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INSTITUTO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO NIMI YA LUKENI

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRARIAS E VETERINÁRIA

Engenharia Agronómica
3º ANO/ Pós- Laboral
TURMA: ÚNICA

Agricultura II
Introdução ao Planejamento Biofísico
Definições do Planejamento Biofísico:

O planejamento biofísico consiste em um processo interdisciplinar que integra as


ciências biofísicas com o objetivo de analisar, interpretar e gerenciar os recursos
naturais de forma sustentável. Através da aplicação de métodos científicos e
conhecimentos técnicos, busca-se compreender os processos físicos e biológicos
que influenciam o meio ambiente e formular soluções para os desafios
socioambientais da atualidade.
Relação do planejamento biofísico com o planejamento da exploração agrícola
O planejamento biofísico é um componente essencial do planejamento da
exploração agrícola. Ao integrar os conhecimentos biofísicos com as necessidades
socioeconômicas da produção agrícola, é possível:
Selecionar as culturas mais adequadas: Levar em consideração as características
do clima, do solo e da topografia para escolher as culturas com maior potencial de
sucesso em cada área.
Definir práticas agrícolas sustentáveis: Implementar práticas que minimizem o
impacto ambiental, como rotação de culturas, manejo da irrigação, controle de
pragas e doenças e conservação do solo.
Otimizar o uso de recursos: Gerir de forma eficiente os recursos hídricos,
energéticos e de solo, garantindo sua disponibilidade para a produção agrícola.
Avaliar a viabilidade de projetos agrícolas: Analisar os riscos e potenciais de um
projeto agrícola antes de sua implementação, assegurando a viabilidade
econômica e ambiental.
Etapas do planejamento biofísico

 Definição de objetivos

 Caracterização da área

 Avaliação da aptidão agrícola das terras.

 Classes de aptidão agrícola das Terras.


1. Definição de objetivos
O planejamento biofísico em agronomia tem como objetivo principal garantir a
gestão sustentável dos recursos naturais e da produção agrícola, baseando-se
na análise científica dos processos físicos, químicos e biológicos que regem os
ecossistemas. Alguns dos objetivos do planejamento biofísico em agronomia
são:
 Seleção das culturas adequadas ao clima, solo, relevo e demanda do
mercado.
 Definição da meta de produção por área.
 Definição dos padrões de qualidade desejados para a produção.
1. Definição de objetivos
Alguns dos objetivos do planejamento biofísico em agronomia são:
 Seleção das culturas adequadas ao clima, solo, relevo e demanda do mercado.
 Definição da meta de produção por área.
 Minimizar os impactos ambientais negativos da produção agrícola.
 Promover a sustentabilidade ambiental e econômica da atividade agrícola.
 Desenvolver práticas agrícolas que respeitem os ciclos naturais e a capacidade de
regeneração dos ecossistemas.
2. Caracterização da área

A caracterização biofísica é um componente essencial no planejamento biofísico


e no ordenamento do território. Ela envolve a análise detalhada dos aspectos
físicos, químicos e biológicos de uma área ou região específica.
A caracterização biofísica refere-se à avaliação sistemática das condições naturais
de um determinado território. Isso inclui fatores como o relevo, clima, solos,
vegetação, hidrografia e outros elementos físicos e biológicos. Essa análise visa
compreender a dinâmica natural da área, identificando seus pontos fortes,
fragilidades e potencialidades.
2. Caracterização da área
A caracterização biofísica comprende:
 Equandramento geográfico
 Clima
 Vegetação
 Geomorfologia
 Relevo
 Hidrografia
 Ocupação do solo
2. Caracterização da área
A. Enquadramento geográfico
O enquadramento geográfico define a posição de uma região no espaço, abrangendo seus
aspectos físicos, humanos e sociais. Descreve se :
Localização
Fornecer as coordenas geograficas, a superficia ou a area, com asua forma geométrica, as
regiõos confinantes, Posição em relação a outros pontos de referência (coordenadas
geográficas, países vizinhos, etc.). Situação em relação a elementos físicos (montanhas, rios,
etc.).
 Limites:
Fronteiras naturais (rios, montanhas, etc.) e artificiais (marcos, cercas, etc.).
Extensão territorial e forma da região.
2. Caracterização da área
A. Enquadramento geográfico
O enquadramento geográfico define a posição de uma região no espaço,
abrangendo seus aspectos físicos, humanos e sociais. Descreve se :
Divisões Administrativas:
Unidade política à qual a região pertence (país, estado, província, etc.).
Subdivisões internas (municípios, distritos, comunas, bairos etc.).
População:
Numeros de habitantes e a Densidade populacional média e incluir todoas
informações demográficas disponiveis.
2. Caracterização da área
Enquadramento geográfico
 Desafios e oportunidades:
Aspectos humanos:
Problemas enfrentados pela região
População (tamanho, distribuição, etnias, etc.).
(pobreza, degradação ambiental, etc.).
Economia (atividades principais, infraestrutura,
Potencialidades de desenvolvimento
etc.), Cultura (tradições, costumes, etc.).
(turismo, agricultura, etc.).
 Etnia: Grupos etnolinguísticos e também
Pode se servir ferramentas para o
incluir os dados socioculturas
enquadramento geográfico:
 Interações: Relação da região com o seu
Mapas, Gráficos, Tabelas, imagens de
entorno (comércio, migração, etc.).
satélite, Fotografias, textos descritivos, etc
Influências externas (culturais, econômicas,
etc.).
2. Caracterização da área
B. Caracterização Clima
Para caracterizar o clima de uma região, diversos elementos climáticos são considerados,
influenciando as condições atmosféricas locais. A caracterização do clima em uma região
envolve os seguintes elementos:
 Temperatura: A temperatura média anual é um fator crucial na caracterização do clima,
variando de acordo com a região. Por exemplo, a região C pode apresentar temperaturas
elevadas, com variações sazonais significativas entre estações quentes e frias.
 Precipitação: A quantidade e distribuição das chuvas ao longo do ano são essenciais para
definir o clima de uma região. A presença de estações bem definidas, como a estação das
chuvas e a estação seca, influencia diretamente a caracterização climática.
2. Caracterização da área
A. Caracterização Clima
a caracterização do clima em uma região envolve os seguintes elementos:
 Umidade: A umidade relativa do ar é um elemento importante na
caracterização do clima, afetando a sensação térmica e a ocorrência de chuvas
na região.
 Amplitude Térmica: A variação de temperatura ao longo do dia e entre
estações é outro aspecto relevante. A amplitude térmica diária e anual
contribui para definir o clima de uma região.
 Vento: O vento molda o clima de uma região. Ventos fortes transportam
massas de ar quente ou frio, alterando temperatura e umidade. Já regiões com
ventos fracos têm climas mais estáveis. No entanto, ventos fortes podem
prejudicar culturas, provocando quedas de colmos/ hastes, folhas e flores,
além de rasgar as.
2. Caracterização da área
B. Caracterização da Vegetação
os principais elementos a serem considerados na caracterização da vegetação de uma região
para fins agrícolas. Inclui:
1. Flora
 Composição Florística)
Identificação e quantificação das espécies vegetais presentes.
Levantamento de plantas daninhas e invasoras.
Mapeamento da distribuição espacial das espécies.
 Estrutura da Vegetação:
Análise da altura, fisionomia e cobertura vegetal.
Quantificação da biomassa e índice de área foliar.
Estrutura vertical da vegetação (camadas).
 Diversidade Vegetal:
Índices de diversidade alfa e beta.
Riqueza e uniformidade de espécies.
Endemismo e raridade de espécies.
2. Caracterização da área
C. Caracterização Geológica
Elementos para Caracterização Geológica de uma Região para Fins Agrícolas:
I. Caracterização do Solo:
 Composição mineralógica
Influencia a fertilidade natural do solo, a capacidade de retenção de água e nutrientes, e
a suscetibilidade à erosão.
 Textura do solo:
Determina a porosidade, permeabilidade e capacidade de retenção de água do solo.
 Estrutura do solo:
Influencia a infiltração da água, aeração e o desenvolvimento das raízes das plantas.
 Matéria orgânica:
Melhora a fertilidade do solo, a retenção de água e a estrutura do solo.
 pH do solo:
Afeta a disponibilidade de nutrientes para as plantas.
2. Caracterização da área
D. Caracterização do Relevo:
Topografia:
Determina a declividade do terreno, que influencia a erosão, o escoamento da água e a
mecanização agrícola.
 Altitude:
Afeta o clima, a precipitação e a temperatura, que influenciam o tipo de vegetação e as
culturas agrícolas que podem ser cultivadas.
 Drenagem:
Determina a capacidade do terreno de drenar o excesso de água, o que é importante para
evitar o alagamento e a salinização do solo.

E. Caracterização da Água(Hidrografia)
 Disponibilidade de água para irrigação e dessedentação animal.
 Qualidade da água (análise físico-química).
 Identificação de fontes de água e cursos d'água.
2. Caracterização da área
F. A Ocupação do Solo
A ocupação do solo, componente crucial da caracterização biofísica, se refere à distribuição das
atividades humanas sobre a superfície terrestre. Ela abrange uma ampla gama de usos, como
áreas urbanas, agrícolas, industriais, de conservação, entre outras.
Áreas Urbanas:
Densidade populacional e tipo de ocupação (residencial, comercial, industrial).
Infraestrutura urbana (rede de transporte, saneamento básico, energia).
Impactos ambientais: impermeabilização do solo, geração de resíduos, poluição do ar e da
água.
Áreas Agrícolas:
Tipos de culturas e práticas agrícolas (irrigação, uso de pesticidas e fertilizantes).
Impactos ambientais: erosão do solo, perda de biodiversidade, contaminação por agrotóxicos.
Áreas Industriais:
Tipos de indústrias e seus processos produtivos.
Emissões de gases poluentes, geração de efluentes e resíduos industriais.
Impactos ambientais: contaminação do solo, da água e do ar, riscos à saúde humana.
2. Caracterização da área
A Ocupação do Solo
A ocupação do solo, componente crucial da caracterização biofísica, se refere à distribuição
das atividades humanas sobre a superfície terrestre. Ela abrange uma ampla gama de usos,
como áreas urbanas, agrícolas, industriais, de conservação, entre outras.
Áreas de Conservação:
Tipos de unidades de conservação (parques nacionais, reservas biológicas, etc.).
Impactos da ocupação humana adjacente (caça, pesca predatória, desmatamento).

A Importância da Análise Detalhada


A análise detalhada da ocupação do solo é fundamental para:
Planejamento urbano e regional sustentável: Ordenar o crescimento das cidades e
minimizar os impactos ambientais.
Gestão ambiental eficaz: Implementar políticas públicas que protejam a biodiversidade e os
recursos naturais.
Conscientização da sociedade: Informar sobre os impactos da ocupação do solo e promover
práticas mais sustentáveis.
III. Avaliação da aptidão agrícola das terras.
A avaliação da aptidão agrícola das terras é um estudo que analisa o potencial de uma área para
a agricultura. Ela considera fatores como clima, solo, relevo, vegetação e infraestrutura para
determinar quais culturas podem ser cultivadas com sucesso e quais práticas de manejo são
mais adequadas.
Etapas:
Análise de dados: coleta e análise de dados sobre clima, solo, relevo, vegetação e infraestrutura
da área.
Classificação das terras: agrupamento das terras em classes de acordo com sua aptidão para
diferentes tipos de agricultura.
Identificação das culturas mais adequadas: seleção das culturas que melhor se adaptam às
características da área e que podem ser cultivadas com sucesso.
Recomendação de práticas de manejo: definição das práticas de manejo mais adequadas para
cada tipo de solo e cultura, visando a maximizar a produtividade e minimizar o impacto
ambiental.
Exemplos : Região Norte: clima úmido e quente, solo arenoso e relevo plano. Apta para o
cultivo de culturas tropicais como banana, café, cacau e mandioca.
IV. Classes de aptidão agrícola das Terras
As Classes de Aptidão Agrícola das Terras categorizam a terra em diferentes níveis de potencial
para produção agrícola, considerando fatores como clima, solo, declive e vegetação. As classes,
de I a VIII/ ou de I a X, dependo da região ou autores indicam a aptidão para diferentes tipos
de uso:
Classe I: Apta para qualquer cultura, sem necessidade de práticas especiais de manejo.
Exemplo: Planícies aluviais férteis com clima ideal para agricultura.
Classe II: Apta para qualquer cultura, com necessidade de práticas simples de manejo para
conservar o solo. Exemplo: Terras com declives suaves e boa fertilidade.
Classe III: Apta para culturas anuais e pastagens, com necessidade de práticas complexas de
manejo para conservar o solo. Exemplo: Terras com declives moderados ou fertilidade média.
Classe IV: Apta para pastagens e culturas perenes, com práticas intensivas de manejo para
conservar o solo. Exemplo: Terras com declives acentuados ou fertilidade baixa.
Classes V a VIII: Não aptas para agricultura, recomendadas para florestas, pastagens
extensivas ou preservação ambiental. Exemplo: Áreas com solos pedregosos, inundações
frequentes ou clima extremo.
IV. Classes de aptidão agrícola das Terras
IV. Classes de aptidão agrícola das Terras
IV. Classes de aptidão agrícola das Terras
IV. Classes de aptidão agrícola das Terras

Estrutura do sistema
 O tipo de utilização considerados no sistema:
 Lavoura com culturas anuais
 Pastagem plantada e silvicultura
 Pastagem natural
 Refúgio de flora e fauna
Merci pour votre attention.........
Anexos

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