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ARTIGO

AMORTECER A BOLA NO APRENDIZADO DO TOQUE NO


VOLEIBOL MELHORA SUA PERFORMANCE EM ESCOLARES
DE 11 A 13 ANOS

Frederico Souzalima Caldoncelli Franco1


Alessandra Guimarães Pinheiro Franco2

RESUMO
O toque é um fundamento influenciado por diversas variáveis no
seu aprendizado, como velocidade, peso e trajetória da bola, além da
contração exagerada dos dedos. Pelo fato de o iniciante rebater a bola
e lesionar os dedos, ele reduz o uso do toque durante a fase de
aprendizagem. Este estudo investigou se uma técnica de amortecimento
pelo acompanhamento da bola até a cabeça seria mais eficiente no
aprendizado do toque do que a técnica tradicional. Vinte participantes
voluntários (idade: 12,3±0,8 anos; média±DP) foram distribuídos
aleatoriamente em dois grupos: G1 (técnica controle) e G2 (técnica
experimental). Testes e retestes foram aplicados para três tipos de
avaliação (qualitativa, quantitativa e precisão). Cada grupo recebeu um
tratamento específico por 30 sessões com 60 minutos, durante 15
semanas. Após o reteste, observou-se diferença significativa (Anova,
P < 0,05) entre os testes e retestes e entre os grupos G1 e G2 na
avaliação qualitativa e de precisão. Na avaliação qualitativa, G2 elevou
o número de execuções da técnica experimental. Na avaliação de
precisão, G2 teve melhora maior que G1. Não se observou nenhuma
diferença significativa (p > 0,05) na avaliação quantitativa. Conclui-se
que a técnica experimental é mais eficiente na aprendizagem do toque,
com base na avaliação de precisão e qualitativa.
Palavras-chave: toque no voleibol, lesões de dedos, acompanhamento
da bola.

Recebido para publicação em 03/2007 aprovado em 08/2007.


1
Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba – MG
2
Escola Estadual Prof. José Borges de Morais - Rio Pomba – MG

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INTRODUÇÃO

O voleibol é sugerido ser atualmente um dos esportes com


maior número de praticantes no mundo; a Federação Internacional de
Voleibol (FIVB) representa cerca de 150 milhões de jogadores, em
aproximadamente 170 países. No Brasil, o voleibol ocupa a segunda
colocação entre os esportes na preferência da população (BRINER;
KACMAR, 1997; STASINOPOULOS, 2004; VERHAGEN et al., 2005).
Essa modalidade é considerada um esporte complexo, com alta taxa
de lesões musculoesqueléticas, dentre as quais lesões de dedos são
de ocorrência comum em atletas iniciantes (SALCI et al., 2004), em
virtude da complexidade do aprendizado de alguns fundamentos. Nas
últimas décadas, estudos têm focado as atenções em caracterizar o
padrão das injúrias no voleibol (BAHR; REESER, 2003), sendo essas
informações empregadas principalmente na elaboração de estratégias
para prevenção dessas lesões (REESER et al., 2001).
O voleibol é um esporte que demanda alta capacidade técnica,
tática e atlética de seus praticantes, caracterizada por exigir grande
habilidade e precisão na execução de seus gestos motores. O
fundamento de maior precisão no voleibol é o toque por cima, sendo
um dos mais importantes na aprendizagem (CARVALHO, 1978;
TEIXEIRA, 1992). Contudo, o que mais recebe a atenção da mídia é a
performance do ataque (ARAÚJO, 1994), em razão de este ser o
fundamento que finaliza as jogadas com o objetivo de marcar “um ponto”.
Para que o ataque seja realizado com perfeição, é necessário um
levantamento eficiente (TEIXEIRA, 1992), que na grande maioria das
ações é realizado por um único jogador, o levantador. Esporadicamente,
durante o jogo, o levantamento é executado por um dos demais atletas,
tendo estes a responsabilidade de realizá-lo com precisão. Isso
demonstra a grande importância do desenvolvimento de método
eficientes no aprendizado do toque por cima, de forma que todos os
praticantes possam aprender esse fundamento com sucesso e
melhorar a dinâmica do jogo de voleibol. Além do mais, é preciso
considerar que durante as etapas de iniciação não se sabe exatamente
quem será um bom levantador no futuro, o que eleva a responsabilidade
de ensinar esse fundamento com sucesso para todos os participantes.
No aprendizado do toque por cima, fundamento básico para o
levantamento (BORSARI, 1989), diversas variáveis, como as

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habilidades motora e cognitiva, podem influenciar largamente a
capacidade de aprendizagem de um iniciante (LACONI et al., 1998;
KIOUMOURTZOGLOU et al., 2000). O seu aprendizado, também, pode
sofrer interferência da plasticidade motora adquirida anteriormente pelo
iniciante, da habilidade do professor em promover seqüências
pedagógicas mais adequadas para o aprendizado e, principalmente,
do nível de complexidade da tarefa motora a ser aprendida.
Ao classificar o movimento do toque por cima pelo ponto de
vista da complexidade da tarefa, o seu número de fases é relativamente
pequeno, e a organização da tarefa é apresentada em nível médio
(MAGILL, 1984; NEGRINE, 1986). Segundo Magill (1984), a estabilidade
do ambiente no movimento do toque é determinada pela relação
habilidade motora e estímulos externos, a qual, se o meio não influencia
a execução da habilidade motora, é classificada como habilidade
fechada, sendo habilidade aberta aquela dependente das ações que a
circundam. Quanto à classificação da retro-informação, o movimento
pode ser classificado em circuito fechado ou aberto: circuito fechado é
aquele em que o executante não pode usar as informações percebidas
naquele momento a fim de ajustá-las durante sua execução, mas
aproveitá-las no próximo movimento. Já circuito aberto é aquele em
que o executante pode utilizar tais informações percebidas para interferir
imediatamente na execução do movimento. Dessa forma, o toque no
voleibol é uma habilidade aberta com circuito aberto até o momento do
contato com a bola; a partir da fase do toque propriamente dito, torna-
se uma habilidade aberta com circuito fechado, até a fase final de sua
execução. Isso faz com que se considere o toque por cima uma tarefa
moderadamente complexa para se aprender, com base no relativo
pequeno tempo de reação à velocidade, trajetória e peso da bola.
Observando grupos de iniciação ao voleibol, percebeu-se o uso
desnecessário da manchete em substituição ao toque, devido ao nível
de dificuldade em seu aprendizado. O uso demasiado da manchete
induzia o iniciante a utilizar cada vez mais esse fundamento, por vários
motivos, como: costume de só realizá-lo, experiências negativas
anteriores (BARBANTI, 1979), lesões nos dedos (BHAIRO et al., 1992),
receio de infringir a regra do jogo, entre outros. Segundo Bhairo et al.
(1992), as principais causas de lesões nas mãos ocorrem por luxações
(39%) e fraturas (29%) de dedos em iniciantes e atletas recreacionais,
devido à ausência de habilidade e à complexidade da tarefa motora.

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Além do mais, um terço dos praticantes de voleibol lesionados ausenta-
se do trabalho ou da escola por aproximadamente quatro semanas em
razão desses tipos de lesão. Os autores também identificaram que
estas lesões eram associadas à rigidez e limitação da flexão dos dedos.
Isso reforça a necessidade de se promover uma metodologia de
aprendizado do toque por cima mais eficiente, de maneira que, ao
aprender o toque com sucesso, o iniciante não o substitua pela
execução da manchete.
Na incessante busca das causas e processos de substituição
da utilização do toque pela manchete, a fim de minimizá-lo, observou-
se que, ao iniciar o toque, o aprendiz rebate a bola, causando lesões
aos dedos, em conseqüência do peso, da velocidade e da trajetória de
aproximação da bola às mãos (PELLETT et al., 1994) e da contração
exagerada dos dedos. Além disso, ao rebatê-la, o período de contato
com os dedos é menor, tendo menos oportunidade de dominar a bola
e alterar a trajetória dela. Rebatendo a bola e não apresentando sucesso
em sua execução, desenvolve-se o receio de ter outra experiência
negativa e sentir-se inferiorizado perante os participantes. Dessa forma,
o aprendiz não efetua mais o toque, e sim o substitui pela manchete,
tornando-se um círculo vicioso.
Buscando solucionar essa problemática no cotidiano das
aprendizagens, por meio de uma revisão literária, encontraram-se alguns
relatos anteriores visando reduzir as dificuldades causadas pela bola e
motricidade do toque (uso de materiais auxiliares, adaptações aos jogos,
adequação às regras, etc.); contudo, tais estudos não apresentaram
soluções expressivas (GUSTHART; KELLY, 1993; SHAHBAZI-
MOGHADDAM, 2002; ZETOU et al., 2002). Partindo do princípio de que
acompanhar a bola antes de tocá-la traria maior oportunidade para
alterar ou não a direção, trajetória e velocidade da bola, o aprendizado
do toque pela técnica com acompanhamento da bola poderia ser mais
eficaz que a técnica sem acompanhamento. Além do mais, a melhora
na performance do toque poderia trazer maior segurança e motivação
aos iniciantes para continuar a executar e aperfeiçoar cada vez mais o
gesto motor do toque por cima, pois sua melhor execução promoveria
maior dinâmica ao jogo, estimulando cada vez mais um melhor nível
de voleibol.
Apesar da crucial importância do levantamento no sucesso do
ataque e no jogo de voleibol, poucos estudos a seu respeito são

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encontrados. As pesquisas mais recentes têm principalmente
desenvolvido o incremento da força de braço (SHAHBAZI-
MOGHADDAM, 2002) e dos saltos verticais (HERTOGH; HUE, 2002;
BISHOP, 2003) do ataque, como também a prevenção de suas prováveis
lesões, como as de: dedos, ombro, cotovelo, joelho e tornozelo
(BHAIRO et al., 1992; WANG; COCHRANE, 2001; RICHARDS et al.,
2002; BAHR; REESER, 2003; TOKUYAMA et al., 2005; VERHAGEN et
al., 2005). Dessa forma, compreende-se a necessidade do
desenvolvimento de um método mais eficaz no aprendizado do toque
por cima no voleibol, a fim de alcançar maior sucesso nessa tarefa,
como também evitar a substituição de sua execução pela da manchete.
Assim, este estudo teve por objetivo investigar se o aprendizado do
toque utilizando o amortecimento da bola na fase de contato com ela
apresentaria melhor performance que o movimento de rebatê-la, por
meio de medidas de avaliações qualitativa, quantitativa e de precisão,
em grupo de escolares do sexo masculino de 11 a 13 anos.

MATERIAL E MÉTODOS

Amostra
Indivíduos foram recrutados voluntariamente (idade: 12,3 ± 0,8
anos; média ± DP) e distribuídos aleatoriamente em dois grupos, que
receberam o tratamento controle (G1, n=10) e tratamento experimental
(G2, n=10).
O estudo foi realizado na Escola Estadual Prof. José Borges de
Morais, no município de Rio Pomba - MG, onde se encontravam
matriculados 75% dos estudantes da cidade na faixa etária e no sexo
limitado pelo experimento. A faixa etária de 11 a 13 anos foi determinada
pelo fato de esses indivíduos estarem no estágio de aprendizagem
dos movimentos esportivos específicos, possibilitando o
desenvolvimento de habilidades específicas e concretização de padrões
de movimentos (BIZZOCCHI, 2004). Escolheu-se o sexo masculino
para os indivíduos a fim de evitar o recrutamento de alunas em período
pubertário, restringindo assim a presença de um viés de confundimento,
que seria a possível maior força muscular das meninas nessa faixa
etária. Antes do início do experimento, cada pai ou responsável assinou

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um termo de consentimento, autorizando seu filho a participar das
atividades do estudo.

Protocolo de Treino
O modelo de estudo foi o experimental randomizado simples-
cego, em que se compararam os resultados obtidos nos testes e
retestes de cada grupo (G1 e G2) para os diferentes tipos de avaliações
desenvolvidas.
O experimento iniciou-se com a aplicação de três avaliações
(qualitativa, quantitativa e de precisão), para determinar o grau de
habilidade no toque de cada aprendiz. Após aplicação das avaliações,
iniciou-se o período de tratamento diferenciado aos grupos, sendo
realizadas 30 sessões para cada grupo, no decorrer de 15 semanas,
com 60 min por sessão. Cada sessão constituía-se da seguinte
estrutura: 10 min de aquecimento, 20 min de tratamento específico da
técnica experimental ou controle, 20 min dos demais fundamentos e
10 min finais com grandes jogos. Os conteúdos das sessões de
treinamento foram similares entre os grupos, diferenciando apenas
quanto ao tipo de tratamento específico. Ao término do tratamento foram
aplicados os retestes e comparados os resultados.
Por considerar a tarefa motora do toque por cima
moderadamente complexa, realizou-se a aprendizagem das duas
técnicas pela seguinte seqüência de métodos: global, analítico e global.

Técnica Controle (G1): A técnica controle foi determinada a partir de


relatos de pesquisa bibliográfica (MAC GREGOR, 1977; CARVALHO,
1978; FRÖHNER, 1983; DURRWACHTER, 1984; BORSARI, 1989;
ARAÚJO, 1994) e observação da prática de vários grupos de iniciantes
em voleibol. Para melhor compreender o movimento, ele foi subdividido
em três fases, a saber:
Primeira Fase – postura inicial: Inicia-se com os braços flexionados
acima e à frente da testa. Os braços e os dedos deverão formar dois
losangos: um entre os braços e antebraços; e o outro, entre os dedos
polegares e indicadores (BORSARI, 1989). O aprendiz deve ver a bola
por dentro do segundo losango. Esta fase se caracteriza pela trajetória
descendente da bola até chegar às mãos do aprendiz.
Segunda Fase – contato com a bola ou toque propriamente dito: O
contato com a bola acontece por meio das partes internas dos dedos,

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esperando a bola vir a seu encontro. Após a bola tocar em seus dedos,
inicia-se a extensão dos braços e das mãos, empurrando-a de baixo
para cima. Nesta fase, a bola se encontra em seus últimos instantes
de trajetória descendente, passando a ter uma trajetória ascendente
quando o aprendiz emprega a ação de empurrá-la. O término desta
fase é inseparável da postura final.
Terceira Fase – postura final: O aprendiz terminará o movimento com
os braços completamente estendidos e as mãos espalmadas
lateralmente, empurrando a bola até o último momento de contato, ou
seja, da fase ascendente da bola (BORSARI, 1989).

Figura 1 – Seqüência da técnica controle.

Técnica Experimental (G2): Esta foi determinada após vários anos de


observação da prática, com base na experiência de atletas em perceber
que reduzir o impacto (peso, trajetória e velocidade) com a bola, inibir
lesões e evitar infringir as regras do jogo poderiam sugerir melhor
aprendizado e performance futura do fundamento. A técnica
experimental foi subdividida em quatro fases:
Primeira Fase – postura inicial: O toque inicia-se com os braços e mãos
estendidos acima da cabeça e as palmas das mãos voltadas
ligeiramente uma para a outra. Manter os dedos afastados e
semiflexionados, tendo a bola à vista por entre as mãos.
Segunda Fase – fase do amortecimento: Inicia-se o movimento dos
braços no instante em que a bola se aproxima das mãos, ou seja, fase
descendente da bola. Neste momento, flexiona-se simultânea e
gradativamente os braços até próximo à cabeça, acompanhando a
trajetória da bola. Neste instante, tem-se o primeiro contato com a bola,
que ocorrerá apenas ao final de sua fase descendente.
Terceira Fase – fase de contato com a bola ou toque propriamente dito:
O contato com a bola ocorrerá com a parte interna das falanges, não
havendo contato da palma da mão. Os dedos formam uma esfera oca,

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de modo a encaixá-la perfeitamente. Na trajetória descendente ocorre
o primeiro contato com a bola, realizando-se uma flexão medial das
mãos para encaixá-la. Já na trajetória ascendente, executa-se a
extensão dos braços e das mãos sucessivamente, empurrando o mais
rápido possível a bola de baixo para cima sem retê-la e infringir a regra.
Quarta Fase – postura final: O movimento final do toque surge com a
extensão total dos braços e mãos até se perde o contato com a bola,
associado à extensão das mãos lateralmente, direcionando os
polegares para frente.

Figura 2 – Seqüência da técnica experimental.

A metodologia de aprendizagem foi desenvolvida com base nos


princípios do grau de correlação entre as fases do toque e da
complexidade e organização da tarefa. As fases de postura inicial e
amortecimento da bola foram realizadas separadamente, por serem
independentes e de fácil desmembramento do movimento global.
Todavia, o contato com a bola, o toque propriamente dito e a postura
final foram realizados o mais próximos possível, por serem movimentos
quase inseparáveis. A fase do toque propriamente dito foi combinada
ao “contato com a bola”, em função do alto grau de organização entre
elas em ambas as técnicas, considerando-as inseparáveis na execução
do gesto motor.
As seqüências pedagógicas realizadas em ambos os grupos
envolviam atividades em que os indivíduos evoluíam gradativamente
entre a posição sentada e em pé com deslocamentos (sentados,
ajoelhados, agachados, em pé parados e em pé com deslocamentos).

Instrumentos de Medidas
Marques Junior (2005) descreveu uma bateria de testes físicos
para avaliar atletas de voleibol em diversos níveis, porém não encontrou
testes para avaliação de seus fundamentos. Na falta de modelos

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preexistentes de avaliações específicas para o objetivo deste estudo,
tornou-se necessária a elaboração de modelos de avaliações que
atingissem tais metas. A fim de tornar as avaliações mais específicas
à meta do estudo, que foi avaliar a diferença entre os gestos motores
dos braços na aprendizagem de ambas as técnicas, padronizou-se
avaliar os movimentos sem deslocamento corporal no solo, ou seja,
os praticantes ficavam assentados. Assim, desenvolveram-se os
seguintes modelos de avaliação:

Avaliação Qualitativa do Movimento do Toque: Teve por objetivo


avaliar, através de observação do pesquisador, qual das técnicas
(experimental, parcial ou controle), conforme a classificação a seguir,
o aprendiz utilizou com maior predominância:
CASO A (Experimental): inicia o movimento com braços estendidos e
acompanha toda a trajetória de amortecimento da bola até realizar o
primeiro contato com esta.
CASO B (Parcial): inicia o movimento com braços semiflexionados e
acompanha parte da trajetória de amortecimento da bola até realizar o
primeiro contato com esta.
CASO C (Controle): inicia movimento com braços flexionados, com as
mãos próximas da cabeça, e empurra a bola em seu primeiro contato,
sem acompanhar a trajetória de amortecimento desta.
O aluno sentado com o glúteo sobre uma linha a 1,5 m da parede
realizará, com uma bola oficial de voleibol, 10 toques alternados em
direção a esta. O avaliado iniciará o teste lançando a bola para cima e
realizando o toque. Para cada toque, registrou-se o tipo de movimento
utilizado pelo aluno, comparando-o com os três casos de referência.
Determinou-se, assim, a técnica mais utilizada na avaliação em cada
grupo.
O mesmo processo motivacional foi desenvolvido com todos
os indivíduos, bem como todas as avaliações foram aplicadas pelo
mesmo avaliador.

Avaliação Quantitativa do Toque: Este procedimento teve por objetivo


quantificar o número de toques consecutivos que o aprendiz conseguia
realizar. A avaliação foi realizada com os seguintes princípios: utilizando
uma bola oficial de voleibol e uma parede lisa de cor clara com pelo
menos 3,0 m de altura, posicionou-se o avaliado sentado com glúteo

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sobre uma linha a 1,5 m de distância da parede. A avaliação iniciou
com o aprendiz lançando a bola para cima de si e executando os toques
consecutivos em direção à parede. O aluno teve uma tentativa para
adaptar-se à avaliação e duas para serem mensuradas. Registrou-se
a tentativa de maior performance. Esta avaliação foi encerrada quando:
a bola caísse no chão, o avaliado executasse um toque infringindo as
regras ou o toque fosse realizado em trajetória paralela ao chão.

Avaliação da Precisão do Toque: Esta objetivou medir a perfeição da


direção de cada toque. A avaliação foi baseada nas seguintes
características: o aluno sentado com o glúteo sobre uma linha a 2 m
de distância da parede, onde havia um alvo com seu centro à altura de
2 m do chão (Figura 3). O alvo compunha-se de três círculos
concêntricos pintados em cores contrastantes e pontuados nos valores
de 5, 3 e 1 do centro para a extremidade, respectivamente.
De posse de uma bola oficial de voleibol, o indivíduo lançava-a
para cima e executava um toque em direção ao alvo. O toque deveria
ter por objetivo acertar a área de maior valor numérico. O aluno teve
três tentativas para se adaptar ao teste e, logo em seguida, realizou 20
toques. Foram registrados os pontos alcançados em cada toque,
somando-os ao final. O toque que não acertasse um dos círculos do
alvo recebia o valor 0 (zero).

1
3
1 3 5 3 1
3
1

Figura 3 – Alvo do teste de precisão.

Análise Estatística
Os dados foram avaliados por análise de variança (Mann Whitney
e Wilcoxon) para determinar se houve significância estatística nos
resultados entre os grupos e entre o teste e o reteste dos grupos. O
teste de Dunn’s foi empregado para análise de múltipla comparação
post-hoc, quando necessário. Utilizou-se o software Sigma Stat versão

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3.0 (SPSS) nas análises estatísticas, empregando o nível de
significância estatística de p < 0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao final do período dos tratamentos realizaram-se os retestes;


foram observadas diferenças estatísticas significativas (Anova, P < 0,05)
entre os testes e retestes em cada grupo, e entre os grupos G1 e G2
nas avaliações de precisão e qualitativa do movimento. Nenhuma
diferença significativa (p > 0,05) foi encontrada para a avaliação
quantitativa.
Na avaliação qualitativa do movimento, os três tipos de gestos
motores observados (casos A, B e C) não apresentaram diferença
estatística no momento do teste inicial entre os grupos (p > 0,05). No
reteste, observou-se que o número de execuções do caso A no grupo
G2 foi maior estatisticamente que no grupo G1 (Man Whitney, p = 0,003;
Tabela 1). O reteste do grupo G2 também exibiu aumento
estatisticamente significativo na execução do caso A, quando
comparado ao teste (Wilcoxon, p = 0,008; Tabela 1).
Tabela 1 – Resultados dos testes e retestes da avaliação qualitativa

G1 G2
Teste Reteste Teste Reteste
Indivíd A B C A B C A B C A B C
01 00 03 07 00 00 10 00 10 00 10 00 00
02 00 10 00 00 08 02 00 10 00 09 01 00
03 00 01 09 00 00 10 00 00 10 00 00 10
04 00 02 08 00 03 07 00 10 00 10 00 00
05 00 08 02 00 00 10 01 08 01 00 06 04
06 02 08 00 02 08 00 00 10 00 09 01 00
07 00 00 10 00 00 10 00 00 10 10 00 00
08 00 00 10 00 00 10 00 00 10 07 03 00
09 00 01 09 00 00 10 02 08 00 06 04 00
10 00 00 10 00 00 10 00 10 00 10 00 00
Total 02 33 65 02 19 79 03 66 31 71*/** 15* 14**
Dados são números de execuções dos indivíduos em cada caso.
* **
Significância (p < 0,05): vs teste; vs G1.

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Neste estudo, os resultados do reteste da avaliação qualitativa
confirmam que ambos os programas de aprendizagem do toque no
voleibol foram eficientes na aprendizagem do gesto motor por eles
propostos e desenvolvidos, pois ambas as técnicas apresentaram
predominância de execução no reteste (Tabela 1).
No reteste da avaliação qualitativa, verificou-se melhora mais
significativa nas execuções do caso A no grupo G2 (teste: 03 e reteste:
71; 2.266%) comparada à melhora do caso C no grupo G1 (teste: 65 e
reteste: 79; 21%). No grupo G2, o aumento na execução do caso A
ocorreu em detrimento da execução do caso B, em que durante o teste
nenhum indivíduo apresentou predomínio do caso A; contudo, durante
o reteste, 8 em 10 indivíduos predominaram na técnica experimental
(Tabela 1). Esses resultados expressam o quanto o aprendizado do
toque no voleibol com a técnica de amortecimento da bola foi superior
na evolução do gesto biomecânico.
A avaliação qualitativa foi uma ferramenta muito representativa
em relação à evolução do processo do gesto motor, pois identificou
exatamente qual a técnica utilizada com predominância pelo aprendiz
em suas execuções. Isso pode ter ocorrido em função de muitas das
informações necessárias à execução do toque serem captadas por
receptores visuais, auditivos e proprioceptores do sistema sensorial.
Os órgãos proprioceptores fornecem informações através do tato, tendo
os dedos, mãos, antebraços e braços a função de receber informações
sobre o peso, velocidade e trajetória com que a bola chega aos
membros superiores (MAGILL, 1984) durante o toque por cima. Essas
informações são essenciais para que os músculos respondam aos
estímulos da bola, desenvolvendo um movimento apropriado a cada
nova situação, em virtude de o toque ser uma habilidade motora aberta.
Segundo Bizzocchi (2004), quando a bola se acomoda nos dedos do
executante, ocorre um tempo relativamente maior de execução do
fundamento, permitindo-lhe tirar a força da bola que se aproxima dele.
Esse maior tempo de contato com a bola é crucial para promover maior
tempo de ajuste motor da ação pretendida (receber a informação, decidir
a reação e agir). De fato, como apresentado nos resultados deste
estudo, o maior tempo de acompanhamento e contato entre os
membros superiores e a bola na técnica experimental pode favorecer
a melhora na execução do toque.

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Na avaliação da precisão não foi exibida diferença entre os
grupos no teste inicial; contudo, tanto o grupo G1 como o G2
apresentaram-se maiores estatisticamente no reteste (p = 0,003 e p =
0,001; respectivamente, Tabela 2). Além disso, o grupo G2 exibiu
melhora 122,5% maior que o G1 (p = 0,010).

Tabela 2 – Resultados dos testes e retestes das avaliações de precisão


e quantitativa
de precisão (pontos) Quantitativa (execuções)
Teste Re-teste Melhora Teste Reteste Melhora
G1 72,9±17,8 81,8±15,5* 8,9±2,3 7,3±5,2 14,2±11,9 6,9±3,2
G2 60,1±10,0 79,9±11,7* 19,8±3,1** 7,6±8,8 21,6±24,7 14,0±7,7
* **
Valores em média±DP. Significância (p < 0,05): vs teste; vs G1.

Neste estudo, a avaliação de precisão apresentou os resultados


mais expressivos na comparação entre as técnicas experimental e
controle. Os grupos G1 e G2 mostraram melhoras significativas no
reteste, tendo este último exibido melhora mais significativa que o G1
(Tabela 2). Segundo Santos (2003), na investigação de habilidades
motoras, um dos principais aspectos a serem avaliados é a precisão
do gesto motor. A maior ação do sistema proprioceptor emitindo resposta
mais adequada e rápida a cada estímulo recebido de peso, velocidade
e trajetória da bola, provavelmente, possibilitou esse melhor
desempenho do grupo G2. Ademais, o maior tempo de contato com a
bola facilita o processo de irradiação da excitação do gesto motor,
inibindo movimentos colaterais desnecessários ao movimento desejado,
que é automatizado pelo processo de repetição, reduzindo a variação
e o erro (BARBANTI, 1979; TANI, 2000).
A maturação da coordenação motora ocorre do centro para a
extremidade, ou seja, do tronco para as mãos, compreendendo assim
a importância da aprendizagem com o movimento completo de
amortecimento com os braços (MAGILL, 1984). Segundo Borsari
(1989), após a extensão completa dos braços, o indivíduo deverá
estender as mãos com toda determinação, direcionando os polegares
para baixo e as palma das mãos para as laterais, pois isso propiciará
ao aprendiz maior força e precisão do movimento. Essas afirmações
de coordenação e postura dos membros superiores enriquecem o
movimento com o passar dos tempos de aprendizagem, transformando-

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o em suporte imprescindível ao movimento do toque no voleibol com
predominância de mãos, observado em levantadores de alto nível.
Apesar de não exibir nenhuma diferença estatisticamente
significativa (p > 0,05), a avaliação quantitativa mostrou que o grupo G2
teve melhora de 50,7% a mais que o grupo G1 no reteste (Tabela 2).
Nossos resultados mostram claramente uma tendência de essa
técnica experimental apresentar melhor benefício sobre a coordenação
espaço-temporal dos membros superiores, quando comparada à
técnica controle. O modelo de avaliação quantitativa observa o nível de
aprendizagem referente à coordenação espaço-temporal dos membros
superiores, pois o aprendiz deverá ter o domínio constante da bola em
sua trajetória de ir e vir à parede. Ao esperar a bola com os braços
estendidos para acompanhá-la até a cabeça, o indivíduo evita lesões
de dedos, além de facilitar as alavancas de forças entre o braço e o
antebraço durante a execução da técnica experimental.
De acordo com Tani (2000), a consistência, aspecto necessário
para obter resultados confiáveis, e a variabilidade, aspecto importante
para solucionar alterações ambientais constantes, são características
fundamentais para atingir gestos motores habilidosos. O toque no
voleibol é considerado uma habilidade aberta, estando sujeita a
alterações da ação antes e durante a sua realização; os órgãos
proprioceptores fornecem informações imprescindíveis através do
tempo de contato com a bola (MAGILL, 1984). Durante sua aplicação
num jogo, a técnica de amortecimento da bola é bem empregada em
situações difíceis, como: bolas passadas ao levantador em linha
horizontal, levantamentos com quedas, uso de fintas, entre outras.
Dessa forma, o indivíduo terá um momento a mais para decidir o que,
como e para onde executar o levantamento, como também utilizar as
informações para adaptar o movimento a uma nova realidade em cada
situação, tendo maiores condições de realizar um levantamento mais
preciso a fim de sobressair às ações do adversário.
Além do mais, a execução eficaz de um fundamento é uma
importante medida preventiva de lesões, pois movimentos técnicos
deficientes podem causar lesões no esporte. A freqüência de lesões é
maior em atletas iniciantes e recreacionais, decorrente da falta de
experiência, em que, quando o atleta melhora sua técnica, a taxa de
lesões torna-se reduzida (STASINOPOULOS, 2004). Contudo, aprender
a técnica do toque por cima com perfeição demanda certo tempo, o

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que mostra que implantar um método mais eficiente no aprendizado
do toque seria de grande valia para o desenvolvimento de atletas e
participantes do voleibol. Ademais, estudando a técnica experimental
no processo de aprendizagem, percebe-se o quanto esta é importante
para que no futuro o aprendiz seja capaz de executar levantamentos
rápidos, eficazes e seguros, aproveitando todas as vantagens possíveis
de dominar e acompanhar a bola.

CONCLUSÃO

A técnica experimental apresenta maior eficácia na


aprendizagem do toque, com base nos resultados dos testes e retestes
de dois modelos de avaliação: de precisão e qualitativa. Também,
identificou-se tendência de a técnica experimental apresentar melhores
benefícios na aprendizagem do toque quando analisando por meio da
avaliação quantitativa.

ABSTRACT

DAMPING THE BALL IN THE TOUCH LEARNING IN


VOLLEYBALL IMPROVES ITS PERFORMANCE BY STUDENTS
WITH 11 TO 13 YEARS

The touch is a bedding influenced by several variables in its


learning, as speed, weight and trajectory of the ball, beyond the
exaggerated contraction of the fingers. The fact that the beginner strikes
the ball and hurts his fingers reduces the use of the touch during the
learning phase. This study investigated if the damping technique by the
accompaniment of the ball until the head would be more efficient in the
touch learning instead the traditional technique. Twenty voluntary
participants (age: 12,3±0,8 years; mean±DP) had been distributed
randomly in two groups: G1 (controlled technique) and G2 (experimental
technique). Tests and re-tests had been applied for three types of
evaluation (qualitative, quantitative and precision). Each group received
a specific treatment for 30 sessions with 60 minutes, during 15 weeks.
After the re-tests, a significant difference (Anova, P < 0,05) has been
observed between the tests and re-tests between the groups G1 and

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G2 in the qualitative and precision evaluation. In the qualitative evaluation,
G2 raised the number of executions of the experimental technique. In
the precision evaluation, G2 had bigger improvement that G1. No
significant difference (p was not observed > 0,05) in the quantitative
evaluation. It was concluded that the experimental technique is more
efficient during the touch learning, based on the qualitative and precision
evaluation.
Keywords: touch in volleyball, fingers injuries, ball accompaniment.

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