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Centro Universitário
Bacharelado em Fisioterapia
Paripiranga
2021
ANA CARLA ANDRADE RABELO
Paripiranga
2021
Rabelo, Ana Carla Andrade, 1998
Fisioterapia na saúde da criança com Síndrome de Down:
abordagem do tratamento fisioterapêutico / Ana Carla Andrade
Rabelo. – Paripiranga, 2021.
64f.: il.
BANCA EXAMINADORA
Em primeiro lugar, agradeço а Deus, quе sempre foi presente na minha vida,
nunca me desamparou, mostrando sua presença em pequenos gestos e em
momentos difíceis, fez com que meus objetivos fossem alcançados. Durante todos
estes cinco anos de estudos, me deu forças para não desistir do meu sonho; nos
dias mais difíceis, me permitiu ultrapassar todos os empecilhos encontrados ao
longo da realização deste trabalho, tudo no momento e tempo dEle, me livrou e
protegeu durante as idas para Paripiranga (BA) todas as noites; foi a minha força
quando precisei ficar longe de casa na fase final do curso durante o estágio.
Aos meus pais, Carlos Jorge e Zelita, à minha irmã, Micaele, e ao meu noivo,
Geferson, que me incentivaram nos momentos mais difíceis. Faltam-me palavras
para agradecer tudo que os meus pais e meu noivo fizeram. Aos meus pais, por
nunca terem medido esforços para me proporcionar um ensino de qualidade durante
todo o meu período escolar, desde pequena sempre me deram o melhor; e ao meu
noivo, por ser meu colo para chorar quando algo não saia como eu esperava, por
me ajudar em alguns trabalhos, por todo companheirismo de sempre. À minha irmã,
Micaele, por ser minha cobaia de estudos e de realização de técnicas
fisioterapêuticas, mesmo com toda dificuldade, tomaram o meu sonho como se
fosse deles, me apoiaram, me ajudaram e vibraram junto comigo pela minha
conquista. Sem vocês, nada disso seria possível.
À minha amiga, Alana, que foi uma das únicas amigas que me apoiou, me
incentivou e me mandava os textinhos mais lindos dizendo a excelente profissional
que eu seria. Obrigada pela amizade incondicional, pelo apoio demonstrado ao
longo de todo o período de tempo em que me dediquei a este trabalho.
Ao professor Fabio Luiz, por ter sido meu orientador e ter desempenhado tal
função com dedicação. Aos meus professores do UniAGES, principalmente, aos que
são excelentes fisioterapeutas e me proporcionaram conhecer a fisioterapia de
forma tão ampla e eficaz, Gisele, Elenilton, Erika, Maria Fernanda, Beatriz, Thiago
Zago, pelos ensinamentos, que me permitiram apresentar um melhor desempenho
no meu processo de formação profissional durante esses cinco anos do curso.
Aos meus colegas de curso, com quem convivi intensamente durante os
últimos cinco anos, pela troca de experiências que me permitiram crescer não só
como pessoa, mas, também, como formando.
Seja forte e corajoso! Não se apavore nem
desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com
você por onde andar.
Josué 1:9
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 13
2 DESENVOLVIMENTO 16
2.1 Referencial Teórico 16
2.1.1 História, etiologia, tipos, epidemiologia e fatores de risco da Síndrome
de Down 16
2.1.2 Desenvolvimento neuropsicomotor típico, atípico e as disfunções
causadas pela Síndrome de Down 21
2.1.3 Desenvolvimento de estudos e efeitos da Fisioterapia em crianças
com Síndrome de Down 32
2.1.4 Tratamento fisioterapêutico na Síndrome de Down 40
3 METODOLOGIA 46
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 55
REFERÊNCIAS 57
13
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
Desta forma, as mães que possuem uma idade mais avançada contribuem
para uma ameaça grande de possuírem crianças com a Síndrome de Down (Figura
6), já que os ovócitos envelhecidos conseguem acarretar a eliminação das fibras
cromossômicas ou a deterioração do centrômero, isto aponta que a insuficiência da
divisão destes cromossomos sobre a consequência da idade materna sucede
apenas no decorrer da anáfase I na meiose, e não na fase da anáfase II. Além do
mais, os estudos mostram que a idade do pai afeta também, se estiver avançada por
ser um elemento colaborador para a Síndrome de Down (VILELA et al., 2018).
Figura 7: Tríade.
Fonte: Santos (2016).
24
Figura 12: Criança com Síndrome de Down de 12 meses na posição prona, pois ainda não senta
sozinha.
Fonte: Clara (2018).
De acordo com pesquisas, foi relatado que o uso da fisioterapia permite aos
pacientes com Síndrome de Down tratamentos voltados para a musculatura,
respiratória e funcional, sendo estes responsáveis pela evolução das
funcionalidades motoras nesses pacientes, melhorando a qualidade de vida e o
prolongamento de vida (PERREIA et al., 2019).
Em relação aos estudos ligados ao desenvolvimento motor nas crianças com
Síndrome de Down, podemos observar que as complicações podem influenciar na
aprendizagem motora dessas crianças, relacionando, assim, esse atraso no
desenvolvimento da motricidade fina e global com a hipotonia. Em relação ao uso
das sessões psicomotoras em pacientes pediátricos com Down, devem-se usar
fantasias para a realização dos exercícios, pois isso ajuda a estimular o
desenvolvimento do pensamento, englobando, assim, os aspectos afetivo-motores.
A realização de um programa especial de desenvolvimento motor, constituído de
exercícios lúcidos, favoreceu expressivamente ao aumento das principais esferas
motoras do paciente. Sendo que a linguagem é a área de desenvolvimento mais
prejudicada nas crianças com Síndrome de Down (SANTOS et al., 2010).
Ainda expõe-se que as sessões terapêuticas de estimulação sensorial devem
ser realizadas uma vez por semana com a duração de 30 minutos, sendo executada
35
A escala Bayley III (Figura 19) ou (Bayley Scale of Infant Development), como
é conhecida, trata de um teste padronizado das competências mentais, linguagem e
motoras das crianças com idade de 15 a 42 meses de vida. É entendida por 326
componentes, dividido em cinco subescalas, motor fina, cognitiva, domínio da
linguagem expressiva e receptiva e motora grossa. A Bayley III evidencia como uma
das maiores escalas da atualidade no campo do desenvolvimento da criança,
percorrendo o padrão-ouro, de acordo com especialistas, por ser completa e uma
avaliação muito bem desenvolvida do desenvolvimento neuropsicomotor. Por isso,
sua finalidade como objeto de pesquisa tem recebido um grande patrocínio da
sociedade científica, para testes de avaliações em toda a população, bebês que
nasceram antes do tempo ou com transtornos especiais relacionados ao seu
desenvolvimento, por exemplo, o autismo (FERREIRA, 2014).
Figura 23: Inibição do padrão de rotação interna. Figura 24: Facilitação da extensão do quadril.
Fonte: Castilho-Weinert; Forti-Bellani (2011). Fonte: Castilho-Weinert; Forti-Bellani (2011).
43
que se encontra montada no animal, com essa postura, terá de executar mudanças
posturais do tronco, da pelve, dos membros e da cabeça, cooperando de modo
positivo nesse mecanismo da criança. Além do mais, essa técnica melhora os
déficits de instabilidade durante a marcha, melhora o equilíbrio e permite ajustes
tônicos (CHAVES; ALMEIDA, 2018).
Deste modo, a execução tem que ser feita ao ar livre e o cavalo tem que ser
dócil, com o intuito de a criança criar um laço de afeto com o animal, motivando
laços emocionais e afetivos, transformando o método em algo mais prazeroso e
lúdico. A equoterapia exige esforço e paciência em relação à família e à criança,
pois ela precisa criar confiança com o cavalo e isso pode levar um tempo, e quando
45
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
PERIÓDICOS
AUTORES/ CARACTERÍSTICAS
N° RESULTADOS E BASES DE
ANOS DO ESTUDO
DADOS
A conduta de
tratamento foi
O trabalho não foi
elaborada de acordo
randomizado, elegido
com técnicas relatadas
por propriedade e
nos métodos
formado por 10
BadRagaz, Halliwck e
pacientes, sete
fisioterapia aquática
adolescentes e três
convencional, e a
crianças, com idade Arq. Cienc.
FERREIRA pesquisa resulta os
1 entre 5 e 17 anos, Saúde IPBeja
(2019). benefícios e a eficácia
todos estes (SciELO)
da fisioterapia
diagnosticados com a
aquática, sendo capaz
SD. A conduta de
de melhorar a
protocolo foi
capacidade
fisioterapia aquática,
respiratória desses
durante 10 sessões e
pacientes,
50 minutos cada.
recuperando a PIMÁX
e a PEMÁX.
Esta pesquisa é do A pesquisa demonstra
CHAVESL; SciELO,
tipo transversal e a que a fisioterapia
2 ALMEIDA Medlinee
demonstração foi convencional é mais
(2018). Lilacs.
formada por crianças eficaz na melhora das
49
portadoras da motricidades da
Síndrome de Down criança portadora da
de 4 a 12 anos. síndrome de Down
Apresentaram-se 30 comparado à
crianças. equoterapia.
20 que praticaram a
equoterapia e 10 que
praticaram a
fisioterapia
convencional.
Em sua laboração, as
crianças estiveram
em 8 sessões por
A pesquisa estudo se
semana, durante 30
mostrou útil em
min., com 15-25
relação à assistência
minutos no equino.
da versatilidade da
Os autores do estudo
fisioterapia com
observaram que, nas
equoterapia na Physical &
sessões, aconteciam
evolução da função Occupational
DORALP por meio de 110
3 motora grossa, Therapy in
(2020). mudanças posturais
controle da bexiga e Pediatrics
a todo minuto ou
marcha, em crianças (BVS)
perto de 3.000
com síndrome de
passoas em cada
Down, visto que o
sessão, é essencial
desenvolvimento de
para melhorar o
cada criança é
desenvolvimento e
diferente.
ensinar a
coordenação motora
da crianaça com SD.
Na pesquisa, vinte
Os escritores citam
crianças com
que a presença do
Síndrome de Down,
treinamento isocinético
com 9 a 10 anos,
influencia maiores
divididas em 2
avanços na postura,
LIMA grupos, um grupo
força muscular e FisioterPesq
4 (2019) recebeu a fisioterapia
equilíbrio da criança (SciELO)
convencional e o
portadora da SD
outro grupo recebeu
comparado ao grupo
terapia convencional
que ficou só com
e treinamento
fisioterapia
isocinético durante
convencional.
três dias por semana,
50
em 12 semanas ao
todo.
Consistiu em um Os fisioterapeutas
estudo qualitativo, usavam os princípios
referindo-se à coleta do Conceito Bobath
de dados efetuada para conduzir o
por meio de tratamento, definido
MORAIS et entrevistas por terapias de trinta FisioterMov
5
al. (2016). semiestruturadas, minutos durante 2x por (SciELO)
com 11 semana, o que
fisioterapeutas que mostrou benefícios no
exerciam em cidades desenvolvimento
de São Paulo com o motor dos portadores
conceito Bobath. da Síndrome de Down.
A pesquisa referiu ao
uso da avaliação do
desempenho motor
fino, a escala que foi
usada foi a BayleyIII e
como método de
avaliação das
O estudo exposto é
competências
transversal que se
funcionais o PEDI. Os
refere ao tipo caso-
indivíduos portadores
controle. Vinte e
da Síndrome de Down
quatro crianças de
mostraram
sexo feminino e
desempenho motorfino
masculino, que
menor referente ao
SANTOS et nasceram a termo, FisioterPesq
6 outro grupo típico, a
al. (2018). com peso referente à (SciELO)
maior parte com um
sua idade, doze
atraso considerado
crianças no grupo
leve. É prenunciado
típico e doze
que a estimulação
portadores da
precoce no fim do
Síndrome de Down e
primeiro ano da
realizavam o uso da
criança inicie o
estimulação precoce.
desenvolvimento do
controle da
musculatura
intrínseca, apreensão
de objetos e
movimentos
independentes das
51
A pesquisa manifesta
que não tem
comprovações
desenvolvidas que a
A pesquisa é uma
equoterapia seja
revisão de literatura
capaz de melhorar a
científica que estuda
função motora grossa
os benefícios e a
de indivíduos com SD.
eficácia realizados
DE É necessário muito
pela equoterapia nas Rev Neurol
9 MIGUEL et mais pesquisas com
funções motoras (PubMed)
al. (2018). melhor e maior
grossas dos
propriedade
indivíduos com SD,
metodológica para
em que foram usados
obter a confirmação da
24 artigos como
eficiência da
base.
equoterapia no
desenvolvimento da
função motora grossa
de indivíduos com SD.
A pesquisa tem
desempenho
quantitativo, que
abrangeu dezesseis A ação apoiada pela
crianças com realidade virtual foi
Síndrome de Down benéfica no grupo
destinados experimental, e
aleatoriamente em comparando ao grupo
turma experimental e denominado controle,
Tuma controle. possibilitando o
SANTOS et FisioterMov
10 Sendo assim, houve controle postural,
al. (2013) (SciELO)
uma avaliação do exercícios de pequeno
controle postural das impacto e melhorias
crianças durante o nas funções motoras
deslocamento e o em portadores da
progresso motor da Síndrome de Down,
criança foi executado sendo realizados de
no período de 5 forma lúdica.
semanas, durante 2
vezes em cada
semana.
Quadro 1: Dados analíticos para abordar os 10 artigos selecionados para os resultados e as
discussões.
Fonte: Dados da pesquisadora (elaborado em 2021).
53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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