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em que conhecemos atualmente (MARIA JOSÉ AZEVEDO SANTOS, Da Visigótica à

Carolina – a escrita em Portugal de 882 a 1172. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,


1994, p. 92.
28 É preciso registrar, ainda, o vocábulo grego δικαίου (diké, que significa lei, Direito),
ligado à raiz indo-europeia dik que significa indicar – mas que não influenciou, entre nós, a
criação de nenhuma palavra ou termo jurídico.
29 CARLOS SANTIAGO NINO, Introdução à análise do direito, p. 17.

30 ROBERT ALEXY, Conceito e validade do direito, p. 5.

31O conceito de Direito, p. 89.

32 Confira-se, a propósito, O império do Direito, p. 3 e ss. e Levando os Direitos a sério, p.


1 e ss.
33 ANDRÉ FRANCO MONTORO, Introdução à Ciência do Direito, p. 33 e ss.

34Filosofia do direito, p. 543.

35 LUIS RECASÉNS SICHES intitula essa perspectiva cultural de vida humana objetivada
(Introducción al estudio del derecho, p. 25).
36 Aqueles que estão a se dedicar ao direito precisam, antes de tudo, saber de onde vem o
nome do direito (ius). Vem, pois, de justiça. De fato, como Celso elegantemente define,
direito é a arte do bom e do justo). DIGESTO, 1.1.1 pr.
37 Originalmente, PLATÃO foi o responsável por pautar a justiça como virtude universal,
elevando-a à categoria de princípio regulador da vida social, ao enfatizar a sua utilidade
pragmática: fazer bem aos amigos e mal aos inimigos (A República, p. 14).
38 ARISTÓTELES não se distanciou da direção tomada por PLATÃO mas, a partir da
filosofia pitagórica, alcançaou a perspectiva da igualdade essencialmente a partir da noção
de reciprocidade, e foi o responsável por analisar as suas mais diversas variações, com
destaque à justiça comutativa – igualdade absoluta entre prestação e contraprestação – e à
justiça distributiva – tratamento proporcional outorgado às mais diversas pessoas
(GIORGIO DEL VECCHIO, A justiça, p. 41).
39 GIORGIO DEL VECCHIO, op. cit., p. 71.

40 BLAISE PASCAL, Pensamentos, p. 111.

41 A esse respeito MONTAIGNE (1533-1592) já sustentava há muito tempo que não são
obedecidas as leis porque são justas, mas porque decorrem da autoridade (Ensaios, III,
Cap. XIII. “Da experiência”, p. 1.203).
42 Nas palavras de JACQUES DERRIDA, la nécessité de la force est donc impliquée dans
le juste de la justice (a necessidade da força está, pois, implicada no justo da justiça), in
Force de Loi, p. 28.
43 PIERRE TEILHARD DE CHARDIN, O fenômeno humano, p. 355.

44 JORGE EDUARDO MATTOSO (et. Al), Olhar para a história: caminho para a
compreensão da ciência in O Caminho para a ciência moderna, p. 8.
45 ARISTÓTELES, Política, p. 56.

46 Onde há sociedade, há Direito. GIORGIO DEL VECCHIO (Lições de Filosofia do Direito,


Tomo II, p. 102), acrescenta que ubi homo, ibi societas; ubi homo, ibi jus (onde há o
homem, há sociedade e onde há o homem, há o direito).
47 Art. 2º, segunda parte, CC. Na verdade, até mesmo os filhos nondum conceptus, na
forma do art. 1.799 do mesmo códex estão tutelados, conquanto sejam concebidos em até
2 dois anos a contar da abertura da sucessão. De qualquer forma, encontram-se
desamparados por esta norma o embrião que se encontra fora do útero materno,
consoante o julgamento do Plenário do E. STF na ADI 3.510-DF de 29/05/2008.
48 CARLOS CAMILLO, Novas luzes sobre a ciência jurídica: a (inevitável) reaproximação
da ética ao direito em tempos do pós-positivismo in Governação corporativa e corrupção, p.
109/129.
49 CARLOS CAMILLO, A teoria da alteridade jurídica, p. 15. A este respeito, ERIC
HOBSBAWN divide a história do século XX em três eras distintas: “era da catástrofe”, “era
dos anos dourados” e “o desmoronamento”, in Era dos extremos: o breve século XX.1914-
1991, p. 31.
50 Realizados entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro de 1946.

51 Do latim declarare, pronunciar, referir, confessar, que deriva de clarare, de clarus, claro,
brilhante.
52 Disponível em https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm, acessado em
03/10/2018.
53Noch suchen die Juristen eine Definition zu ihrem Begriffe vom Recht (Kritik der reinen
Vernunft, p. 479).
54Die metaphysik der Sitten, p. 229.

55 JÜRGEN HABERMAS, A ética da discussão e a questão da verdade, p. 59.

56 Como bem adverte SANTI ROMANO, O ordenamento jurídico, p. 62.

57 CARLOS CAMILLO, A teoria da alteridade jurídica, p. 23.

58 LUÍS ROBERTO BARROSO, Interpretação e aplicação da Constituição, p. 326.


59 GUSTAV RADBRUCH, Filosofia do Direito, p. 125.

60 DANTE ALIGHIERI, Monarchia, Livro II – Item V, n. 1, p. 15.

61 Esta é uma velha lição que desafia o tempo e foi repetida nas obras de grandes cultores
do Direito, aos quais rendemos todas as homenagens: GIORGIO DEL VECCHIO (Lições
de Filosofia do Direito, Tomo II, p. 98); HERMES LIMA (Introdução à Ciência do Direito, p.
34); VICENTE RÁO (O Direito e a vida dos Direitos, p. 53), MIGUEL REALE (Lições
Preliminares de Direito, p. 61).
§ 2º

A Função do Direito

Naturalmente, o objetivo final do Direito é satisfazer as necessidades


sociais de acordo com as exigências da justiça e os outros valores legais
implicados por ela, como o reconhecimento e a garantia da dignidade
pessoal do indivíduo humano, de sua autonomia, das suas liberdades
básicas, a promoção do bem-estar geral ou do bem comum 62 .
LUIS RECASÉNS SICHES

1. A “Engenharia Social” do Direito


ROSCOE POUND, eminente jurista norte-americano e famoso por
ter sido Reitor de Harvard, uma das mais prestigiadas universidades
do planeta, vislumbrou uma notável função do Direito,
argumentando que o Direito realiza uma tarefa de engenharia social,
consistente na harmonização de interesses em conflito, na
consecução dos fins sociais, favorecendo a coesão e integração
social dos indivíduos numa determina estrutura social63. De fato, o
Direito, desde a sua formatação mais singela e primitiva, se afigura
como organizador da estrutura normativa da sociedade, regulando a
conduta dos indivíduos que compõem esse núcleo social, intervindo
todas as vezes em que, não raras ocasiões, ocorre o conflito de
interesses desses mesmos indivíduos. Na medida em que as
sociedades se tornaram mais complexas, o Direito acompanhou
essa mesma complexidade, estabelecendo autoridades,
competências, regras de comportamento e aparelhando-se, como
se verá no Capítulo a seguir, do uso da força estatal para atingir os
seus objetivos maiores. Mas quais serão esses objetivos?

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