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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Planejamento e Controle de Obras

Aula 6

Gerenciamento de custo

TC QEM/FC GIUSEPPE MICELI JUNIOR – D.Sc.


Gerenciamento de custos
 Processos envolvidos em estimativas, orçamentos
e controle dos custos, de tal forma que o projeto
possa terminar dentro do orçamento aprovado (PMI,
2008).

 Estimar os custos - dos recursos necessários para


terminar o projeto
 Determinar o orçamento - agregação dos custos
estimados de atividades p/ estabelecer linha de base de
custos
 Controlar custos- monitoramento do andamento do
projeto para atualização do orçamento e gerenciamento
das mudanças feitas na linha de base de custos
Gerenciamento de custos
Plan Ger de Custos

– Estabelecer políticas, procedimentos e a


documentação para o planejamento,
gestão, despesas e controle de custos.
Estimativa de custos

– Desenvolver uma aproximação dos


custos dos recursos necessários para
completar as atividades do projeto,
incluindo: mão-de-obra, materiais,
suprimentos e categorias especiais
7.1 Estimativa de custos
• Baseada na EAP
• Mais precisa se calculada a partir dos pacotes de
trabalho, estimando o custo de todos os recursos
(mdo, material, equipamento, instalações, reservas
de contingência etc)
• Fornece a base da distribuição dos custos ao
longo do tempo do projeto
• É uma das mais importantes ferramentas para
analisar o desempenho de um projeto
Classificação de custos
• Custos Fixos
– Não variam com o tempo, nem com a intensidade
de utilização, nem com o volume de serviços
gerado pelo projeto
– Independentemente da duração, ou de quaisquer
variáveis do projeto, terão o mesmo valor.
• Custos Variáveis
– Variam conforme o uso
Classificação de custos
• Custos Diretos
– São imputados diretamente ao produto
construído, ou seja, variam segundo suas
utilizações efetivas.
– É possível atribuir um custo diretamente a
uma única atividade
• Mão de obra direta para elaboração da construção
• Equipamentos auxiliares próprios ou alugados
• Materiais: incorporam fisicamente à construção
• Serviços, instalações, TI
Classificação de custos
• Custos Diretos
– São aqueles que podem ser identificados e
mensurados a cada objeto a ser custeado de
forma direta e objetiva por meio de alguma
unidade de medida (quilogramas de materiais
consumidos, horas de mão de obra utilizadas
etc.).
– Esses custos podem ser apropriados
diretamente ao objeto de custeio de forma
individual, ou seja, são custos
individualizáveis.
(Eliseu Martins e Wellington Rocha, 2010)
Custos Indiretos
• Não é possível atribuir o custo direta ou
especificamente a uma única atividade do projeto.
• Ou seja, deste custo se beneficiam mais de uma
atividade do projeto.
• Neste caso, há a necessidade de um rateio entre as
atividades beneficiadas para que elas absorvam a
proporção do custo devida a cada uma.
• Todo o custo que não apareceu como mdo, material
ou equipamento nas composições de custos unitários
do orçamento.
Custos Indiretos
• Custos Indiretos da Administração Central
– Provenientes da máquina empresarial, não podendo ser
diretamente rastreados até o projeto, sendo acumulados e
igualmente distribuídos entre os pjts
– Trabalhos de apoio para realizar a construção da obra
• Direção Administrativa, Jurídico, direção técnica, desenhistas etc
• Serviços Públicos, Correios
• Depreciação dos móveis e utensílios
• Materiais de consumo de escritório, material de limpeza
• Cursos para empregados
– São apropriadas como sobre-taxa dos custos diretos anuais
Custos Indiretos
• Custos Indiretos da Obra
– Sobretaxa do custo previsto da própria obra
• Materiais de escritório
• Pessoal indireto como motorista, almoxarife
• Comunicações, transporte, correios

• Custos Indiretos não Operacionais


– Fianças ou multas (prazo, qualidade, imprevistos)
– Financiamento
– Obrigações Fiscais
– Seguros (incêndio, roubos, veículos) e Despesas
Legais
Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção, aprovado
pela Resolução CFC 1.441, de 26 de outubro de 2012

Itens de Adm local,


canteiro, mobilização e
desmobilização como
Custo Direto
Precisão das estimativas de custos
• As estimativas estão dentro de certos intervalos
e são refinadas conforme o projeto progride.

Estimativa de Ordem de Menor precisão,


Magnitude Aproximada
usualmente feita durante
-50% a + 50%
o processo de iniciação.
Estimativa
Definitiva
Mais refinada, feita mais
-10% a + 10%
adiante no pjt, a partir de
dados bem definidos e
detalhados.
Orçamento estimativo
• Obtido por critérios simplificados de quantificação
de serviços a executar ou de determinação dos
preços.

• Métodos de Estimativa
– Paramétrica
– Análoga
Orçamento Estimativo: Método de estimativa
• Estimativa Análoga
– Feita no início do projeto
– Baseia-se no conhecimento dos custos reais de projetos
anteriores similares, usado como base para estimativa do
custo do projeto corrente.
• Usa dados históricos
• Necessita habilidade técnica e experiência
• Rápida e barata, porém menos precisa
• Atividades não precisam ser identificadas: estima-se
valor bruto
• Estimativas desenvolvidas a custo menor, porém com
limitação de informações e compreensão do projeto
• Difícil em projetos com muitas incertezas
Orçamento estimativo: Método de estimativa
• Estimativa paramétrica
– Utiliza uma relação estatística entre dados históricos e
outra variáveis (m2, linhas de código, hrs de mdo etc)

– Custos Unitários Básicos (CUB)


• Lei 4.591/64 atribuiu à ABNT a tarefa de padronizar critérios e
normas para cálculo de custos unitários de construção,
execução de orçamentos e avaliação global.

• A lei obriga os Sindicatos da Indústria da Construção estaduais


a calcular e divulgar mensalmente os custos unitários da
construção na sua base territorial, referente aos diversos
padrões de construção.
Orçamento estimativo: Método de estimativa
Custos Unitários Básicos (CUB)

Importante para acompanhar a evolução dos custos das edificações,


permitindo apurar mensalmente os preços dos principais insumos da
construção nas diversas unidades da federação e orientar empresas do setor
quanto à sua evolução histórica e principais tendências.

Largo campo de aplicações:


- na execução e análise de orçamentos;
- na engenharia de avaliações;
- na aferição indireta do valor da mão-de-obra empregada numa edificação;
- no julgamento de concorrências;
- no planejamento e programação de investimentos na área de edificações e
- em qualquer outro campo em que são utilizados como parâmetro de decisão
os custos de construção imobiliária e índices que expressam sua evolução.
O que é o CUB

•É uma estimativa parcial para o valor do m² de obra, que reflete a variação


mensal dos custos de construção imobiliária com materiais, equipamentos e
mão-de-obra.

• Cálculo do CUB é feito com base numa cesta representativa de 40


insumos essenciais da construção, além do aluguel da betoneira e de
cinco categorias profissionais.

•Na formação dos custos unitários básicos não são considerados vários
itens adicionais importantes, como elevadores, fundações especiais,
instalações prediais (água, luz, esgoto, telefonia), serviços
complementares de urbanização, recreação e ajardinamento,
remuneração de engenharia, etc. A razão para isto está no objetivo deste
indicador, que é servir como parâmetro na determinação de um valor
mínimo para o metro quadrado de construção para fins de registro das
incorporações imobiliárias.
NBR 12721
– NBR 12721 define tipos de edificações e acabamento
– CUB determinado para cada projeto-padrão
• Ex: Padrão H 8 – 3 N
Padrão:
Tipo:
Nº de pavimentos: Nº de quartos:
B- baixo
H- Habitacional
1, 4, 8, 12 e 16 2, 3
N- normal
C- Comercial
A - alto

– SINDUSCON determina, atualiza e divulga para cada um


dos projetos-padrão o CUB para cada região
– CUB é um parâmetro médio, não sendo considerados
custos referentes às especificidades da construção, como
valor do terreno, elevadores, fundações especiais,
instalações especiais, além do custo financeiro, despesas
da administração e lucro do construtor e incorporador
Projetos-padrão
Projetos selecionados para representar os diferentes tipos de
edificações, que são usualmente objeto de incorporação para
construção em condomínio e conjunto de edificações, definidos
por suas características principais:
a) número de pavimentos;
b) número de dependências por unidade;
c) áreas equivalentes à área de custo padrão privativas das
unidades autônomas;
d) padrão de acabamento da construção; e
e) número total de unidades

Nota: Estas características servem de base aos Sindicatos da


indústria da Construção Civil para o cálculo dos custos unitários
básicos.
Projetos-padrão

Os projetos que deram origem a norma NBR 12721:2006


estão disponíveis para consulta na ABNT, incluindo todos os
projetos arquitetônicos, de estruturas, de instalações
elétricas e hidráulicas, as medições, memórias de cálculo e
demais documentos utilizados no estudo de que resultou o
estabelecimento das disposições recomendadas.
NBR 12721
• Custo Global da Construção
= CUB (fornecido pelo Siduscon) *Σ Áreas
equivalentes à área de custo padrão
+ Despesas não incluídas no CUB
• Fundações especiais
• Elevadores
• Playground
• Equipamentos e instalações
– Fogão, aquecedor, bomba de recalque, ar-condicionado, calefação, ventilador, exaustão e
incineradores
• Obras e Serviços complementares
– Urbanização, piscina, quadras de esporte, jardins e instalações do condomínio
• Outra despesas indiretas
• Impostos, Taxas, Habite-se
• Projetos
• Urbanização
• Remuneração do construtor e incorporador
CUB

Quantos CUB’s são calculados por Estado?

São calculados 19 valores de CUB:

- 12 projetos-padrão habitacionais, com 1, 4, 8 e 16


pavimentos, nos padrões de acabamento baixo, normal e
alto; e

- 7 projetos-padrão comerciais – salas e lojas e andares


livres, com 8 e 16 pavimentos, nos padrões de acabamento
normal e alto, incluídos o galpão industrial.
Orçamento estimativo: Método de estimativa
• Custos Unitários Básicos (CUB)

E + ( Fe − Fd ) + Ie
CF = (CUB + )(1 + F )(1 + A)(1 + L)
S

– CUB: custo do m2
– E= orçamento elevadores
– Fe= orçamento especial de fundações
– Fd= orçamento das fundações diretas (3% do CUB)
– Ie= orçamento de instalações especiais
– S=área construída calculada segundo critérios da NBR 12721
– F=taxa de custo financeiro para o período de obras
– A=taxa de administração da empresa, que devem incluir os custos
indiretos da obra
– L= taxa de lucro da empresa
CUB
• Determinar o custo estimado do metro quadrado da
construção de um projeto com as características e
informações abaixo:
– CUB: R$ 408,70/m2 E= R$ 110.000,00
– Fe= R$ 123.050,00 Ie= R$ 30.000,00
– S= 50.000m2
– F= 8,33% durante período da obra A=10% L= 15%

E + ( Fe − Fd ) + Ie
CF = (CUB + )(1 + F )(1 + A)(1 + L)
S
Método de estimativa
• Estimativa Bottom-up
– Estimativa detalhada é realizada para cada
atividade ou pacote de trabalho
– Determina-se o valor do pacote de trabalho ou
atividade e soma-se nos níveis mais altos
• Mais preciso e exato, porém mais demorado
• Baseado em análise detalhada
• Base para monitoração e controle
• Gasta-se tempo e dinheiro para este tipo de estimativa
• Requer que projeto seja bem definido e compreendido
Método de estimativa
• Estimativa Bottom-up
Método de estimativa
• Estimativa de três pontos (PERT)
– Aperfeiçoa as estimativas considerando a
faixa de variabilidade e riscos
– 3 estimativas de tempo/ custo por atividade,
com ênfase na mais provável:
• Otimista (O)
• Mais provável (M)
• Pessimista (P)

– Custo esperado = (O+4M+P)/6


Outros Métodos de estimativa
• Análise das reservas
– Reserva de Contingência
!!!
• “São custos estimados que devem ser usados para lidar
com eventos antecipados, mas não garantidos
(desconhecidos conhecidos)” (PMBok)
• Reduzem a chance de ultrapassar os custos e/ou tempo
previsto quando os riscos se tornam problemas
• Mas… agregar estas reservas para cada atividade pode
agravar exageros na estimativa de custo das atividades
• Opção: Agregar reservas dos custos de cada atividade
do cronograma em um grupo de atividades relacionadas
em uma única reserva, que é atribuída a uma única
atividade (com duração nula) colocada no final do grupo
Outros Métodos de estimativa

• Análise de proposta de fornecedor


– Resposta a cotações de fornecedores qualificados
Orçamentação
Orçamento

33
Orçamento
• Orçamentação (processo) x Orçamento (produto)
• Orçamentação é peça-chave para empresas que
participam de concorrências públicas e privadas
– Construtor deve garantir a inclusão de todos os custos +
lucro

Orçamento não pode ser tão baixo a ponto de não


permitir lucro e nem tão alto a ponto de não ser
competitivo na disputa com demais proponentes.
Orçamento
• Requisto básico p/ bom orçamentista: EXPERIÊNCIA
– Conhecimento detalhado do projeto → identificar melhor
maneira de atacar a obra
– Orçamentista precisa conhecer a obra e receber dados do
pessoal de campo: % de perda e padrões de produtividade

Quanto maior o conhecimento prático de quem orça,


maior é a probabilidade de o orçamento estar apurado
e menor a chance de frustrações futuras na obra.
Orçamento
• Em várias empresas, o setor de orçamento é destino
de engenheiros e técnicos recém-formados, enquanto
os mais experientes são destinados à produção.
Assim, no campo, desconsidera-se o trabalho do
orçamentista, que é considerado sem natureza
prática.
“Quando a obra dá dinheiro, o mérito é do engenheiro
de campo. Quando a obra dá prejuízo é porque o
orçamentista errou.”

• Solução: Designar responsável pela obra ainda na


fase de licitação para participar da orçamentação!
Orçamento
• Em empresas maiores, há setores exclusivos para
preparar orçamentos para concorrências.
• Em empresas menores, próprio construtor faz
estimativa (muitas vezes, estimativa análoga!).
• É comum empresas participarem de licitações
públicas sem sequer abrir o pacote de plantas!
– Estas obras estão sujeitas ao fracasso!
– É importante que o orçamentista obtenha seus próprios
quantitativos → a identificação de discrepância na
quantidades pode ser de grande valia para ganhar a
licitação!
Orçamento
• Estimativo
• Preliminar
– Pressupõe levantamento expedito de quantidades
• Descritivo ou pormenorizado
– Obtido através do levantamento das quantidades de todos
os serviços e seus respectivos preços
– Consta de:
• Caderno de Orçamento (memória de cálculo e corpo do orçamento)
• Orçamentos especiais
• Folha resumo
– SINAPI, Construção e Mercado (TCPO), softwares, sites
especializados
Atributos do Orçamento
• Aproximação:
– O orçamento não deve ser exato, mas preciso!
• Mão-de-obra
– Produtividade de equipes afeta diretamente a composição do custo
• Material
– Perda e reaproveitamento de materiais
• Equipamento
– Produtividade
• Imprevistos → Reserva Gerencial e de Contingência
– Retrabalho por chuva ou má qualidade, danos por fenômenos naturais
ou terceiros, danos a terceiros
• Especificidade:
– Não se pode falar em orçamento padronizado! É sempre
necessário adaptá-lo às condições locais
• Temporalidade
Etapas da Orçamentação
Estudo das condicionantes (condições de contorno)
1. Estudo dos projetos e especificação técnica
2. Leitura e interpretação do edital
3. Visita técnica
Composição dos custos
4. Identificação dos serviços
5. Levantamento de quantitativos
6. Discriminação dos custos diretos
7. Discriminação dos custos indiretos
8. Cotação dos preços
9. Definição de encargos sociais e trabalhistas
Fechamento do orçamento
10. Definição da lucratividade (considerar concorrência, risco, necessidade de
conquistar aquela obra)
11. Cálculo do BDI
12. Desbalanceamento da planilha (redistribuição não uniforme do preço total
nos itens da planilha)
• Aumenta sv que ocorrem cedo na obra, diminuindo o preço de sv finais
• Aumenta quantitativos de itens que tendem a crescer e reduz daqueles cujo
quantitativo tende a ser menor do que da planilha
Edital Projeto Especificações

Visita técnica

Etapas da Identificação serviços


Orçamentação
Levantamento Quantitativo

Custo Direto Custo Indireto


• Cotação de Preços • Cotação de Preços
•Encargos •Encargos
• Composição de custos

Lucro Imposto

Preço de Venda c/ BDI

Desbalanceamento

Planilha de Preços
Utilidades da Orçamentação
• Levantamento de materiais e serviços → planejar
compras
• Dimensionamento das equipes
• Realização de simulações
• Geração de cronograma físico e financeiro
• Análise de viabilidade econômico-financeira
Lei 8.666/93 – Licitações e Contratos
• Art. 7º
– § 2o Obras e os serviços somente poderão ser
licitados quando:
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem
a composição de todos os seus custos unitários;
– § 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da
licitação, de fornecimento de materiais e serviços
sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos
não correspondam às previsões reais do projeto básico
ou executivo.
– § 6o A infringência do disposto neste artigo implica a
nulidade dos atos ou contratos realizados e a
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.
(Vide lei 8429/92)
Fonte:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm– Texto da Lei
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
NBR 12721: Descrição de Serviços
CURVA ABC E CONSISTÊNCIA
Destaca serviços e insumos mais importantes:
• Análise dos preços dos materiais e serviços mais
representativos (80% do total);
• Preços desses serviços devem ser objeto de atenção:
• Pesquisar preços (Pleo, SBC, Construção & Mercado, contato com
empresas);
• Utilizar preços de licitações bem sucedidas
• Em casos de empresas privadas: negociações mais criteriosas
• Avaliar impacto que um aumento de preço de um insumo terá no
resultado da obra.

52/63
Exemplo: CURVA ABC

Serviço UN Quant. Custo Custo


Unitário total
Alvenaria m2 100 19,35 1.935,00
Chapisco m2 200 2,02 404,00
Emboço m2 160 9,99 1.598,40
Reboco m2 40 6,85 274,00
Azulejo m2 160 24,88 3.980,80
Pintura m2 40 10,92 436,80
Total 8.629,00

53/63
Exemplo: CURVA ABC
Insumo UN Custo Qtde Total Custo total % % Faixa
unitário acumulado
Azulejo m2 16,00 176 2816,00 32,63 32,63 A
Pedreiro h 6,90 236 1628,40 18,87% 51,51
Servente h 4,20 350 1470,00 17,04% 68,54
B
Argamassa Kg 0,90 704 633,60 7,34% 75,88
Tijolo un 0,25 2500 625,00 7,24% 83,13
Azulejista h 6,90 57,60 397,44 4,61% 87,73
Cimento Kg 0,20 1,286,40 257,28 2,98% 90,71
Areia Kg 35 6,81 238,42 2,76% 93,48
Cal Kg 0,25 873,60 218,40 2,53% 96,01
Pintor h 6,90 28 193,20 2,24% 98,25 C
Massa kg 3,00 23,2 69,90 0,81% 99,05
Corrida
Tinta látex l 7,00 6,8 47,60 0,55% 99,61
Selador l 5,00 4,8 24,00 0,28% 99,88
Lixa un 0,50 20 10,00 0,12% 100

54/63
20
40
60
80
100
120

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ta
lát
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Exemplo: CURVA ABC

Se
lad
or

Lix
a
55/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM
LEGISLAÇÃO BÁSICA DE ORÇAMENTOS DE OBRAS
MILITARES:
I - Lei 8.666/93, Lei de Licitações e Contratos;
II - Portaria nº 2.296, de 23 Jul 1997, do Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado (MARE);
III - Lei de Diretrizes Orçamentárias;
IV- Decreto 7.983, de 8 de abril de 2013
V - NBR 12.721 (ABNT);
VI - IG 50-03, Instruções Gerais para o Planejamento e
Execução de Obras Militares no Exército; e
VII - Plataforma SINAPI.

56/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM
Planilhas de Orçamento (ANEXO B):

57/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM
Planilhas de Orçamento: Folha resumo

58/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM
Planilhas de Orçamento (ANEXO B):
1. Composições do SINAPI;
2. Outras fontes (quando SINAPI não atender):
Decreto 7983 Art. 6: Em caso de inviabilidade da definição dos custos (...), a estimativa de custo global
poderá ser apurada por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência formalmente
aprovada por órgãos ou entidades da administração pública federal em publicações técnicas
especializadas, em sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa de mercado

3.Ficha de Composição de Custos Unitários – Anexo C;


4. NÃO SÃO ACEITOS itens sem quantificação (“verba”) NEM
AQUELES sem insumos;

5. Quantitativos com 2 casas decimais;

6. Custos unitários até centavos.


59/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM
Ficha de Composição de Custos Unitários (ANEXO C):

60/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM

QUANTIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS


1. Anexo F – Critérios de Quantificação;
2. Anexo G – Tabela de Pesos de
Materiais de Construção;
3. Anexo H – Tabela de Produção;
4. Na falta de Proj Instalações (Elétrica,
Hidráulica, etc.) é permitido orçar por
pontos. Metodologia: Anexo I.

61/63
ASPECTOS RELEVANTES DA NOROM

62/63
Anexo I: Quantificação por pontos
• Instalações Elétricas, Hidráulicas e Sanitárias
• Ponto de Água Fria
• Quantificar peças no pjt básico

• Ponto de Água Quente


• Quantificar peças no pjt básico

63/63
Anexo I: Quantificação por pontos
• Instalações de Esgoto
– Quantificar no pjt básico as peças de utilização
alimentadas por água fria e os ralos dos pisos
– Considerar
– 2 ralos por banheiro
– 1 ralo por lavabo
– 1 ralo por cozinha/ área de serviço

– Não considerar ducha manual ou chuveiro

64/63
Anexo I: Quantificação por pontos
• Instalações de Águas Pluviais
– Considerar
– 1 ponto para cada 25m² nas áreas descoberas
– 1 ponto por varanda com l<5m
– 2 pontos por varanda com l>5m
– 1 ponto para cada 50m² de área de pilotis ou PUC
descoberta

65/63
Anexo I: Quantificação por pontos

66/63
Anexo I: Quantificação por pontos

67/63
Anexo I: Quantificação por pontos

• Exemplo: Quantos pontos elétricos e hidráulicos


em um pavilhão tipo rancho com área construída
de 1200m²?

• Pavilhão Rancho
• De=0,205 →0,205*1200=246 pontos elétricos
• Dh=0,04 → 0,04*1200 = 48 pontos hidráulicos

68/63
Indicadores para levantamentos
expeditos
• Volume de concreto
• Indicador: espessura média
• Estrutura abaixo de 10 pav.: entre 12 e 16 cm
• Estrutura acima de 10 pav.: entre 16 e 20 cm
• Volume de concreto= Área*espessura média
• Peso da armação
• Indicador: taxa de aço
• Estrutura abaixo de 10 pav.: entre 83 e 88 kg por m3 de concreto
• Estrutura acima de 10 pav.: entre 88 e 100 kg por m3 de concreto
• Peso de armação= volume de concreto * taxa de aço
• Área de forma
• Indicador: taxa de forma
• 12 a 14m2 por m3 de concreto → 13m2
• Área de forma= volume de concreto * taxa de forma

69
Indicadores para levantamentos
expeditos
• Exemplo: Seja um edifício residencial de 8 pavimentos, com
um apartamento de 3 quartos e 300m² por andar. Estimar os
quantitativos de concreto, aço e forma.

70
Indicadores para levantamentos
expeditos
• Exemplo: Seja um edifício residencial de 8 pavimentos, com
um apartamento de 3 quartos e 300m² por andar. Estimar os
quantitativos de concreto, aço e forma.
– Volume de concreto
• Estrutura abaixo de 10 pav.: entre 12 e 16 cm → esp média = 14 cm
• Volume de concreto= Área*espessura média= 8 *300*0,14=336 m3
– Peso da armação
• Estrutura abaixo de 10 pav.: entre 83 e 88 kg por m3 de concreto → 85 kg
• Peso de armação= volume de concreto * taxa de aço= 336*85=28,6 t
– Área de forma
• 12 a 14m2 por m3 de concreto → 13m2
• Área de forma= volume de concreto * taxa de forma = 336*13= 4.368m2

71
Dicas para levantamento de quantidade
• Demolição
– Volume demolição de entulho (alvenaria)= 2*Volume de Demolição
• Forma
– Pregos → 0,20 a 0,25 kg/m2 de forma
– Desmoldante → 0,10 l/m2
• Armação
– Acrescentar 10% de perda no peso total de aço do quadro de ferragem
• Alvenaria
– Vão na alvenaria < 2m2 → não se desconta abertura
– Vão na alvenaria > 2m2 → desconta abertura (o que exceder 2m2)

72
Dicas para levantamento de quantidade
• Pintura
– Esquadria (duas faces pintadas): vão luz * 2,5
– Esquadria chapeada, ondulada ou de enrolar: vão luz * 2,5
– Esquadria de guilhotina com batente: vão luz * 3
– Elemento vazado (cobogó): vão luz*4
– Esquadria com veneziana: vão luz*5
– Armário: pintura interna e externa: área*5
– 30 a 40 m²/galão por demão
• Cobertura
– Considerar inclinação!

73
Dicas para levantamento de quantidade
• Perdas
– Aço: 15% → pontas que sobram
– Azulejo: 10% → Quebras e cortes para arremates
– Cimento: 5% → preparo do concreto e argamassa com betoneira
– Cimento: 10% → preparo do concreto e argamassa sem betoneira
– Blocos de concreto: 4% → Transporte, manuseio e arremates
– Blocos cerâmicos: 8% → Transporte, manuseio e arremates
• Reaproveitamento
– Ex: Formas de compensado são usadas em média 4 vezes → incidência
de 0,25m² por m² de forma necessária!

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