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Atividade 1 - Com Respostas
Atividade 1 - Com Respostas
Estudos dirigidos
Atividade 1
Federici, Calibã e a bruxa
2. Quais os três principais marcos conceituais que servem como ponto de referência
à análise proposta por Federici (p. 25 e segs.)?
3. Qual é a questão considerada por Federici como a mais importante abordada no livro?
Qual a razão? (p. 29 e segs.)
R: Pois não há como pensar o gênero feminino separado de uma classe, quando, essa
feminilidade, foi constituída como uma função de trabalho formadora do capitalismo.
Portanto, separar gênero e classe, acarreta na mentira de separar a produção capitalista
da exploração dos corpos femininos.
5. Por que razão, para Federici, “o capitalismo, enquanto sistema econômico-social, está
necessariamente ligado ao racismo e ao sexismo” (p. 37)?
R: O capitalismo nasce como resposta ao movimento antifeudal (luta que contava com a
participação de mulheres por uma ordem mais igualitárias). A frase mostra que não há,
portanto, uma “evolução” do feudalismo ao capitalismo, mas uma resposta do
patriarcado (como explicado por Federici como os principais agentes dessa resposta) ao
antifeudalismo.
7. Como Federici caracteriza a posição das mulheres na comunidade servil medieval (p.
50-53)?
9. Em que medida, nos séculos XIV e XV, com acontecimentos como a Grande Fome e
a Peste Negra, as relações de poder modificam-se a favor dos trabalhadores?
R: O colapso demográfico gerado por essas crises fez com que as hierarquias sociais
colapsassem junto, devido à mortalidade generalizada. Com a diminuição da oferta de
trabalhadores, os camponeses tornaram-se escassos e seu custo aumentou
significativamente, fortalecendo sua determinação em romper os laços feudais. A
escassez de mão de obra também modificou as relações de poder em favor das classes
baixas, permitindo que os camponeses se mudassem livremente em busca de terras para
cultivar. As ameaças dos senhores feudais perderam eficácia, levando a uma
intensificação das greves e à recusa coletiva de pagar aluguéis e realizar serviços. Isso
resultou em confrontos diretos, como a Revolta Camponesa de 1381 na Inglaterra e
revoltas em outras partes da Europa, onde os trabalhadores buscavam não apenas
melhores condições de vida, mas também o fim do poder dos senhores. A escassez de
mão de obra também levou a uma valorização dos trabalhadores, que passaram a exigir
salários mais altos, benefícios extras e a imitar os costumes dos homens livres,
desafiando assim as normas sociais estabelecidas.