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HISTÓRIA DA

PSICOLOGIA

Capítulos 2, 3, 4, 5 e 6
SANTI, P. “A Construção do Eu na Modernidade”
Revisão

 Objetivo do autor: mostrar que a Psicologia resultou de uma


construção histórica, desnaturalizando o objeto de estudo
 Condições-chave para o surgimento da Psicologia
 Noção clara de uma subjetividade privada
 Crise dessa subjetividade
Capítulo 2: Passagem da Idade Média para o Renascimento

 No Renascimento, surge a noção de subjetividade privada


(interioridade)
 Individualismo: aspectos positivos e negativos
 Afirmação do eu construída gradualmente, por alguns séculos. O eu nem
sempre foi soberano
 Humanismo grego toma a forma atual no Renascimento
 Razão é percepção da ordem absoluta. Não há engano. Ela reside na
ideia do Bem (Platão)
 Santo Agostinho (séc IV e V): desvalorização do corpo e valorização
da alma como algo interno.. Busca de Deus acontece dentro de nós.
Luz interior
 Razão é a percepção da ordem absoluta. Não há engano. Ela reside
em nós (Descartes)
Mundo medieval teocêntrico

 Cada ser é parte de uma engrenagem divina


 Liberdade humana era muito restrita
 Justiça: colocação de cada ser no lugar que lhe é próprio
 Pensar já é pecar: onisciência de Deus
 O espírito medieval na arte: canto gregoriano
 Canto em uníssono
 Texto sagrado, já conhecido (reafirmação)
 Linha melódica que não se repete
 Não marca o ritmo
 Não há refrão, passagens bruscas
 Música para se entregar
Mundo hierarquizado por uma ordem superior

 O Corpo Social
 Lugares bem definidos
 Não cabe questionamento
HUMANISMO MODERNO: RENASCIMENTO

o aprofundamento da experiência de si em decorrência da perda dos referenciais


estáveis medievais e consequente necessidade de uma busca pessoal por critérios de
“verdade” a partir dos quais se pautam as condutas
Assunção da Virgem, de Ticiano
Capítulo 3: O Humanismo no Renascimento

 Fundamentos do humanismo renascentista


 Definição de humanismo (educar para o exercício da
liberdade)
 Mundo natural é o reino do homem: afirmação da
liberdade, do corpo e seus prazeres
 Mudança na concepção do lugar do homem no
mundo (sem predestinação): Antropocentrismo
 O homem deve se educar – cuidado de si, pois não
nasce predestinado
 Mudanças no modo de vida
 Crise da concepção fechada de mundo que vigorava
 Liberdade, solidão e responsabilidade
 Deus criou o mundo, nós devemos conhecer as leis
da natureza
Capítulo 3: O Humanismo no Renascimento

 Assinaturas de artistas em obras de arte


 Mão do sujeito que deixa sua marca
 O homem é o centro e ao mesmo tempo, é insignificante
 Deus criador e juiz
 Liberdade: descobrir os caminhos do bem. Escritos sobre a moral
 As coisas existem para contemplação e uso do ser humano
Capítulo 4: O Encontro com a Multiplicidade

 Um mundo maravilhoso: liberdade de imaginação, que


não é indício de ingenuidade, mas abertura para o
diferente
 Fonte da Juventude
 Monstros marinhos e o Mar Tenebroso (Vista do A primeira
viagem de Colombo rumo ao Poente: os medos e a ideia de
homem no começo da Época Moderna (ufmg.br)
 Relatos de viagem por pessoas que não a viveram
diretamente (SciELO - Brasil - 1492: partos do fecundo
oceano: relatos históricos sobre o descobrimento da
América em dois tempos (as Décadas de Anglería e de
Herrera) 1492: partos do fecundo oceano: relatos históricos
sobre o descobrimento da América em dois tempos (as
Décadas de Anglería e de Herrera))
Fonte da Juventude, de Lucas Cranach
 Ideia de que se chegaria ao paraíso com o avanço da
navegação
Capítulo 4: O Encontro com a Multiplicidade

 Feira de rua: produtos de diferentes culturas,


exotismo, festa popular, desordem, gritaria
 Sentimento de fragmentação: falta de critérios
absolutos (credulidade/incredulidade, o valor justo das
coisas, nova ordem/caos)
 Postura frente ao diferente: certeza sobre si x
questionamento da própria verdade
Sentimento de Fragmentação: falta de critérios absolutos

 Bosch

 Arcimbold
 Polifonia
 estilhaçamento do canto gregoriano, muitas vozes, ruidoso
 Rabelais
 Referência à cultura grega, valorização do riso e do prazer
corporal (século XVI)
Capítulo 5: Os procedimentos de contenção do eu

 Como ter uma identidade coesa em um mundo que vivencia a


fragmentação? Como restabelecer referências?
 O indivíduo nasce da dispersão e traz uma cisão em sua
natureza (Luiz Cláudio Figueiredo)
 Liberdade: escolher, construir uma identidade, dominar a
dispersão
 O carnaval de Rabelais será contido (transição para o século
XVII)
 Deus fez o homem livre para que ele seja julgado (liberdade-
responsabilidade)
O vazio e a busca da ordem
 Santo Inácio de Loyola  Maquiavel
 Adaptação do pensamento religioso  Enfatiza a necessidade de
aos novos tempos, no século XVI afirmação do sujeito através de
 Disciplina (experiência militar) procedimentos
 Proposta de reencontro com a ordem  Mundo sem ideal
 Exerc´ícios Espirituais, com  Imposição do sujeito é necessária
duração de 28 dias porque a natureza humana é
 Se não se chegar `Iluminação, egoísta (diferença do elogio ao
falha do indivíduo, não do humano do período anterior)
método
 Método é para a imposição de um
 A salvação é abrir mão da
liberdade total e submeter-se à sujeito sobre os demais
autoridade religiosa (constituição do Estado)
 Método acessível a todos
Manuais de autoajuda,
baseados na crença na
liberdade
O vazio e a busca de sentido

 “A cada época, a falta de sentido de nossa existência mostra-se presa fácil das
autoridades de plantão a nos oferecer generosamente seu manual de como viver.
Mais importante do que esta produção, é a percepção de como a Modernidade parece
implicar neste sentimento de vazio e cria a demanda por nos formarmos
continuamente”

 Polifonia mais comportada: ordem, todo equilibrado, letras mais comportadas


Capítulo 6: A posição de crítica à aparência

 Glorificação do Eu não é absoluta (crise da concepção de Eu) – ainda no século XVI


 Ceticismo
 Fideísmo: crítica ao valor crescente dado ao homem, mostrando sua insignificância com o
objetivo de fazê-lo voltar a Deus. Razão é inferior à fé
 Ceticismo radical: não há referências críveis sustentáveis; desesperança
 Montaigne: “Ensaios”
 Experiência de introspecção
 Enxergar o mundo de fora, levando em consideração ponto de vista alheio (sem ser auto-
referente)
 Crítica e melancolia
 Erasmo: “Elogio da loucura”:
 Desvelamento de hipocrisias
 Ceticismo em relação à bondade humana, com uso do humor
 Desnaturalização de costumes tidos como naturais
 Escreveu “Manual do cristão militante”, “A educação de um príncipe cristão” , “A civilidade
pueril”
Civilidade pueril

Capítulo I ATITUDES CORRETAS E INCORRETAS


Os olhos
Para que a boa índole da criança seja transparente (e nada como os olhos para revelá-
la), convém que o olhar seja plácido, respeitoso e circunspecto. De fato, olho
ameaçador é sinal de violência, enquanto olho perverso traduz maldade. Olho erradio e
perdido, no espaço, sugere demência.
O nariz

Nariz sujo e mucosa pituitária são sinais de indivíduo desasseado.


Os manuais de boas maneiras: contenção do Eu através do
corpo

 Corpo- alvo de controle e observação


 Norbert Elias, “O processo civilizador”
 Funções corporais devem ser ocultas
 Civilização: formas de expressão com as quais o homem se identifica no mundo
ocidental. O que passa a ser considerado superior
 Começa com o controle social sobre o corpo, os impulsos, determinação sobre os
modos de ser, códigos de inserção social (etiqueta). Não cumprimento leva à
exclusão.
 Os olhos passam a adquirir papel essencial no contato, à medida que as emoções
são racionalizadas: agressividade e jogos esportivos
Atividades complementares

 Civilidade pueril: www.filosofia.com.br/figuras/livros_inteiros/102.txt


 Livro A Virada, de Stephen Greenblatt
 Livro ou filme: O nome da Rosa, de Umberto Eco
 Filme: Hamlet

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