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Tereza
culturadoria.com.br/mostra-cinema-dos-quilombos/
A Mostra Cinema dos Quilombos prevê duas sessões diárias, sempre às 16h30 e às
19h, sendo a maioria, seguida de bate-papo
A partir desta quinta-feira, dia 15, e até o dia 18 deste mês, acontece, no Cine Santa
Tereza, a 3ª Mostra Cinema dos Quilombos – lembrando que as duas primeiras
aconteceram de forma presencial. A programação traz obras realizadas por quilombolas
e aliados desta luta. A Mostra Cinema dos Quilombos terá duas sessões diárias, às
16h30 e às 19h. Algumas vão ser seguidas de conversas com diretores, membros da
equipe, curadoras e/ou pesquisadores.
No dia 17, às 16h30, acontecerá uma sessão especial, voltada para o público infantil: “A
Luz dos Olhos de Erê”, composta pela animação “Maria Felipa (A Heroína da Pátria)”, de
Fernanda Santana e Marta Silva, e pelos documentários “Olhos de Erê”, de Luan Manzo,
e “Vamos em Batalha”, dirigido por moradores das Comunidades Quilombolas de
Cacimbinha e Boa Esperança, no Espírito Santo.
Detalhe do cartaz do filme "Meadas", que estará na Mostra Cinema dos Quilombos
(Alcileia/Divulgação)
Curadoria
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A curadoria desta edição da Mostra Cinema dos Quilombos ficou a cargo de Alessandra
Brito, Florisbela Santos e Maya Quilolo. A coordenação é de Cardes Monção Amâncio,
que destaca: “Assistir ao cinema quilombola é uma possibilidade de mergulhar na
história viva de nosso país. E, assim, conhecer realidades diversas, muitas vezes
inacessíveis por outros meios”, destaca.
Para Alessandra Brito, os filmes são importantes para suscitar a reflexão sobre questões
decisivas, a exemplo da luta pela terra empreendida pelos povos de quilombos. “Que é
também uma luta pelo direito a seus modos de vida em comunidade”, completa.
A programação da Mostra Cinema dos Quilombos conta, ainda, com um chamado para
envio de trabalhos para o livro “Cinema Quilombola – Territorialidades e territórios
ancestrais”. A publicação está sendo organizada por Edileuza Souza. Assim,
reunirá artigos, resenhas, ensaios, entrevistas, poemas e demais textos acadêmicos,
livres e literários.
São produções que dialogam com o material audiovisual que vem sendo desenvolvido
nas mais de seis mil comunidades quilombolas no Brasil. Os autores podem se inscrever
até o dia 30 de junho, no site Cinema dos Quilombos.
Sessão de Abertura
A abertura da Mostra Cinema dos Quilombos acontece com “O Fazimento que a Gente
Faz”. Inspirado na fala de Dirani Kalunga, traz as artes quilombolas do fazer a partir das
vivências femininas em três filmes: “Meada Cor Kalunga” (2022), “Nicolinas” (2022) e
“Avós do Brasil” (2021). A tríade de filmes dos territórios quilombolas do Quilombo do
Kalunga (GO), Quilombo Vila Santa Efigênia (MG) e Quilombo de Nanã (MT) ecoa a
força de continuidade dos fazeres femininos na Mostra Cinema dos Quilombos.
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Sessão 2
Sessão 3
“Raiz, Luta e Alimento” abrange desde os fazeres próprios das casas de farinha no
Quilombo de Mituaçu em “Raiz, Farinha, Beiju” (2021), de Patrícia Pinheiro, passando
pela soberania alimentar e agricultura sustentável nos quilombos do Vale do Ribeira
em “Do Quilombo para Favela” (2021), de Manuela Meyer e Roberto Almeida. E, ainda,
pela colheita brincante das crianças em “Do lado de Cá”(2022), fruto da oficina de
audiovisual na Comunidade Quilombola de Graúna (ES).
Sessão 4
“A Luz dos Olhos de Erê”. A sessão infantil apresenta o brilho dos territórios quilombolas
à luz dos olhos das crianças. O primeiro filme, “Olhos de Erê” (2020), de Luan
Manzo, dá nome à sessão e, de pronto, leva o espectador para dentro do seu universo
de aprendiz/sabedor das práticas ancestrais no Quilombo Manzo (MG).
Já “Vamos em Batalha” (2023) foi feito pelos Moradores das Comunidades Quilombolas
de Cacimbinha e Boa Esperança ( ES). E “Maria Felipa” (2022), de Fernanda Santana e
Marta Silva, mostra, de maneira animada, a história da xará da pequena Maria Felipa,
sua ancestral guerreira, da Ilha Itaparica.
Sessão 5
A sessão “Terra de gente ó não” traz o verso de “Luar de Sertão”, de Luiz Gonzaga, para
abrir a porteira de sentimentos quilombolas profundos sobre a terra e suas gentes.
Em “Terra de Encantados”(2020), a comunidade quilombola de Santa Rosa dos Pretos
conta como os encantados habitam e protegem a terra e seu povo.
Sessão 6
“Eles Sempre Falam por Nós” (2023), de Carina Aparecida, inspirado no poema de Luíza
Sidônio, apresenta, na Mostra Cinema dos Quilombos, a versão longa do enredo tecido
pelas matriarcas do Quilombos dos Luízes.
Sessão 7
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Na sessão de encerramento da Mostra Cinema dos Quilombos, o espectador é
convidado a mergulhar com Dandara, adolescente quilombola, numa trajetória sobre
pertencimento. Este é o mote do filme “Vidas dos Rosário” (2022), de Marcelo Lins.
Serviço
Local: Cine Santa Tereza – Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza – Praça Duque de
Caxias
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