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Estratégia didáctica do uso da leitura para a melhor compreensão dos textos: caso dos
alunos da 8a Classe da Escola Secundária de Tete
Tete
Março, 2024
Arlete de Assunção Piodosa de Castro
Estratégia didáctica do uso da leitura para a melhor compreensão dos textos: caso dos
alunos da 8a Classe da Escola Secundária de Tete
Tete
Março, 2024
Índice
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
1.2. Justificativa.................................................................................................................... 6
1.3. Problematização.............................................................................................................6
1.5. Objetivos........................................................................................................................ 8
2. REVISÃO LITERÁRIA....................................................................................................9
2.1. Leitura............................................................................................................................ 9
2.2.1. Texto........................................................................................................................ 10
2.2.2. Parágrafo.................................................................................................................. 10
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................................16
3.3. Método......................................................................................................................... 17
3.5.1. Universo................................................................................................................... 18
3.5.2. Amostra.................................................................................................................... 18
4. Cronogramas....................................................................................................................19
Referências Bibliográficas...................................................................................................... 21
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1. INTRODUÇÃO
1.2. Justificativa
1.3. Problematização
Importa frisar o prestígio estudantil e social desta pesquisa, visto que a boa formação
de uma frase (texto) e a compreensão dos textos depende, entre outros factores, da
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conformidade com as normas sintáticas que regulam a ligação entre os seus vários elementos
gramaticais. Igualmente recordamo-nos que uma parte importante das regras sintáticas da
maioria das línguas consiste naquilo que podemos designar por regras da coesão e coerência.
No contexto estudantil, este estudo será muito relevante na medida em que traz uma
abordagem didáctica sobre como usar a leitura para promover a compressão dos textos.
1.5. Objetivos
1.5.1. Objectivo geral
Compreender como a produção leitura pode ser usado para promover a compressão
dos textos nos alunos.
2. REVISÃO LITERÁRIA
2.1. Leitura
A leitura apresenta-se como uma experiência com a linguagem que pode desencadear
diferentes interações no universo do sujeito-leitor. Nesta subseção, assumem-se as ideias de
Mikhail Bakhtin, que, pelo valor atribuído à linguagem, configuram-se como referencial
teórico da pesquisa, possibilitando pensar as relações entre linguagem e leitura, uma vez que
toda e qualquer produção social se manifesta por meio da linguagem, a qual, neste trabalho,
apresenta-se como fundamento para compreensão das interações verbais vivenciadas entre
sujeitos que estão se constituindo leitores no ambiente escolar. Assim, o sujeito se forma nas
relações com outros sujeitos; os discursos ocorridos nas interações sociais de que participa são
constituindo em uma cadeia comunicativa ininterrupta.
O tema leitura tem sido amplamente discutido nos meios acadêmicos, uma vez que
no processo de alfabetização precede a aprendizagem da escrita. Para situarmos o estudo a ser
desenvolvido sobre leitura se faz necessário que se busque a definição deste termo, a luz do
que já foi estudado sobre a temática aqui abordada.
Segundo Tersariol (s/d, p. 266), “leitura é o ato ou efeito de ler, arte, hábito de ler;
aquilo que se ler”. O ato de ler, para Brandão e Micheletti (2002, p. 9):
No que considera uma definição mais comum de texto, Silva (2012) entende que é
um objecto verbal escrito, de extensão indeterminada, mas geralmente composta por um
conjunto de parágrafos. Por sua vez, Orlandi (2012) analisa o texto enquanto discurso e, por
isso, uma unidade de análise com começo, meio e fim e que tem um autor que lhe dá
coerência, progressão e finalidade, ou seja, a textura que garante a existência do texto.
2.2.2. Parágrafo
Tal como vimos no ponto anterior o texto tem as suas ideias expostas por escrito e,
geralmente distribuídas em parágrafos. De acordo com Moreno e Guedes (1979), parágrafo é
uma unidade gráfica material do texto, bem como uma unidade de composição. Isto é, o
parágrafo é materialmente um conjunto de frases que perfazem um bloco e é uma unidade de
composição na medida em que está nele composta uma mensagem. Para estes autores, o
parágrafo começa por uma frase denominada tópico frasal. Esta é desenvolvida, para dar
corpo ao parágrafo, por frases principais de explanação e frases secundárias de explanação.
De acordo com estes mesmos autores, o parágrafo termina com uma conclusão.
A leitura é uma competência que não têm fim no que diz respeito à aprendizagem,
visto que, a cada leitura aprende-se algo novo, novas palavras, novas formas e modos de ler e
de escrever, melhorando a leitura e aprendendo a melhorar a escrita. Como afirma Oliveira
(2009), o aprendizado da leitura e da escrita não termina quando se completa o período da
alfabetização, estende-se por toda a vida escolar, aliás, por toda a vida, pois a cada momento,
estamos aprendendo algo novo, palavras novas, significados novos. Ou por outra, quando uma
criança aprende a falar e a escrever, ela começa a dominar um sistema linguístico e, aos
poucos, compreende a regularidade que se apresenta na escrita.
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Assim sendo, na mesma linha de pensamento dos autores citados, é necessário que se
criem ambientes que favoreçam e estimulem a prática da leitura e da escrita e, a partir do
gosto pode-se chegar à prática e aos hábitos que nos levam a adquirir competência que tanto
deseja-se, neste caso seriam as competências da leitura e escrita. Também, é preciso mostrar
os reais benefícios de aprender a ler de modo a motivar os alunos a aprender. Ou melhor, no
que se refere à leitura e à escrita, a aquisição e o desenvolvimento dessas competências,
segundo Sim-Sim (2002; 2001; 1998, citado em Silva 2014), ocorrem em virtude de um
trabalho de educação formal, que leva anos a desenvolver-se. Já Gomes (s/d) falando sobre o
mesmo assunto, refere que são diversos estágios para o desenvolvimento no processamento da
leitura, visto que, no início da palavra, dá-se por pista visual, seguida pela consciência
alfabética, depois ocorre o reconhecimento da palavra, a seguir esse reconhecimento torna-se
controlado e finalmente passa a ocorrer de modo automático.
Sobre o mesmo assunto, Petrolino (2017, p. 43), afirma que “a leitura tem vários
processos e um deles é treinar o aluno a fazer uma leitura expressiva, para facilitar a própria
compreensão do texto e, já na leitura em voz alta, o aluno tem que decifrar o que está escrito e
depois reproduzir oralmente o que foi decifrado, porque há muitas dificuldades em decifrar a
escrita…após os primeiros contactos com a escrita é ideal que se incentivem os alunos a
escrever textos espontaneamente”.
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Vygotsky (1988) citado por Santos e Gonçalves (2011, p. 18) diz, sobre o ensino da leitura,
algo relevante e actual, isto é, que “a escrita deve ter um significado para as crianças,
despertando nelas a necessidade intrínseca de ser incorporada numa tarefa necessária e
relevante para a vida.” Portanto, a escrita não se circunscreve apenas ao exercício escolar. A
escola deve preparar o aluno para a vida leitura fora dela e, para que isto aconteça, Vygotsky
(1988) citado por Santos e Gonçalves (2011, p. 18) recomenda que “a leitura deve ser
ensinada naturalmente, como um instrumento natural no seu desenvolvimento e não como um
treino imposto de fora para dentro.”
Trouxemos este trecho porque consideramos o professor uma figura que molda o aluno para a
vida. Tratando-se da escrita, uma actividade que vai muito para além da escola, entendemos
que o aluno deve ganhar interesse e gosto de a exercitar. Para tal, vai contar muito o papel do
professor, por exemplo, se este elogia, lê, comenta os textos, e, em suma se ensina o processo
de escrita tal como ele acontece.
Ajustando a ideia de Vygotsky (1995) apresentada por Santos e Gonçalves (2011), podemos
dizer que, primeiro, para a vida universitária e mais tarde, na vida profissional, há que, no
segundo ciclo do ESG, dar ênfase à ideia de que a escrita é uma tarefa necessária e relevante
para o sucesso dos estudos no ensino superior e na vida profissional; segundo, é preciso
reforçar a ideia de ensinar a leitura com maior rigor, mas sem tornar o processo de ensino
numa actividade aborrecida para os alunos.
b) Dispor certa tipologia textual antes de dar orientações para os alunos produzirem uma
composição ou um texto da mesma tipologia;
c) Facilitar aos alunos a elaboração de um plano de texto antes de exigir que tenham um
plano de texto;
d) Ser preciso na interação durante as etapas da escrita para que a avaliação se baseie em
critérios muito concretos e não genéricos e fixos tais como criatividade, originalidade,
riqueza vocabular, entre outros.
e) Professor deve partilhar ferramentas com os alunos para decifrarem se o tema está
correctamente delimitado; se as ideias que desenvolvem estão relacionadas com o
tema e se estão apresentadas de acordo com a intenção do texto; se as formas
discursivas de apoio são adequadas às partes correspondentes do texto em que estão
aplicadas; se o produto final está bem construído como uma unidade e se a sua
mensagem está exposta de forma clara para o leitor.
aspectos prosódicos durante o acto de ler. Um texto de teatro é um meio natural e autêntico
para promover a repetição activa da leitura em voz alta, permitindo o ensaio para recitar ou
actuar perante um público. É o treino dos aspectos entoacionais na leitura oralizada que faz
com que a mesma pareça linguagem falada.
A aquisição precoce da estrutura narrativa básica, na versão oral, por volta dos 4/5
anos de idade, e as emoções gratificantes geradas pela narrativa são dois dos factores que
afectam o gosto por este tipo de textos e a consequente compreensão dos mesmos. Explorar a
compreensão dos textos narrativos implica trabalhar histórias curtas, pequenas novelas e obras
completas adequadas à idade e interesse das crianças, fomentando o raciocínio dedutivo, a
análise de acções, a antecipação de acontecimentos, a previsão de consequências, o raciocínio
inferencial e a apreciação valorativa do texto.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este terceiro capítulo contém a descrição da metodologia que será utilizada na investigação.
De acordo com Barreto & Honorato (1998), a metodologia da pesquisa devem ser
entendida como conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem
executados ao longo da pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos
inicialmente propostos, e ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior
rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informação.
Segundo Gil (2002), uma pesquisa, tendo em vista seus objetivos, pode ser
classificada da seguinte forma:
Para a nossa pesquisa de tema Estratégia didáctica do uso da leitura para a melhor
compreensão dos textos caso dos alunos da 8a Classe da Escola Secundária de Tete. Quanto
aos objectivos é uma pesquisa descritiva, optamos por este tipo de pesquisa porque vai nos
auxiliar na busca de informações sobre o nosso problema, assim como vai nos aproximar a
realidades dos factos estudados.
3.3. Método
Segundo Silva (2005, p. 32) universo de uma pesquisa "é a totalidade de indivíduos
que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo”. Assim, esta
pesquisa terá como universo todos alunos da 8ª Classe da Escola Secundária de Tete, que são
950, sendo 550 homens e 400 mulheres e os professores de língua portuguesa da mesma
classe curso diurno.
3.5.2. Amostra
Para Silva (2005, p. 32) amostra de uma pesquisa "é parte da população ou do
universo, selecionada, de acordo com uma certa regra". Assim, do universo acima referido, a
nossa pesquisa terá como amostra os alunos da turma “Dˮ da Escola Secundária de Tete
constituída por 70 alunos. Onde 40 são do sexo feminino e 30 são do sexo masculino e 2
professores de Língua Portuguesa das oitavas classes do curso diurno.
4. Cronogramas
4.1. Cronograma de actividades
Período de realização
Actividades
Encontro com
supervisor e revisão
Março
bibliográfica
Referências Bibliográficas
Flynn, R. (2005). Curriculum-based readers theathre: Setting the stag for reading and
retention. The Reading Teacher.
GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. (4. ed.) São Paulo: Atlas.