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COMPLEMENTO DO NOME

Função sintática desempenhada por argumentos selecionados por um nome e que ocorrem à direita deste.

Esta função sintática introduz a novidade de que não são apenas os verbos que selecionam complementos, mas também
os nomes. Aliás, um nome pode selecionar mais do que um complemento. Os complementos do nome são sempre de
preenchimento opcional.

Existem três tipos de complementos do nome: o complemento adjetival do nome; o complemento preposicional do
nome e o complemento frásico do nome.

O complemento preposicional do nome designa a função sintática desempenhada por um grupo preposicional não
frásico selecionado por um nome. Este grupo preposicional não frásico é, por sua vez, constituído por uma preposição
e por um grupo nominal que complementa o sentido dessa preposição.

Ex.: A vontade de reivindicação aumentou.

O complemento preposicional do nome "de reivindicação", constituído pela preposição "de" e pelo grupo nominal
"reivindicação", é o constituinte do grupo nominal "A vontade de reivindicação" que se encontra à direita do nome
"vontade", o núcleo que seleciona este complemento.

Sem existir uma total correspondência de termos, o complemento preposicional do nome equivale à função sintática de
complemento determinativo da anterior nomenclatura gramatical.

O complemento frásico do nome designa a função sintática desempenhada por um grupo preposicional frásico
selecionado por um nome. Este grupo preposicional frásico é, por sua vez, constituído por uma preposição e por uma
frase que complementa o sentido dessa preposição.

Ex.: A tendência para marcar férias pela Internet tem vindo a aumentar.

O complemento frásico do nome "para marcar férias pela Internet", constituído pela preposição "para" e pela frase não
finita infinitiva "marcar férias pela Internet", é o constituinte do grupo nominal "A tendência para marcar férias pela
Internet" que se encontra à direita do nome "tendência", o núcleo que seleciona este complemento.

O complemento adjetival do nome designa a função sintática desempenhada por um grupo adjetival selecionado por
um nome.

Ex.: A literatura clássica inspirou muitos intelectuais renascentistas.

O complemento adjetival do nome "clássica", constituído pelo adjetivo "clássica" é o constituinte do grupo nominal "A
literatura clássica" que se encontra à direita do nome "literatura ", o núcleo que seleciona este complemento. Esta
função sintática pode ser substituída por um grupo preposicional, por exemplo, "dos clássicos".

Sem existir uma total correspondência de termos, o complemento adjetival do nome equivale à função sintática de
atributo da anterior nomenclatura gramatical.

As funções sintáticas de complemento do nome e modificador do nome podem confundir-se; no entanto, desempenham
funções distintas numa frase. Os complementos do nome são selecionados por um nome, ao passo que os modificadores
do nome não são selecionados pelo nome, restringindo ou não a referência do nome que modificam.
Porto Editora – complemento do nome na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-11-28]. Disponível
em https://www.infopedia.pt/$complemento-do-nome
MODIFICADOR DO NOME
Tal como o nome indica, o modificador do nome modifica um nome (ou pronome). No entanto, como é um constituinte
não selecionado pelo nome, pode ser retirado da frase sem que esta se torne agramatical (sem sentido).

Modificador do nome restritivo

Modificador que restringe/limita a realidade referida pelo nome que modifica. Geralmente surge à direita do nome que
restringe, que pode encontrar-se tanto no sujeito como no predicado, e nunca está separado por vírgulas.

Vi um filme interessante. (interessante modifica o nome filme)

A casa da Joana é bonita. (da Joana modifica o nome casa)

Cão que ladra não morde. (que ladra modifica o nome cão)

Modificador do nome apositivo

Modificador que não restringe o nome, por isso está sempre separado por vírgulas.

O João, o irmão da Maria, é meu colega. (o irmão da Maria modifica o nome João)

A Inês, ansiosa, foi ver as notas. (ansiosa modifica o nome Inês)

O carro, de valor inestimável, nunca será vendido. (de valor inestimável modifica o nome carro)

A Joana, que é a minha melhor amiga, vai-me ajudar. (que é a minha melhor amiga modifica o nome Joana)

PREDICATIVO DO COMPLEMENTO DIRETO


3. Representação

4. Considerações Gerais
[Há] um subconjunto dos verbos transitivos diretos que seleciona um segundo complemento, um predicativo do
complemento direto. Para que o possamos classificar assim, teremos de ter uma frase como a seguinte:

(1) «Achei a Júlia muito simpática.»

Em (1), temos «a Júlia» como complemento direto de «achei», e «muito simpática» como predicativo do complemento
direto. É, por exemplo, no Dicionário Houaiss que encontramos a expressão «transitivo direto predicativo» a classificar este
e outros verbos (considerar, julgar e ver).'
in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/verbos-transitivos-directos-predicativos/17726# [consultado em 28-11-
2022]

Faz o quiz acessível em https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/predicativo-do-complemento-direto .

ASPETO VERBAL
(…)
(https://portugues-fcr.blogspot.com/2011/11/aspeto-verbal.html )
Modalidade e valor modal
FRASE - FORMA ATIVA E FORMA PASSIVA
(https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/325380/mod_resource/content/2/eManual%20Tipos%20e%20Formas%20da%20Frase.pdf )

A PALAVRA «QUE»
Classes de palavras

- Pronome relativo - O valor do pronome relativo vai variar de acordo com a natureza do termo antecedente ao qual se
refere. Que pode ser: um substantivo, um pronome, um adjetivo, um advérbio ou uma oração. No que concerne à função
sintática, eles podem ser: sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, adjunto adnominal, complemento nominal,
adjunto adverbial, agente da passiva. São diferentes das conjunções nesse sentido, pois elas não exercem nenhuma função
interna, são apenas conectivos.

Exemplos: O rapaz que eu entrevistei foi admitido. (o antecedente é «O rapaz», substituído pelo pronome relativo «que»)

O pronome «que» introduz uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que eu entrevistei» e delimita
o universo de seres representado pelo nome «rapaz».

A minha tia, que está em Roma, recebeu um prémio. (o antecedente é «tia», substituído pelo pronome relativo
«que»)

O pronome «que» introduz uma oração subordinada adjetiva relativa explicativa «que está em Roma» e
fornece um esclarecimento adicional acerca do nome «tia».

- Pronome interrogativo – Pronome invariável, inicia perguntas diretas ou indiretas.

Exemplo: Que problema poderá surgir agora?


- Conjunção coordenativa explicativa – inicia uma oração coordenada explicativa.

Exemplo: Temos de poupar, que a vida não está para brincadeiras.

- Conjunção subordinativa causal – inicia uma oração subordinada adverbial causal.

Exemplo: Levo casaco, que está frio.

- Conjunção subordinativa consecutiva – quando antecedida de «tão», «tal», «tanto», inicia uma oração subordinada
adverbial consecutiva.

Exemplo: O estrondo foi tão forte que partiu os vidros.

- Conjunção subordinativa integrante – inicia uma oração subordinada substantiva completiva / integrante.

Exemplos: A verdade é que te adoro. (completa o sentido do nome)

Ele pediu para assistir à aula. (completa o sentido do verbo)

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