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CONCEITUAÇÃO DE UX E SUA
IMPORTÂNCIA��������������������������������������������� 20
ESTRATÉGIA DE PRODUTO������������������������� 24
Mas o que é estratégia de produto ou product strategy? 25
DESK RESEARCH����������������������������������������� 32
Como fazer desk research?����������������������������������������������� 33
ANÁLISE COMPETITIVA������������������������������ 38
Como fazer uma análise competitiva?������������������������������ 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������������� 47
2
INTRODUÇÃO
Neste e-book você conhecerá os temas-base para
qualquer profissional de UX/UI Design, entenden-
do o que é a interação humano-computador e/ou
interação humana com computadores (IHC). Você
conhecerá como ocorre essa interação entre má-
quinas, sistemas e humanos. Traremos as noções
básicas de cognição, processos perceptivos e cog-
nitivos do usuário, entendendo como as atividades
cognitivas do cérebro humano funcionam e como
isso influencia na nossa percepção.
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INTERAÇÃO HOMEM
VERSUS COMPUTADOR
Começaremos nosso estudo compreendendo o
que é interação homem versus computador, como
ela acontece e, além disso, conheceremos seu
histórico.
4
solucionar os problemas considerados comple-
xos na sociedade, pois, por meio da pesquisa e
estudo do comportamento humano, a ciência da
computação obtém os dados necessários para
se abstrair as informações que desencadeiam as
soluções esperadas.
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Observe na figura a seguir a origem e a linha do
tempo resumida da IHC.
O Xerox Alto foi desen- Até os anos 1970 os Em 1980 e IBM lançou o
volvida pela Xerox, que computadores eram bem primeiro computador
desenvolveu o primeiro grandes e também oper- pessoal da marca, o Per-
esboço de uma interface ados por poucas pes- sonal Computer - Micro-
gráfica, embora não ter soas, por isso eles fica- soft Basic, que vinha
ocupado lugar no merca- vam fechados em salas apenas com teclado o
do, por ter peças caras, refrigeradas. Isso mudou usuário poderia utilizar a
ficou de portfólio e inspir- com as alterações feitas televisão como tela.
ou as marcas Machin- por Steve Jobs e Steve
tosh e Windows. Wozniak em Apple I e,
principalmente, Apple II -
computador pessoal.
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Analise por um exemplo prático: pense no micro-
-ondas, o qual nos permite programar o tempo de
preparo ou de aquecimento de alimentos. Essa
possibilidade de tarefa é uma programação feita
no sistema que faz o micro-ondas funcionar e há a
interface criada para esse aparelho, ou computador,
que possibilita a interação entre humano (pessoas)
e computador (máquinas/sistemas). Ficou mais
claro esse conceito? Se você ficar com muitas
dúvidas, não hesite em pesquisar mais sobre, há
uma literatura vasta sobre esse tema.
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Para conceber um sistema interativo mais adequado
ao mundo onde será inserido, a área de IHC (e, sob
alguns aspectos, também, a área de Engenharia de
Requisitos) busca seguir uma abordagem de “fora
para dentro”[...]. Nessa abordagem, o projeto de um
sistema interativo começa investigando os atores
envolvidos, seus interesses, objetivos, atividades,
responsabilidades, motivações, os artefatos utili-
zados, o domínio, o contexto de uso, dentre outros,
para depois identificar oportunidades de interven-
ção na situação atual, a forma que a intervenção
tomará na interface com o usuário e, finalmente,
como o sistema viabiliza essa forma de intervenção
(BARBOSA, 2011, p. 09).
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tphone é bastante diferente de utilizar a interface
de um notebook, por exemplo. Quando você usa
um micro-ondas, a experiência está relacionada ao
contexto de alimentação, que é uma necessidade
básica de todo ser humano.
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que ele tenha um computador para resolver seus
problemas relacionados aos serviços dessa em-
presa 100% digital.
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SAIBA MAIS
Interface
3 Sistema
Meio para interação
Interpretação
Aplicação
Meio para resultados
2 IHC
Intermediação
Usuário Ação
O usuário realiza Resultado
uma ação Experiência
1
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Note que tudo começa com a ação do usuário
(humano), por meio da interface (proporciona a
interação – software e hardware), que resulta na
resposta pela aplicação (o que é funcional e está
disponível no sistema). O sistema realiza a inter-
pretação da necessidade do usuário e envia uma
resposta, assim, o usuário passa pela experiência
que é intermediada pela IHC.
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NOÇÕES BÁSICAS DE
COGNIÇÃO, PROCESSOS
PERCEPTIVOS E
COGNITIVOS DO USUÁRIO
Neste tema discutiremos brevemente sobre cognição
e processos perceptivos e cognitivos do usuário, de
modo que você possa compreender como essas
atividades mentais do cérebro humano acontecem.
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desenvolvimento da Interação humano-computador,
já que o comportamento humano é um mapa para
construir o processo de experiências por meio de
produtos e/ou serviços.
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PROCESSOS PERCEPTIVOS E
COGNITIVOS DO USUÁRIO
A percepção do usuário é determinada por alguns
processos que geralmente são ignorados por conta
das diversas sensações sentidas e interpretadas
ao longo de um dia ou ao longo de uma vida.
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trata-se de uma representação da realidade. O pro-
cesso perceptivo é influenciado pelas experiências
vivenciadas, pelos valores e atitudes, pela motivação,
pela cultura, pelas expectativas e pelo grupo social
do qual fazemos parte, sendo assim, a percepção
ocorre, em nível específico, individualmente, e em
nível macro, por grupos, que é definida conforme
o conjunto de características físicas, cognitivas e
psicológicas, que permitem interpretar e compre-
ender as informações ao seu entorno.
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uma ciência estudada por algumas áreas, como a
Psicologia Cognitiva, que muito interessa aos pro-
fissionais de UX, devido ao foco em pesquisas para
compreender o comportamento do usuário, suas
motivações, frustrações e como o usuário aprende
em cada contexto, ou seja, são consideradas nos
processos cognitivos as questões emocionais, de
aprendizagem e as questões físicas. Analise a ta-
bela a seguir, que apresenta exemplos de cognição
e processos cognitivos. Esse estudo lhe ajudará a
ter uma visão macro e explicativa em relação aos
processos cognitivos.
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COGNIÇÃO E PROCESSOS COGNITIVOS
Memória: registra e armaze- Foco: o foco ajuda a identifi-
na informações que podem car rapidamente um estímulo
ser recuperadas por algum e a concentrar-se nele para
estímulo. algum resultado.
Linguagem: é o processo Controle: é controlar os
mental crítico e de interpreta- impulsos e as emoções para
ções verbais e/ou ilustrativas, tomar decisões conscientes,
habilidade de comunicação. não induzidas pelo oposto, o
descontrole.
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Por fim, uma experiência ruim será sempre lem-
brada como ruim, e mais difícil de convertê-la, pois
os usuários se tornam mais exigentes, por isso,
conhecer os processos perceptivos e cognitivos
do usuário é obter uma rica fonte de saberes que
influenciam positivamente no desenvolvimento
de produtos e/ou serviços com qualidade, úteis e
desejáveis pelos usuários.
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CONCEITUAÇÃO DE UX E
SUA IMPORTÂNCIA
Chegamos ao momento de entender a tão falada
UX, acrônimo do termo em inglês user experience,
traduzida para o português como experiência do
usuário.
20
cas físicas e/ou aplicações, e como solucionar os
problemas identificados em usabilidade.
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=9BdtGjoIN4E. Acesso
em: 16 set. 2022.
21
profissionais qualificados para cada subárea da
UX, justamente para garantir que as melhores ex-
periências sejam oferecidas aos usuários.
REFLITA
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raneidade? Como as tecnologias e as possibilidades de
serviços e produtos são diversas, simples e complexas
ao mesmo tempo? Se voltarmos aos anos de 1914 – em
que Henry Ford criou o sistema de produção conhecido
como Fordismo –, todas as pessoas que tinham poder
aquisitivo compravam um carro preto, era a única cor
disponível para todas as pessoas. Na época era uma
novidade e, embora muitas pessoas quisessem um
carro preto da Ford, poucos tiveram essa experiência.
Falando em experiência, como será que as pessoas
se sentiam ao olhar para as ruas e ver que todos os
carros eram exatamente iguais? A ênfase na UX, nessa
época, ainda estava brotando... não à toa houve a crise
do fordismo (além de questão sociais e econômicas,
claro), afinal, as pessoas são diferentes, certo? Ainda
bem que as coisas mudaram. Com isso, conseguimos
expandir nossa percepção sobre a importância da user
experience, você não acha?
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ESTRATÉGIA DE PRODUTO
Vamos conhecer as estratégias de produto? Hoje
o que mais percebemos são produtos e serviços
para todos os lados, físicos e digitais, mas é im-
portante saber o que está por trás dessas entregas
para os usuários que recebem tudo pronto para o
consumo e/ou experiência.
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Atualmente, em muitas empresas, quem gerencia
produtos é o product manager (gerente de produto),
cabe a ele, ou ela, gerenciar a equipe e as atividades
necessárias para que o produto e/ou serviço seja
desenvolvido de acordo com os objetivos estabe-
lecidos, de modo que possa atender às metas da
empresa e, ao mesmo tempo, às necessidades
dos usuários, em uma jornada de experiência po-
sitiva. O primeiro passo a ser dado pelo product
manager, ao lado da equipe de desenvolvimento,
é compreender quais são os problemas a serem
solucionados em determinada fatia, público-alvo,
da sociedade, ou de um produto que já se encontra
no mercado.
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antes de iniciar o planejamento do desenvolvimento
de um produto.
26
SAIBA MAIS
REFLITA
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gosta? Provavelmente, muitas pessoas indicariam Apple,
Samsung, Motorola, Xiaomi, Huawei, dentre outras. Por
que será que os produtos dessas marcas são sempre os
mais lembrados? A dica que vou deixar é: elas priorizam
o UX/UI Design.
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tempo útil para o usuário. A sua estratégia é se
posicionar como um produto sustentável e prático
que oferece ao usuário um leque de modelos de
bolsas colecionáveis e modernas, que combinem
com diversos estilos, sem se preocupar com o
consumo em excesso que agride o meio ambiente.
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2) As funcionalidades-chave (características) –
como o produto se diferencia e o que oferece como
benefício?: a bolsa ecológica para celulares é uma
proteção extra para os celulares dos usuários, é
confortável, produzida com papel biodegradável,
possui diversos modelos com diferentes cores,
estampas e personagens que podem ser colecio-
náveis, além disso, pode ser utilizada com, ou sem,
alça. Além disso, o diferencial é ser um produto
ecológico, moderno e útil para o dia a dia, e oferece
promoções mensais no site para usuários que já
compraram;
SAIBA MAIS
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1. Pesquise no banco de imagens Freepik o termo “ro-
admap”, você verá uma série de modelos que podem
ser reutilizados, ou seja, você pode fazer o download e
utilizar um software editor para alterar as informações
do template. Disponível em: https://br.freepik.com.
Acesso em: 16 set. 2022.
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DESK RESEARCH
Você já deve ter visto esse termo pela internet ou
alguém comentando, mas se ainda não compreen-
de bem o que é desk research, esse é o momento
para eliminar qualquer dúvida.
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problema: você não sabe nada sobre o desenvolvi-
mento de aplicativos. Assim, você faz uma pesquisa
na internet para obter informações e dicas sobre
como criar um aplicativo. Você procura por cursos,
tutoriais e faz uma seleção dessas informações
que estão disponíveis, separando os links de pági-
nas da web, de vídeos tutoriais ou de cursos que
atendam ao seu propósito. Todo esse processo é
uma pesquisa inicial e/ou secundária, ou seja, é
uma desk research.
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O segundo passo é selecionar as fontes de pes-
quisas. Precisamos fazer um mapeamento dessas
fontes de pesquisa, organizar uma lista com as
fontes ideais, ou melhor, as fontes especialistas no
tema. Atente-se à qualidade da fonte de informação,
na internet há uma série de conteúdos duvidosos,
por isso, faça filtros.
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1) Objetivo: aprender a desenvolver aplicativos;
SAIBA MAIS
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Por que esse double diamond é importante? Porque
a desk research faz parte desse processo de design,
está na etapa de discover (em português: descoberta).
Discover é justamente o momento de entendimento
do contexto e/ou cenário, e para isso várias técnicas
são utilizadas, uma delas é a desk research.
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Figura 4: Double diamond – processo de design do British
Council Design.
Fonte: https://www.atulprd.com/blog/
find-products-for-your-customers/
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ANÁLISE COMPETITIVA
A análise competitiva é uma prática de marketing
que faz análises de mercado com o objetivo de
analisar seus concorrentes para obter informações
que permitam enxergar o cenário do mercado no
qual a empresa participa. Na análise competitiva,
ao colher as devidas informações, enquanto donos
de um negócio, ou mesmo gerente de produto,
poderemos traçar nossa estratégia de negócio,
por isso, a análise competitiva é, antes de qualquer
coisa, pesquisa de mercado.
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mercado e identificar no cenário externo os fatores
que afetam a empresa.
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Outras ferramentas digitais, como as disponibili-
zadas no Google, podem ser utilizadas para o seu
benchmarking, como o buscador do Google, que
mostra a empresa pesquisada e sugere outras
empresas do mesmo ramo de negócio; o Google
Forms pode ser utilizado para colher informações
ou obter feedbacks de clientes; o Google Ads para
pesquisas por palavras-chave que tenham a ver
com o produto ou o negócio.
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Uma maneira de entender essa concorrência é to-
mando como exemplo o Google versus o Facebook,
que estão no mesmo tipo de negócio mas possuem
estratégias e objetivos diferentes para lucrar e
continuar competindo no mercado, por meio de
serviços e/ou produtos. Também há as empresas
que são de outro nicho de mercado, mas que de
algum modo podem influenciar na participação e
competitividade com o nosso negócio ou produto,
por exemplo, Facebook e Netflix, duas gigantes
que não são concorrentes diretas, mas estão no
nicho de mercado digital. Ambas oferecem conte-
údos e, no caso do Facebook, espaço para que os
usuários compartilhem conteúdos de serviços de
streamings diversos, inclusive de outras empresas
diferentes da Netflix. Você conseguiu entender? De
um modo, ou de outro, sempre há uma influência
na competitividade e participação no mercado,
seja direta ou indiretamente.
SAIBA MAIS
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COMO FAZER UMA ANÁLISE
COMPETITIVA?
Para realizar uma análise competitiva na prática,
é preciso começar pelas informações gerais da
empresa concorrente, considerando as métricas
que indicam o crescimento da empresa e o finan-
ciamento, depois você deve analisar a receita e os
clientes. Em geral, você deve ter em mãos todas
as informações e dados desde a data em que a
empresa foi fundada, a relação de funcionários,
hierarquia e todas as movimentações financeiras
internas e/ou externas. Veja a seguir duas das
principais ferramentas que auxiliam na Análise
Competitiva:
y Awario: é uma ferramenta digital que permite
monitorar o próprio negócio ou a concorrência,
você consegue saber o quanto a empresa/marca/
produto é mencionada e pode receber um alerta,
quando programado, toda vez que a empresa for
mencionada. É a análise do share of voice.
y Marketing: saber trabalhar com marketing é
parte de qualquer negócio, porque há uma lista de
ferramentas importantes para a análise competitiva
como SEO, mídias sociais (já mencionadas), publi-
cidade, conteúdo, vendas, atendimento, influencers,
estratégia de expansão e diferenciais que não são
encontrados em outras empresas e/ou produtos.
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Você poderá realizar uma pesquisa de market share
para informações e análise mais global, isso se o
objetivo for ter uma visão mais ampla e do todo
sobre a concorrência direta e indireta, consideran-
do outros territórios. Já a análise restrita permite
a comparação da concorrência mais próxima ao
negócio, produto e/ou serviço porque é uma análise
mais específica, digamos assim.
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Figura 5: Matriz SWOT (FOFA).
F orças F raquezas
Produto exclusivo Baixo investimento em
Preço de mercado publicidade
Variedades Loja apenas virtual
O portunidades A meaças
Pouca concorrência Barreira de entrada
Pública interessado Crise financeira
Crescimento de compras Produtos genéricos
on-line
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Figura 6: 5 Forças de Porter.
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O que achou desses instrumentos, A Matriz SWOT
(ou FOFA) e as 5 Forças de Porter? Muito interes-
sante, não é mesmo? Faça algumas pesquisas para
compreender melhor e identificar o uso desses
modelos estratégicos em produtos e empresas que
competem no mercado. Aliás, esse estudo poderia
até ser o tema de uma desk research, pense nisso!
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste e-book você estudou temas importantes para
o seu desenvolvimento profissional, como intera-
ção homem versus computador, que é necessário
para todo UX/UI Design. Além disso, e não menos
importante, abordamos o comportamento dos
usuários pelos temas sobre processos cognitivos e
perceptivos, além do conceito básico de cognição.
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
AROUCHA, B. Z. L. Design da informação.
Curitiba: Intersaberes, 2021. [Biblioteca Virtual].