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ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA

A Escala de Depressão Geriátrica (EDG) é um instrumento projetado para


rastrear possíveis casos de depressão, não para diagnosticá-los. Composta por 15
itens, cada pergunta é formulada para avaliar sintomas diretos ou indiretos da
depressão, com respostas limitadas a "sim" ou "não".
É fundamental que o paciente responda dentro desses parâmetros, sendo
incentivado pelo entrevistador, mesmo que suas respostas não sejam precisamente
"sim" ou "não". Ao final do teste, a pontuação total, variando de 0 a 15, é calculada.
Pontuações entre 0 e 5 são consideradas normais, mas escores acima de 5 indicam
a necessidade de uma análise mais aprofundada, de acordo com os critérios do
DSM IV.
É crucial observar que a EDG não deve ser administrada a indivíduos com
um escore inferior a 13 no Mini Exame do Estado Mental, pois isso indica uma falta
de capacidade de compreensão das perguntas. A escala pode ser aplicada por um
entrevistador treinado ou auto aplicada, demandando de cinco a 15 minutos para
completar.
A versão reduzida da EDG foi criada a partir da escala original, selecionando
os itens mais fortemente correlacionados com o diagnóstico de depressão. Almeida
e Almeida (1999) propõem um escore de corte ≥ 5 para determinar a presença de
sintomas depressivos em idosos. É recomendável que o entrevistador registre a
data da aplicação para facilitar comparações futuras de resultados.
QUESTIONÁRIO DE FALHAS COGNITIVAS

O Questionário de Falhas Cognitivas (CFQ) é um instrumento projetado para


avaliar pequenos erros de memória, atenção, linguagem, motricidade e
impulsividade que ocorrem no dia a dia. Sua apresentação ocorre em forma de
autopreenchimento, onde o paciente ou voluntário relata a frequência com que
experimentou essas falhas nos últimos seis meses. Com instruções claras, a escala
visa documentar como o paciente percebe tais dificuldades, circulando o número
apropriado para cada item.
A aplicação do CFQ é preferencialmente rápida, sem que o paciente gaste
muito tempo em cada item específico. Caso seja necessário, um informante próximo
pode responder às perguntas considerando o comportamento do paciente no
cotidiano. Cada item é pontuado em uma escala de 0 (nunca) a 4 (quase sempre),
sem itens codificados de forma inversa. A soma total dos itens fornece um indicativo
da frequência de falhas cognitivas, variando de 0 a 100, onde pontuações mais
elevadas indicam maiores queixas cognitivas.
A interpretação do CFQ baseia-se na frequência esperada de falhas para
adultos saudáveis, sem transtornos mentais ou neurológicos. Normas preliminares
foram estabelecidas com base em estudos psicométricos, fornecendo dados como
média, desvio-padrão e percentis para adultos sem histórico de transtornos mentais.
Além disso, pontuações esperadas foram relatadas para pacientes com transtornos
internalizantes, externalizantes e um grupo misto.
de Paula, J.J., Costa, D.S., Miranda, D.M., & Romano-Silva, M.A. (em revisão). Brazilian
version of the Cognitive Failures Questionnaire (CFQ): transcultural adaptation, evidences of
validity andreliability. Revista Brasileira de Psiquiatria, 40, 312-315.

ALVARENGA, Márcia Regina Martins; OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos; FACCENDA, Odival.
Sintomas depressivos em idosos: análise dos itens da Escala de Depressão Geriátrica. Acta
Paulista de Enfermagem, v. 25, p. 497-503, 2012.

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