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Mensagem

Poema
«Nevoeiro»
Terceira Parte: O ENCOBERTO
III. Os Tempos Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Quinto: Nevoeiro Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Valete, Fratres.
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Expressões que traduzem
[…] o estado da Pátria
(v. 1)
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
Indefinição:
crise política, decadência,
[…]
incerteza e desorientação
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
[…]
(vv. 7-9, 11-12)

«fulgor baço da terra»


(v. 3)
Antíteses «brilho sem luz» (v. 5)
«Que ânsia distante
perto chora?» (v. 10)
«Que ânsia distante perto chora?» (v. 10)
Desejo ardente ou intenso;
enleio; comoção do espírito
que receia que uma coisa
Um apelo que Uma dor que existe suceda ou não
vem do futuro no presente
 
Esperança Angústia
«É a
Hora!»

Exortação aos
Renascimento
Portugueses:
 o sujeito poético deseja
Fim do
uma mobilização que
Nevoeiro
permita o renascimento de
Portugal
Indefinição e Expectativa
incerteza e esperança

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