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Instruções sobre o grau de Companheiro | M.

Vilas

Décima sexta instrução:


A estrela e a Luz

N o grau de companheiro, a estrela ocupa o lugar que o triângulo com o

Tetragrama Sagrado ocupa no grau de aprendiz, o que deve, desde logo, fazer o
companheiro reflectir sobre a relação entre os dois símbolos.

«A Maçonaria explicada por um amigo da verdade», um livro francês de 1833, refere


que o Ser Supremo «é primeiro representado sob a forma de um triângulo equilátero
com os seus três atributos: Sabedoria, Força e Beleza. (…) Esta imagem é ainda
representada pela estrela flamejante».

O «Curso Prático de Franco-Maçonaria», um texto francês de 1860, refere que a


estrela flamejante «recorda ao companheiro o pensamento do Grande Arquitecto do
Universo, o qual o triângulo luminoso também tinha recordado ao aprendiz».

No rito de elevação a companheiro do «Guia dos Maçons Escoceses» (França, c.


1810) o Venerável Mestre diz: «Olhai atentamente esta estrela misteriosa e que ela
nunca se afaste do vosso espírito; ela é o emblema do génio que eleva às grandes
coisas; ela é também o símbolo do fogo sagrado, do qual o Grande Arquitecto do
Universo nos dotou, por cujos raios devemos discernir, amar e praticar o verdadeiro,
o justo e o equitativo».

Génio significa primeiramente «o espírito ou o demónio (…) que, segundo a opinião


dos Antigos, acompanhava os homens do seu nascimento à sua morte» ou presidia
a certos lugares (génio tutelar), significando secundariamente talento, segundo o
Dicionário da Academia Francesa de 1799.

E o «Guia» continua: «O delta que vedes resplandecente de luz, oferece-vos duas


grandes verdades e duas ideias sublimes. Vedes o nome de Deus como fonte de todos
os conhecimentos e de todas as ciências; ele explica-se simbolicamente pela
geometria. Esta ciência sublime tem por base essencial o estudo profundo das
infinitas aplicações dos triângulos sob o seu verdadeiro emblema. Todas estas
verdades misteriosas desenvolvem-se aos vossos olhos gradualmente, à medida do
vosso avanço na nossa arte sublime».

Sublinhemos que neste discurso se fala da estrela, referindo que Deus nos dotou de
um fogo sagrado que nos deve levar a certo comportamento, e do triângulo, no qual
se vê o nome de Deus, que se explica simbolicamente pela geometria, como fonte do
conhecimento.
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A estrela surge, assim, como desenvolvimento do triângulo, o qual é um


desenvolvimento do ponto, sendo a estrela mais um degrau na descida de Deus ao
homem. Visto do ponto, o triângulo é a materialização do um e a estrela a
humanização do triângulo.

O manuscrito Graham, de 1627, pertencente a uma loja profissional, refere que «a


estrela aparece a Este advertindo simultaneamente os pastores e os reis magos de
que o nosso Salvador tinha encarnado», remetendo para a estrela referida em
Mateus 2, 1-4 e 2, 7-10, confirmando uma profecia de Números 24, 17. O
aparecimento de uma estrela é uma das marcas tradicionais do nascimento de um
ser que encarna uma nova ordem do universo.

A estrela surge no manuscrito inglês Sloane, de 1710, mas que transcreve um texto
de cerca de 1610, como uma das três jóias da loja. A «Maçonaria Dissecada», de 1730,
referindo-se ao mobiliário da loja diz: «pavimento mosaico, o chão da loja, estrela
ardente, o centro, e orla denteada, a fronteira à sua volta».

Contudo, no princípio, a estrela pertence também ao grau de aprendiz. Uma notícia


do «Westminster Journal» de 1742 sobre a Maçonaria, citada no estudo de Harry
Carr sobre a letra G, refere que o G, «significando Geometria», e «por causa da qual
são feitos Companheiros», «é a essência da loja de Companheiro», acrescentando
que «por estar colocada no centro da estrela ardente, que é o centro da loja de
aprendiz (…), ela é então uma loja de companheiro». Ou seja, a estrela é comum a
ambos os graus e é o G que assinala a subida.

Um catecismo francês de 1785 – provavelmente o primeiro no qual a estrela passou


a pertencer exclusivamente ao grau de companheiro – refere: «A estrela flamejante
estava no meio que iluminava o centro, de onde sai a verdadeira luz que ilumina as
quatro partes do mundo (…) é o emblema do Grande Arquitecto do Universo que
brilha de uma luz que recebe apenas de si próprio».

Os rituais ingleses conservam a referência, anterior à chamada descristianização


ocorrida no século XIX, à brilhante estrela da manhã, referência que remete para
Apocalipse 22, 16, que diz: «Eu, Jesus (…) sou (…) a brilhante estrela da manhã».

Esta estrela é uma luz de natureza diferente da das luminárias Sol e Lua, pois nunca
é associada, e ainda menos confundida, com outras representações da luz em loja.

A estrela é símbolo da Luz criada em Génese 1, 3, logo depois da separação inicial


dos chamados céu e terra, quando ainda tudo estava desorganizado e o espírito de
Deus observava o fluido.

Então, «Deus disse: “Haja luz” e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou
a luz e as trevas», ou seja, a luz assim descrita é a própria Luz da consciência que a
divindade adquire da sua criação («Deus viu»).

Esta Luz é diferente e precede a luz física do Sol e da Lua, as luminárias, criadas no
quarto dia [Génese 1, 14], que são um símbolo físico – e como todos os símbolos,
necessariamente material –, da Luz metafísica.
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É, portanto, da descrição do Génese que falamos quando falamos de Luz, mesmo


quando, como nos Ritos de origem moderna, abrimos a Bíblia no Evangelho de João,
cuja introdução corresponde, apesar de escritos em línguas sagradas diferentes, ao
começo do Génese.

Na loja, a Luz é emanada pelo Grande Arquitecto do Universo, que a dirige com a sua
luz (e não as suas luzes) e sabedoria, em nome de quem o Venerável a abre, a dirige,
e a fecha – em numerosos rituais mais antigos, a loja era aberta em nome e não à
glória do Grande Arquitecto do Universo, dando a clara ideia de que o Venerável era
um provisório delegado.

A «Instituição dos Franco-Maçons», um manuscrito inglês de cerca de 1725, refere


que quem «regula e governa a loja e é o seu Mestre» é Jehovah, e a divulgação inglesa
«O Grande Mistério posto à vista», de 1726, tem a pergunta «quem é o Grão-Mestre
de todas as lojas do Mundo», à qual a resposta é «INRI», isto é, Jesus. Nos ritos
antigos, a loja é governada por Deus-Pai, mas a simbólica não sofre alterações.

A trindade Sol-Lua-Mestre da Loja é as três grandes luzes dos ritos modernos e as


três pequenas dos antigos. Esta trindade tem um duplo aspecto material (o Sol e a
Lua para governarem ou iluminarem respectivamente o dia e a noite e
representarem os princípios metafísicos) e um imaterial representado pelo Mestre
divino.

Sol e Lua, presentes em todos os ritos, iluminam a loja, quer de dia quer de noite
(porque a lua, embora apenas espelhe a luz solar, ilumina a noite e marca os meses
lunares). Se nos ritos modernos, estão directamente associados às colunas
salomónicas, ao lugar dos vigilantes e às colunas de irmãos, nos ritos antigos essa
associação não existe.

Além das luminárias, a luz material, símbolo da Luz metafísica, é ainda representada
por Bíblia-Esquadro-Compasso, candelabros, janelas, pavimento.

O pavimento mosaico – no painel ou no chão – é um símbolo fundamental da


arquitectura da loja como o mostram os primeiros catecismos e divulgações
britânicos, nos quais é o espaço sagrado cercado da orla denteada que o defende
contra o profano.

A «Confissão de Um Maçon», divulgação escocesa de 1727, refere o «square


pavement» (square significando em esquadria, quadrangular, justo) «para o mestre
maçon desenhar os seus traçados no chão» («ground draughts», tendo também
draughts o significado de tabuleiro de xadrez ou, por extensão, pavimento mosaico).

Este pavimento permite traçar linhas com ângulos determinados e, através de um


cálculo muito simples, obter ângulos quase exactos, e as respectivas figuras
geométricas. É usado desde a Antiguidade em complemento com o compasso e a
régua para ampliar as dimensões de uma planta para um plano maior, ou seja – e
este aspecto é maçonicamente significativo –, passar do pequeno desenho ao projeto
e do projecto à obra.
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É símbolo da equidade com que o Maçon deve enfrentar o bem e o mal, de


diversidade e regularidade (Rito Emulação), e pela referência ao Evangelho de João,
da complementaridade luz-trevas.

Os três momentos do percurso do Sol no dia – presentes, por exemplo, na platibanda


da fachada sul do Mosteiro dos Jerónimos – são representados pelas janelas,
determinando os lugares dos três oficiais principais e pilares da loja nos ritos
antigos. Nos mais antigos catecismos escoceses, as três posições assinalam que o Sol
ilumina os homens a caminho do trabalho, no trabalho e de regresso a casa.

A divulgação moderna inglesa de 1730, «Maçonaria Dissecada» mantém esta


associação, referindo «três janelas situadas no Este, Sul e Oeste para iluminarem os
homens antes, durante e após o trabalho». Não há luz no Norte «porque o sol não
envia raios nessa [dessa] direcção».

Os candelabros servem para assinalar as posições diárias do Sol, nos ritos de tipo
antigo («Três Pancadas Distintas»), ou, nos ritos de tipo moderno, os pontos
extremos e médio do Sol no ano, num triângulo rectângulo que pode ter o ângulo a
Este ou a Oeste, tendo sempre um dos braços a Sul.

A trindade Bíblia-Esquadro-Compasso está presente no Altar central, sendo usada


na abertura e encerramento dos trabalhos, enquanto nos ritos modernos, os
Evangelhos, o Esquadro e o Compasso estão colocados sobre a mesa frente ao trono
do Mestre da loja. Em ambos, são usados nos ritos de iniciação, aumento de salário
e elevação.

As Três Grandes Luzes são um dos elementos diferenciadores dos Ritos antigos
(nascidos nas Grandes Lojas da Irlanda e da Escócia e de Inglaterra segundo as
Antigas Instituições) e modernos (nascido na Grande Loja de Londres e
Westminster, depois de Inglaterra).

O destaque regulamentar dado no século XX às Três Grandes Luzes por algumas


obediências foi criado pela necessidade de delimitar claramente o que é Maçonaria,
devido à deriva irregular das obediências que retiraram a Bíblia e o Grande
Arquitecto do Universo, dois elementos essenciais à Maçonaria, dos seus trabalhos.

A Bíblia remete ainda para tradição, historicamente provada, quer na maçonaria


profissional, quer na não-profissional, de ter o texto sagrado cristão, ou parte dele,
para sacralizar o juramento. É o juramento sobre a Escritura que permite, desde os
documentos mais antigos, ameaçar o eventual traidor com as penas espirituais e não
apenas com as penas corporais presentes nos juramentos a partir de meados do
século XVIII.

Mas, sobretudo, a Bíblia, incluíndo os deuterocanónicos ou apócrifos, é a fonte da


tradição maçónica e da nossa civilização, o esquadro, ângulo imóvel, é a regra de
vida que devemos adoptar, o compasso, ângulo móvel, é a forma como devemos
aplicar essa regra no dia-a-dia. Quando criou o universo com o compasso, o Grande
Arquitecto, traçou o círculo que entendeu adequado (um dos possíveis) para aplicar
a regra pré-definida que homens inspirados tentaram explicar simbolicamente no
Livro.
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Os momentos rituais relacionados com a Luz e com as luzes que a representam são
fundamentais no trabalho da loja e no trabalho de cada irmão em loja.

Na generalidade dos ritos, estes passos rituais são: a localização cósmica dos
dignitários; a circulação da palavra do grau que concretiza a acção criadora, uma vez
que a Luz é criada pela palavra; a iluminação dos candelabros – prévia ou durante o
rito; a abertura – prévia ou durante o rito – da Bíblia, do esquadro e do compasso,
que concretizam a Luz no plano da palavra e da geometria. Estas acções, mais o
painel, transformam um espaço qualquer no templo de Salomão onde brilha a luz
divina.

Estes passos podem ter duas sequências lógicas: a entrada no templo perfeito e
iluminado ou a entrada no templo ainda incompleto que será ritualmente
completado, havendo, naturalmente, misturas, e dependendo da sensibilidade das
lojas.

Estes símbolos da Luz podem estar presentes antes do começo dos trabalhos e
continuarem-no depois do encerramento, ou serem acesos durante a abertura e
extintos durante o encerramento. Têm é que estar presentes na sala para que se
possa trabalhar.

As variações, que não dependem das famílias rituais, decorrem de os textos rituais
mais antigos (que eram auxiliares de memória para o que tinha de ser dito)
omitirem os actos rituais serem transmitidos por tradição e memória. Estes actos
não eram acompanhados de palavras, uma vez que a gestuália era compreendida
como símbolo e não necessitava de explicações. Assim, não sabemos exactamente
em que momento da abertura eram executados alguns actos rituais, o que permite
sequências ligeiramente diferentes do que é feito. O que importa é que seja feito com
solenidade e ritmo.

O facto de o maçon procurar a luz, ou a verdade, ou o bem, o belo e o bom, e não


coisas definidas ou definíveis, mantém-no dentro do método simbólico, impedindo-
o de se agarrar a limites que não sejam os da sua capacidade ou vontade. Ao serem
imagens e não conceitos, permitem abrir em vez de fechar.

Do mesmo modo que o facto de o maçon trabalhar para algo maior do que o próprio
homem, procurando a luz, a verdade, o bem, o belo e o bom num modelo maior do
que ele próprio (embora elas estejam também dentro de si), é uma forma de o levar
até aos seus justos limites, isto é, aos planos traçados para si pelo Mestre que
governa a Loja, exaltando-o em vez de o diminuir, libertando-o em vez de o prender.

A estrela que preside à loja de companheiro é, naturalmente, de cinco pontas, sendo


o cinco uma referência directa e iniludível às chagas de Cristo (quatro nas
extremidades e uma no centro), remetendo para a sua paixão, que o liberta a
existência humana, mas também para a sua comunhão, uma vez que a consagração
do altar das igrejas cristãs é feita pelo traçado de cinco cruzes (quatro nas
extremidades e uma no centro) sobre a pedra talhada.
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A estrela e o G, que aparecem separados ou associados em diferentes épocas e


lugares, sobrepõem parcialmente os seus significados na medida em que ambos
representam também a divindade. Nos países que não falam inglês, esta associação
pode ter sido uma das causas de o G ficar associado mais à Geometria, tendo a estrela
permanecido mais ou menos claramente associada à divindade – até o positivismo
ter desfigurado os rituais tentando eliminar a simbólica.

Um desenho francês de meados do século XVIII mostra uma estrela de cinco pontas
dentro do círculo que se usa para a traçar; parcialmente dentro da estrela, mas
deixando a cabeça de fora, há um homem que tem pendurado ao pescoço um prumo
que lhe desce até ao umbigo, associando claramente o aprumamento do Maçon à
estrela.

A imagem mostra que o maçon realizou a harmonia dos seus diferentes níveis
através da descida em si próprio simbolizada pelo prumo, sendo, portanto,
espiritualmente e fisicamente saudável. Algumas obediências maçónicas
conservaram até tarde fórmulas para encabeçar ou terminar a correspondência que
incluíam o desejo de saúde.

O «Curso Prático de Franco-Maçonaria», um texto francês de 1860, refere que a


estrela «é frequentemente, para o viajante, um guia que o impede de se perder nas
trevas». E que a estrela, «no meio dos erros e das paixões que obscurecem o nosso
entendimento, dirige-nos para o santuário da sabedoria. Isto é verdadeiro para a
letra G, porque não podemos colocar-nos em presença do autor e da fonte de todo o
bem, sem nos enchermos de bons sentimentos, sem nos firmarmos na virtude».

O texto continua referindo a ligação entre Deus e a geometria, representada pela


letra G: «… O universo, obra do Grande Arquitecto, é uma obra-prima geométrica …
Esta ciência cujos procedimentos são de uma rigorosa exactidão, e conduzem à
certeza matemática, é o tipo dessa geometria intelectual», a partir da qual os
homens, pelo cumprimento dos seus deveres fazem «da vida que nos destinou o
Criador, a vida sabiamente e utilmente empregue, sem ser agitada por paixões
loucas…».

Esta leitura, já tinta de muito romantismo, da estrela enquanto guia do companheiro


foi obscurecida com a substituição do significado tradicional do G, nos ritos e
obediências em que a tradição maçónica foi atacada pelo positivismo.

A exortação ao iniciado do Rito Emulação, diz-lhe que é seu dever «seguir uma regra
de disciplina» que conduza «à preservação das vossas faculdades mentais e
corporais em toda a sua vitalidade».

Luciano escreveu: «O divino Pitágoras (…) nunca começava uma carta por Bom dia
ou Prosperidade, mas prescrevia começar por Saúde (…) porque convinha
perfeitamente à alma e ao corpo. Por outro lado, (…), ao pentagrama, símbolo
interno da seita, chamavam Saúde». A ideia de que o corpo humano reproduz por
analogia a composição do quintessencial do cosmos é também pitagórica.
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Ainda Luciano: «a Tetraktis é o garante preferido dos pitagóricos quando prestam


juramento, porque ela realiza o número 10, que é para eles o número perfeito: é por
isto que eles lhe deram o nome de princípio de saúde». Esta identificação do
pentágono com o 10 decorre do número dos seus ângulos.

Contudo, não devemos identificar totalmente a estrela de cinco pontas da Maçonaria


(ardente, ou radiante, ou flamejante) com o pentagrama pitagórico, porque este não
emite a Luz da inteligência e o calor do Amor referidos no «Guia do Maçon Escocês».

O discurso que substitui o pentagrama à estrela é revelador do empobrecimento


simbólico do discurso maçónico ao retirar-lhe, por preconceito, a referência
espiritual óbvia à estrela de Belém. O primeiro painel de loja conhecido, uma gravura
inglesa de 1742, tem no cimo Sol e Lua, em baixo, a régua e o nível, e no centro a
estrela com o G e um rasto de luz, como o da Estrela de Belém.

A referência à forma geométrica pentagrama em vez de à forma simbólica estrela


vai também a par com um discurso materialista sobre a Geometria, centrado nas
propriedades das quantidades e não no que elas revelam da acção do espírito do
Grande Geómetra sobre o mundo.

A repetida referência ao pentagrama como símbolo do homem (e o correspondente


desenho do homem dentro do pentagrama) revela uma visão materialista que em
nada se coaduna com a tradição maçónica.

O único homem para que a estrela pode remeter é o homem justo e perfeito,
aprumado e harmonioso, cuja unidade permite ao espírito brilhar em si, dando-lhe
saúde espiritual e física.

Em alguns rituais, quando o companheiro termina a última viagem, o Venerável diz-


lhe que contemple a estrela. O termo contemplar não é causal e traduz uma
instrução: ficar frente à estrela a vê-la, para ela nos fazer sentir os seus mistérios.

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