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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

DOM JOÃO BECKER

MARCELO ALVES LIMA DA SILVA

COMUNIDADES QUILOMBOLAS

Brusque/SC
2022
ANNIE VICTORIA E SÁ DOS SANTOS

Fundação Cultural Palmares


Atividade do livro

Trabalho de Compreensão sobre o Estudo das


Comunidades Quilombolas e Remanescentes dos
Quilombos, Apresentada pela Instituição de Ensino
Básico Dom João Becker.

Orientador: Prof. Marcelo Alves Lima da Silva

Brusque/SC
2022
QUESTÃO TRÊS

(A) Os quilombolas enfrentam uma luta com produtores rurais e outras famílias que dizem ter
os documentos ou possuem as escrituras dessas terras. Porem pela norma os não quilombolas
devem sair da área recebendo indenização, mas existe vários processos que impedem que isso
realmente aconteça, fazendo muitas vezes que esses quilombolas tenham que deixar sua
cultura, costumes, seu território para viver em uma sociedade racista e preconceituosa.

(B) Segundo a FCP (Fundação Cultural Palmares) em Santa Catarina existem identificados 21
comunidades quilombolas, encontrasse em Balneário Camboriú a Comunidade Morro do Boi
que se localiza na Rua Almiro Leodoro, Bairro Nova Esperança, Km 140. Os quilombos
foram localizados em áreas vazias do Terreno Urbano para Segurança dos mesmos buscando
evitar crimes de ódio racial.

(C) Até onde se tem conhecimento, o nome Morro do Boi é visto em documentos oficiais,
pela primeira vez, em carta do presidente da Câmara de Florianópolis, datada de 1835, em
referência à estrada ligando Porto Belo ao povoado de Camboriú. Desde 2007, parte dos
moradores da Comunidade do Morro do Boi se identifica como quilombola e por meio da
Associação Quilombola Morro do Boi reivindica seus direitos, entre os quais a propriedade
definitiva e coletiva das terras onde viveram seus ancestrais.
A Comunidade Morro do Boi é composta por descendentes do Escravo Eleodoro Pedro José
e Lotário Siqueira, atualmente a comunidade integra dezesseis famílias que mantém a tradição
histórica da Comunidade e principalmente de seus antepassados.
Uma das características para a manutenção econômica das famílias consiste nas mulheres
buscarem o trabalho de domésticas na cidade de Camboriú e região, enquanto os homens, na
sua maioria ficam na comunidade com os afazeres como trabalhadores rurais e, quando
possível, trabalhando como assalariados nos municípios da região. A história da Comunidade
Quilombola já teve seu momento de fartura na produção de arroz, milho, café, fumo e
palmito, todas as produções agrícolas que são cultiváveis na Mata Atlântica com muita
rentabilidade. A comercialização dessas atividades agrícolas aconteceu na forma de venda
direta ou no sistema de trocas de produtos que foi um movimento significativo da identidade
da Comunidade. No passado o sinal dos movimentos dos Quilombolas rumo aos espaços da
cidade era o barulho do carro-de-boi. Quem não tinha este veículo de locomoção fazia a
caminhada a pé para efetivar a venda dos produtos colhidos e a compra dos bens necessários
da subsistência da família.
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