Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
O toque é um fundamento influenciado por diversas variáveis no
seu aprendizado, como velocidade, peso e trajetória da bola, além da
contração exagerada dos dedos. Pelo fato de o iniciante rebater a bola
e lesionar os dedos, ele reduz o uso do toque durante a fase de
aprendizagem. Este estudo investigou se uma técnica de amortecimento
pelo acompanhamento da bola até a cabeça seria mais eficiente no
aprendizado do toque do que a técnica tradicional. Vinte participantes
voluntários (idade: 12,3±0,8 anos; média±DP) foram distribuídos
aleatoriamente em dois grupos: G1 (técnica controle) e G2 (técnica
experimental). Testes e retestes foram aplicados para três tipos de
avaliação (qualitativa, quantitativa e precisão). Cada grupo recebeu um
tratamento específico por 30 sessões com 60 minutos, durante 15
semanas. Após o reteste, observou-se diferença significativa (Anova,
P < 0,05) entre os testes e retestes e entre os grupos G1 e G2 na
avaliação qualitativa e de precisão. Na avaliação qualitativa, G2 elevou
o número de execuções da técnica experimental. Na avaliação de
precisão, G2 teve melhora maior que G1. Não se observou nenhuma
diferença significativa (p > 0,05) na avaliação quantitativa. Conclui-se
que a técnica experimental é mais eficiente na aprendizagem do toque,
com base na avaliação de precisão e qualitativa.
Palavras-chave: toque no voleibol, lesões de dedos, acompanhamento
da bola.
MATERIAL E MÉTODOS
Amostra
Indivíduos foram recrutados voluntariamente (idade: 12,3 ± 0,8
anos; média ± DP) e distribuídos aleatoriamente em dois grupos, que
receberam o tratamento controle (G1, n=10) e tratamento experimental
(G2, n=10).
O estudo foi realizado na Escola Estadual Prof. José Borges de
Morais, no município de Rio Pomba - MG, onde se encontravam
matriculados 75% dos estudantes da cidade na faixa etária e no sexo
limitado pelo experimento. A faixa etária de 11 a 13 anos foi determinada
pelo fato de esses indivíduos estarem no estágio de aprendizagem
dos movimentos esportivos específicos, possibilitando o
desenvolvimento de habilidades específicas e concretização de padrões
de movimentos (BIZZOCCHI, 2004). Escolheu-se o sexo masculino
para os indivíduos a fim de evitar o recrutamento de alunas em período
pubertário, restringindo assim a presença de um viés de confundimento,
que seria a possível maior força muscular das meninas nessa faixa
etária. Antes do início do experimento, cada pai ou responsável assinou
Protocolo de Treino
O modelo de estudo foi o experimental randomizado simples-
cego, em que se compararam os resultados obtidos nos testes e
retestes de cada grupo (G1 e G2) para os diferentes tipos de avaliações
desenvolvidas.
O experimento iniciou-se com a aplicação de três avaliações
(qualitativa, quantitativa e de precisão), para determinar o grau de
habilidade no toque de cada aprendiz. Após aplicação das avaliações,
iniciou-se o período de tratamento diferenciado aos grupos, sendo
realizadas 30 sessões para cada grupo, no decorrer de 15 semanas,
com 60 min por sessão. Cada sessão constituía-se da seguinte
estrutura: 10 min de aquecimento, 20 min de tratamento específico da
técnica experimental ou controle, 20 min dos demais fundamentos e
10 min finais com grandes jogos. Os conteúdos das sessões de
treinamento foram similares entre os grupos, diferenciando apenas
quanto ao tipo de tratamento específico. Ao término do tratamento foram
aplicados os retestes e comparados os resultados.
Por considerar a tarefa motora do toque por cima
moderadamente complexa, realizou-se a aprendizagem das duas
técnicas pela seguinte seqüência de métodos: global, analítico e global.
Instrumentos de Medidas
Marques Junior (2005) descreveu uma bateria de testes físicos
para avaliar atletas de voleibol em diversos níveis, porém não encontrou
testes para avaliação de seus fundamentos. Na falta de modelos
1
3
1 3 5 3 1
3
1
Análise Estatística
Os dados foram avaliados por análise de variança (Mann Whitney
e Wilcoxon) para determinar se houve significância estatística nos
resultados entre os grupos e entre o teste e o reteste dos grupos. O
teste de Dunn’s foi empregado para análise de múltipla comparação
post-hoc, quando necessário. Utilizou-se o software Sigma Stat versão
RESULTADOS E DISCUSSÃO
G1 G2
Teste Reteste Teste Reteste
Indivíd A B C A B C A B C A B C
01 00 03 07 00 00 10 00 10 00 10 00 00
02 00 10 00 00 08 02 00 10 00 09 01 00
03 00 01 09 00 00 10 00 00 10 00 00 10
04 00 02 08 00 03 07 00 10 00 10 00 00
05 00 08 02 00 00 10 01 08 01 00 06 04
06 02 08 00 02 08 00 00 10 00 09 01 00
07 00 00 10 00 00 10 00 00 10 10 00 00
08 00 00 10 00 00 10 00 00 10 07 03 00
09 00 01 09 00 00 10 02 08 00 06 04 00
10 00 00 10 00 00 10 00 10 00 10 00 00
Total 02 33 65 02 19 79 03 66 31 71*/** 15* 14**
Dados são números de execuções dos indivíduos em cada caso.
* **
Significância (p < 0,05): vs teste; vs G1.
CONCLUSÃO
ABSTRACT
REFERÊNCIAS