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Estudo dirigido de Psicoterapias: Abordagens fenomenológicas

Olá Daseins!

É um estudo dirigido bastante extenso e minha ideia não é que vocês o respondam em sua
totalidade. É mais uma espécie de “guia de leitura”. Vocês pode pegar o texto original e
procurar nele as respostas para compreender melhor seu conteúdo.

São muitos termos novos e o conteúdo é amplo. E nem parece que falamos de tantas coisas
em nossas aulas, mas falamos de quase tudo que está aqui. Então procurem curtir a viagem,
busquem informações adicionais sempre que necessário: vídeos no youtube, explicações
alternativas pelo google, podcasts, etc...

Indico alguns:

https://www.youtube.com/@FenomenologiaBrasil

https://open.spotify.com/episode/0dZusa3k9lYU3XTL59kMvf?si=9bf6dc8bcf3a4816

https://youtu.be/K7fTBAgHvTw - Daseinsanálise

https://www.youtube.com/@KaduSantosheideggerfacil/videos

Compreensão é um existenciário do Dasein! E o fenômeno se mostra a medida em que


estamos abertos a ele, como ele se mostra, a partir de si mesmo.

Então, bons estudos!

André Moniz

Questões centrais do livro: Na presença do sentido.

Arte e existência

1) No texto o autor descreve que “a existência é a condição de sonhador do homem”


(p.18). Relacione esta frase com a condição de abertura e de possibilidades como algo
que é específico do ser humano.
Diferentemente dos animais, o homem é movido
por aquilo que ainda não é. O que ainda não é é expectativa,
projeto, imagem, sonho; mesmo que nunca venha a ser,
que permaneça como pura possibilidade, esse ainda não
é é exatamente o que permite a possibilidade de ser (se
já fosse, não seria mais uma possibilidade). A força maior
dessa perspectiva de futuro pode vir desse ainda não.
A existência se situa na abertura do que ainda não
é, na abertura do sonhar.

2) “A obra de arte é algo que fala ao homem” (p.21). Explique por que a obra de arte é
um encontro, uma reunião, entre o que o artista percebe, o que ele expressa, o que
nós percebemos e o sentido que atribuímos.
A história dos desejos

3) Explique a seguinte frase: “por que são nossos sonhos que nos fazem sensíveis, que
nos abrem para o cuidado dos outros, das coisas e até de nós mesmos” (p.40).
4) Os sonhos se relacionam com dimensões importantes da existência, como o ser-com, a
espacialidade e o ser-de-um-estado-de-humor. Escolha um desses conceitos e
explique esta relação.
5) “Meu sonho era poder recordar com vocês dos meus sonhos mortos” (p.48) e convida
o leitor a ser teimoso, que reencontra a força do sonhar, de novo e de novo. O que ele
quis dizer com isso?

Desfecho: encerramento de um processo

6) Explique o processo de desfecho e sua relação com os ritos e passagem e a sua


duração.
7) Qual a diferença entre “começar de novo” e “começar outra vez”?
8) “Jung diz que os maiores e mais importantes problemas não são resolvidos ou
eliminados. Se isso acontecesse, eliminaríamos junto a nossa própria vida, os grandes
problemas podem apenas ser ultrapassados” (P.64). Considerando estra frase,
responda: por que há um risco em dizer que “tudo passa”?
9) No texto, o autor traz interessantes metáforas: “mergulhar no solo”, “raízes na
obscuridade”, “na presença do silêncio”, “enraizar-se”, etc. Qual a relação destes
conceitos com o processo de crescimento e desenvolvimento?

Sobre a morte e o morrer

10) “Os mortais”, assim os textos mitológicos referem-se aos homens. Considerando “ser-
mortal” é algo específico do homem, por que é tão importante uma compreensão
fenomenológica sobre a morte e o morrer?
11) Neste texto, o autor faz uma interessante análise sobre o sentido da vida e o sentido
da morte, como gestos de apropriação existencialmente e especificamente humanos.
Analise esta perspectiva considerando o conceito de angústia e de liberdade.
12) Explique a frase: “A morte e o morrer humanos nos acordam desse sono da
banalidade das coisas” (p.85)

Caracterização da Psicoterapia

13) O autor do texto, faz uma interessante associação na etimologia da palavra “Humano”:
Húmus que significa terra fértil. E associa que “ouvir a fala da obra é como acolher
uma semente” (p.28, capítulo arte e existência). Ele usa essa mesma analogia no
capítulo “caracterização da psicoterapia”, quando considera que o terapeuta tem que
ser terra fértil para acolher o cliente. Como a ideia da Poiesis pode ser articulada
nesses dois exemplos?
14) Para o autor: “Psicoterapia é procura, via poiesis, pela verdade que liberta para a
dedicação ao sentido” (p.169). Qual a importância existencial para a busca de sentidos
e significados na psicoterapia, e de que modo isso é libertador?

Psicoterapia e psicose

15) “Reintegrar a experiência psicótica na vida do paciente possibilita que ele veja como as
emoções vividas no surto tinham e continuam a ter sentido na totalidade da sua
história. [...] O conteúdo de um delírio ou de uma alucinação aponta, como uma
metáfora, para um âmbito da experiência humana que está em questão. Quando a
pessoa se apropria aquilo, ela pode deixar de ser louca. [...] Quando na psicoterapia, o
paciente recupera a estrutura do sentido, ele tem uma chance de poder, de novo,
investir em suas relações, e seus projetos” (p.203). Nesta perspectiva, qual o sentido
que pode ser buscado nas produções psicóticas e como este se articula com a história
de vida do sujeito?

Fenomenologia e existencialismo

16) O que se pode entender por “interioridade da existência” e como ela se opõe à visão
positivista de exterioridade do mundo?
17) Explique a seguinte afirmação: “toda consciência é consciência de algo. Logo
Consciência é sempre sobre algum objeto e os objetos só têm sentido para uma
consciência.”
18) Defina com suas palavras “noese” e “Noema”?
19) Como a fenomenologia-existencial entende o passado e o futuro na perspectiva da
temporalidade?
20) Por que se diz que para a fenomenologia é mais importante descrever e compreender,
que interpretar e explicar, sendo os dois primeiros, passos essenciais para uma
aproximação mais precisa aos objetos como realmente se mostram?
21) Em que consiste a “Epoché”, ou suspensão fenomenológica, como primeiro passo do
método fenomenológico?
22) Em que consiste a “redução eidética” e a redução transcendental?
23) Explique a seguinte máxima da fenomenologia: “O que importa é deixar e fazer ver por
si mesmo aquilo que se mostra, tal como se mostra a partir de si mesmo.”
24) Por que se considera a consciência como um fluxo constante de atos intencionais, e
não como estrutura ou substância, na fenomenologia.
25) O Método Fenomenológico não é dedutivo, parte de princípios tidos como verdadeiros
e possibilita chegar a conclusões em virtude unicamente de sua lógica - e nem
empírico, pois ele procura mostrar o que é dado e em esclarecer esse dado,
considerando o que está presente à consciência. Neste sentido, é correto dizer que a
fenomenologia proporciona a descrição direta da experiência, como ela é, a realidade
não é tida como algo objetivo e passível de ser explicado, ela é interpretada,
comunicada e compreendida? Não existe aí uma única realidade?
26) Segundo Husserl, a fenomenologia constitui-se em um novo começo da filosofia a
partir da "volta às coisas elas mesmas". O projeto de Husserl requer uma atitude
radical a partir do retorno ao estudo da consciência, começando pela análise
transcendental das estruturas constitutivas desta. O que seria esta análise
transcendental, ou a subjetividade transcendental?

Sobre conceitos básicos do existencialismo, a partir do texto “seminários de Zollikon”.

27) Qual é o problema central abordado por Martin Heidegger em sua filosofia?
28) Quem influenciou profundamente Heidegger em sua obra?
29) O que é Dasein e por que é importante para Heidegger?
30) Como o cuidado é definido por Heidegger e qual é a sua importância?
31) O que é a disposição e como ela está relacionada ao existir?
32) Como a escolha do cuidar é baseada segundo Heidegger?
33) O que significa compreender para Heidegger?
34) Qual é a relação entre compreensão e interpretação, segundo Heidegger (1993) e
Nunes (2002)?
35) O que significa estar lançado, segundo Heidegger (1993)?
36) Qual é a visão de Heidegger sobre a comunicação humana?
37) O que é o falatório, segundo Heidegger?
38) Qual é a relação entre o discurso, a compreensão e a compreensibilidade do ser-aí?
39) Qual é o objetivo do autor ao propor "um outro modo" de compreender o trabalho
psicoterapêutico baseado exclusivamente no pensamento de Heidegger?
40) O que é a desconstrução do pensamento calculante, e qual é a relação dessa ideia com
o pensamento meditativo?
41) Por que é importante que um psicoterapeuta não transforme o pensamento
fenomenológico em uma técnica para ser aplicada no processo clínico?
42) Segundo o autor, o que é necessário para minimizar o risco de distorção do
pensamento fenomenológico existencial no trabalho psicoterapêutico?
43) Qual é o significado de propriedade e impropriedade na existência humana, de acordo
com Casanova (2009)?
44) Como é possível para o dasein experimentar suas possibilidades de ser em um modo
próprio e pessoal?
45) O que é necessário para pensar a linguagem de maneira meditativa?
46) Como a linguagem é concebida por Heidegger (2001a) em relação à essência do ser?
47) Por que a concepção de essência do existir humano de Heidegger é importante para a
psiquiatria?
48) O que é o seminário de Zollikon e qual é a sua relação com Heidegger?
49) Como Heidegger entende o termo "analítica" em contraste com o termo "análise"?
50) Qual é a proposta da abordagem fenomenológica na psicoterapia?
51) Como o terapeuta com disposição fenomenológica lida com o paciente?
52) O que é importante na abordagem fenomenológica em relação ao analisando trazer a
questão a ser tematizada?
53) Quais são as características que um psicoterapeuta deve ter na abordagem
fenomenológica, segundo Feijoo e Sá?
54) O que significa poiesis?
55) Qual é a diferença entre a linguagem da razão e a linguagem da terapia?
56) Como a linguagem pode afetar a compreensão do que existe?
57) Qual é a relação entre a linguagem e o desvelamento de algo?

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