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Nome do acadêmico: Marriette Maria de Sousa

Curso: Serviço Social


Disciplina: ECONOMIA POLITICA

Atividade Discursiva
Quais as principais determinações do estudo da Economia Política sobre a sociedade
capitalista?

Da mesma forma como o dia a dia das pessoas está diretamente ligado com as questões
políticas (os serviços de saúde que são oferecidos à população, a qualidade de ensino
etc) o mesmo podemos dizer em relação à economia, quando lidamos com as
necessidades diárias de alimentação, pagamento da escola ou faculdade dos filhos, a
utilização de um meio de transporte para ir trabalhar, a inflação que influencia no preço
do combustível etc. Para poder pagar os bens que consome, os serviços que contrata ou
mesmo para poder ir a um shopping center desfrutar de alguns momentos de lazer com
a família (e fazer compras) precisamos de uma renda que advém do nosso trabalho. E a
ciência que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços é a economia.
Etimologicamente economia vem do grego οικονομία (οἶκος = 'casa' + νόμος =
'costume ou lei': daí "regras da casa" ou "administração doméstica").

Como ciência atribui-se ao filósofo escocês Adam Smith (1723-1790) a origem


da Economia. Sua obra, A Riqueza das Nações (1776), é considerada um marco na
história do pensamento econômico. Antes disso, a Economia não passava de um
pequeno ramo da filosofia social.

Seguindo o modelo das demais ciências sociais, a Economia enquanto ciência


deriva da vontade de usar métodos mais empíricos à semelhança das ciências naturais,
com a exigência de estabelecer hipóteses e fazer predições que possam ser testadas com
dados empíricos, onde os resultados são passíveis de serem demonstrados e repetidos,
através da reprodução das mesmas condições da experiência. No entanto, à semelhança
das outras ciências sociais, pode ser difícil os economistas conduzirem certos
experimentos formais devido a questões práticas envolvendo a subjetividade humana.

É preciso considerar, contudo, que as mesmas dificuldades de constituir as


Ciências Sociais a partir do modelo experimental das ciências naturais também
aparecem na constituição da Economia enquanto ciência e este debate está longe de ser
encerrado. O campo da economia experimental tem feito esforços para testar pelo
menos algumas das predições de teorias econômicas em ambientes simulados em
laboratório – um esforço que rendeu a Vernon Smith e Daniel Kahneman o Prêmio
Nobel em Economia em 2002. Por outro lado, alguns economistas, como o ganhador do
Prêmio Nobel Friedrich Hayek, são da opinião que a tendência para a economia imitar
os métodos e procedimentos das ciências físicas leva a resultados não-científicos, por se
tratar da aplicação mecânica e não-crítica de hábitos de pensamento vindos de áreas sem
as especificidades das ciências sociais.

Em sua discussão sobre as origens da economia política


clássica, Coutinho (1989) sugere a necessidade de ver o
surgimento da Economia como ciência (efetivado com Adam
Smith) sobre três ângulos principais, distintos, mas
interdependentes: (a) como um desenvolvimento das
principais questões suscitadas com o progresso econômico,
que colocava a dimensão econômica no ceme da vida humana
em sociedade; (b) como um desdobramento da tradição
filosófica do jusnaturalísmo modemo, com o aprofundamento
da noção de natureza humana, e (c) como uma discussão
sistemática que surge acoplada às causas do liberalismo
(GUIMARÃES, 1995, p. 156).

Como em toda e qualquer ciência, a questão do método é fundamental para que


o conhecimento ultrapasse as fronteiras do senso comum. Uma metodologia científica é
fundamental para se fazer pesquisa e ampliar o conhecimento que temos sobre uma
determinada área do saber orientando o processo de investigação, tomada de decisões,
seleção de conceitos, técnicas e dados adequados em uma tentativa de resolução de
problemas através de hipóteses que possam ser testadas através de observações e
experiências para explicar um fato ou dado sobre o real. No caso da economia, para
aprofundar a discussão sobre o método, sugerimos a leitura de algumas obras antigas
como:

Introductory Lecture of Political Economy (1827) de Nassau William Senior


System of Deductive Logic (1843) de John Stuart Mill
The nature and significance of Economic Science (1932), de Lionel Robbins
The Significance and Basic Postulates of Economic Theory (1938), de Terence
Hutchison.
Um marco na história da metodologia em economia é a obra Scope and Method of
Political Economy (1891) de John Neville Keynes (pai de John Maynard Keynes).
A obra The Methodology of Positive Economic (1953) de Milton Friedman é
considerada referência na aplicação do método positivista na economia, partindo do
princípio de que uma teoria científica deve ser avaliada por sua capacidade preditiva e
não pela realidade de suas suposições.
On the Logic of the Social Sciences (1967) de Jürgen Habermas
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA:

BLAUG, M. A metodologia da economia. 2. ed. rev. São Paulo: USP, 1993.

CORRAZA, G. (org) Método da Ciência Econômica. Porto Alegre: UFRGS, 2003.

RUIZ, João Álvaro. Métodos, economia e eficiência nos estudos. In:


____. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo, Atlas,
1977. Cap 1.p.19-33.

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