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Poema
«O Quinto Império»
Terceira Parte: O ENCOBERTO I. Os símbolos Segundo: O Quinto
Império
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz E assim passados os quatro
Mais que a lição da raiz — Tempos do ser que sonhou,
Ter por vida a sepultura. A terra será teatro
Eras sobre eras se somem Do dia claro, que no atro
No tempo em que eras vem. Da erma noite começou.
Ser descontente é ser homem Grécia, Roma, Cristandade,
Que as forças cegas se domem Europa — os quatro se vão
Pela visão que a alma tem! Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
1.ª estrofe: Condenação do conformismo