009,
p.131- 150. BELTRÃO, Eliana Lúcia Santos; GORDILHO, Tereza Cristina Santos.
Diálogo Edição Renovada. 8ª ano. São Paulo: FTD, 2009, p.85-94.

2. CAMPOS, João Carlos Rocha; OLIVEIRA, Gabriela Rodella de. Português a Arte da
Palavra. 8º classe. São Paulo: AJS, 2009, p.46-81.

3. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens. 8ª


classe. São Paulo: Atual, 2009, p.18-37, 66-69.

4. DIAFÉRIA, Celina; PINTO, Mayara. Trajetórias da palavra. 9º classe. São Paulo:


Scipione, 2009, p.221-241.

5. PENTEADO, Ana Elisa de Arruda; COSTA; Cibele Lopresti; LOUSADA, Eliane


Gouvêa et alii. Para viver juntos. 8ª classe. São Paulo: SM, 2008, p.132-161.

6. SOUZA, Cássia Garcia de; CAVÉQUIA, Márcia Paganini. Linguagem Criação e


Interação. 9º classe. São Paulo: Saraiva, 2010, p.83-108.

7. TRAVAGLIA, Luiz Carlos; ROCHA, Maura Alves de Freitas; ARRUDA-FERNANDES,


Vania Maria Bernardes. A aventura da linguagem. 8ª classe. Belo Horizonte: Dimensão,
2009, p.96-111.

8. BAKHTIN, Mikhail Mikhaĭlovich. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São
Paulo: Martins Fontes, 2003[1979].

9. _____; Problemas da Poética de Dostoiévski. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Forense
Universitária, 2005[1928].

10. _____; VOLOCHÍNOV, Valentin Nikolaévitch. Marxismo e filosofia da linguagem:


Problemas fundamentais do método sociológico na Ciência da Linguagem. Trad. Michel
Lahud e Yara Frateschi Vieira e colaboradores. 9.ed. São Paulo: Hucitec, 2002[1929].
12

11. COPE, Bill; KALANTZIS, Mary (Ed.). Multiliteracies: Literacy Learning and the Design
of Social Futures. Routledge: Psychology Press, 2000.

12. GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1991.

13. LAKATOS&MARCONI. Metodologia de Trabalho Científico. 4ª Edição, São Paulo.,


Atlas Editora, 2004.
7. Questionários para professores

Questão 1 – Levando em conta os gêneros da ordem do narrar, assinale aquele(s) que você já
ensinou:

( ) Conto
( ) História em quadrinhos
( ) Fábula
( ) Texto dramático
( ) Outro(s)
Questão 2 – Caso utilize ou venha a utilizar o teatro em suas aulas, você o faria para:

( ) Facilitar a apreensão de um conteúdo dado


( ) Dramatizar um texto literário
( ) Proporcionar aos alunos um momento diferenciado, lúdico, recreativo
( ) Outra(s) finalidade(s)
Questão 3 – Se o professor de língua portuguesa decidir a trabalhar com a peça teatral, você
acredita que ele poderia solicitar aos alunos:

( ) A leitura silenciosa de peças teatrais


( ) A leitura dramatizada de peças teatrais
( ) A produção escrita de peças teatrais ou fragmentos (cenas)
( ) A encenação de uma peça teatral
Questão 4 – Em sua opinião, o trabalho com esse gênero (texto dramático ou peça teatral)
possibilitaria o aprendizado de conteúdos gramaticais?

( ) Sim
( ) Não
Em caso afirmativo, indique qual(is)?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Questão 5 – Em suas aulas, você já trabalhou com alguma peça de teatro?

( ) Sim
( ) Não
Se a resposta for “sim”, indique, por gentileza, quais foram selecionadas:

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Obrigada por participara da nossa pesquisa


7.1. Questionário para alunos
1. Já ouviu falar de textos dramático?
( ) sim
( ) Não
2. Já ouviu falar de teatro?
( ) sim
( ) Não
3. Já usaram o teatro como um recurso didático na sala de aulas?
( ) sim
( ) Não, se não salta para pergunta 4, se sim como foi a experiência?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Se o professor de língua portuguesa decidir a trabalhar com a peça teatral, você acredita
que ele poderia melhorar a percepção dos testos dramáticos?
( ) sim
( ) Não, se sim com?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Obrigada por participara da nossa pesquisa

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