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APRENDER GEOGRAFIA
RESUMO: Este texto discutirá sobre a importância do uso da música no processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos geográficos, considerando-o como um recurso didático não convencional de baixo custo, de fácil acesso
e com inúmeras possibilidades de utilização em sala de aula. A música é um recurso didático utilizado por
professores de diversas áreas como forma de tornar as aulas mais interessantes aos alunos. Muitos docentes
possuem um repertório para utilizá-la conforme o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula, entretanto, deve-se
destacar a importância da adequação de qualquer proposta ao contexto da escola, da turma e das necessidades dos
alunos. Diante disso, este trabalho tem como metodologia a realização de pesquisas bibliográficas em livros e
artigos científicos que tratem de questões pertinentes ao cumprimento de seu objetivo geral que foi analisar a
importância do uso da música como recurso didático não convencional no ensino de Geografia, visando uma
aprendizagem significativa. As bases teóricas do estudo foram pautadas nos seguintes autores: Oliveira e Holgado
(2019), Crozat (2019), Pereira (2012), Silva (2011), Bezerra et al. (2021), Callai (2001), Pederiva e Tristão (2006)
e Marques (2019). Conclui-se que a música é um recurso didático muito importante nas aulas de Geografia, uma
vez que é acessível aos alunos em suas respectivas realidades, pode ser utilizada na problematização do cotidiano
e na formação do cidadão de forma lúdica e interativa, contribuindo para o alcance de uma aprendizagem
significativa.
Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB – Av. Lineu Prestes, 338, Geografia/História – Cidade
Universitária/USP, São Paulo – SP, CEP: 05508-900, telefone: (11) 3091-3758
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS
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O uso de recursos didáticos não convencionais por professores se mostra uma
alternativa facilitadora na busca pela motivação dos estudantes, ainda mais quando o recurso
está relacionado à realidade do aluno. Diante disso, concorda-se com Bezerra et al. (2021,
p.288), os quais explicam que “[...] é relevante que a educação seja simplificadora dos
conteúdos, principalmente os mais abstratos, utilizando exemplos relacionados ao cotidiano
dos alunos, pois é a metodologia que faz o alunado compreender o conteúdo”.
Destarte, destacam-se no rol de metodologias que podem ser utilizadas nas aulas de
Geografia, o uso de recursos didáticos não convencionais visando potencializar a
aprendizagem, a partir da adequação do contexto da classe e dos conteúdos. De acordo com
Silva (2011, p. 17), recursos didáticos não convencionais são “[...] os materiais utilizados ou
utilizáveis por professores(as), na Educação Básica, mas que não tenham sido elaborados
especificamente para esse fim”.
Segundo Marques (2019, p. 1), “[...] a educação geográfica deve habilitar os estudantes
para a leitura e o entendimento do mundo, tanto dos aspectos físicos como sociais”. Também
discutindo essa questão, Callai (2001) afirma que a Geografia, enquanto conhecimento escolar,
deve habilitar o aluno para que exerça sua cidadania de forma plena. Diante disso, fica evidente
a importância da aprendizagem do conhecimento geográfico de forma significativa, sendo
necessário o estabelecimento de propostas interativas e lúdicas, ao longo do processo ensino-
aprendizagem, as quais poderão ser potencializadas com o uso de recursos didáticos não
convencionais.
A música, como recurso didático não convencional, ganha destaque, dentre outros
motivos, por permitir ao professor se aproximar de seus alunos. Conforme Pereira (2012, p.
140): “dificilmente se encontrará algo mais atrativo, entre crianças e jovens, do que o
compartilhar suas preferências, sua reprovação ou aprovação às obras musicais, com seus
colegas e professores.”
A música faz parte da vida de todas as pessoas, ela é “[...] onipresente e aparentemente
indispensável” (CROZAT, 2019, p.14), e os conhecimentos geográficos partem das vivências,
das realidades. Muitas músicas ouvidas pelos alunos estão carregadas de conhecimentos
geográficos e, assim, torna-se de suma importância levá-las para a sala de aula, incentivando os
alunos a ouvir de forma ativa e contribuindo para a sua leitura do mundo de forma crítica.
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Têm-se a relação da música e Geografia ao se entender que “[...] a música pode ser
uma forma de determinados grupos manifestarem elementos que são do seu interesse, que
fazem parte das suas vidas” (OLIVEIRA; HOLGADO, 2019, p. 87). Evidencia-se também que
“a música (som e letra) pode ser utilizada na problematização do cotidiano e na formação do
cidadão de forma mais lúdica e interativa, tendo em vista a amplitude de abordagens que podem
ser identificadas nos diversos gêneros musicais” (PEREIRA, 2012, p. 140). É importante
salientar que
Nesse sentido, pode-se reforçar a importância do uso dos recursos didáticos não
convencionais nas aula de Geografia visando a aprendizagem significativa, ao considerar o que
Oliveira e Holgado (2019, p. 101) argumentam explicando que “a música, assim como as outras
alavancas para despertar os outros sentidos (paladar, tato, visão, olfação) nos leva a viajar por
espaços que a condição escolar ou as barreiras físicas e financeiras não deixariam levar nossos
alunos”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Diante do exposto, fica evidente a potencialidade do uso da música como recurso
didático não convencional no processo ensino-aprendizagem em Geografia. Ressalta-se a
importância de um bom planejamento docente, partindo do contexto de sua turma, as
necessidades de seus alunos e os objetivos de aprendizagem.
Portanto, é possível concluir que a música é um recurso didático muito importante nas
aulas de Geografia, uma vez que é acessível aos alunos em suas respectivas realidades, pode
ser utilizada na problematização do cotidiano e na formação do cidadão de forma lúdica e
interativa, contribuindo para o alcance de uma aprendizagem significativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEZERRA, M.; et al.. Entre o mundo real e virtual: a produção de memes como proposta
metodológica para o ensino de Geografia. Metodologias e Aprendizado. [S. l.], v.4, p.282–289,
2021. Disponível em: https://publicacoes.ifc.edu.br/index.php/metapre/article/view/2249.
Acesso em: 2 nov. 2022.
CALLAI, H.C. A geografia e a escola: muda a geografia? Muda o ensino?. Terra Livre, São
Paulo, n.16, p.133-152, 2001.
CROZAT, D. Jogos e ambiguidades da construção musical das identidades espaciais. Tradução
de Daiane Seno Alves. In: DOZENA, A. (org.). Geografia e música: Diálogos. 1.ed. Natal:
EDUFRN, 2019. p.11-46.
MARQUES, K.F.G. Análise do ensino da biogeografia na educação básica do distrito federal
(df): propostas de práticas pedagógicas. 2019. Tese (Doutorado) - Curso de Geografia,
Universidade de Brasília, Brasília, 2019. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/handle/10482/35684. Acesso em: 22 set. 2022.
OLIVEIRA, V.H.N. ; HOLGADO, F.L. Conhecendo novos sons, novos espaços: a música
como elemento didático para as aulas de geografia. In: DOZENA, A. (org.). Geografia e música:
Diálogos. 1.ed. Natal: EDUFRN, 2019. p.83-102.
PEDERIVA, P.L.M.; TRISTÃO, R.M. Música e Cognição. Ciências&Cognição, 200, v. 09,
2006. p.83-90. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org. Acesso em: 20 mar. 2023.
PEREIRA, S. S. A música no ensino de geografia: abordagem lúdica do semiárido nordestino
– uma proposta didático-pedagógica. Geografia Ensino & Pesquisa, v. 16, n. 3, set./ dez. 2012.
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