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Locação de obra

PROF. RAFAELLA GONDIM


Locação da obra
• A obra deverá ser locada com rigor, observando-se o projeto quanto à planimetria e à altimetria.
• A locação será executada após observação da planta de fundação e utilizando-se quadros com piquetes
e tábuas niveladas e fixados para resistirem a tensão dos fios sem oscilação e sem sair da posição
correta.
• A locação será por eixos ou face de parede e centro das estacas.
Locação da obra
• Devemos possuir uma planta de locação, cotada com aproximação de milímetros, elaborada pelo
projetista estrutural.
• Devemos lembrar que para transportar o bate-estacas, uma máquina extremamente pesada,
deve-se arrasta-la no terreno de um lugar para outro, o que iria desmanchar qualquer
locação prévia das paredes.
• Deve-se notar a preocupação de se escolher uma origem para os eixos coordenados ortogonais e as
distâncias marcadas sobre eles serão, portanto, acumuladas até a referida origem.
• No local providenciamos a colocação do gabarito
Locação da obra
• Definição da referência: Fazer a definição da referência de nível (RN) e da referência pela qual será feita
a locação da obra. Conferir os eixos, divisas do terreno e alinhamento da rua, verificando estas
distâncias.
• Marcação do gabarito: A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar uma das faces do
gabarito com uma trena metálica e uma linha de nylon, obedecendo a uma distância de pelo menos 1
metro da face da edificação.
• As demais faces do gabarito podem ser marcadas a partir da primeira face e do projeto de locação,
verificando o esquadro de todos os cantos por meio do processo do triangulo retângulo.
• Execução do gabarito: O gabarito deve ser executado por meio da cravação dos pontaletes ou peças
roliças, que devem estar aprumados e alinhados, faceando sempre o mesmo lado da linha de nylon,
procurando manter uma distância de aproximadamente 1,5m um do outro.
Locação de estacas
• O gabarito deve ser colocado inteiramente nivelado.
• Quando o terreno tiver caimento elevado, o gabarito passará a ser em
degraus, acompanhando a configuração do mesmo, mas sempre em planos
horizontais nivelados.
• Sobre a tábua na sua espessura serão medidas as diversas distâncias
marcadas na planta de locação, fixando-se com pregos 18 x 27 ou 17 x 21
os mesmos pontos nos lados opostos do retângulo e dos lados paralelos.
• A estaca X tem seu local fixado pela interseção de duas linhas esticadas:
uma dos pregos 1-2 e outra dos pregos 3-4.
• Caso existam diversas estacas no mesmo alinhamento, o mesmo par de
pregos servirá para todas elas, tomando-se o cuidado de numerar as
estacas pertencentes ao mesmo par, na face da tábua onde está o
prego.
• Após marcar, pregar e esticar as linhas para todas as estacas, a marcação
será feita no chão com o auxílio de um prumo.
• No ponto marcado, crava-se um piquete.
Locação de paredes
• Tanto a locação das paredes como a das estacas deve, de preferência, ser executada por técnico,
agrimensor ou engenheiro.
• A locação mal feita trará desarmonia entre o projeto e a execução, cujas consequências poderão ser
graves.
• Caso se- possa contar com um mestre-de-obras de certa capacidade, quando muito poderíamos aceitar
o seu trabalho de locação desde que a mesma seja por nós verificada nas suas partes básicas
(esquadros perfeitos comprimentos totais exatos).
• Ao marcarmos as posições das paredes, devemos inicialmente fazer a marcação pelo eixo e, em seguida,
medir o tijolo que vai ser empregado na obra e marcar, a partir do eixo, as duas extremidades ou faces
do tijolo que definem a espessura da parede.
Custo e orçamento de
obras
Orçamento
• O orçamento é um estudo do custo total ou parcial de um projeto.
• Esse custo equivale ao valor correspondente da soma de todos os gastos necessários para execução do
mesmo.
• Todo orçamento apresenta-se como uma previsão, por esse motivo é um valor aproximado, por mais
cuidadoso e cauteloso que seja elaborado o orçamento ele não tem que ser exato, porém precisa seguir
uma linha de base correta tendo uma boa precisão.
• O orçamento, portanto, dará uma ideia do valor correspondente de um projeto, quanto mais criterioso
for feito, menor e a margem de erros
Tipos de orçamento
• Estimativa de custo
• Orçamento preliminar
• Orçamento analítico ou detalhado
Estimativa de custo
• Estimativa de custo é uma avaliação elaborada com base em custos históricos e também feito com a
comparação de projetos anteriores semelhantes.
• Um indicador muito utilizado é o custo do metro quadrado construído (CUB), que representa o custo de
construção por m², porém no valor do CUB não estão considerados os custos referentes às
especificidades da construção, como o valor do terreno, fundações especiais, paisagismo, elevadores,
instalações e equipamentos diversos, obras complementares, impostos, taxas, honorários, etc.
Estimativa de custo
• Avaliação elaborada com base em custos históricos e também feito com a comparação de projetos
anteriores semelhantes.
• Indicador utilizado: o custo do metro quadrado construído ou Custo Unitário Básico (CUB)
• Não considera os custos referentes às especificidades da construção: valor do terreno, fundações
especiais, paisagismo, elevadores, instalações e equipamentos diversos, obras complementares,
impostos, taxas, honorários, etc.

http://www.cub.org.br/static/web/download/cartilha-principais-aspectos-cub.pdf
http://www.cub.org.br/cub-m2-estadual/
CUB Maranhão – Janeiro/2021
Orçamento preliminar
• Trabalha-se com uma quantidade maior de indicadores, tendo um levantamento de quantidade como
área construída, volume de concreto, peso da armação, área de forma, etc.
• É elaborada uma pesquisa de preço dos principais insumos, apresentando um grau de incerteza menor.
• É possível também realizar um orçamento por estimativa de custos por etapa de obra, essa estimativa é
uma composição da avaliação inicial, levando em consideração cada etapa de obra representada no
custo.
Orçamento analítico
• Constitui a maneira mais detalhada e precisa de se prever o custo da obra, ele é efetuado a partir de
composições de custos e cuidadosa pesquisa de preços dos insumos
• Esse tipo de orçamento só pode ser realizado após a conclusão dos projetos, para que dele seja
preparada a lista das quantidades de cada serviço a serem executados, medidos em plantas.
• Especificações rígidas de serviços e materiais.
• Portanto, o orçamento discriminado é composto por uma relação extensa das atividades a serem
executadas contendo o preço unitário de cada serviço obtidos pelas CPU que levam em consideração os
gastos de mão de obra, material e equipamento de cada serviço.
Etapas do orçamento
Estudo das condicionantes
• Estudo de todos os projetos e identificação das etapas que compõem a sua execução
• Listar todos os serviços e atividades necessários
Discriminação dos custos diretos
• Custos diretos: todos os custos envolvidos diretamente na execução da obra ( insumos de materiais,
mão de obra e equipamentos auxiliares)
• Incluir encargos sociais e trabalhistas no custo da mão de obra.
• Definir o percentual de encargos sociais e trabalhista a ser aplicado (impostos sobre a hora trabalhada e
os benefícios).
Levantamento de quantitativos
• Quantificar cada serviço a ser executado
• Fase que mais exige atenção do orçamentista
• Criar memória de calculo que sirva para conferência dos cálculos de quantidade e que seja fácil de
alterar a quantidade em caso de alteração de projeto
Etapas do orçamento
Composição de custos
• Composição de serviço: união de todos os insumos (materiais, mão-de-obra, equipamentos,
ferramentas) que atuam diretamente em uma determinada atividade.
• Insumos: todos os elementos necessários para a construção da obra considerados individualmente,
sendo mão de obra, material e equipamento.
• A composição lista todos os insumos que entram na execução do serviço; formada pelos diversos
insumos com suas respectivas unidades, índices, preços unitários e preços totais
• Normalmente, os orçamentos são feitos com base em composições de custos genéricas, obtidas em
tabelas, livros, etc.
• Fontes mais comuns: TCPO, SINAPI
• Composição tabeladas nem sempre serão perfeitamente ajustadas a uma empresa.
• O ajuste deve ser realizado através da apropriação de custos (verificação in loco dos custos efetivos de
execução dos serviços, com a medição dos materiais e equipamentos empregados e dos tempos
dedicados pelos operários a cada tarefa).
Exemplo de composição
Etapas do orçamento
Cotação de preços
• Após montar as composições de preço unitários, o orçamentista precisa conferir se os valores utilizados
nas CPU estão realmente coerentes e corretos.
• Banco de dados utilizados podem apresentar dados discrepantes com a realidade
• Realizar a cotação de preço dos principais insumos e serviços do projeto
• A cotação de preço: coleta de preços de mercado para os diversos insumos da obra, tanto os que
aparecem no custo direto, quanto no custo indireto.
• Curva ABC de serviços: relação em ordem decrescente de custo de cada serviço.
• Curva ABC de insumo: relação em ordem decrescente de custo de cada insumo.
Benefícios e despesas indiretas (BDI)
• Fator a ser aplicado ao custo direto para obtenção do preço de venda.
• Fator de majoração que contempla os custos indiretos e, em alguns casos, o lucro.
• Em outros casos o lucro já considerado em cada serviço na planilha de custo direto.
• Os custos indiretos: salários administrativos, água, luz, internet, combustível, projetos, manutenção de
canteiro, etc.
• Pode ser estimado como um percentual do custo direto.
• Analisar em detalhes os diversos aspectos que o compõem, elaborando uma planilha com a relação de
tudo que será considerado.
• Relacionar os custos que não foram computados nos custos diretos, levando em consideração todos os
itens indiretamente envolvidos na obra.
• Ao final do levantamento dos custos indiretos o valor final do orçamento será a soma dos custos diretos
da obra, mais o valor dos custos indiretos.

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