Introdução à Sexualidade

Sexualidade e Drogas

Aline Moura Gameleira

Psicóloga CRP 15/2284
Drogas
Droga é toda e qualquer substância natural ou sintética
que introduzida no organismo vivo, modifica o seu
funcionamento tanto físico quanto psicológico.

Pode ser chamada de tóxico, entorpecente, narcótico ou

psicotrópico.

As DROGAS PSICOTRÓPICAS atuam no SNC, modifica o

comportamento, inclusive o sexual, altera os sentidos, a
percepção, de forma a maneira de agir das pessoas e
causa dependência.

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Mas afinal o que o sexo tem
haver com as drogas?

“Todo mundo, em certa medida, usufrui do prazer da mesa,

do vinho e do amor; mas, nem todos o fazem como
convém” (Foucault M. A história da sexualidade II – o uso
dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal; 1984. P. 7-73)

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● Os homens sempre tentaram modificar o humor, as
percepções e as sensações por meio de substâncias
psicoativas, com finalidade religiosa ou culturais,
curativas, relaxantes ou simplesmente prazerosa.
(Bucher 1995).

● Algumas drogas dão 80% a mais de prazer que as

relações sexuais.

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● As condições sócio-econômicas e a gravidez precoce,
segundo pesquisas, são as principais causas da
prostituição infanto-juvenil e é concomitante com o
narcotráfico.

● Essa associação pode desencadear a disseminação das

DSTS / AIDS, pois por vergonha ou desinformação os
envolvidos não procuram ajuda correta.

● Adolescentes e jovens vendem o próprio corpo com o

intuito de manter seu vício, esquecendo-se ou
ignorando seu corpo, sua sexualidade.

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● A venda do corpo e a frequência a centros de
diversões noturnos também fazem parte da vida de
jovens de classes sociais mais elevadas.

● Há aqueles consumidores temporários, sem

dependência química que gerenciam sua vida sem
problemas.

● O fato dos jovens frequentar locais de lazer onde

permeiam as drogas lícitas e ilícitas, não significa
necessariamente sua inserção no mundo delas.

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● Da mesma forma que na adolescência a sexualidade
está aflorada, a necessidade de autoafirmação, de
pertencimento ou desinibição também está.

● Há também a apresentação ao mundo das drogas

como válvula de escape para os inseguros, os curiosos,
os “covardes”, entre outros.

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Comportamentos suspeitos

1. Mudança de comportamento;
2. Falta de responsabilidade;
3. Mudança de amigos;
4. Não aceita conversar;
5. Decadência física e mental;
6. Atitudes inaceitáveis;
7. Demonstração do uso de drogas;
8. Comportamento delinquente.

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Como os pais podem agir:
1. Tentar ter consciência e calma;
2. Evitar a violência, ameaças e discussões;
3. Não responsabilizar a parceria pelo fato;
4. Não fazer “vista grossa” a alguns indícios
apresentados;
5. Não negar se alguém o alertar. Redobrar a atenção e
cuidado;
6. Não fornecer, nem incentivar o uso de bebidas
alcoólicas a menores;
7. Não usar o “suborno” para que o filho pare de usá-las;
8. Não fazer medo quanto aos seus efeitos;
9. Não tratá-lo como um “bandido”
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Alguns motivos que levam ao
uso:
1. Fuga ou busca de fáceis soluções para os problemas;
2. Curiosidade, desinformação ou informações
incorretas;
3. Atitudes consumistas;
4. Busca de autoafirmação, emoções fortes, aventuras;
5. Falta de objetivos na vida;
6. Conflitos constantes com a família;
7. Falta de limite;
8. Os grupos, o modismo;
9. Pobreza e miséria;
10. Sintomas psíquicos (depressão, ansiedade, pânico...)
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Prevenção na família:
1. Conhecer os aspectos inerentes à adolescência;
2. Buscar informações, conhecer sobre o assunto;
3. Usar argumentos fortes;
4. Conhecer os valores de seu filho (a);
5. Reservar um tempo para os filhos;
6. Saber o que a escola faz com relação à prevenção do
uso de drogas;
7. Fazer uma auto-avaliação sobre sua postura atitudinal
sobre o modelo que tem passado para seus filhos;
8. Ser sincero, inclusive diante do que não sabe. Você não
precisa ser um ” super-herói”.

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Fatores de risco presentes na
família:

1. Quando os pais têm comportamentos de abuso ou

dependência de drogas;
2. Relações familiares conflituosas ou excessivamente
permissivas;
3. Falta de diálogo e afeto;
4. Falta de critérios na aplicação de regras, normas;
5. Tolerância quanto ao consumo de álcool e tabaco.

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Fatores de proteção
presentes na família:

1. Laços afetivos significativos;

2. Valorização da educação;
3. Predominância do estilo compreensivo de vida sem
autoritarismo ou permissividade;
4. Relação de confiança entre pais e filhos;
5. Demonstração de interesse pela vida dos filhos;
6. Participação nos sucessos e fracassos dos filhos.

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A escola deve:

● Criar oportunidade para desenvolver trabalho de

prevenção ao uso indevido de drogas para crianças,
adolescentes e à família;
● Investir na qualificação dos profissionais;
● Adequar o “programa” à realidade da escola e de seus
alunos;

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A escola deve:

● O trabalho deve ser contínuo e não usando estratégias

“pseudo-educacionais”, momentâneos, circunstanciais;
● Criar estratégias “atraentes” para os alunos, de acordo
com sua faixa etária;
● A ênfase deve ser dada à qualidade de vida, ao bem
estar de uma forma ampla, aos esportes;
● Buscar parceria com os pais.

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Fatores de proteção
presentes na família:
1. Verbalização de expectativas positivas com relação ao
aluno;
2. Estímulo a continuidade dos estudos;
3. Estímulo ao exercício dos princípios de altruísmo,
cooperação e solidariedade;
4. Promoção de atividades criativas e extracurriculares
para a criação de vínculo entre aluno, escola, pais e
comunidade.

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 SEXO
X
DROGAS

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As drogas são afrodisíacas?

● As conexões entre álcool, drogas e função sexual são

mais complexas...

● As substâncias psicoativas podem afetar a função

sexual a partir da alteração de neurotransmissores
(especialmente a serotonina, noradrenalina e
dopamina); pela ação direta ou indireta na liberação de
hormônios capazes de aumentar a libido
(testosterona, progesterona e estrógeno); ou por
atuarem diretamente sobre o fluxo sanguíneo ou
outros mecanismos fisiológicos dos órgãos sexuais.
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Álcool e os homens
● Piora da ereção (tempo e intensidade)
● Redução dos níveis de testosterona
● Redução no número de espermatozoides
● Piora nos testes de desempenho
● 80% dos alcoólatras têm disfunções sexuais;

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Álcool e as mulheres
O álcool aumenta seu prazer sexual?
Marcadores fisiológicos apontam para o sentido aposto,
isto é, quanto maior a quantidade de álcool, menor o
prazer sexual e a capacidade de atingir o orgasmo.

[1] o impacto da desinibição desencadeada pelo consumo;

[2] a interpretação das modificações corporais induzidas pelo álcool
como aumento do prazer sexual;
[3] a influência das expectativas acerca dos efeitos do álcool;
[4] mensuração inadequada dos marcadores fisiológicos do prazer
sexual.

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Principais complicações
sexuais entre os usuários
crônicos de álcool do sexo
feminino

● Inexistência de orgasmo
● Piora da lubrificação vaginal
● Intercurso sexual doloroso

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Tabaco
Alguns estudos detectaram
redução de testosterona e
piora da capacidade de ereção
em fumantes crônicos.

Quanto às mulheres, estudos

apontam para a piora dos
sintomas menstruais (dor,
depressão, irritabilidade, dor de
cabeça, dentre outros).

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Cocaína e Crack
Os achados acerca dos efeitos agudos da cocaína sobre a
função sexual são controversos. Há indivíduos que relatam
que a cocaína é dotada de propriedades afrodisíacas,
capazes de induzir com mais facilidade a ereção e a
ejaculação e facilitar orgasmos múltiplos. Por outro lado,
há aqueles que relatam piora em todos os aspectos
relacionados à função sexual. Isso se deve principalmente
à dose administrada, às expectativas relacionadas ao
consumo, ao efeito das impurezas, além de outros.

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Anfetaminas
Em baixas doses, as anfetaminas estão associadas ao
aumento da libido, retardo do orgasmo ou a ocorrência de
orgasmos múltiplos. Alguns usuários, no entanto, relatam
dificuldade ou inabilidade de alcançar o orgasmo sob o
efeito da substância.

Os usuários de anfetamina injetável relatam grande

associação com aumento do desejo sexual, mas uma
inabilidade de para atingir a ereção completa.

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Ecstasy
O ecstasy foi batizado a "droga do amor" e parece possuir
impacto direto sobre o aumento da sensualidade e do
desejo sexual.

Em contrapartida, o mesmo não parece ocorrer com a

função sexual. Apesar de atuar sobre o desejo, os usuários
com frequência relatam que a substância impede a ereção
e o orgasmo durante o ato sexual.

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Maconha

Afrodisíaca ou redutora de
libido?

Cronicamente, o consumo de
maconha parece prejudicar o
sistema reprodutor.

Principal porta para outras

drogas mais “pesadas”.

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Nitritos Voláteis
São utilizados recreativamente para aumentar o prazer
sexual. Os principais efeitos dessas substâncias são o
relaxamento muscular e a vasodilatação, seguidos por
breve euforia. Alguns usuários relatam utilizá-lo para
prolongar o tempo e a percepção do orgasmo. Os usuários
acreditam que os nitritos são capazes de relaxar a
musculatura esfincteriana, facilitando o intercurso sexual.
No entanto, estudos com estes usuários apontam para
uma dificuldade em conseguir a ereção e redução da
libido.
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Opiláceos
Em baixas doses, o consumo de heroína pode aumentar o
desejo sexual. Devido a suas propriedades relaxantes e
analgésicas,

Inibe a liberação de gonadotrofinas, hormônios

responsáveis pelo controle do funcionamento dos ovários
e testículos. Isso resulta numa redução do desejo sexual
em ambos sexos.

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Opiláceos
Há, também, alteração do fluxo sanguíneo para os órgãos
genitais, contribuindo para a disfunção da ereção,
distúrbios ejaculatórios e anorgasmia

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Onde procurar ajuda…

1. Amor exigente
2. AA (alcoólicos anônimos)
3. Projeto Sara
4. Comunidade Nova Jericó
5. Árvore da vida
6. Manases…
7. Reviva

OBS: Após internação continuar com terapia individual e em grupo!!!

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Porque fazer projetos sobre
drogas?/Como fazer?

● Promover debates/ reflexão;

● Criar campanhas;
● Entrevistar profissionais, pais e ex-viciados;
● Redação;
● Textos;
● Músicas;
● Dinâmicas;
● Caixa de dúvidas …

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Perspectiva Interdisciplinar
● Dentro da Biologia - sob o aspecto biológico: como as
drogas influenciam na sexualidade; sequelas que
causam no sistema reprodutor e consequentemente
no desempenho sexual, as ações delas no organismo,
sua aplicabilidade medicinal, interferência e danos no
sistema nervoso, influência na parte psicológica, etc.

● Outras - sob o aspecto social, cultural e financeiro

através de pesquisas históricas, onde a interpretação e
produção de texto são primordiais; fatores
econômicos, éticos e morais, que exigirão
conhecimentos matemáticos e filosóficos.
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● Quando os adolescentes têm conhecimentos que
transcendem a mera informação sobre as mudanças
biopsicossociais pelas quais estão passando, eles
valorizam e assumem comportamentos e hábitos
saudáveis e buscam a formação de grupos e a
autoafirmação entre estes, com práticas mais
conscientes.

● Existem estudos que relacionam o mesmo período da

iniciação da atividade sexual na adolescência com a
primeira vez que se usou drogas.

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