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G abarito das

A utoatividades

HISTÓRIA MODERNA
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
Indaial - Santa Catarina - 47 3281-9000

2018

Elaboração:
Prof. Fabiano Dauwe

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 3
NEAD
GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
HISTÓRIA MODERNA

UNIDADE 1

TÓPICO 1

1 Procure, em algum jornal, revista, site etc., alguma referência (pode


ser mais de um texto) às palavras “moderno” ou “modernidade”.
Tente descrever a maior quantidade possível de características que
o autor do texto, que você escolheu, parece ter atribuído ao conceito.
Depois, escreva um pequeno texto sobre o significado do termo, com
base no que você percebeu.

R.: Resposta pessoal do acadêmico, conforme a sua pesquisa.

2 Releia a seção 4.2 e pense em três conceitos que sejam úteis para
os historiadores e que, no seu entender, tenham sido inventados
em algum momento, embora nos pareçam óbvios. Sobre cada um
deles, tente perceber quando foram criados, por quem e com que
intenções, que pessoas ou coisas estão incluídas em suas definições
e quais estão excluídas, que tipo de mudanças esses conceitos já
atravessaram desde que foram formulados pela primeira vez. Quantos
desses conceitos têm uma origem e um objetivo eurocêntricos? Que
sentido têm esses conceitos para os que estão excluídos deles? E
hoje, que sentido damos para esses conceitos? Esses conceitos,
hoje, são aceitáveis pelos nossos padrões?

R.: Resposta pessoal do acadêmico, conforme o conceito escolhido.


H
Observação: Se a turma tiver necessidade de um esclarecimento maior, I
S
você, caro tutor externo, pode dar um exemplo de um conceito, que, nesse T
caso, logicamente, não poderá ser usado pelos acadêmicos: o conceito de Ó
R
África não existia para as populações que viviam naquele continente, antes I
A
da chegada dos europeus. Eles não tinham nenhuma noção de que tinham
alguma coisa em comum ou de que fossem africanos. Muitas vezes, os grupos M
O
vizinhos eram rivais e viam muito mais diferenças do que semelhanças entre D
E
si. Nem mesmo a cor da pele servia como identificação, pois todos eram R
negros. O conceito de África foi criado pelos europeus, durante a ocupação N
A
4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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colonial, para atender aos seus próprios interesses. Esse conceito só fazia
sentido para os africanos quando eles iam com seus antigos vizinhos e rivais
para a escravidão do outro lado do oceano e, aí sim, encontravam pontos em
comum: religião, tradição, condição escrava, cor da pele, língua parecida etc.
Assim, o conceito de África foi criado fora da África e só fora de lá fez sentido
durante muito tempo. No século XX, os movimentos de independência das
colônias africanas criaram uma noção de identidade entre elas, pois todas
lutavam pelo mesmo objetivo. Procure apontar para os acadêmicos essas
características, especialmente a criação de um conceito, a partir de uma
ideia de identidade entre grupos e oposição (alteridade) em relação a outros.

TÓPICO 2

Questão Única: Prezado acadêmico, procure analisar o conteúdo dos


livros didáticos de História que tratam do Renascimento. Repare que a
maioria deles costuma situar esse período após o final da Idade Média
(metade do século XV em diante) e muitos restringem o seu sentido aos
aspectos culturais e artísticos. Será que é possível trabalhar com um
conceito mais amplo do que esse em sala de aula?

R.: Os livros didáticos variam muito em relação a isso, mas diversos deles
apresentam esse conceito de Renascimento como período histórico.
Mesmo que um determinado livro não apresente o conceito dessa forma,
trabalhar assim com o Renascimento é positivo, porque reforça o caráter
de transformação lenta e progressiva da sociedade medieval, na direção da
sociedade moderna.

TÓPICO 2

1 No mapa a seguir, realize as seguintes atividades:


H
I a) Com a ajuda de um atlas ou da internet, localize as seguintes cidades:
S Antuérpia, Beirute, Bergen, Bruges, Colônia, Constantinopla (Istambul),
T
Ó Dantzig (Gdansk), Frankfurt, Gênova, Hamburgo, Leipzig, Londres, Lübeck,
R
I Lyon, Marselha, Milão, Nápoles, Novgorod, Nuremberg, Paris, Reims, Riga,
A Troyes, Valência e Veneza.
M
O
D b) Circule a área de atuação da Liga Hanseática: os litorais do Mar Báltico
E e do Mar do Norte.
R
N
A
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 5
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c) Circule a região da Champagne, na atual França. Corresponde
aproximadamente à região entre as cidades de Paris, Lyon, Colônia e
Frankfurt, mas não inclui nenhuma dessas cidades.

d) Trace as seguintes rotas comerciais, de preferência com cores diferentes:


Rota 1 – Liga Hanseática: ligue por mar todas as cidades dentro da área
destacada no item b).
Rota 2 – Liga de Veneza: ligue por mar todas as cidades no Mar Mediterrâneo
e litoral atlântico.
Rota 3 – Ligue por terra o trajeto entre as cidades de Bruges e Marselha.
Rota 4 – Da cidade de Bruges até Frankfurt, depois em dois ramos: um até
Gênova e outro até Veneza.
Rota 5 – Da cidade de Veneza até Hamburgo.

R.:

H
I
S
T
Ó
R
I
A
2 Explique a relação entre as melhorias de vida da população durante M
o período feudal e a crise do próprio feudalismo. O
D
E
R.: Os primeiros séculos da Idade Média haviam sido de caos. A desordem nas R
N
cidades, a crise do Estado romano, os constantes ataques de bárbaros, tudo A
6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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contribuía para que a sociedade regredisse, econômica e demograficamente.
Aos poucos, no entanto, um novo poder foi se organizando, baseado na
lealdade a senhores poderosos e na economia agrícola de subsistência. Esse
novo poder, o feudal, permitiu a segurança necessária para que a população
da Europa retomasse o seu crescimento, a partir do século X. Contudo,
com o tempo, esse crescimento populacional passou a ser um problema. A
necessidade de aumento da produção esbarrava nas técnicas primitivas e
não era possível expandir as terras cultivadas para sempre. Entre os nobres,
realizou-se a divisão dos feudos, entre muitos herdeiros, que resultou em
propriedades cada vez menores e menos capazes de autossustentação. Com
o tempo, a divisão dos feudos, entre todos os herdeiros, tornou-se inviável
e eles passaram a ser entregues inteiros aos primogênitos. Isso gerou uma
massa de nobres sem terra; muitos entraram para a Igreja, outros se tornaram
os famosos cavaleiros andantes, sempre em busca de um feudo sem senhor,
ou de um senhor poderoso a quem prestar sua lealdade.

TÓPICO 3

1 Escolha um trecho de alguma obra literária e uma peça de arte (como


uma pintura ou escultura) do período do Renascimento e responda,
com base nelas, às seguintes questões:

Obs.: A resposta dessa atividade varia, conforme a obra literária escolhida.


Para fins de referência, incluímos aqui um modelo de resposta para o texto
de Dom Quixote incluído como leitura complementar deste mesmo tópico.

a) Descubra algumas informações sobre o autor da obra que você leu: local ou
país de nascimento, data de nascimento e morte, como viveu, obras importantes
que produziu.
R.: Miguel de Cervantes Saavedra nasceu em Alcalá de Henares, Espanha,
em 29 de setembro de 1547 e morreu em Madri em 23 de abril de 1616. Foi
romancista, dramaturgo e poeta. O(A) acadêmico(a) pode incluir as informações
H
I
que desejar, mas deve citar a fonte e não deve se estender demais nesta
S resposta; o objetivo aqui é apenas contextualizar o autor e sua obra.
T
Ó
R
I
b) Identifique a época de publicação da obra e relacione-a ao contexto
A histórico em que foi produzida e às características gerais do período do
M Renascimento em que surgiu. Anote as semelhanças gerais com o período
O
D
e as particularidades desta obra.
E R.: Cervantes publicou El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha,
R
N em 1605. A obra é uma sátira aos romances de cavalaria que estiveram
A em voga na Idade Média, sob uma forma realista. É uma obra típica do
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Cinquecento, período em que a arte renascentista se difundiu por toda a
Europa. O comentário do item anterior sobre as informações a serem dadas
é igualmente válido neste item.

c) Tente identificar, no texto que você leu, algumas características do período


do Renascimento:

i. Humanismo: de que forma a cultura da antiguidade aparece valorizada no


trecho lido? Quais referências a ela aparecem? O que elas significam? Cite
alguns personagens, reais ou mitológicos, que o autor do texto apresenta.
R.: No trecho lido, Dom Quixote faz uma referência ao gigante Briareu,
personagem da mitologia grega que tinha cem braços e cinquenta cabeças.
Dom Quixote imagina-se em um mundo povoado de gigantes oriundos da
mitologia antiga; já Cervantes zomba do personagem por acreditar em tal
mundo.

ii. Antropocentrismo: de que forma o ser humano aparece colocado como o


centro das atenções nesta obra?
R.: As interpretações são múltiplas. Pode-se pensar, entre outras
possibilidades, na insistência de Cervantes em afirmar, com seu anti-herói,
que no mundo real não há lugar para magia; os “desafios” que Dom Quixote
enfrentava eram completamente reais e mundanos.

iii. Racionalismo: de que forma o autor da obra, ou os personagens, recorrem


à razão para resolver seus dilemas? Ou, se não recorrem, que consequências
eles sofrem?
R.: Sancho Pança representa a racionalidade na obra, ao insistir em mostrar
a seu amo que este tentava viver uma aventura ilusória. Dom Quixote, ao se
recusar a aceitar esse fato, sofre inúmeros dissabores.

iv. Individualismo: de que maneira as escolhas individuais determinam o


andamento das circunstâncias nessa obra?
R.: Da mesma forma que o antropocentrismo e o racionalismo são flagrantes
no texto, Cervantes deixa claro, a todo o momento, que as dificuldades H
enfrentadas por Dom Quixote se devem às suas escolhas pessoais e à sua I
S
teimosia. T
Ó
R
d) A racionalidade do Renascimento exigia, principalmente, o recurso da I
A
razão. Mesmo assim, a religião não foi abandonada; muito ao contrário, as
M
obras do Renascimento são pródigas em referências religiosas. Que imagens O
religiosas aparecem no texto que você leu? Como podem ser interpretadas? D
E
R.: Há diversas referências neste trecho, como a “guerra justa”, contra os R
N
A
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gigantes, alegada por Dom Quixote, a referência à oração quando ele insinua
que Pança estaria com medo e, em menor escala, algumas expressões
comuns de perplexidade de Sancho Pança.

UNIDADE 2

TÓPICO 1

Questão Única - Prezado acadêmico, você percebeu que todas essas


discussões religiosas, apesar de ocorrerem durante o período do final
da Idade Média, refletem uma nova visão de mundo, que é tipicamente
moderna?

Para iniciar, reflita um pouco sobre a relação entre a tradução da Bíblia para
o inglês, feita por Wyclif (e depois também por Lutero, para o alemão), e
o individualismo, racionalismo e antropocentrismo característicos do novo
tempo. Anote suas conclusões.

R.: A tradução da Bíblia era totalmente coerente com a atitude individualista


da época. Se o ser humano era agora considerado o centro das preocupações
(antropocentrismo), entendia-se que a sua forma de conhecer o mundo (o
racionalismo) era a única, de fato, adequada; assim, fazia-se necessário o
recurso à razão para a compreensão de tudo, inclusive, da própria religião.
Para que isso fosse possível, era necessário que a Bíblia estivesse disponível
para a interpretação individual, ou seja, acessível em língua nacional para
um fiel alfabetizado.

H
I
TÓPICO 1
S
T
Ó 1 Que fatores internos da Igreja Católica, no início do século XVI,
R
I
contribuíram para o surgimento do protestantismo?
A

M R.: A crise de poder e de autoridade moral sofrida no final da Idade Média,


O
D
decorrente não só das disputas políticas com o rei da França e as cidades do
E norte da Itália, mas também das mudanças sociais e culturais da sociedade
R
N do Renascimento.
A
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 9
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2 Quais eram as principais críticas que se fazia à Igreja antes dessa
época, e que influência elas tiveram na Reforma?

R.: As práticas abusivas de conduta dos sacerdotes, que muitas vezes viviam
em desacordo com o que pregava a doutrina cristã e práticas abusivas
de comercialização da fé, como as simonias, o nepotismo e a venda de
indulgências.

3 Pesquise e descreva as principais doutrinas luteranas. Que


consequências sociais essa visão religiosa trouxe?

R.: As principais doutrinas foram expostas no texto desse Tópico, mas podem
ser mais esmiuçadas com uma pesquisa bibliográfica. Algumas doutrinas
importantes incluem a salvação exclusivamente pela fé, a relação direta com
Deus, rejeição da hierarquia religiosa e do celibato clerical, o reconhecimento
de apenas dois sacramentos (Batismo e Eucaristia) etc. A relação direta com
Deus gerou uma das consequências sociais mais importantes: a valorização
da educação, pela necessidade de o fiel conhecer a Bíblia.

4 Repita a atividade número 3 para o Calvinismo.

R.: Todos os princípios válidos para o Luteranismo também o são para o


Calvinismo, que inclui, pela ideia da predestinação absoluta, o completo
desligamento do fiel de qualquer relação com o sobrenatural e a sua
necessidade de se valer do trabalho incansável e produtivo como única
válvula de escape. Isso gerou, de acordo com o pensamento de Max Weber,
condições ideais para que o sistema capitalista pudesse se desenvolver nas
áreas que adotaram o Calvinismo.

TÓPICO 2

1 Elabore uma cronologia das conquistas marítimas portuguesas desde


a conquista de Ceuta (1415) até a perda da autonomia na União Ibérica H
I
(1580). S
T
Ó
R.: A cronologia pode ser tão completa quanto desejar o acadêmico. R
I
A
2 Relacione a forma de colonização adotada na América Espanhola, M
no Brasil e nas colônias do sul dos Estados Unidos, aos interesses O
D
do Estado absolutista e da burguesia mercantil. E
R
N
A
10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
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R.: Como o interesse da burguesia era comercial, essas regiões tornaram-
se produtoras de artigos que pudessem ser vendidos, na Europa, a preços
convidativos. Não havia interesse oficial em desenvolver, nas colônias,
quaisquer atividades que não atendessem a tais objetivos.

3 Luís Vaz de Camões, em Os Lusíadas, já expressava o temor pela


decadência portuguesa no Oriente, que se consumaria alguns
anos mais tarde com a União Ibérica. Relacione o fenômeno do
Sebastianismo com essa decadência.

R.: A perda dos mercados promissores no Oriente para holandeses, ingleses e


espanhóis e o consequente empobrecimento do país levaram os portugueses
a experimentarem uma sensação de perda da glória atingida. Essa decadência
estava personificada na própria dinastia de Avis, que esteve perto de se
extinguir com a morte do príncipe Dom João, compensada pelo nascimento
de seu filho Dom Sebastião alguns dias depois. Dom Sebastião representava,
desde o seu nascimento, a esperança de renovação da dinastia e do país, mas
sua morte prematura devolveu ao país a sensação de decadência, agravada
pela perda da própria autonomia nacional em 1580.

4 Apesar de retirar uma quantidade incalculável de metais preciosos da


América, a Espanha não sobreviveu por muito tempo como a maior
potência econômica europeia, e, por volta de 1700, havia perdido
praticamente todo o antigo brilho. Explique os motivos dessa decadência.

R.: Boa parte dos motivos está na ambição dos reis espanhóis em, utilizando-
se das riquezas provenientes da América, conquistar todo o Continente
Europeu. Para isso, os reis Carlos I, Felipe II, Felipe III e Felipe IV da
Espanha envolveram-se em incontáveis guerras, que não melhoravam a
posição do país e consumiam os recursos arrecadados. Em 1700, com o fim
da dinastia Habsburgo, a Espanha havia transferido grande parte da riqueza
que acumulara para outras partes da Europa.

H
I
S TÓPICO 3
T
Ó
R 1 Estabeleça uma comparação entre os processos de consolidação do
I
A Estado Absolutista na França, Inglaterra e Península Ibérica.
M
O R.: Resposta pessoal do acadêmico. Entre os tópicos que podem ser
D
E abordados, incluem-se: 1. Na França e na Inglaterra, a consolidação do Estado
R
N
Nacional passou por uma disputa contra a autoridade da Igreja Católica, ao
A
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 11
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passo que, na Península Ibérica, o rei era aliado do Papa. 2. O feudalismo
havia assumido uma forma diferente na Península, o que favoreceu a
centralização política sobre os territórios cristãos e sobre os ocupados durante
a Reconquista. 3. Os reis da França e da Inglaterra sentiam necessidade de
justificar seu poder absoluto, o que não ocorria em Portugal e na Espanha.
4. Na França, o Estado se tornou oficialmente católico, após sangrentas
guerras e a expulsão dos dissidentes; 5. Na Inglaterra foi criada uma religião
oficial do Estado, o que era possível em um momento de centralização do
poder na mão do rei. 6. A centralização, na Inglaterra, foi combatida em vários
momentos, sempre com base nas complexas regulações da política inglesa.

2 Qual o papel desempenhado pela religião para a formação do


Absolutismo na França e na Inglaterra?

R.: Os reis, em ambos os países, sentiram necessidade de atacar o poder


da Igreja para consolidar sua autoridade política. O rei Henrique VIII, da
Inglaterra, criou uma religião oficial de Estado para facilitar esse ataque. Os
reis da França, após as guerras religiosas do fim do século XVI, aliaram-se
à Igreja Católica, e constituiu-se, então, uma monarquia modelada a partir
da autoridade única, espelhando o modelo divino.

3 Explique a teoria do Direito Divino dos Reis, conforme foi formulada


por Thomas Hobbes e Jacques Bossuet.

R.: A teoria estabelecia que o rei havia sido investido do poder real pela
vontade divina, de modo que suas decisões eram inspiradas por essa vontade.
Hobbes entendia que apenas um governante,com tal poder, teria condições
de comandar adequadamente a sociedade.

TÓPICO 4

1 Explique a importância, para os objetivos da política mercantilista,


das colônias de exploração. H
I
S
R.: Eram essenciais para garantir, aos países europeus, o suprimento de T
Ó
produtos rentáveis a custo baixíssimo, o que ajudava a equilibrar a balança R
I
comercial das metrópoles. A

M
2 Qual era a vantagem, dentro da política mercantilista, do O
D
estabelecimento de monopólios comerciais? E
R
N
A
12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
R.: Um único comerciante autorizado pelo rei poderia conseguir acordos mais
vantajosos nas praças de comércio do que diversos comerciantes disputando
mercados. Além disso, poderia garantir mais segurança para as operações
comerciais.

3 Diversos cronistas do século XVI manifestaram, em suas impressões


sobre as culturas indígenas, as ideias aqui expressas nas palavras
do português Gabriel Soares de Sousa, em seu Tratado Descritivo
do Brasil, de 1587: [...]. Comente esta observação.

R.: Ao observar que os indígenas não têm três letras em seu alfabeto,
Soares de Sousa não pretende fazer uma investigação antropológica dos
povos indígenas, mas apenas desqualificá-los a partir de pressupostos
eurocêntricos. A constatação de que os povos ameríndios não tinham
estruturas religiosas, jurídicas e políticas equivalentes às dos europeus
dava-lhe, e a seus contemporâneos, o pretexto ideal para dominar a região
e subjugar os nativos sem maiores preocupações.

UNIDADE 3

TÓPICO 1

Questão Única - Prezado acadêmico, fica aqui uma sugestão de exercício:


procure se informar sobre os argumentos que os criacionistas usam para
justificar a sua oposição à teoria da evolução. Tente analisá-los a partir
da sua própria lógica (ou seja, da teologia cristã), independentemente
de sua opinião a respeito deles. Faça o mesmo com os argumentos
da ciência. A seguir, tente refletir sobre os seguintes pontos: até que
ponto, dentro da lógica criacionista, seus argumentos fazem sentido?
H E o conceito de evolução, por que é combatido por eles com tanta
I
S intensidade? E do ponto de vista estritamente científico, qual é o
T
Ó
problema fundamental do criacionismo? Um cientista pode rejeitar o
R evolucionismo com base nos argumentos criacionistas? E, por fim, qual
I
A é a semelhança entre essa controvérsia e a oposição dos doutores da
M
Igreja às teorias de Galileu?
O
D
E R.: Mote para discussão da questão única: o argumento central dos
R
N
criacionistas contra a evolução é a ideia de que a criação divina é perfeita e,
A
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 13
NEAD
portanto, não pode estar submetida à “evolução”. Além disso, as datações que
são citadas no Gênesis – consideradas, dentro dessa lógica, absolutamente
verdadeiras – dão à criação uma idade próxima de seis mil anos, o que
inviabilizaria qualquer alteração lenta na paisagem. Para o pensamento
científico, essas ideias carecem de fundamento, não apenas por não contarem
com uma base mais sólida do que os textos bíblicos, como por contradizerem
frontalmente todos os métodos bem estabelecidos de datação dos vestígios
fósseis existentes. Por isso, um cientista não pode rejeitar o evolucionismo, que
é uma teoria consensual na ciência, com base nos argumentos criacionistas.
A semelhança entre as controvérsias aparece no momento em que um
determinado grupo pretende interferir nos assuntos alheios. As Escrituras
Bíblicas não tinham, em sua origem, o objetivo de explicar “cientificamente” o
mundo, da mesma forma que a Ciência não pode pretender servir como guia
espiritual. A condenação de Galileu aconteceu quando ele, um cientista, tentou,
à luz de suas descobertas, interpretar as Escrituras.

TÓPICO 1

1 De que forma a Astronomia e a Medicina, estabelecidas como ciências


a partir do Renascimento, contribuíram para retirar o ser humano do
lugar de “centro do universo”, que ele desfrutava desde a Idade Média?

R.: A Astronomia, ao compreender a Terra como um planeta como os demais,


deslocado do centro do Universo e sujeito a leis matemáticas precisas; a
Medicina, ao compreender o funcionamento do corpo humano, estabelecendo
com clareza as relações entre o organismo humano e as demais formas de
vida do planeta.

2 Busque informações sobre Giordano Bruno e sua condenação à morte


na fogueira pela Igreja Católica em 1600. Quais foram os motivos
dessa condenação? Que diferenças e semelhanças esse processo
guarda com o de Galileu, alguns anos depois?
H
I
R.: Sugere-se que o acadêmico pesquise o assunto. Giordano Bruno S
T
tinha, além de divergências científicas com a Igreja, uma cosmovisão toda Ó
particular, que era considerada herética. Ao se recusar a negar suas crenças, R
I
foi queimado pela Inquisição. A própria repercussão do caso de Giordano A

Bruno interferiria, posteriormente, no processo de Galileu; este, por sua vez, M


escapou da Inquisição após negar, diante de testemunhas, suas convicções. O
D
E
R
N
A
14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
3 Alguns dos grandes astrônomos do século XVII, como Newton e
Kepler, eram também entusiastas da astrologia e profundamente
religiosos. O que pode explicar essa aparente contradição?

R.: A crença em uma ordem precisa do Universo podia, perfeitamente, na


visão desses astrônomos, significar que todos os seus elementos tinham um
propósito, crença essa que é a base da Astrologia. Só posteriormente o Universo
seria descrito em termos puramente mecânicos, como corpos rochosos ou
gasosos, girando sem objetivo nem interferência nas vidas humanas.

TÓPICO 2

1 Qual a importância de Isaac Newton para o Iluminismo?

R.: As formulações físicas e matemáticas de Newton permitiam, aos


pensadores do Renascimento, entender o universo como um mecanismo
bem ajustado, sujeito a leis perfeitamente previsíveis e, portanto, controláveis.
A única ferramenta necessária para se compreender o Universo seria, sob
essa ótica, a razão.

2 Relacione a frase a seguir aos aspectos do Antigo Regime


considerados ultrapassados pelos iluministas: “Sapere aude! Tem
coragem de fazer uso do teu próprio entendimento, tal é o lema do
Esclarecimento” (IMMANUEL KANT, op. Cit., p. 100).

R.: Os iluministas combatiam qualquer forma de ignorância e de instituição


que buscasse controlar as pessoas; em lugar disso, conclamavam a todos
a buscarem o entendimento por conta própria. Isso se chocava diretamente
com o poder da Igreja, do Rei e das tradições, que serviam, nessa ótica, para
limitar as possibilidades de desenvolvimento pessoal dos homens.

H
I TÓPICO 3
S
T
Ó 1 Busque informações sobre a situação das corporações de ofício da
R
I manufatura têxtil na Inglaterra no início do século XVIII. De que forma
A essa situação favoreceu o desenvolvimento da indústria têxtil com
M máquinas a vapor, no início da Revolução Industrial?
O
D
E
R
R.: A manufatura têxtil foi uma das primeiras a romper os antigos vínculos
N das corporações de ofício, o que possibilitou que as inovações tecnológicas
A
fossem aplicadas sem maiores resistências.
UNIASSELVI GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 15
NEAD
2 Escreva um pequeno artigo (cerca de 20 a 30 linhas), explicando o
porquê do pioneirismo inglês na Revolução Industrial.

R.: Resposta pessoal do acadêmico. Entre os possíveis temas e enfoques,


pode-se falar sobre as condições especiais de que desfrutava o país em
termos tecnológicos, logísticos e financeiros, ou fazer-se referência ao
espírito empreendedor dos capitalistas ingleses, muitos deles calvinistas. Este
artigo será tanto mais completo quanto maior houver sido o entendimento da
disciplina até este momento.

3 Compare os protestos dos luditas e dos cartistas. Por que os


resultados obtidos foram diferentes?

R.: Os luditas, ao atribuir as causas de sua miséria à existência das máquinas,


lutavam por uma causa fadada ao fracasso. Por mais máquinas que fossem
destruídas, outras mais poderiam ser fabricadas. A causa de sua pobreza não
estava na existência das máquinas em si, mas nas condições degradantes
com que os trabalhadores eram tratados. Buscando reverter essa situação,
os cartistas se focaram na luta pela elaboração de leis que favorecessem os
trabalhadores, atentos para a importância que eles tinham para o processo
produtivo.

4 Descreva cinco transformações, na sociedade, geradas pela


Revolução Industrial.

R.: Entre as escolhas possíveis estão o aumento geral da riqueza, o


desenvolvimento dos transportes e das comunicações, o barateamento e
a melhoria da qualidade dos produtos, a concentração cada vez maior de
população nas áreas urbanas, o aumento da poluição etc.

TÓPICO 4

1 Relacione os pontos comuns entre a Declaração de Independência H


I
dos Estados Unidos (leitura complementar 1) e a Declaração Universal S
dos Direitos Humanos e do Cidadão (leitura complementar 2). T
Ó
R
I
R.: Entre as possibilidades, estão a noção de direitos inalienáveis, como vida A
e liberdade, a necessidade de se limitar os poderes dos governantes etc. M
Cabe ao acadêmico fazer as relações mais completas que puder. O
D
E
R
N
A
16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVI
NEAD
2 Busque o texto da Constituição Brasileira de 1988 (especialmente, os
artigos iniciais) e tente relacionar alguns dos princípios fundamentais
com os direitos listados na Declaração Universal dos Direitos
Humanos e do Cidadão (leitura complementar 2).

R.: A Constituição Brasileira de 1988 está de acordo com os princípios da


Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Cidadão, pois prevê uma
sociedade democrática, que garanta os direitos e os deveres das pessoas.
Vai do interesse do acadêmico estabelecer relações mais elaboradas.

3 Estabeleça uma comparação entre as revoluções políticas inglesas


do século XVII e a Revolução Francesa do século seguinte. De que
forma esta foi influenciada por aquelas?

R.: As Revoluções Inglesas do século XVII demonstraram a insatisfação


com um governo autoritário e forçaram uma nova negociação do papel da
autoridade real, eliminando-se o absolutismo. Indiretamente, portanto, o
movimento repercutia entre os philosophes franceses. Voltaire foi diretamente
influenciado pelo ambiente inglês, ao se exilar nesse país; tornou-se um
admirador da monarquia constitucional e divulgou o modelo britânico com
riqueza de detalhes em seus escritos políticos.

H
I
S
T
Ó
R
I
A

M
O
D
E
R
N
A

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