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FEBRE AMARELA

SÍFILIS

CÓLERA

ESCORBUTO
FEBRE AMARELA

A febre amarela era desconhecida na Europa, antes da época da


descoberta da América. É possível que a doença seja originária da
própria América, embora alguns acreditem que os próprios europeus a
levaram para lá, da África.
Em 1493, por ocasião da segunda viagem de Colombo à América,
houve uma epidemia no Haiti, possivelmente de febre amarela. Cerca
de 80% dos espanhóis morreram. Foi o primeiro contato dos europeus
com essa enfermidade. Posteriormente, a doença se tornou bastante
conhecida entre todos os conquistadores. Era caracterizada pela
coloração amarela da pele do doente (que dá o nome à doença),
vômitos negros, fortes dores lombares (como se tivesse levado uma
pancada nas costas, na altura dos rins). Entre o terceiro e o quinto dia,
a maior parte dos doentes morria. Chegada de Colombo a América em
1943.
FEBRE AMARELA
Em 1545, houve uma grande epidemia no México, que talvez tenha sido
de febre amarela. Estima-se que na cidade do México morreram
800.000 pessoas, 150.000 em Tlaxcala e 100.000 em Cholula. Em 1598,
os ingleses tiveram que abandonar Porto Rico por causa da febre
amarela. E bem mais tarde, Napoleão teve que desistir do Haiti e da
conquista da América, pois 23.000 dos 30.000 soldados que enviou
para lá, morreram de febre amarela.

A primeira descrição detalhada da enfermidade data de 1648. Um


cronista da época, Lopez de Cogulludo, descreveu os sintomas da
doença, que começava com uma gravíssima e intensa dor de cabeça e
de todos os ossos do corpo, tão violenta que parecia que se
desconjuntavam e que uma prensa os comprimia. Pouco depois,
sobrevinha um calor muito intenso, ocasionando delírios em muitos,
mas não em todos. Em seguida, alguns apresentavam-se com vômitos
como de sangue podre, e deste, poucos ficavam vivos.
SÍFILIS
No final do século XV, a doença que chamamos de sífilis
tornou-se conhecida em toda a Europa. Ela chamou a
atenção pública, pela primeira vez, durante o cerco que os
franceses fizeram à cidade de Nápoles. Por isso, os
franceses chamavam a enfermidade de "doença de
Nápoles", enquanto os italianos a chamavam de "doença
francesa" (morbo galico, em latim). Muitos autores supõem
que se trata de doença antiga na Europa, mas que ainda
não tinha sido descrita. Outros acham que a enfermidade
foi trazida da América, pela frota de Colombo. O escritor
espanhol Gonçalo Herñandez de Oviedo escreveu, em 1535:
SÍFILIS
Muitas vezes na Itália eu ria, ouvindo os italianos nos falarem sobre o mal francês e os
franceses chamarem-no de mal de Nápoles. Na verdade, uns e outros acertariam o
nome se dissessem o mal dos índios.
Segundo Oviedo, um dos companheiros de viagem de Colombo (Vicente Pinzon),
lhe contou que no ano de 1493, quando a esquadra de Colombo regressou à Espanha,
a doença começou a se manifestar entre os espanhóis e que já se sabia que ela era
transmitida nas relações sexuais. Muitas pessoas morriam, pois "como a doença era
coisa nova, não a entendiam nem sabiam curar os médicos". No ano seguinte, os
espanhóis enviaram tropas para auxiliar o rei Fernando de Nápoles, contra Carlos VIII
da França. Entre os espanhóis devem ter ido vários sifilíticos, e a enfermidade se
espalhou entre os franceses e italianos.
Com as viagens dos portugueses à Índia, a enfermidade se espalhou por lá, onde
se tornou conhecida como "paranque rere", que significa "a doença do português".
CÓLERA
Outra enfermidade que se tornou conhecida na época das grandes navegações
foi o cólera. Desde o início das expedições dos portugueses à Índia, eles tomaram
conhecimento do cólera que parece sempre ter grassado na região do rio Ganges.
Em 1543, por exemplo, houve uma epidemia tão forte, que o escritor Gaspar Correia
conta que "todos o dia dobravam sinos, e enterravam mortos de doze a quinze
cada dia; e em tanta maneira que mandou o Governador que não se tangessem
sinos nas igrejas, para não fazer pasmo à gente".

A doença era chamada de "moryxy" entre os indianos, "hacaiza" entre os


árabes, e recebeu o nome de "cholerica passio" entre os médicos, pois se supunha
que estava envolvido o humor colérico (bílis amarela). Os sintomas descritos pelo
próprio Gaspar Correia e, na mesma época, pelo médico português Garcia de Orta,
eram os seguintes: início repentino, fortes dores no abdomen, vômitos, diarréia,
sede, câimbras, suor frio, pulso fraco, olhos afundados, coloração azulada sob as
unhas das mãos e dos pés. Nada se fazia contra a doença, exceto vomitórios e
clisteres. A morte era muito rápida: muitas vezes a pessoa morria poucas horas
depois dos primeiros sintomas; outras vezes, durava dois ou três dias.
ESCORBUTO
Outra doença que afetou fortemente as navegações foi o
escorbuto. Embora essa doença já existisse antes, foi durante as
grandes viagens que se tornou conhecida, produzindo grande terror
entre os marinheiros.

Na viagem de Vasco da Gama à Índia, em 1497, entre


Moçambique e Sofala, começou a aparecer o escorbuto na tripulação
Vasco da Gama tinha 148 homens ao partir de Lisboa e retornou com
55. A maior parte dos 93 mortos pereceu de escorbuto. Esta terrível
doença, ao contrário do que se pensou na época, não é causada nem
por alimentos podres, nem pelo ar infectado. Trata-se de uma
carência nutricional, que atualmente descrevemos como falta de
vitamina C

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