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Elementos da Psicomotricidade
O desenvolvimento psicomotor é composto
pela(o):

 Formação do “eu” = constituição do esquema


corporal, imagem corporal e personalidade.

 Funcionamento e dominância dos membros.

 Localização e orientação no tempo e no espaço.

 Ritmo.
(Oliveira,1997)
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INTRODUÇÃO: estruturas sensitivas


 O bebê nasce com estruturas interoceptivas, exteroceptivas e
proprioceptivas, que por falta de mielinização das fibras
nervosas, não consegue organizá-la de imediato.

O processo de maturação destas fibras propiciam o


refinamento das estruturas e atuam na constituição do
Esquema Corporal.

 Interoceptiva: Estrutura sensitiva profunda.

 Exteroceptiva: Estrutura sensitiva superficial.

 Proprioceptiva: também denominada de cinestesia,


capacidade de reconhecer a localização/posição do corpo no
espaço e a posição de cada parte do corpo em relação às demais
SEM utilizar a visão.

(FREITAS, 2008; GALLAHUE, OZMUN, 2003)

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INTRODUÇÃO: estruturas sensitivas


 Propriocepção: tipo específico de percepção que
permite a manutenção do equilíbrio postural e a
realização de diversas atividades práticas.

 Resulta da interação das fibras musculares que


trabalham para manter o corpo na sua base de
sustentação, de informações táteis e do sistema
vestibular, localizado no ouvido interno.

(FREITAS, 2008; GALLAHUE, OZMUN, 2003)


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INTRODUÇÃO: estruturas sensitivas


O sistema proprioceptivo: implica a existência de:

1- Vias neurológicas aferentes = capazes de captar e


transportar a informação (via de temperatura e dor, via de
pressão, tato epicrítico (percepção das características dos
objetos que tocam a pele e localização da posição e
movimento), tato protopático (percepção da temperatura
do ambiente e de objetos e de dor), via de sensibilidade
visceral
2- Centros de recepção e tratamento = SNC
3- Vias eferentes = capazes de transportar a ordem
proveniente dos respectivos centros.

(FREITAS, 2008; GALLAHUE, OZMUN, 2003)

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Esquema Corporal: definição

Constitui-se pelo reconhecimento que a criança


tem do próprio corpo através da conscientização
do corpo, das funções de cada parte do corpo e das
possibilidades de ação com o corpo e suas partes.

(De Meur, Staus, 1991)


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Desenvolvimento do Esquema Corporal

 O bebê tem como principal fonte de


conhecimento a boca através dela recebe sensações
de calor, frio, de umidade.

 Leva a boca tudo o que vê e assim vai iniciando seu


aprendizado.

(De Meur, Staus, 1991)

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Desenvolvimento do Esquema Corporal

 Descobre as mãos, os pés, cai inúmeras vezes e


levanta sozinha tantas outras.

 Pouco a pouco vai se conhecendo e integrando as


diversas sensações que experimenta.
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Desenvolvimento do Esquema Corporal

 Na medida em que há o amadurecimento do


sistema nervoso, a criança vai gradualmente
organizando as diversas sensações e percepções
que vão surgindo.

Por ex: fome, dor, calor, frio, contração e


relaxamento muscular.

(De Meur e Staus, 1991)

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Esquema Corporal
 A formação do esquema corporal resulta no
domínio corporal, ou seja, na execução de
movimentos coordenados e de ações motoras
com destreza.

 Com isso, constitui-se como base para


formação da imagem corporal, organização
espacial e temporal, lateralidade, ritmo,
habilidades motoras, desenvolvimento afetivo e
comportamental.
(Oliveira, 1997)
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Esquema Corporal

 A forma como a criança conduz o corpo no


espaço e age com ele no tempo estabelecerá
o contato que terá com os objetos de seu
meio, com as pessoas com quem convive e
com o mundo onde estabelece ligações
afetivas e emocionais.
(Oliveira, 1997)

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Etapas do Desenvolvimento do Esquema Corporal:

1° Etapa: corpo vivido (até 2 anos de idade)

 Inicio da formação do esquema corporal.

 Um bebê sente o meio ambiente como fazendo


parte dele mesmo, não tem a consciência do “eu” e
se confunde com o espaço em que vive.

 Conforme cresce e ocorre maturação do SN vai


ampliando suas experiências e passa pouco a pouco
a se diferenciar do ambiente.
(Le Boulch, 1992)

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Etapas do Desenvolvimento do Esquema Corporal:

1° Etapa: corpo vivido (até 2 anos de idade)

 Nesse período possui necessidade de grande


movimentação. A movimentação se inicia por ser reflexa,
depois voluntária mas ambas não pensadas.

 Fase marcada pela exploração do meio, atividade


investigadora e incessante.

(Le Boulch, 1992)


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Etapas do Desenvolvimento do Esquema Corporal:

2° Etapa: corpo percebido ou descoberto (de 2 a 7


anos de idade)
 Organização do esquema corporal devido ao
desenvolvimento da função de interiorização, ou
seja, de deslocar sua atenção do meio ambiente
para seu próprio corpo.
(Le Boulch, 1992)

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Etapas do desenvolvimento do esquema corporal:

2° Etapa: corpo percebido ou descoberto (de 3 a


7 anos de idade)

 Passagem da atividade voluntária para a


atividade intencional e controlada, maior
domínio do corpo, dissociação dos
movimentos, aperfeiçoamento e refinamento
dos movimentos, maior coordenação dentro
de um espaço e tempo determinado.
(Le Boulch, 1992)
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Etapas do desenvolvimento do esquema corporal:

2° Etapa: corpo percebido ou descoberto (de 3


a 7 anos de idade)

 Percebe as tomadas de posições e associa seu


corpo aos objetos.
 Representação mental dos elementos do
espaço possível após a ocorrência da vivencia
da 1° etapa = experienciação do ambiente.
(Le Boulch, 1992)

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Etapas do desenvolvimento do esquema corporal:

2° Etapa: corpo percebido ou descoberto (de 3 a


7 anos de idade)

 Descoberta da dominância e do eixo


corporal.
 Corpo visto como ponto de referencia para
se situar e situar os objetos em seu espaço
e tempo.
(Le Boulch, 1992)
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Etapas do desenvolvimento do esquema corporal

2° Etapa: corpo percebido ou descoberto (de 3 a


7 anos de idade)
ALTO
ATRÁS
• Assimilação de conceitos:
embaixo, em cima, direita,
esquerda, primeiro, depois,
DIREITA ESQUERDA
último.

À FRENTE
(Le Boulch, 1992)
BAIXO

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Etapas do desenvolvimento do esquema corporal


3° Etapa: corpo representado (de 7 a 12 anos de idade)

 Estruturação e ampliação do esquema corporal.

 Criança já adquiriu as noções do todo e das partes do


seu corpo sendo percebido através da verbalização e
reprodução de desenho da figura humana.

 Movimenta-se corretamente no meio ambiente com


controle e domínio.

 Formação da imagem corporal.


(Le Boulch, 1992)
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(FONSECA, 2008, 1993)

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Condições para um esquema corporal bem


desenvolvido

1 - Sentido cinético:
• Percepção dos aspectos do movimento
• Percepção do grau de tensão
• Percepção do grau de resistência a um determinado
movimento
• Percepção da posição dos segmentos em relação a eles
ou ao tronco
• Percepção da postura

2 - Tônus e Equilíbrio postural

3 - Independência dos diferentes segmentos em relação


uns aos outros ou em relação ao tronco
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Imagem corporal
 A imagem corporal constitui-se pela imagem que
temos de nós.

 Representação subjetiva que possuímos do


próprio corpo baseada em pensamentos e
sentimentos pessoais e no confronto com
as influências sociais.

 Imagens corporais são determinadas socialmente


e não são fixas ou estáticas = aspectos de nossa
experiência corporal são constantemente
modificados.
(Barros, 2005)

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Imagem corporal
A imagem corporal influencia o
processamento de informações,
sugestionando-nos a ver o que esperamos ver.

 A maneira como sentimos e pensamos o nosso


corpo influencia o modo como percebemos o
mundo e como nos relacionamos com ele
afetando o comportamento e as relações
interpessoais.

(Barros, 2005)
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Imagem corporal

 Imagem especular: corresponde ao processo


de descoberta pela criança de sua imagem
no espelho, inicia por volta dos 6 meses.

(LE BOULCH, 1992)

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Imagem corporal
 Primeiramente ela não sabe que o que ela vê é
si mesma, ela sorri, brinca com o espelho, toca,
beija.
 Nesta idade possui vê e sente seu corpo de
forma fragmentada. (LE BOULCH, 1992)
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Imagem corporal
 Por volta dos 20 meses (1a 8m) a criança percebe
que o corpo que ela sente é o mesmo que ela
observa no espelho, compara seu corpo (o q
sente) com as reações posturais e gestuais que vê
no espelho.
(LE BOULCH, 1992)

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Imagem corporal
 Nesse momento a criança consegue superar
a dicotomia entre o que vê e o que sente,
pois compreende o que está representado no
espelho.

 Começa a se ver de forma integrada,


organizada, como um todo.

(LE BOULCH, 1992)


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Imagem corporal
 Tal fato possibilita o conhecimento de si,
raciocínio e descoberta de seu eu,
influenciando de forma fundamental na
estruturação e desenvolvimento do
esquema corporal.

(LE BOULCH, 1992; Oliveira, 1997)

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Imagem corporal
 A imagem corporal é influenciada pelos
padrões estipulados pela sociedade e a
cultura que nos rodeia.

 A nossa família e as experiências individuais


influenciam também a nossa imagem
corporal.

(Barros, 2005)
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História da imagem e esquema corporal

 Iniciou-se no século XVI, França, com o


médico e cirurgião Ambroise Paré, que
percebeu a existência do membro fantasma,
caracterizando-o como a alucinação de que
um membro ausente estaria presente.

(Barros, 2005)

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História da imagem e esquema corporal

 Século XIX, Weir Mitchell, da Filadélfia


(EUA), demonstrou que a imagem corporal
(sem se referir ao termo ‘imagem corporal’)
pode ser mudada sob tratamento ou em
condições experimentais.

(Barros, 2005)
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História da imagem e esquema corporal


 Inglaterra, neurologista Henry Head, do
London Hospital, foi o primeiro a usar o
termo ‘esquema corporal’ e também o
primeiro a construir uma teoria na qual
“cada indivíduo constrói um modelo ou
figura de si mesmo”.

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História da imagem e esquema corporal


 Paul Schilder, neurologista e psiquiatra,
define a imagem corporal um fenômeno
multifacetado.

 Define que a imagem corporal não é só uma


construção cognitiva, mas também uma
reflexão dos desejos, atitudes emocionais e
interação com os outros.

(Barros, 2005)
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História da imagem e esquema corporal


 Nesse ponto, a utilização do termo ‘imagem
corporal’ começa a surgir e com ela algumas
considerações a respeito de qual seria o
termo correto: esquema ou imagem
corporal.

 Houve uma predominância do termo


‘esquema corporal’ na neurologia e de
‘imagem corporal’ nos meios da psicologia.

(Barros, 2005)

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História da imagem e esquema corporal


 Esquema Corporal: definido como uma
estrutura neuromotora que permite ao
indivíduo estar consciente do seu próprio
corpo anatômico, ajustando-o às solicitações
de situações novas, e desenvolvendo ações
de forma adequada.

 A imagem corporal constrói-se em conjunto


com o esquema corporal.

(Barros, 2005)
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CONCLUSÃO

SOMOS:
 um corpo biológico/neurológico
 um corpo psíquico/emocional
 um corpo social/cultural

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REFERENCIAS
 BARROS, Daniela Dias. Imagem corporal: a descoberta de si mesmo. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 12, n.
2, p. 547-554, Aug. 2005

 DE MEUR, A.; STAES, L. Psicomotricidade: Educação e reeducação – níveis maternal e infantil. Editora Manole, 1991.

 GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2. ed.
São Paulo: Phorte, 2003.

 FONSECA, V. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008.

 FONSECA, V. Psicomotricidade. 3. ed. Sao Paulo: Martins Fontes, 1993.

 LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento aos seis anos. Porto Alegre: Artes médicas, 1992.

 NICOLA, M. Psicomotricidade. Manual Básico. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.

 OLIVEIRA, G. de C. Psicomotricidade: Educação e Reeducação num enfoque Psicopedagógico. 7ª edição. Petrópolis: Editora
Vozes, 2002.

 ROSA NETO, Francisco. Manual de Avaliação Motora. Porto Alegre: ArtMed, 2002.

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