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Equipe Projeto IBGE Efetivo - Português

PORTUGUÊS

ADJETIVO

EQUIPE PROJETO IBGE EFETIVO

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Introdução
Olá, pessoal! Como estão todos? Estou de volta com mais uma aula em nosso
módulo de morfologia. O tema da nossa aula de hoje é "adjetivos".

Para os que me acompanham nas redes sociais, especialmente no Instagram,


saibam que estou sempre disponível para responder as suas mensagens. Caso
ainda não me sigam e desejem interagir comigo, vou deixar o meu Instagram
@prof.kassiabraga.

Na nossa primeira aula, discutimos rapidamente sobre o que é o adjetivo e qual


é a sua função sintática. Agora, vou revisar esse conteúdo brevemente.

Então, o que é um adjetivo? O adjetivo é a classe de palavra que tem o papel


de qualificar o substantivo.

E quais são as funções sintáticas do adjetivo? Basicamente, ele pode funcionar


como adjunto adnominal ou como predicativo do sujeito ou do objeto.

Se por acaso você perdeu a nossa aula introdutória de morfologia, sugiro


fortemente que você volte e leia. Por quê? Porque nessa aula abordei
conceitos muito importantes que são fundamentais para compreender tudo o
que estou explicando agora. Portanto, não deixe de estudar, tá bom?

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Classificação dos Adjetivos


Vamos prosseguir agora com a classificação dos adjetivos. Primeiramente,
temos os adjetivos simples, que possuem apenas um radical. De forma bem
simplificada, o adjetivo simples é formado por apenas uma palavra. Por
exemplo, em "visão social" e "visão econômica", os adjetivos 'social' e
'econômica' são simples.

Por outro lado, temos os adjetivos compostos, que apresentam mais de um


radical, ou seja, mais de uma palavra. Por exemplo, em "visão
socioeconômica", o adjetivo “socioeconômica” é composto.

Além desses, existem ainda os adjetivos primitivos e os derivados. Na nossa


aula sobre formação de palavras, discutimos detalhadamente esses conceitos,
e se você perdeu essa aula, recomendo que retorne a ela para uma
compreensão mais completa.

De forma resumida, o adjetivo primitivo é aquele que não apresenta afixos, que
são prefixos e sufixos. Um prefixo é um elemento que vem antes do radical da
palavra, enquanto o sufixo é um elemento que vem após o radical. Por
exemplo, em "amarelado", “amarelo” é o radical e “ado” é o sufixo. Portanto,
os derivados apresentam afixos.

Finalmente, temos o adjetivo pátrio, também conhecido como adjetivo


gentílico. Esse tipo de adjetivo faz referência a continentes, países, regiões e
assim por diante. Por exemplo, as palavras 'brasileiro', 'americano', 'piauiense',
'brasiliense', 'pernambucano' e 'sulista' são todos adjetivos pátrios.

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A locução adjetiva é outro tópico importante em nossa discussão sobre


adjetivos. Essencialmente, uma locução adjetiva é uma combinação de palavras
que, juntas, têm o valor de um adjetivo. Exemplos comuns de locuções
adjetivas incluem expressões como "briga à toa", "policial à paisana" e
"máquina de lavar".

Um detalhe crucial é que essas locuções geralmente são precedidas por uma
preposição. Além disso, quando o núcleo da locução é feminino, geralmente
ocorre o uso de crase.

Então, quando estamos examinando as locuções adjetivas, é importante


prestar atenção nessas características para identificar e compreender
corretamente seu uso e significado.

Locução Adjetiva x Locução Adverbial


Em resumo, a locução adjetiva se relaciona a um substantivo, enquanto a
locução adverbial está ligada a um verbo.

Vamos ver alguns exemplos para tornar isso mais claro:

Na expressão "briga à toa", temos "briga" como substantivo e "à toa" como
locução adjetiva. Da mesma forma, em "policial à paisana" e "máquina de
lavar", "policial" e "máquina" são substantivos, então "à paisana" e "de lavar"
funcionam como locuções adjetivas.

Agora, observe esta frase: "Estudei à noite". Nesse caso, "estudei" é um verbo
e "à noite" é uma locução adverbial, não adjetiva. O adjetivo não se liga ao
verbo, mas ao substantivo, por isso "à noite" não pode ser uma locução
adjetiva nesse contexto.

Este é um ponto comum de confusão em provas, portanto é vital que se tenha


cuidado. Os organizadores do teste às vezes podem tentar confundir os
candidatos misturando advérbios com adjetivos, locuções adverbiais com
locuções adjetivas, e adjuntos adverbiais com adjuntos adnominais. Portanto, é
essencial estar atento a essas diferenças.

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Variação em Grau
Seguindo, vamos falar sobre variação em grau. Primeiro, vamos entender o que
é o grau do adjetivo. O grau do adjetivo pode ser comparativo ou superlativo.

Antes de começar, é importante mencionar que nem sempre as palavras


podem se transformar em adjetivos, mas é interessante conhecer essa
possibilidade.

Por exemplo, uma palavra de outra classe pode se transformar em um adjetivo.


Isso acontece principalmente com substantivos. Por exemplo, quando usamos
um substantivo para qualificar algo ou alguém, como "O João tubarão acabou
de chegar". Nesse caso, o substantivo funciona como um adjetivo.

Vamos agora entender melhor o grau do adjetivo, começando pelo grau


comparativo e o grau superlativo.

O comparativo compara um elemento com outro, enquanto o superlativo


enfatiza algo ou compara um ser a um grupo.

No grau comparativo, podemos ter três possibilidades: superioridade,


igualdade e inferioridade.

No comparativo de superioridade, fazemos uma comparação entre dois


elementos, como "Maria é mais inteligente do que João" ou "Maria é mais
inteligente que João". O uso da conjunção "do que" auxilia a comparação.

No comparativo de igualdade, também comparamos dois elementos, mas


destacamos a igualdade entre eles, como em "Maria é tão inteligente quanto
João".

No comparativo de inferioridade, novamente comparamos dois elementos,


mas destacamos a inferioridade de um deles, como em "Maria é menos
inteligente do que João" ou "Maria é menos inteligente que João".

No grau superlativo, temos o superlativo relativo e o superlativo absoluto. O


superlativo pode ser relativo (comparação com um grupo) ou absoluto
(engrandecimento).

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Dentro do relativo, eu tenho duas possibilidades. Quais são estas


possibilidades? De superioridade e inferioridade.

No superlativo relativo de superioridade, comparamos um ser com um grupo.


Por exemplo, "Maria é a mais inteligente da turma". No superlativo relativo de
inferioridade, a comparação também ocorre com um grupo, "Maria é a menos
inteligente da turma".

No superlativo absoluto, ocorre um engrandecimento de algo. Podemos usar o


superlativo analítico, utilizando um advérbio antes do adjetivo, como em
"Maria é muito inteligente". Também podemos usar o superlativo sintético,
adicionando o sufixo "-íssimo" e suas variações ao adjetivo, como em "Maria é
inteligentíssima".

É importante lembrar que o superlativo pode ser usado tanto para enfatizar
aspectos positivos quanto negativos.

Existem outras formas estilísticas de superlativos, como a repetição de um


adjetivo, comparações curtas, expressões populares e repetição do fonema.
Essas formas são mais específicas e não costumam ser cobradas em todas as
provas.

Formas estilísticas dos superlativos

• Emprego de prefixos com ideia de aumentativo: superlindo, hiperfeliz;


• Repetição do adjetivo: ela é linda, linda, linda;
• Comparação curta: ela é linda como uma princesa;
• Certas expressões populares: Ela é linda de morrer;
• Na internet, usa-se a repetição de um fonema: a coca-cola está
gelaaaaada.
Superioridade

Comparativo Igualdade

Inferioridade

Grau
Superioridade
Relativo
Inferioridade
Superlativo
Analítico
Absoluto
Sintético

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QUESTÕES
1) Leia: Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas
também atitudes, ideais e senso crítico

No primeiro período do quinto parágrafo, a palavra “ideais” é um adjetivo que


qualifica “atitudes”.

Comentário:

Aqui, ideais é um substantivo.

Gabarito: Errado.

2) Tanto o vocábulo “programável” (linha 28) quanto o vocábulo “indesejável”


(linha 31) pertencem à classe dos adjetivos.

Comentário:

Ele é um adjetivo porque qualifica o substantivo “sistema”. Além disso, ele está
funcionando como predicativo do sujeito.

É possível não só recortar um pedaço de DNA indesejável. Esse adjetivo está


explicando que tipo de DNA é esse. Ele está qualificando o substantivo “DNA” e
funcionando como adjunto adnominal.

Então, tanto “programável” quanto “indesejável” são adjetivos.

Gabarito: Certo.

3) “Existem dois lados em cada problema: o nosso lado e o lado muito errado.”

Nessa frase há uma forma de superlativo (muito errado); a frase abaixo em que
NÃO há qualquer forma de superlativo, é:

A) É bem difícil conviver com um pessimista;

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B) Fatos são coisas teimosas pra burro;

C) Os legumes estão baratos;

D) O homem estava algo abatido devido à doença.

Comentário:

A frase abaixo em que não há qualquer forma de superlativo é “Os legumes


estão baratos”. Nessa frase, temos apenas um adjetivo sem superlativo.

Só para relembrar, o superlativo é uma intensificação ou engrandecimento de


algo ou a comparação de uma pessoa com um grupo.

Gabarito: Letra C.

4) Na estrutura “Quem é esse bicho mais valente e poderoso que eu?” os


adjetivos presentes nela encontram-se no grau:

a) Superlativo absoluto analítico.

b) Comparativo de igualdade.

c) Superlativo relativo de inferioridade.

d) Comparativo de superioridade.

e) Superlativo relativo de superioridade.

Comentário:

Quando falamos de grau, podemos pensar em dois tipos: comparativo e


superlativo. O comparativo compara um ser com outro ser, enquanto o
superlativo compara um ser com um grupo ou engrandece um ser.

Nessa estrutura, o bicho está sendo comparado com outro ser. Ele é mais
valente e mais poderoso do que eu. Essa comparação está sendo feita de
maneira superiorizada, ou seja, é um comparativo de superioridade.

Gabarito: Letra D.

5) Em “a evolução do status da doença no Brasil é fundamental para aumentar


nossa participação no comércio internacional.”, os adjetivos exercem,
respectivamente, função sintática de

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a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.

b) predicativo do sujeito e adjunto adnominal.

c) predicativo do sujeito e complemento nominal.

d) adjunto adnominal e complemento nominal.

e) predicativo do objeto e adjunto adnominal.

Comentário:

O adjetivo “fundamental” está qualificando a palavra “evolução” e funcionando


como predicativo do sujeito. Já o adjetivo “internacional” está qualificando o
substantivo “comércio” e funcionando como adjunto adnominal.

É importante saber quais são as funções sintáticas das classes de palavras. O


adjetivo pode funcionar como adjunto adnominal, mas não pode funcionar
como complemento nominal. Sabendo disso, já conseguimos eliminar algumas
alternativas em questões de prova.

Gabarito: Letra B.

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