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MENSAGEM: O QUINTO Trabalho realizado por:

IMPÉRIO E AS ILHAS Gonçalo Magalhães Nº9 12ºE2


Sónia Pizarro Nº22 12ºE2

AFORTUNADAS Tiago Francisco Nº27 12ºE2


ENQUADRAMENTO DOS
POEMAS
Os poemas "O quinto império" e "As ilhas afortunadas" situam-se na terceira parte da "Mensagem": "O
encoberto".

A temática da terceira parte é caracterizada por:


•Um presente sentimento de sofrimento e mágoa, devido ao pensamento de que falta cumprir Portugal, e de
que este precisa de uma regeneração;
•O ocultismo para a criação do herói (daí o "encoberto"), que se apresenta como D. Sebastião. O herói será
a figura necessária para e realizar o sonho da criação de um quinto império.
AS ILHAS AFORTUNADAS
Que voz vem no som das ondas​
Que não é a voz do mar?​
É a voz de alguém que nos fala,​ São ilhas afortunadas,​
Mas que, se escutamos, cala,​
São terras sem ter lugar,​
Por ter havido escutar.
Onde o Rei mora esperando.​
E só se, meio dormindo,​ Mas, se vamos despertando,​
Sem saber de ouvir ouvimos,​ Cala a voz, e há só o mar.
Que ela nos diz a esperança​
A que, como uma criança​
Dormente, a dormir sorrimos.
AS ILHAS AFORTUNADAS - ANÁLISE
ESTRUTURAL
Que voz vem no som das ondas A
Que não é a voz do mar? B
É a voz de alguém que nos fala, C Rima interpolada
Mas que, se escutamos, cala, C
Por ter havido escutar. B
Estrutura
E só se, meio dormindo, • Três quintilhas (estrofes de cinco versos)
Sem saber de ouvir ouvimos, • Rima interpolada (quatro últimos versos)
Que ela nos diz a esperança • Versos de sete sílabas métricas (redondilha maior)
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.

São ilhas afortunadas, Recursos expressivos


São terras sem ter lugar, • Interrogação retórica (1º e 2º verso);
Onde o Rei mora esperando. • Metáfora (9º e 10º verso);
Mas, se vamos despertando, • Anáfora (versos 1 e 2 / versos 11 e 12)
Cala a voz, e há só o mar.
AS ILHAS AFORTUNADAS -
ANÁLISE ESTRÓFICA

"Que voz vem no som das ondas​


Que não é a voz do mar?​ • Remete ao espírito de descobrimento escondido
entre as ondas do mar, representado por D.
É a voz de alguém que nos fala,​ Sebastião;
• As restantes estrofes esclarecem que é uma voz
Mas que, se escutamos, cala,​ críptica, e que só é audível em certos momentos;
Por ter havido escutar."
AS ILHAS AFORTUNADAS -
ANÁLISE ESTRÓFICA

"E só se, meio dormindo, 


• A voz só se percebe num período de
Sem saber de ouvir ouvimos,  inconsciência;
Que ela nos diz a esperança  • A voz fala com os portugueses, dando esperança
para acreditar que Portugal voltará a fazer
A que, como uma criança  grandes feitos;

Dormente, a dormir sorrimos."


AS ILHAS AFORTUNADAS -
ANÁLISE ESTRÓFICA
• As ilhas são apenas simbólicas, e representam a
"São ilhas afortunadas, grandiosidade da nação portuguesa, ou o estado
em que Portugal antes teve; 
São terras sem ter lugar,
• Menciona um rei (D. Sebastião), que espera neste
Onde o Rei mora esperando. lugar;
Mas, se vamos despertando, • Esta voz serve apenas para manter vivos estes
desejos e todos os feitos e conquistas de Portugal,
Cala a voz, e há só o mar." e para incentivar Portugal para conseguir chegar
mais além.
O QUINTO IMPÉRIO
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa, E assim, passados os quatro
Faça até mais rubra a brasa Tempos do ser que sonhou,
Da lareira a abandonar! A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Triste de quem é feliz! Da erma noite começou.
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz Grécia, Roma, Cristandade,
Ter por vida a sepultura. Europa — os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Eras sobre eras se somem
Que morreu D. Sebastião?
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE
ESTRUTURAL
Triste de quem vive em casa, A
Contente com o seu lar, B
Sem que um sonho, no erguer de asa, A Rima interpolada
Faça até mais rubra a brasa A
Da lareira a abandonar! B

Triste de quem é feliz!


Vive porque a vida dura. Estrutura
Nada na alma lhe diz • Cinco quintilhas (estrofes de cinco versos)
Mais que a lição da raiz —
Ter por vida a sepultura. • Rima interpolada (quatro últimos versos) e rima
perfeita
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
A • Versos de sete sílabas métricas (redondilha maior)
A
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
A
A
Rima perfeita
Pela visão que a alma tem! A
Recursos expressivos
E assim, passados os quatro • Oxímoro (1 e 2º versos / 6º verso)
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro • Metáfora (9º e 10º verso);
Do dia claro, que no atro • Repetição (11º e 12º versos);
Da erma noite começou.
• Antítese (19º e 20º versos);
Grécia, Roma, Cristandade, • Enumeração (21º e 22º versos);
Europa — os quatro se vão • Interrogação retórica (25º verso).
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
O QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE ESTRÓFICA

"Triste de quem vive em casa,


Contente com o seu lar,
• O autor sente-se triste com quem abandona o
Sem que um sonho, no erguer de asa, sonho (referido como uma brasa) e quem tem
Faça até mais rubra a brasa poucas ambições;

Da lareira a abandonar!"
O QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE ESTRÓFICA

"Triste de quem é feliz!


Vive porque a vida dura.
• Tristeza de quem é feliz, e que vive por viver;
Nada na alma lhe diz • Inevitabilidade da morte;
Mais que a lição da raiz —
Ter por vida a sepultura."
O QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE ESTRÓFICA

"Eras sobre eras se somem • A passagem do tempo e a diversas mudanças que


No tempo que em eras vem. se dão;
• O descontentamento é humano e algo que define
Ser descontente é ser homem. as pessoas;
Que as forças cegas se domem • O espírito indomável humano perante a cruel
indiferença do universo;
Pela visão que a alma tem!"
O QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE ESTRÓFICA

"E assim, passados os quatro


• Referência à passagem do tempo, mais
Tempos do ser que sonhou, especificamente os impérios antigos;
A terra será teatro • Aterra é e continuará a ser palco para novas
Do dia claro, que no atro experiências e novas eras;

Da erma noite começou."


O QUINTO IMPÉRIO - ANÁLISE ESTRÓFICA

"Grécia, Roma, Cristandade,


• Referência a “quatro impérios”, regiões e ideias
Europa — os quatro se vão que antes dominaram uma grande área;
Para onde vai toda idade. • O sonho de grandeza de Portugal;
Quem vem viver a verdade • A necessidade de voltar a acreditar nesse sonho.

Que morreu D. Sebastião?"


QUESTÕES
O quinto império
Refira a expressividade da enumeração e da interrogação retórica presentes na última estrofe.
A enumeração é utilizada na última estrofe do poema para referir quatro grandes impérios que foram
deixando de existir com a passagem do tempo;
A interrogação retórica é utilizada na última estrofe do poema para enunciar o mito de D. Sebastião,
levantando a questão de se este realmente morreu, e se junto com ele, pereceu também o sonho da
expansão e da criação de um quinto império.
As ilhas afortunadas
Explique o sentido dos dois últimos versos do poema.
Os dois últimos versos do poema, mostram que a voz misteriosa nada mais faz do que levar a nação a
manter presentes nos seus pensamentos todos os feitos e conquistas de Portugal.
Sistematização

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