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Escola Secundária LIMA-DE-FARIA - CANTANHEDE

BIOLOGIA e GEOLOGIA, 10º ano


Ficha formativa – Componente experimental, Ecossistemas e Biomoléculas

1. Os tentilhões de Darwin, utilizados pelo naturalista para a construção da sua teoria da evolução, são um grupo de aves de
diversas espécies, pertencentes à mesma ordem, que, entre outros aspetos, apresentam diferenças na morfologia dos bicos.
Estas e outras espécies de aves terrestres das ilhas Galápagos estão em rápido declínio, para o que terá contribuído a introdução
de uma espécie invasora – a mosca Philornis downsi. As moscas adultas põem os ovos nos ninhos das aves. As larvas destas
moscas alimentam-se do sangue e dos tecidos das crias das aves, o que provoca redução do crescimento, deformação do bico e
aumento da mortalidade.
Os cientistas observaram que, na construção dos seus ninhos, os tentilhões utilizavam fibras de algodão retiradas de cordas dos
estendais da roupa. Perante tal facto, com o intuito de contribuírem para a minimização do problema provocado pela mosca
Philornis downsi, desenvolveram o seguinte estudo na ilha de Santa Cruz.
Métodos e resultados:
1. Foram colocados 30 dispensadores de algodão, em intervalos de 40 metros, em dois trajetos. Metade dos dispensadores
continha algodão tratado com uma solução do inseticida permetrina a 1%, e a outra metade continha algodão tratado com água.
2. Uma vez por semana, procuraram-se ninhos ativos na proximidade de cada um dos dispensadores.
3. Terminada a criação, os ninhos foram recolhidos. Quantificaram-se os parasitas, larvas de P. downsi, em cada ninho. O algodão
e os restantes materiais naturais utilizados na construção dos ninhos foram separados e pesados. Os resultados obtidos estão
representados na figura 1A.
Para monitorizar o sucesso reprodutivo dos tentilhões, foi desenvolvido um outro procedimento.
1. Utilizaram-se outros 37 ninhos de tentilhões localizados nas proximidades dos trajetos anteriormente estabelecidos.
2. Foram pulverizados 20 ninhos com solução de permetrina a 1% e 17 ninhos com água.
3. Os ninhos tratados com inseticida não apresentavam larvas, enquanto os do outro grupo apresentavam em média 17 parasitas.
Os resultados relativos à sobrevivência das crias (número de crias capazes de voar) estão representados na figura 1B.

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1.1. Um dos objetivos do estudo desenvolvido foi…


a) investigar a capacidade de as aves construírem ninhos recorrendo a algodão.
b) verificar se a introdução de inseticida nos ninhos pode ser feita pelas próprias aves.
c) confirmar a eficácia do algodão tratado com água no controlo da larva da mosca.
d) inventariar a quantidade de parasitas dos tentilhões existentes nas ilhas Galápagos.

1.2. No estudo descrito, uma das variáveis dependentes foi…


a) o número de larvas de mosca contabilizadas nos ninhos recolhidos.
b) o trajeto onde foram colocados os dispensadores de algodão.
c) a quantidade de inseticida no algodão existente nos dispensadores.
d) a concentração de inseticida utilizada para pulverizar os ninhos.

1.3. No estudo descrito,


a) os grupos de controlo foram tratados com inseticida em ambos os procedimentos.
b) os grupos experimentais foram tratados com inseticida em ambos os procedimentos.
c) o grupo de controlo foi tratado com inseticida apenas no segundo procedimento.
d) o grupo experimental foi tratado com inseticida apenas no primeiro procedimento.
1.4. Os resultados registados na figura 1A mostram que…
a) a quantidade de parasitas está diretamente relacionada com a quantidade de algodão.
b) o uso de mais de um grama de algodão com água influencia a quantidade de parasitas presentes.
c) o efeito do inseticida nas larvas depende da quantidade de algodão utilizada no ninho.
d) a utilização de mais de três gramas de algodão com inseticida provoca a morte de 100% das larvas.

2. Um dos insetos que acarretam mais prejuízo no cultivo de plantas de cana-de-açúcar é Diatraea saccharalis (fig.2).
Uma das dificuldades do controlo sanitário destes insetos prende-se com os seus hábitos, dado que este permanece a maior parte
do tempo no interior dos colmos da planta (fig.2). O controlo biológico é efetuado utilizando parasitas, entre os quais o Trichospilus
diatraeae (fig.3), que é um parasita das pupas. O número de parasitas a ser libertado está dependente de vários fatores, como, por
exemplo, da capacidade de localização do hospedeiro, da espécie e da dispersão.

Foi realizada a seguinte experiência:


1 - Utilizaram-se sete plantas da cana-de-açúcar que foram selecionadas ao acaso. Em cada planta selecionaram-se três colmos
aleatoriamente.
2 - Efetuaram-se três orifícios, um na parte superior, outro na média e outro na parte inferior do colmo e em cada orifício foi
introduzida uma pupa de Diatraea saccharalis com 24 horas de idade.
3 - Após a fixação das pupas, cada planta de cana-de-açúcar foi envolvida, individualmente, por uma gaiola confecionada com um
tecido fino, sendo posteriormente libertadas 84, 168, 336, 672, 1344, 2688 fêmeas do inseto parasita Trichospilus diatraeae por
gaiola, representando as proporções de 28, 56, 112, 224, 448 ou 896 parasitas por pupa de D. saccharalis.
Na figura 4 apresentam-se os resultados da experiência.

Colmo – tipo de caule, com nós e entrenós bem visíveis, podendo ser ocos (bambu) ou cheios (cana-de-açucar)

2.1. O objetivo da experiência realizada foi


(A) determinar qual o fator biótico responsável pela infestação da planta.
(B) determinar qual o fator abiótico responsável pela infestação da planta.
(C) estimar o número de fêmeas do parasita necessário para o controlo do inseto em plantas de cana-de-açúcar.
(D) estimar o número de machos do parasita necessários para o controlo do inseto em plantas de cana-de-açúcar.

2.2. De acordo com o objetivo da investigação descrita, a variável dependente é


(A) o tipo de rede utilizada. (C) a proporção de fêmeas do parasita por pupa.
(B) a localização do orifício. (D) a percentagem de pupas parasitadas.

2.3. O número de pupas D. saccharalis parasitadas por T. diatraeae


(A) aumenta sempre independentemente da proporção.
(B) aumenta com o aumento da proporção de 28 para 56 parasitas.
(C) diminui com aumento da proporção de 28 para 56 parasitas.
(D) diminui sempre independentemente da proporção.

2.4. As fêmeas do parasita parasitaram em todas as densidades, porém, na proporção de ______ parasitas por pupa, obteve-se o
______ valor de parasitismo.
(A) 28 (…) menor (C) 448 (…) maior
(B) 112 (…) maior (D) 896 (…) maior

2.5. Da experiência realizada, relativa ao controlo biológico, pode concluir-se que a densidade ótima obtida neste estudo é válida
(A) para todas as espécies de insetos e nas condições metodológicas referidas.
(B) apenas para as espécies analisadas e nas condições metodológicas referidas.
(C) apenas para as espécies analisadas e em quaisquer condições metodológicas.
(D) para todas as espécies de insetos em quaisquer condições metodológicas.
II
1. Considere a figura relativa às relações tróficas evidenciadas no ecossistema antártico.

1.1 - Relativamente às relações evidenciadas na teia alimentar da Antártida, assinale as afirmações verdadeiras:
____ A) Os pinguins servem de alimento a mais de um organismo.
____ B) O zooplâncton-A é constituído por herbívoros enquanto que o zooplâncton-B é constituído por carnívoros.
____ C) O elefante marinho faz parte de uma cadeia alimentar em que ocupa o 6° nível trófico.
____ D) O leopardo marinho é simultaneamente consumidor de 3ª ordem e consumidor de 5ª ordem.
____ E) A energia entra no ecossistema sob a forma de energia luminosa.
____ F) À medida que a energia flui de um nível trófico para outro nível trófico, uma parte vai-se dissipando para o meio sob a
forma de calor.
____ G) Os produtores ou autotróficos deste ecossistema são o fitoplâncton e o krill.
____ H) A orca é o animal que ocupa o nível trófico mais elevado .

1.2 - O krill antártico (Euphausia superba) é uma …………….. que vive, a maior parte de sua vida (de cinco a sete anos), em
grandes concentrações, deslocando-se em cardumes. Constituem …………………
(A) população ……. uma comunidade. (C) espécie ……. uma população.
(B) população ……. um habitat. (D) espécie ……. um ecossistema.

1.3. O fitoplâncton são seres vivos ______ , constituindo ______ deste ecossistema.
[A]. heterotróficos [...] o 1º nível trófico [C]. autotróficos [...] o 1º nível trófico
[B]. heterotróficos […] o ultimo nível trófico [D]. autotróficos [...] o ultimo nível trófico

1.4. Em geral, de nível trófico para nível trófico, os consumidores são ______ numerosos e de ______ dimensão.
[A]. menos [...] maior [C]. mais [...] maior
[B]. menos [...] menor [D]. mais [...] menor

1.5. Para que um ecossistema se mantenha, que tipos de organismos devem estar necessariamente presentes?
(A) Herbívoros e carnívoros. (B) Herbívoros, carnívoros e decompositores.
(C) Produtores e decompositores. (D) Produtores e herbívoros.

1.6. Explique em que medida a tensão superficial da água contribui para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.

2. Os átomos predominantes nas biomoléculas são...


A. Carbono, hidrogénio, oxigénio e cálcio;
B. Carbono, hidrogénio, fósforo e nitrogénio;
C. Carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio;
D. Carbono, hidrogénio, oxigénio e sódio
3. Na imagem abaixo está representada a estrutura química de um oligopéptido.

3.1. Quantos aminoácidos possui o oligopéptido representado?


a) 3 b) 4 c) 5 d) 6

3.2. A elipse da figura assinala...


a) Uma ligação peptídica b) Um aminoácido c) Um grupo amina d) Um grupo carboxilo

3.3. Na figura está representado um péptido na sua estrutura...


a) Primária b) Secundária c) Terciária d) Elementar

4. A figura ao lado esquematiza o modo como se unem e separam os monómeros constituintes das biomoléculas.

4.1. Identifique a molécula D.

4.2. Como se denominam os conjuntos de monómeros assinalados pela letra C?

4.3. Qual o nome das reações químicas identificadas no esquema pelas letras A e B?

4.4. Se os monómeros representados fossem aminoácidos, que designações teriam a reação A e a molécula C?

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