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MEMORIAL DESCRITIVO

Profa. Dra.Tania Nunes da Silva

Meu processo de formação acadêmica iniciou-se com a Graduação em


Contabilidade, no período de 1977 a 1980, na Fundação Escola de Comércio
Álvaro Penteado.
Essa tradicional organização de ensino, situava-se no Largo São
Francisco, na cidade de São Paulo, vizinha à Faculdade de Direito da USP, palco
de diversas manifestações, no final dos anos 1970.
Foi lá, que durante uma semana acadêmica singular, que hoje seria
relacionada à interdisciplinaridade, assisti uma palestra de um agrônomo. Ele fez
uma explanação sobre, o que seria considerado hoje, a defesa da produção
orgânica, mencionando que muito do investimento feito na produção de tomate
em produto com mais estética ao consumidor (beleza e grande tamanho)
resultava principalmente numa maior quantidade de água, o que diluía o sabor
do mesmo. Eu apreciei muito a palestra dele, e embora a produção de alimentos
não fizesse parte da minha vivência, na maior metrópole do país, seria um fio
condutor na minha formação acadêmica posteriormente.
De 1977 a 1979, eu me dediquei ao curso de Graduação em
Contabilidade, que ocorria no período noturno. E, procurava comprar meus livros
por preços baixos, assim conheci uma distribuidora, que só vendia no atacado,
mas o diretor me propôs atuar como freelancer. Os alunos trabalhavam e não
tinham tempo para procurar e comprar os livros. Os professores me repassavam
as listas de livros que iriam adotar em suas disciplinas, eu pegava os mesmos
em grandes quantidades, sob regime de consignação, na distribuidora, oferecia
produtos com preços mais baixos que os praticados pelas livrarias e recebia uma
comissão de 20% sobre o preço de capa. Esse foi um tempo em que não existiam
pequenas livrarias nas faculdades e universidades, como ocorre hoje.
Além dessa atividade, eu trabalhava na recuperação de alunos que eram
reprovados principalmente nas disciplinas de estatística, matemática e
contabilidade, aos sábados de tarde, pois tinha que cursar disciplinas pela
manhã, cobrando valores menores do que professores particulares fariam. Os
professores do meu curso identificavam os alunos que tinham dificuldade com
essas disciplinas e indicavam que eles fizessem aulas particulares e coletivas
comigo, para depois se inscreverem nas provas de recuperação.
Todos os alunos que eu acompanhei conseguiram ser aprovados nessas
provas de recuperação, o que foi bom para eles, para os professores e para mim.
E, embora eu não soubesse, um desses alunos era um assessor do alto escalão
da representação regional do Ministério da Educação e Cultura, em São Paulo.
Em 1978, ele me convidou a fazer um estágio naquela instituição, na área
de Contabilidade. Mas, quando fui assinar o contrato, ele me avisou que a Sra.

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Delegada precisava urgentemente de uma auxiliar. Então, fui direcionada a
trabalhar com ela, tendo sido um grande desafio compreender o funcionamento
da instituição, suas particularidades e ao mesmo tempo atender as demandas
da minha chefia, que eram distintas do meu aprendizado no curso de Graduação
em Contabilidade. Nessa organização, eu também tinha a função de recepcionar
personalidades da área cultural, que solicitavam entrevistas no Ministério, com
o objeto de viajarem para o exterior.
Eu poderia renovar por mais um ano meu contrato e aguardar a realização
de um concurso público. Porém, preferi buscar uma colocação em empresas
onde eu pudesse colocar em prática os conhecimentos que estava adquirindo
no curso de Graduação em Contabilidade.
Foi assim que, de 1979 a 1982, trabalhei na SERASA, iniciando minha
carreira com a reclassificação de contas de Balanços Patrimoniais de pequenas,
médias e grandes empresas, de todo os ramos de atividade e regiões do Brasil,
até chegar ao posto de analista de crédito.
Essa empresa era e é bem conhecida, em todo o país, pela restrição de
crédito ao consumidor. Porém, eu atuei em outra vertente de prestação de
serviços, onde os bancos privados que não tinham equipes próprias para
avaliação de risco, visando a concessão de empréstimo, eram associados e
recorriam aos serviços da Serasa.
Foi nesse período que descobri que dependendo do ramo de atividade,
do tamanho e do tipo do modelo de gestão, a avaliação de risco e os indicadores
que definem a concessão ou não de crédito eram distintos. E, foi nessa empresa
que tive contato com Balanços Patrimoniais de cooperativas de produção
agropecuárias, que tem particularidades no modelo de gestão e em seus Planos
de Contas, e que me interessei muito por aquilo que viria a ser mais tarde um
dos principais objetos de pesquisa na minha trajetória acadêmica: as
cooperativas de produção agropecuária.
Baseado nessa atuação, em 1982, tive o interesse de frequentar o curso
de Especialização Financeira, na Fundação Escola de Comércio Álvaro
Penteado, instituição onde obtive meu bacharelado em Contabilidade.
Nessa época, eu enviei meu currículo para algumas empresas, em
candidatando a uma vaga na área contábil. E, para minha surpresa, recebi uma
ligação telefônica da diretora de Recursos Humanas da Bayer do Brasil, que me
informou que teve acesso a meu currículo através de uma reunião de gestores
dessa área com outras empresas.
De 1982 a 1990, trabalhei na Bayer do Brasil, na Divisão de Produtos
Fitossanitários (químicos para a produção agrícola), na área de concessão de
crédito e depois como assessora do Diretor da Área de Comercialização, que
atendia uma equipe de 150 funcionários em todo o território nacional.

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Lá conheci o modelo cooperativista através da documentação que recebia
dos maiores clientes da Bayer, que eram as cooperativas de produção
agropecuárias.
De 1983 a 1986, frequentei o curso de Mestrado Acadêmico em
Administração da PUC/SP., cursando disciplinas às noites e aos sábados, sob
orientação do Prof. Ladislaw Dowbor, genro do Prof. Paulo Freire, tendo sido um
privilégio conhecê-lo. E, Prof. Ladislaw tinha grande experiência na realização e
implantação de projetos sociais junto aos países do Terceiro Mundo, através de
órgãos das Nações Unidas.
A intenção era realizar uma dissertação sobre políticas agrícolas e
cooperativas de produção agropecuária, mas meu diretor, na Bayer, não me
autorizou a tirar uma licença para realizar a coleta de dados, que teria que ser
feita fora da cidade de São Paulo, embora os gerentes de comercialização da
minha divisão, lotados em várias regiões do Brasil tivessem se oferecido para
colaborar. Mas, naquela época não havia Skype e/ou internet.
Não pude concluir o mestrado e solicitei a transformação dos créditos
cursados em um diploma do curso em Administração Financeira. E, nessa
ocasião, tomei a decisão de guardar recursos financeiros e me preparar para
deixar a empresa e iniciar um novo curso de mestrado.
Em 1990, fui aprovada nos processos de seleção dos cursos de Mestrado
da Contabilidade e da Administração, da USP. Solicitei uma reunião com o
coordenador da Contabilidade, Prof. Masayuki Nakagawa, também graduado
pela Fundação Escola de Comércio Álvaro Penteado, em 1952, que me disse
que eu teria que fazer uma escolha, e diante da minha atuação profissional
naquele momento na diretoria comercial da Divisão Fito da Bayer, ele acreditava
que a Administração poderia me oferecer uma oportunidade melhor no futuro.
Segui seu aconselhamento e me inscrevi no Mestrado em Administração
da USP, onde me dediquei, de 1991 a 1994. Como morava na Zona Leste de
São Paulo e a USP ficava na Zona Oeste, o trânsito era já muito intenso naquela
época. Então, resolvi chegar à USP às 7 horas da manhã para estudar e fazer
meus trabalhos acadêmicos, à tarde cursar as disciplinas e à noite eu trabalhava
como responsável contábil-financeira dos projetos acadêmicos de meu
orientador, o Prof. Décio Zylberstajn, do qual fui a primeira orientanda.
Nos fins de semana, trabalhava como freelancer num projeto da Prefeitura
Municipal de São Paulo, alocada na organização Anhembi, Feiras e
Convenções, na área de Marketing, onde ajudei a colocar em prática um projeto
de turismo social. E, ao mesmo tempo fui convidada para assessorar a
realização de formaturas, onde conheci várias personalidades, no âmbito do
empresariado paulistano, que foram paraninfos de turmas.
Por indicação de um professor, aluno de doutorado da FEA/USP, da área
de finanças, atuei como professora substituta nas Faculdades São Luís
(pertencente à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, no
centro financeiro da cidade de São Paulo/SP), ministrando as disciplinas da

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minha formação acadêmica e profissional, quais sejam, Administração da
Produção e Administração Financeira, no período e de 1991 a 1992, no período
noturno.
Com o Prof. Décio, trabalhei as Teorias do Agente Principal e dos Custos
de Transação aplicadas à Cooperativas de Leite e de Café, no Estado de São
Paulo e Paraná.
No último ano do curso de Mestrado em Administração, resolvi cursar uma
disciplina, como ouvinte, no Curso de Mestrado e Doutorado em Sociologia da
USP, voltada ao estudo de fenômenos sociais no campo do Agro. E, decidi me
candidatar nesse programa de doutorado.
Fiquei no Doutorado em Sociologia, no período de 1994 a 1998.
Inicialmente eu seria orientanda de um professor especializado em questões
sociais no Agro. Mas, no primeiro semestre do meu curso, esse professor
recebeu um convite e foi trabalhar por um tempo na Inglaterra.
O Prof. Sedi Hirano, que era o coordenador do Programa, me chamou
para conversar. Me disse que não havia outro professor, com conhecimento
nessa área, para me orientar. Mas, devido à minha dedicação e entusiasmo, se
eu concordasse, ele poderia ser meu orientador. Ele tinha sido diretor de
marketing de empresas privadas, e tomou a decisão de redirecionar sua carreira
para o domínio acadêmico. Penso que isso o ajudou a entender minha escolha,
e eu respondi prontamente que, para mim, seria uma honra tê-lo como
orientador.
Minha tese versou sobre o processo de exportação de commodities
agrícolas, realizada pelas cooperativas de produção agropecuária brasileiras, e
as implicações em relação ao Paradigma da Sustentabilidade, Bem-Estar Social
e Qualidade de Vida, com a necessidade de mudança de valores por parte de
produtores, gestores das organizações e consumidores.
O doutorado “sanduíche” foi feito na École Superieur d’Agriculture
d’Angers, Região de Maine-et-Loire, vinculada à Federação Francesa das
Escolas de Engenharia em Agricultura (FESIA), e especializada em estudos e
pesquisas no Agro.
Eu contei com o conhecimento e experiência do Prof. Jean-Yves
Carfantan, um economista, escritor e grande especialista na produção e
comercialização agropecuária, que foi durante 20 anos professor universitário na
França, colaborador da Comissão Europeia e que há vários anos atua como
consultor, nessa área, no Brasil.
O Prof. Carfantan me ofereceu a oportunidade de conhecer algumas das
maiores e mais sofisticadas cooperativas de produção agropecuárias francesas,
assim como órgãos de Estado e de pesquisa do governo francês, o que ajudou
muito a minha coleta de dados e conhecimento sobre o funcionamento da
sociedade francesa. E, eu ministrei uma palestra na FESIA sobre o Brasil
naquela ocasião.

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Sustentabilidade, nessa época, não era um conceito conhecido fora da
Área de Ciências Sociais Aplicadas. E, ao contrário do que eu imaginava, as
cooperativas de produção agropecuárias francesas eram tão hostis ao conceito
quanto suas congêneres brasileiras. Na conclusão da minha tese, eu opinei que
levaria no mínimo 10 anos para que as cooperativas agropecuárias brasileiras
pudessem compreender e internalizar o conceito de sustentabilidade, que não
fosse somente do ponto de vista econômico. Mas, para minha felicidade, as
cooperativas que tinham parte significativa de suas produções exportadas para
os mercados do Primeiro Mundo o fizeram em muito menos tempo, devido ao
que viria ser considerado “barreiras verdes e sociais”.
Eu pensava em concluir meu doutorado e realizar um concurso em
universidade pública, na Região Nordeste, do Brasil, origem de meu pai. Mas,
na ENANPAD (Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em
Administração), de 1991, em Salvador/Bahia, fui apresentar um artigo, referente
à minha dissertação de mestrado, conheci um doutorando gaúcho vinculado ao
PPG-Administração da UFRGS, que estava realizando seu “doutorado
sanduíche”, na França, e que estava lá para apresentar um artigo sobre dados
parciais de sua tese.
Tomei a iniciativa de falar com ele, uma vez que eu estava aguardando a
aprovação de minha bolsa para a França, e por ele trabalhar com os mesmos
temas que eu, e com o mesmo objeto de estudo, qual seja, as cooperativas de
produção agropecuárias, só que no Rio Grande do Sul.
Esse doutorando, Prof. Eugenio Ávila Pedroso, já atuava como professor
na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, em Santo
Ângelo, Rio Grande do Sul, viria ser meu parceiro no desenvolvimento de
pesquisas acadêmicas, meu esposo e meu colega de trabalho na Escola de
Administração da UFRGS.
Eu retornei do meu “doutorado sanduíche” para o Brasil, no final de 1994,
e o Prof. Eugenio retornou em 1995, quando retomou seu posto como primeiro
e único doutor em Administração na URI. Em 1996, eu me mudei de São Paulo
para Santo Ângelo, e recebi o convite da URI/Santo Ângelo para assumir o cargo
de professor com dedicação integral, 40 horas, ministrando disciplinas das áreas
de Administração e Contabilidade, nos cursos de Graduação e Especialização,
orientando alunos desses cursos, sendo coordenadora de cursos de
especialização e elaborando projetos de pesquisa.
Em 1997, o Prof. Eugenio fez concurso público e ingressou na Escola de
Administração da UFRGS, e nos mudamos para Porto Alegre, Rio Grande do
Sul. Fui, então, convidada pelo Prof. João Marcos Leão da Rocha, coordenador
do curso de Graduação em Contabilidade da UFRGS, para trabalhar como
professora substituta, enquanto finalizava minha tese. E, entre 1996 e 1997,
ministrei disciplinas de Controladoria e Contabilidade Gerencial, além de propor
uma disciplina de Contabilidade Ambiental, que ministrei em algumas edições do
Curso de Especialização em Contabilidade.

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Defendi a minha tese em 1998, e ingressei como professora dedicação
exclusiva na Escola de Administração da UFRGS em 01/2000, na área de
Recursos Humanos, devido meu doutorado na Sociologia, ministrando
disciplinas como Relações de Trabalho e Administração da Remuneração; e
colaborando com a área de Organizações (que apresentava falta de professores)
com a disciplina de Teoria Geral da Administração e Estágio Final (preparação
de TCCs).
Fiquei 4 anos atuando na área de Recursos Humanos, onde fui
coordenadora por 2 anos, e pedi minha transferência para a área que se
denominava, naquela época, Inovação e Tecnologia (a partir de 20 ela passou a
ser denominada Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade), na Pós-Graduação e
tinha, na Graduação, sua congênere que era a área de Produção e Sistemas.
Logo, passei a ministrar, na graduação, as disciplinas de Administração
de Recursos Materiais, Administração da Produção e Gestão Socioambiental;
Seminário de Pesquisa e mais tarde Ações Sociais e Ambientais das Empresas.
Nos cursos de especialização ministrei disciplinas como Estudos de
Casos em Gestão Empresarial, Contabilidade Ambiental, Gestão Ambiental,
Trabalhos de Conclusão e Metodologia Científica, Empreendedorismo e
Inovação, e Cooperativismo e Organizações Agroindustriais.
Nos cursos de Mestrado e Doutorado em Administração ministrei as
disciplinas: Tópicos Especiais em Gestão Empresarial, Seminários de Inovação,
Tecnologia e Sustentabilidade I e II. Ministrei, em algumas edições, sob a
regência do Prof. Eugenio, as disciplinas: Estratégias Organizacionais e Inter
organizacionais; Complexidade; Desenvolvimento Sustentável, Estratégias,
Inovação e Agronegócios.
Fui coordenadora do PPG-Administração da UFRGS de 2011 a 2012. No
ano de 2012, o PPG fez 40 anos de existência. Resolvi estruturar 2 disciplinas
para receber ex-alunos nossos, hoje professores em universidades brasileiras
na disciplina Tópicos Especiais em Gestão Empresarial, de 1 crédito; e
professores em universidades estrangeiras na disciplina Seminários
Internacionais, de 1 crédito. Foi um grande sucesso de público, pois os
professores convidados trouxeram várias teorias, abordagens e metodologias
para serem apresentadas e discutidas com nossos alunos.
Durante esses 15 anos na Escola de Administração, organizei perto de
100 viagens técnicas com os alunos dos cursos de Graduação, Mestrado
Acadêmico e Doutorado, em indústrias, organizações de pesquisa e instituições
públicas.
De 2001 a 2009, também atuei como professora no Programa de Pós-
Graduação em Agronegócios, vinculado ao CEPAN (Centro de Estudos e
Pesquisas em Agronegócios), da UFRGS. Lá ministrei as disciplinas
Organizações Cooperativas e Agronegócios, Tópicos Especiais em
Agronegócios I e II, Gestão em Organizações do Agronegócios e Ações
Coletivas em Agronegócios: indústria e organizações.

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Nas disciplinas de Tópicos Especiais em Agronegócios I e II, organizei
viagens técnicas, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a fazendas, industrias,
órgãos públicos de pesquisa, empresas de logísticas, etc., para que os alunos
pudessem conhecer na prática o funcionamento do Agro. Foram mais de 140
visitas técnicas.
Eu também fui coordenadora do PPG-Agronegócios de 06/2003 a
04/2008 (falta uma portaria referente ao período de 09/2005 a 12/2005). É
importante mencionar que eu desenvolvi minhas atividades como docente em
dedicação exclusiva na Escola de Administração e, também, atuei
intensivamente no desenvolvimento do CEPAN, uma unidade interdisciplinar da
UFRGS, o que representou o exercício de uma jornada dobrada de trabalho, ou
seja de segunda a segunda-feira, para dar conta de todas as atividades.
Sou bolsista produtividade do CNPq desde 2010, com os projetos: Inter
cooperação Viabilizando o Empreendedorismo Coletivo (03/2010 a 02/2013);
Inovação Social, Tecnologias e Desenvolvimento Sustentável na Produção de
Alimentos (03/2013 a 02/2016) e A Produção de Alimentos e Energia
Sustentáveis Promovendo Inovação Social, Tecnologias Sociais na Agricultura
Familiar (03/2016 a 02/2019).
As abordagens e temas que são do meu interesse na última década
versam sobre Inovação Social, Tecnologias Sociais, Empreendedorismo Social
e Coletivo, Inter cooperação, Agricultura Familiar, Produção de Alimentos e
Energias, tudo sob o Paradigma da Sustentabilidade que tem guiado minha
atuação acadêmica desde o desenvolvimento de minha tese de doutorado.
Considero que o meu perfil interdisciplinar tanto na minha formação
profissional quanto acadêmica, contribuiu de forma significativa para minha
escolha de abordagens teóricas, para o processo de orientação de alunos
oriundos de áreas distintas do conhecimento (agrônomos, químicos, biólogos,
contadores, administradores, economistas, engenheiros, etc.) e para a
elaboração de uma produção científica que vem ajudando muitos outros
professores e alunos, em cursos espalhados pelo país, a também melhorarem
seus conhecimentos e desempenhos.
Nesses mais de 15 anos de atuação na UFRGS, como pode ser
constatado no Relatório de Atividades Não Registradas no Sistema da UFRGS
(Documento 4):

. Recebi 6 prêmios nacionais pela orientação de 2 dissertações e 3 teses, e participação


num livro com o maior número de autores;
. exerci diversas coordenações: Coordenação do Setor de Ensino de Recursos
Humanos, gestão 2001-2003, DCA/EA; Coordenadores de Área, biênio 2003-2004,
Tania Nunes da Silva – Recursos Humanos, PPGA/EA; coordenação juntamente
com a Prof. Elaine Di Diego Antunes, como responsáveis pelo N.SO. – Núcleo de
Suporte à Orientação, biênio 2003-2004; Coordenadora Adjunta para o Curso de
Doutorado, biênio 2009/2010; Coordenadora do PPG-Administração a UFRGS,
01/01/2011 a 31/12/2012; Coordenadora Substituta do Curso de Mestrado
Profissional, 05/2011 a 12/2012; Coordenadora Substituta do Curso de

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Especialização em Gestão Empresarial, período 01/01/2011 a 30/10/2013 ;
Coordenadora Substituta do Curso de Especialização MBA Internacional, no
período de 01/01/2011 a 31/12/2012; Coordenadora do Curso de Doutorado
Interinstitucional da UNIR- Universidade Federal de Rondônia, período de
janeiro/2012 a fevereiro/2013; Coordenadora Substituta do Curso de Especialização
MBA Executivo Internacional, no período de 04/2012 a 09/2014; Coordenadora
Substituta do Curso de Especialização MBA Executivo Internacional, período de
19/04/2013 a 30/03/2015; Coordenadora Substituta do Curso de Especialização em
Gestão Empresarial, no período de 01/04/2013 a 01/03/2015, Coordenadora
Substituta do Curso de Mestrado Profissional, período de julho/2012 a
setembro/2013;
. Coordenei 16 projetos de pesquisa, a grande maioria com Auxílio e Bolsas do CNPq
e Capes e UFRGS;
. Coordenei 16 projetos de extensão;
. Orientei: 9 alunos de Doutorado, 29 alunos de Mestrado Acadêmico e Profissional, 82
alunos de especialização, 31 alunos de Graduação, 23 alunos de Iniciação Científica e
40 orientações de outra natureza (voluntários, estágio docência, bolsistas técnicos,
etc.);
. Estou orientando: 6 alunos do Doutorado, 2 alunos do Mestrado Acadêmico e
Profissional, 2 de Estágio Docência;
. Ministrei 12 palestras no Brasil e no exterior;
. Participei de 16 bancas de Graduação;
. Participei 131 bancas de Mestrado e Doutorado;
. Participei de 7 mesas redondas no Brasil;
. Participei de 11 comissões na UFRGS;
. Participei de 13 comissões no Brasil;
. Participei de 29 eventos no Brasil e exterior;
. Publiquei 112 artigos em periódicos acadêmicos;
. Publiquei 219 artigos em eventos acadêmicos;
. Publiquei 11 capítulos de livros;
. Publiquei 1 livro sobre cooperativismo agropecuário.

Fazendo essa reflexão retrospectiva de minha formação profissional e


acadêmica, acredito que tenho tido uma boa trajetória na UFRGS, que foi
viabilizada pelos conhecimentos interdisciplinares com os quais entrei em
contato e apliquei em meus trabalhos, pela infraestrutura disponibilizada pela
Escola de Administração e UFRGS, e pelos colegas e servidores que acreditam
na nossa universidade.
Atenciosamente,
Profa. Dra. Tania Nunes da Silva

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