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Instrumentação e
monitoramento
Profº Giovane Calixto giovanecr@hotmail.com
Engº Civil, Especialista em (31) 996159088
Engenharia em Geotecnia.
https://www.linkedin.com/in/giovane-calixto-resende-446501183/
Giovane Calixto Resende
• Em um passado recente, os taludes das minas eram compostos, basicamente, por materiais
friáveis, resultantes da alteração das rochas, que condicionavam rupturas circulares e/ ou plano-
circulares;
• Atualmente, com o aprofundamento das cavas, os maciços rochosos começam a aflorar nos
taludes, levando à possibilidade de vários outros tipos de ruptura;
• Houve um aumento da demanda de minério nos últimos anos, o que elevou a taxa de produção
das empresas, aumentando, consideravelmente, a produção de estéril e rejeito;
• O alteamento das pilhas de estéril e barragens de rejeito são muito rápidos, podendo causar um
descontrole na formação destas estruturas.
Talude de Jusante:
Face lateral inclinada, paralela ao eixo do maciço sendo, voltada para
lado seco do aterro;
Deve ser dotado de dispositivos que garantem a redução das
velocidades de escoamento superficial sobre os taludes, promovendo
a proteção mecânica, tais como:
• Dispositivos de drenagem superficial;
• Proteção vegetal.
1. ALTEAMENTO A MONTATE
2. ALTEAMENTO A JUSANTE
Mas qual a assertividade desses dados que são de suma importância à tomada de decisão?
A análise diz a respeito a determinar se há uma variação significante o suficiente para justificar
uma resposta.
Os dados devem ser verificados quanto à significância estatística e, em seguida, verificados em
relação aos limites especificados e revisados para ver se a variação, implicam riscos potenciais.
PRECISÃO E ACURÁCIA
E, o quê inspecionar em
barragens?
“O olho humano treinado é o melhor instrumento para avaliar a performance de uma estrutura. Apesar das
inspeções visuais terem limitações, nenhum outro método tem o mesmo potencial de integrar rapidamente
toda a situação do comportamento”
• Este método capacita os funcionários que trabalham nas operações como identificar riscos
geotécnicos e o que fazer caso sejam observados.
• Este método tem um baixo custo inicial. Deve fazer parte dos treinamentos de segurança
requeridos e ser aplicado àqueles que realizam as inspeções de rotina.
• A chave é ter os procedimentos em vigor, para que todos os funcionários relatem e atuem sobre
os riscos, incluindo a autonomia para interromper as operações se for detectado um problema
grave.
Este método depende de observações, mas neste caso observações de profissionais como
engenheiros geotécnico, técnicos treinados, engenheiros de mineração, geólogos e
supervisores.
Vantagens:
As inspeções são realizadas por um profissional com maior conhecimento e compreensão
dos riscos geotécnicos. Como parte da inspeção, a quantidade de deslocamento ou risco de
falha pode ser quantificada ainda mais com observações e medidas profissionais.
Desvantagem:
As inspeções são intermitentes, geralmente são realizadas uma vez por semana ou a cada 15
dias, portanto, as mudanças nem sempre são detectadas em tempo real.
DRONE
Plano de monitoramento
Pela simplicidade em sua concepção, este instrumento permite a comunicação vertical entre dois
ou mais aquíferos, ou até num mesmo aquífero, quando há fluxo ascendentes ou descendentes.
O nível de água dentro do tubo varia conforme a variação média do nível de água das
camadas saturadas em que o furo de sondagem interceptou. Definições de nível d’água
não devem ser referidas à saturação. O topo da zona de saturação pode estar abaixo, no
mesmo nível ou acima do nível deste nível d’água.
Da mesma forma, o nível do lençol freático não deve ser confundido com a carga
piezométrica. Condições regulares (com o nível de pressão do piezômetro igual ao nível
de água subterrânea livre em qualquer profundidade) são exceções ao invés da regra.
Hvorslev 1951 lista os fatores causadores desta desigualdade como sendo causado
devido à: (a) lençol freático elevado ou corpos de água subterrânea isolados por camadas
impermeáveis de solo; (b) percolação descendente em direção à camadas mais
permeáveis e/ou camadas mais drenantes; (c) percolação ascendente partindo de
camadas sob pressão artesiana ou por evaporação e transpiração; e (d) processos
incompletos de adensamento ou expansão causados por mudanças no carregamento e
no estado de tensão.
Piezômetros – PZ’s
Já, os piezômetros (PZ’s) são dispositivos que, em contato com o solo, respondem à
pressão de água do nível d’água do local em que estão instalados. De forma geral, sua
aplicação pode ser colocada em duas categorias:
• monitorar o padrão de fluxo de água; e/ou
• fornecer índice de resistência da massa de solo ou rocha
O fluxo da água subterrânea através das ranhuras do tubo submetida à uma determinada
carga piezométrica faz com que o nível da água no interior da tubulação suba ou desça
conforme a variação das condições deste fluxo. O nível da água no interior desta tubulação
representa a carga piezométrica na posição da célula de areia. Um selo de bentonita evita
que a leitura seja influenciada pelas condições piezométricas das camadas superiores à
célula de areia. Esta célula de areia fica conectada à superfície do terreno por meio da
tubulação e, portanto, tem suas variações medidas sujeitas às condições barométricas.
Na fase de projeto e especificação técnica de um piezômetro, mais especificamente no
dimensionamento da célula de areia, deve se observar as características do material
constituinte da camada alvo e o tempo de resposta necessário à equalização das variações
nas condições de fluxo da água. O formato da célula de areia tem uma significante influencia
na relação solo/tempo de resposta, e objetivando a simplificação dos cálculos para
dimensionamento da célula, Hvorslev 1951 propõe o emprego de uma tabela prática com
nove diferentes formatos de célula de areia e suas respectivas fórmulas para vazão durante a
equalização das cargas nos instrumentos
Equação RST:
P = CF(L0-L) – Tk(T0-T) + (S0-S)
Cota do N.A. = CR + P/γ
Piezômetro de corda vibrante instalado pelo método completamente grauteado tem como aplicações mais
adequadas:
• Monitoramento em formações de baixa condutividade hidráulica onde um curto tempo de resposta
hidrodinâmico é desejado;
• Monitoramento em locais que podem ser afetados pelas condições de congelamento da superfícies, contanto que
sensores sejam instalados abaixo da profundidade de congelamento do solo;
• Instalações profundas, inclinadas ou horizontais nas quais uma sequência de células de areia poderiam ser difíceis
de serem implantadas;
• Condições de furo de sondagem com artesianismo nas quais células de areia e lascas de bentonita seriam difíceis
de serem implantadas;
• Furos de sondagem de diâmetros pequenos onde múltiplos pontos de monitoramento são desejáveis. Múltiplos
sensores podem ser instalados no mesmo furo de sondagem onde o espaço deve limitar o número e a quantidade
de tubos de piezômetro que poderiam ser instalados no mesmo furo de sondagem.
Piezômetro Pneumático consiste de uma almofada plana, metálica, que fica alojada no interior do
maciço e cujo o princípio de funcionamento pode ser elétrico, pneumático ou hidráulico. Pode
ser usada juntamente com a célula piezométrica, para possibilitar a determinação da pressão
efetiva.
Piezômetro de Fibra Óptica são estruturados de forma que permitam que um feixe de luz branca
seja mantido dentro de um cabo, viajando muito rápido ao longo de grandes distâncias com
perda mínima de sinal, assim por reflexão é possível se detectar o nível de água correlacionado à
deformação apresentada por uma membrana.
Medidores de Vazão são utilizados para se obter o valor da vazão que percola
através do sistema de drenagem da barragem e de sua fundação, coletados por
tubulações ou canaletas.
Vertedor trapezoidal
Vertedor retangular
Calha Parshall:
Calha Parshall:
Pluviômetro: É um instrumento que registra a altura de chuva total acumulada num dado
período de tempo. Esse aparelho é mais utilizado para totalizar a precipitação diária
Pluviógrafo Pluviômetro
Os deslocamentos podem ser medidos de diferentes formas e sendo de grande importância para a
avaliação da performance da estrutura ao longo do tempo. Os movimentos horizontais são
decorrentes da compressibilidade dos materiais do aterro, assim como influenciados pela forma do
vale ao longo das ombreiras.
Em decorrência desses deslocamentos horizontais, na região central da barragem haverá um
aumento das tensões horizontais de compressão, sendo que, à medida que se desloca em direção às
ombreiras, as tensões de compressão vão diminuindo até se anularem, passando para tensões de
tração. Nesta região, os deslocamentos horizontais atingem seus maiores valores e podem
desenvolver fissuras transversais aos aterros, favorecendo a ocorrência de erosão interna.
No sentido transversal ocorre certo espalhamento do aterro durante a construção, o que tende a
diminuir as tensões na interface do núcleo com os espaldares.
As leituras poderão ser feitas através de estação total desde que o aparelho
assegure precisão da ordem de 3 mm para distâncias da ordem de 400 m. A
equipe de leitura deverá ser experiente e cuidadosa, para permitir leituras com
esta precisão. Os marcos são lidos posicionando se a estação topográfica em local
adequado (que permita visar os MS), assim "lê se" a referência indeslocável ( e a
partir daí faz se a leituras dos marcos superficiais, normalmente utilizando se de
prisma de pequeno porte.
As principais vantagens deste sistema de monitoramento é o baixo custo, e a
facilidade de instalação e manutenção. Como desvantagens podemos citar a
necessidade de equipe de topografia no empreendimento, a impossibilidade de
acompanhamento em tempo real, a imprecisão das leituras em dias ensolarados, a
impossibilidade do monitoramento em dias chuvosos e a facilidade de danos, por
acidentes ou vandalismo, uma vez que o instrumento fica exposto. Este
inconveniente pode ser minimizado com a utilização de tampas de proteção.
• Um sistema de medição pontual, mas graças ao baixo custo dos prismas, centenas de pontos
podem ser medidos com ciclos de 30 - 60 minutos;
A estação total robotizada apresenta alta precisão, confiabilidade e independência na obtenção dos
dados. Entretanto caso o feixe de laser no prisma não esteja direcionado no centro de tal refletor,
tem se um erro associado devido as medições angulares empregadas. Além disso, este equipamento
está sujeito a variações de temperatura e são altamente afetados por neblinas.
Processamento e
software de controle
Prismas de monitoramento
Precisão e confiabilidade
Tipo de instrumentos empregados;
• Repetição na centralização e no posicionamento dos instrumentos de medida nas estações de referência;
• Estabilidade (imobilidade) das estações de referência;
• Proteção dos pilares e outras referências contra acidentes e vandalismo;
• Experiência da equipe de topografia ou geodésia;
• Influência das condições meteorológicas;
• Extensão das distâncias de visada.
Principais características:
Geometria Ascendente
O ponto de medição se move no sentido do sensor: neste caso o
deslocamento é considerado positivo.
Geometria Descendente
O ponto de medição se move no sentido oposto do sensor: neste
caso o deslocamento é considerado negativo.
Ponto Homólogo
O processamento integrado de ambas
observações objetiva recuperar as componentes
Vertical e Leste-Oeste dos deslocamentos
obtidos a partir das medidas de deslocamentos
obtidos em pontos homólogos nas duas
geometrias de aquisição (ascendente e
descendente) separadamente
Medida PSI dos deslocamento acumulado nas posições dos prismas no período de 11/11/2015 a 18/10/2016
20
mm/ano
0 - 20 - 40 - 60 - 80 -100
mm/ano
20 0 - 20 - 40 - 60 - 80 -100
Medidor triortogonal.
Redução de risco;
Preservação das evidências;
Informações em tempo real;
Agir com antecedência;
Segurança;
Redução de custo.
In-place inclinômetros
In-place Inclinômetros são colocados em furos para monitorar o
movimento do solo, bem como a direção do movimento de
forma automatizada.
Vantagens:
• A direção e a quantidade de movimento subterrâneo podem
ser medidas continuamente e um alarme pode ser
configurado para quando o movimento anômalo é
detectado;
Desvantagens:
• O movimento só é medido em profundidades específicas do
furo.
• Microprocessador
Carta de Risco
Salienta-se que os níveis de controle para a instrumentação são estabelecidos para cada
instrumento instalado, sendo que uma leitura do nível de emergência em uma seção pode não
significar que toda a barragem e todas as seções estejam em nível de emergência. Porém, tal
leitura deve ser prontamente avaliada/interpretada a fim de manter a segurança da estrutura em
nível adequado.
Assim os níveis de segurança da estrutura foram estabelecidos para quatro níveis, que foram
definidos como premissa de projeto. Desta forma, foi elaborada uma carta de risco na qual são
estabelecidos níveis de segurança que orientam na definição do grau de perigo em situações de
emergência, auxiliando nas tomadas de decisão e indicando os passos a serem seguidos após a
identificação de uma situação que possa colocar em risco a segurança da barragem.
Sendo assim, os níveis de segurança são importantes a constar no manual de operação de uma
barragem, pois é a partir deles e, em conjunto com as inspeções, que o engenheiro responsável pela
estrutura averiguará se a mesma se encontra estável ou não.
Destaca-se que um talude pode apresentar fator de segurança satisfatório e, ainda assim, romper
por erosão regressiva (piping) em função da superfície freática estar muito próxima à face. Além
disto, os gradientes hidráulicos baixos e a geometria favorável da barragem podem contribuir para
que o fator de segurança seja sempre elevado, não atingindo, portanto, o fator de segurança para
cada nível de referência (normal, atenção, alerta e emergência).
Com isto, os ângulos mínimos aceitáveis entre o talude de jusante e as superfícies freáticas, adotadas
como níveis de referência, são definidos por premissa como critérios de projeto.
A metodologia de análise tem que considerar como nível de referência de segurança o critério
mais desfavorável para a estrutura.
Ressalta-se que o critério de definição dos níveis de controle para a instrumentação de barragens
apresenta limitações. Estas limitações são dadas principalmente pelas limitações dos modelos
numéricos, variabilidade natural dos materiais de fundação, variabilidade natural dos materiais de
construção provenientes de áreas de empréstimo naturalmente pouco homogêneas, variabilidades
impostas pela construção (lançamento e compactação), variações associadas aos estados de
tensão, variações cíclicas de carregamentos (nível d’água, por exemplo), dentre outros.
Os níveis de controle para a instrumentação obtidos por meio dos modelos numéricos de
estabilidade devem ser tratados como valores de referência, devendo ser avaliados em conjunto
com observações visuais de campo. Além disso, é importante que todos os instrumentos de uma
seção sejam avaliados em conjunto e na sua evolução ao longo do tempo, para permitir a
compreensão adequada de uma possível situação de risco.
Barragem Saint
Francis, 1928. Barragem Laurel Run,
Fonte: SCV History Pensilvania, 1977. Fonte: Dam
(2019) Failures (2019)
Piping por fluxo preferencial na barragem Rio Teton, Barragem da Pampulha, 1955.
USA. Fonte: Jornalda Unicamp(2014) Fonte: Lopes (2010)
ABNT NBR 13028(2017) não especifica um fator de segurança mínimo a ser seguido em projetos.
• Compactação inadequada;
• Tipo de materiais construtivos;
• Tocas animais;
• Raízes de vegetação;
• Trincas nos taludes e fundações.
Sandboils
Galgamento
Galgamento: passagem
de água sobre a
estrutura/barragem.
O ICOLD sugere que se adotado borda livre mínima de 1,0m acima da altura da
onda. Por outro lado a altura máxima é limitada a 3m.
Liquefação
A liquefação é o processo por meio do qual
um material sem coesão perde sua resistência
e flui como um líquido. Pode ocorrer em solos
granulares, quando as poropressões se
elevam a ponto de anular as tensões efetivas.
Se isso acontecer, a pressão intergranular
também será nula, assim como o atrito entre
partículas. Neste caso, o material se
comportará como um líquido. A liquefação
dinâmica pode ser causada por efeitos de
vibrações e terremotos. Já a liquefação
estática pode ser causada carregamentos
rápidos, subida do nível de água e elevada
precipitação pluviométrica.
• O material deve ser contratil, com uma propensão para reduzir de volume durante o
cisalhamento. Os materiais granulares finos e uniformes, com saturação completa, são mais
propensos a liquefazer-se quando comparados aos materiais de granulometria mais grosseira e
angulares. No entanto, uma variável bastante relevante é o estado de compacidade.
• O cisalhamento deve ocorrer com rapidez suficiente para desenvolver condições não drenadas;