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Escalas

A representação gráfica de peças ou objectos de desenho técnico pode ocorrer de diferentes formas,
dependendo das medidas reais dessas peças ou objectos, sendo por vezes complicado realizar-se essa
representação em tamanho natural.
Para ultrapassar esta dificuldade, pode-se representar uma determinada obra em escala apropriada, de
forma que a mesma caiba numa folha de papel.
De acordo com MONTENEGRO (1978), escala “é a relação entre cada medida do desenho e a sua
dimensão real”.
As escalas mais utilizadas em projectos de arquitectura são: 1:2; 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100;
1:200; 1:250; 1:500.

Escalas mais usuais:

Escalas Plantas
1:1, 1:2,1.5,1:10 Detalhes gerais
1:20, 1:50 Pormenores de Wc´s, Cozinhas e outros
1:50 Plantas, cortes, fachadas, etc
1:100 Plantas, cortes, fachadas, Paisagismos
1:200,1:250 Plantas, cortes, fachadas, Paisagismos. Localização,
Topografia
1:500, 1:1000 Planta de Localização, Paisagismos, Urbanismo, Topografia
1:2000, 1:5000 Levantamentos topográficos, Aerofotogramétricos, Projectos
de Urbanismo

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1. Medição

Definição

Na gíria de construção civil “medir” significa determinar quantidades de tarefas (ou artigos de
orçamento). Normalmente quando se fala em “medir” estamos a falar da fase Projecto, mas estas,
também podem ser efectuadas em obra, mas, com metodologias diferentes.

Princípios Base

A medição pode ser elaborada a partir de um projecto ou de uma obra, sendo as regras de medição
aplicáveis em ambos os casos. Todavia, nas medições realizadas em projectos, o medidor deve ter
conhecimento e experiência suficiente para equacionar e procurar esclarecer, junto dos vários
projectistas das diferentes especialidades, as possíveis faltas de informação dos projectos, para uma
determinação real do custo dos trabalhos.

Embora cada obra seja diferente, existem alguns princípios gerais, fundamentais para a elaboração das
medições tais como:
Estudar a documentação do projecto, peças desenhas, caderno de encargos, memórias
descritivas e demais elementos pertencentes ao processo que o medidor considere fundamental
para a medição;

A medição deve estar de acordo as peças desenhas e partes escritas (projectos, memórias
descritivas, caderno de encargo, condições técnicas especiais e outros), pois, podem existir
erros e omissões que o medidor deve clarificar junto dos projectistas;

Nas medições devem ser consideradas as normas aplicadas à construção, nomeadamente aos
materiais, produtos e técnicas de execução;

Durante a execução da medição não devem ser desprezados nenhum dos elementos
constituintes do projecto;

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Durante a execução das medições devem ser realizadas as verificações das operações
efectuadas e confrontações entre somas parciais e globais de quantidades. O grau de rigor deve
ser elevado, por forma a garantir um bom resultado;

Antes de iniciar uma medição, esta, deve ser devidamente estruturada, ou seja, os diferentes
elementos a medir devem ser bem definidos e indicados;

Deve ser utilizada sempre a mesma metodologia em todo o processo de medição, por forma, a
existir coerência na mesma e diminuição da percentagem de erros que possam surgir durante
este processo;

A escolha da aplicação informática é fundamental;

As medições devem descriminar todos os trabalhos principais e auxiliares, com uma


descriminação muito detalhada e clara, fazendo referência a projectos, e partes escritas;

Regras Gerais

As medições de um Projeto ou de uma obra são a determinação analítica e ordenada das quantidades
dos diferentes trabalhos que são a base da determinação dos encargos definidos no Projeto ou que
integram a obra. Para ser possível analisar as medições corretamente, estas, têm de estar inseridas
numa folha de cálculo, designada por lista ou mapa de medições, sendo esta a descriminação resumida
das quantidades dos trabalhos e encargos calculados. É esta listagem, que vai servir de base para a
realização do orçamento.

Condições gerais:
As medições devem descrever, de forma completa e precisa os trabalhos previstos no projecto
ou executados na obra;

Os trabalhos que impliquem diferentes condições ou dificuldades de execução devem ser


medidos separadamente em rubricas próprias (estacaria, paredes de contenção, estruturas
especiais);

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As dimensões a adoptar serão em regra as de cada elemento de construção arredondadas ao
centímetro;

O cálculo das quantidades dos trabalhos será efectuado com a indicação das dimensões
segundo as regras em vigor (regras de medição do LNEC);

As medições dos trabalhos referentes às diferentes especialidades (águas, electricidade, gás,


etc) e arranjos exteriores, deverão estar separadas do conjunto de medições do edifício;

A organização do mapa de medições deverá ser de acordo com a natureza dos trabalhos;

No mapa de medições deverá constar sempre o nome do técnico que elaborou as medições.

Deste modo, as medições dos trabalhos previstos no projecto ou executadas em obra devem ser
entendidas por cada uma das entidades envolvidas como realizadas com regras bem definidas, tendo
em vista atingir os seguintes objectivos:
Possibilitar, a todas as empresas que apresentam propostas a concurso, a determinação dos
custos e a elaboração de orçamentos, com base nas mesmas informações de quantidades e
nas condições especificadas para os trabalhos indicados nos projectos;

Elaborar lista de trabalhos, de acordo com os sistemas de classificação que individualizam cada
trabalho segundo grupos específicos que possibilitem às várias entidades envolvidas no
processo, análises comparativas equitativas de custos e avaliações económicas de diferentes
soluções;

Facilitar às entidades adjudicantes a avaliação das propostas cujos preços foram formulados
com idêntico critério, bem como permitir, de modo facilitado, a qualificação das variações que se
verificarem durante a construção, devidas a trabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissões
de projecto;

Possibilitar às empresas em acesso simplificado a informação eventualmente caracterizada e


informatizada relativa a trabalhos tipo, permitindo assim a formulação de propostas para
concurso com bases determinantes sólidas, nomeadamente as relativas a custos de fabrico,
directos, de estaleiro, de subempreitadas, etc;

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Proporcionar às empresas adjudicatárias uma sistematização de procedimentos relacionada
com o controlo dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente, os devidos a rendimentos de
recursos que proporcionam o cálculo das quantidades de materiais e avaliação das quantidades
de mão de obra, de equipamentos ou de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;

Facilitar o estabelecimento dos planos de inspecção e ensaios aplicados ao controlo da


qualidade e da segurança na execução dos diferentes trabalhos;

Facilitar a elaboração dos autos de medição e pagamento das situações mensais, no prazo de
execução da obra, e a elaboração da avaliação da empreitada aquando da recepção provisória
da obra;

Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controlo de custos de


trabalhos.

A portaria 959/2009 do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que regulamenta os
concursos públicos para empreitadas e fornecimento de obras públicas, estabelece também a seguinte
ordem de prioridade a observar na medição de trabalhos quando não são estabelecidos outros critérios
no caderno de encargos:
Normas oficiais de medição que se encontrem em vigor;

Normas definidas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC);

Critérios geralmente utilizados ou os que forem acordados entre o dono de obra e o empreiteiro.

De salientar que, embora não existam normas oficiais de medição nem normas definidas pelo LNEC,
tem vindo a ser prática corrente considerar como “normas do LNEC”, os critérios definidos na publicação
“Regras de Medição na Construção”.

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Geometrias e Unidades de Medição

Geometrias e Unidades

As unidades utilizadas em medições são as do Sistema Internacional de Unidades

Metro

O metro (símbolo: m) é uma unidade de medida de comprimento que tem como base o comprimento,
equivalente a metro, percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de tempo correspondente à 1/299
792 458 segundo" (unidade de base ratificada pela 17.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas em
1983). É uma das unidades básicas do Sistema Internacional de Unidades.

Metro Quadrado

O metro quadrado (símbolo: m2) é a unidade padrão de área adaptada para o Sistema Internacional
de Unidades, e derivada da unidade básica metro. Corresponde à área que tem um quadrado com um
metro de lado.
1m

A(1m2)
1m

Temos assim, definido o conceito de Área que é um conceito matemático que pode ser definido como
quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície.

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A Área (A) é dada pela seguinte fórmula: A=bxl, e a unidade de medida é o metro quadrado (m2).
Sendo:
b- base;
l- largura.

Metro Cúbico

O metro cúbico (símbolo: m³) é uma unidade de medida de volume equivalente a mil litros. É o
padrão no Sistema Internacional de Unidades e é derivado do metro, sendo equivalente ao volume de
um cubo com arestas de 1 metro.

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Volume

O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por esse corpo. Volume tem
unidades de tamanho cúbicas (por exemplo, m3,cm³, etc.). Logo, o volume de uma caixa (paralelepípedo
retangular) de comprimento C, largura L, e altura h é:

V=CxLxh

Unidades de medida:
Unidade Designação Símbolo

Genérica Unidade un

Comprimento Metro m

Superfície metro quadrado m2

Volume metro cúbico m3

Massa quilograma Kg

Força quilonewton Kn

Tempo hora, dia h,d

Regras de Medição

Sucede-se uma exposição sumária das diversas regras de medição no que respeita às especialidades
da construção civil.

Estaleiro

Por estaleiro designa-se normalmente o espaço físico onde são implantadas/implementadas as


instalações fixas/não fixas de apoio à execução da obra.

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A medição do estaleiro usualmente é executada à Unidade (Un), mas este poderá ser subdividido em
tarefas que o constituem1, tais como:

Instalações destinadas a pessoal e funcionários do estaleiro (dormitórios, escritórios, casa do


guarda, armazéns, wc´s, etc.) (por m2 ou à Unidade);
Área do terreno disponível para implantação do estaleiro (localização);
Vias de acesso, caminho de circulação e vedações (por unidade, que engloba tudo o conjunto);
Equipamentos necessários à obra, tais como: gruas, viaturas, andaimes, etc (por unidade (Un)
ou valor global (Vg) que englobe todos os equipamentos);
Redes de abastecimento de águas, esgotos, eletricidade (por unidade que englobe cada uma
destes redes);
Pessoal do estaleiro, técnicos, encarregados, quantidade de pessoal necessário à obra (por
unidade de cada um deles, ou seja, a unidade de medição é o tempo de permanência em obra.
A medição engloba todos os encargos relativos a cada unidade de pessoal, nomeadamente,
vencimentos e salários, encargos sociais, transportes e outros respeitantes à sua remuneração).

O tempo que os materiais e equipamentos permanecem em obra, deve de ser sempre coordenado com
o plano de mão-de-obra e equipamento, por forma, a que estes não continuem em obra em períodos de
tempo “mortos”, ou que não sejam necessários.

Trabalhos Preparatórios

Como trabalhos preparatórios necessários para a execução da obra, podemos considerar todos aqueles
que são necessários à implantação da obra, sendo assim, destacam-se os seguintes:

Desvio de obstáculos (a medição deve ser executada à unidade com a indicação da natureza
dos trabalhos);
Vias de acesso, caminhos de circulação e vedações (medição à un, ou em casos devidamente
justificados, por exemplo nas vias de acesso poderá ser ao m2 ou m e neste último deverá ser
descrita a largura da via de acesso);

1
As unidades utilizadas nestas tarefas podem ser, un, m2, m3,Vg e outras quando devidamente esclarecidas.

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Drenagens (medição será realizada por m2 medido em planta, ou por m medido em planta);
Protecções (a medição deverá ser realizada à Unidade e engloba a protecção de construções ou
vegetação no local da obra que não deva ser afectada durante a execução dos trabalhos);
Desmatação (por m2, e de acordo com as áreas determinadas em projecto, medidas na
horizontal, consiste em limpar o terreno de todos os obstáculos de natureza natural, arbustos,
sebes ou árvores com menos 0,10m de diâmetro, determinado à altura de 1,20m do solo);
Abate ou derrube de árvores (por Unidade, inclui o abate ou derrube de árvores com mais de
0,10cm de diâmetro, determinado à altura de 1,20m de altura do solo).

Demolições

A medição de demolições deve ser realizada à unidade (Un) ou por m2, podendo também ser utilizadas
outras unidades de medida, desde que, devidamente fundamentadas.
Na medição de demolições deve-se identificar e descriminar os vários elementos a demolir. Na sua
realização deve-se ter em atenção as principais características dos trabalhos e as operações relativas à
sua execução:

Cargas;
Transportes e descarga dos materiais demolidos;
Andaimes;
Estabelecimento de meios de protecção e de segurança necessários à execução dos trabalhos;
Limpezas;
Redes de especialidades existentes na obra;

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Desactivação das redes de especialidades;
etc).

Movimento de Terras

A medição dos trabalhos relativos ao movimento de terras deverá ser realizada de modo a que os
trabalhos de terraplenagens, e movimento de terra para infra-estruturas fiquem individualizados em
rubricas próprias, sendo estas decompostas de acordo com as diferentes classes de terreno. A
classificação do terreno deve ser elaborada de acordo com a Especificação LNEC E217- Fundações
Directas Correntes. Recomendações2.
Toda a informação relativa às condições de planimetria e altimetria, a natureza e hidrologia do terreno, a
existência de construções e obstáculos, a localização das construções na vizinhança do edifício que
possam afetar o trabalho de execução das fundações, e a existência de terrenos infectados ou
infestados, deverão ser referidos nas medições ou peças escritas do processo de obra.
Os trabalhos que obriguem a técnicas especiais de construção ou condições de segurança especiais,
devem ser medidos em rubricas próprias, como exemplo os seguintes casos:
Trabalhos executados abaixo do nível freático, nomeadamente bombagens que poderão ser
realizadas durante o processo de escavação;
Escavações efectuadas junto de construções existentes e que possam originar a implementação
de medidas de segurança especiais;
Escavações/trabalhos executados em terrenos com grande declive;
Realização de trabalhos em locais infectados ou infestados, que possam originar a
implementação de medidas excepcionais de segurança.

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Regras para Medição de Movimentos de Terras

m2 até 0,25m de
espessura
Decapagem ou Remoção de terra vegetal m3 acima da medida
anterior
Terraplenagens
Escavação m3
Aterro m3
Regularização m2

Escavação Livre m3
Abertura de valas m3
Regularização e compactação m3
Movimentos para
Infra-estruturas Escoramentos e entivações m2
Reposição de terras ou aterro para enchimento m3
Movimento de terras para canalizações e cabos m3
enterrados

A realização de medições ao m2, quer para terraplenagens quer para movimentos de terras para
infraestruturas, deve ser efectuada em projecção horizontal, com a indicação da profundidade a
movimentar.

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Sempre que se executam medições de movimentos de terras relacionados com elementos de fundação
devem ser sempre consideradas distâncias para a execução de cofragem (0.40m a 0.50m dependendo
das condições do terreno) e colocação de betonilhas.
No que se refere à escavação, aterro e terraplenagens, as actividades relacionadas a estas, devem ficar
incluídas na medição, ou seja, devem ser descritas acções, tais como:
Remoção da camada superficial de terra vegetal;
Carga, transporte e descarga a vazadouro (quando aplicável);
Escavação de terras de empréstimo ou de depósito;
Aterro;
Compactação.

Quando se fala em movimentos de terras, deve ter-se em consideração, que estes após serem
escavados, sofrem um acréscimo de volume, logo, o valor calculado deve ser multiplicado por um
coeficiente, chamado de coeficiente de empolamento.

Pavimentos e Drenagens Exteriores

No caso de pavimentos e drenagens exteriores, a medição deverá indicar a informação relativa às


condições de planimetria, altimetria, revelo, inclinações e a possibilidade para mudanças nas condições
existentes, face a requisitos da obra.
Os pavimentos exteriores deverão ser classificados como permeáveis ou impermeáveis, pois, em termos
orçamentais, o tipo de terreno e a época do ano poderão influenciar os custos, originando custos mais
altos e mais baixos, a solução a utilizar influencia significativamente o custo da actividade.

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A separação das drenagens exteriores enterradas e superficiais, prende-se com a natureza dos
trabalhos e com as fases distintas em que são realizadas. Um factor importante nesta separação deve
ser a existência/inexistência de muros de suporte na mediação da obra, pois, poderá surgir a
necessidade de colocação de drenagens ou não no local (qual o sistema de drenagem a utilizar no caso
em concreto).
Quando se efectua a medição de um determinado sistema de drenagem, deve-se individualizar com a
descrição dos vários materiais e diâmetros utilizados em obra.
O tratamento das superfícies de remate, protecção ou embelezamento são medidos em m2 e os
tratamentos de remate (valetas, caleiras superficiais, lancis, etc) em m.

Regras para Medição de Pavimentos e Drenagens Exteriores

m2 de superfície a tratar
m utilizado para caleiras e
Pavimentos Impermeáveis relevos com desenvolvimento a
1,00m.
Pavimentos Exteriores
m2 de superfície a tratar
m utilizado para caleiras e
Pavimentos Permeáveis relevos com desenvolvimento a
1,00m.

Drenagens Enterradas (drenos) m


Drenagens Exteriores
Drenagens Superficiais (caleiras, lancis) m

Fundações

Em relação aos trabalhos relativos às fundações, a medição deverá ser executada de forma a que os
trabalhos de betão, cofragens e armaduras estejam distinguidos em rubricas próprias facultando, assim,
uma determinação mais correcta das quantidades de materiais, isto é, quando temos diferentes
materiais devidamente separados é mais fácil detectar eventuais erros que possam surgir na medição, e,
em termos orçamentais é mais simples de o executar.

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Nas fundações toda a informação relativa às condições de planimetria e altimetria, à natureza e
hidrologia do terreno, à existência de construções e obstáculos, à localização das construções na
vizinhança do edifício que possam afetar o trabalho de execução das fundações, e à existência de
terrenos infetados ou infestados deverá ser referido nas medições ou outras Peças Escritas do processo.
A unidade de medida mais utilizada para a execução da medição de fundações é o m3 ou em m
dependendo do tipo fundação, directa ou indirecta.
No caso das fundações indiretas, quando se realiza a medição na fase de projecto, deve ficar sempre
salvaguardada, mesmo que exista um estudo geotécnico, as cotas que estas poderão atingir, pois, por
vezes mesmo com estudos geotécnicos as condições no terreno poderão ser relativamente diferentes. O
estudo não engloba toda a área, mas somente alguns pontos desta, que são uma amostra real do que
poderão ser as características geotécnicas e geológicas da totalidade do terreno.
No caso das fundações directas deve ter-se em consideração a proximidade a edifícios existentes, pois
o método de trabalho poderá ser diferente consoante a sua localização.

Regras para Medição de Fundações

Fundações Indirectas Estacas Pré-fabricadas m ou m3


Moldadas m ou m3
Pegões m ou m3

Fundações Directas Proteção de Fundações m2


Enrocamento e Massames m2
Muros de Suporte e Paredes m3
Sapatas e Vigas de Fundação m3

Cofragens de Proteção de fundações, Massames, Sapatas, Vigas de Fundação, Muros de m2


Suporte e Paredes

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Betão, Cofragem e Armaduras

Betão

As medições de betão, betão armado e betão armado pré-esforçado, deverão ser separadas em
subcapítulos próprios. Dentro destes, os trabalhos de betão, cofragens, armaduras e elementos pré-
fabricados em betão também serão individualizados. As medições serão discriminadas por elementos de
construção as quais devem indicar as referências de identificação utilizadas no projecto.
Como referido anteriormente os trabalhos de betão armado, de betão armado pré-esforçado, de betão
de agregados leves, etc. são rubricas que devem ser decompostas de acordo com as diferentes
características do betão (classe de resistência e qualidade, classes de exposição, etc).
Todas as operações relativas à execução dos trabalhos de betão (fornecimento e transporte de
materiais, preparação, carga, transporte, colocação em obra, compactação e cura) serão englobadas
nas medições, salvo, alguma consideração especial. A descriminação das medições das cofragens e
armadura é importante, pois permite, a determinação mais precisa das quantidades de materiais
(madeira de cofragem, prumos, varões de aço para armaduras, cimento areia, etc) a utilizar na execução
das tarefas, e também uma determinação mais correcta dos custos que estão relacionados com essa
tarefa.
As medições de elementos de construção pré-fabricados em betão serão realizadas de modo a ficarem
individualizados com as mesmas características, executados com materiais e dimensões idênticas.
Devem ser separados de acordo com a natureza e qualidade dos materiais constituintes, tipo de
acabamento das superfícies dos elementos, sistema de ligação ou de articulação entre vários elementos.
Todas as operações relativas à execução dos trabalhos de elementos pré-fabricados (fabrico, carga,
transporte, descarga, montagem e colocação em obra) serão englobadas nas medições.

Em relação aos critérios de medição a adoptar é importante ter-se em atenção os seguintes critérios:

Se existirem pilares de secção variada, o cálculo do volume deve ser realizado em função da
secção média do mesmo.
No caso das escadas, deve-se ter em consideração alguns elementos importantes, tais como:
• O ângulo que as escadas fazem com a linha horizontal;

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• As diferentes espessuras a serem consideradas nas escadas;
• O número de degraus existentes.
Sendo assim temos a seguinte fórmula para o cálculo do volume de betão das escadas:

 c  p × p2 
V = 2 ×  1 × c4 × e1 + N × c4 ×  1 
 Cosα  2 

Fig. 1 – Regras de medição em escadas

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Logo, o volume é dado pela seguinte fórmula:
( )
V m3 = a × b× h

Cofragem

Todas as operações relativas à execução de trabalhos de cofragem (fornecimento e transporte de


materiais, fabrico, montagem, desmontagem, carga, transporte, descarga, reparações e limpezas) serão
englobadas nas medições.
As medições de cofragens correntes e especiais ficarão individualizadas em rubricas próprias e cada
uma delas decomposta de acordo com as suas características das mesmas (natureza dos materiais,
condições particulares de execução, fornecimento, transporte, montagem, etc).
Quando se deseja fazer a subtração de uma determinada área, não são consideradas áreas menores a
0.50m2, sobretudo aberturas existentes, atravessamentos de tubos ou condutas e intersecções de vigas
com paredes, e de vigas secundárias com vigas principais.

Armaduras

Os elementos de construção utilizados nas medições de armaduras serão os mesmos usados nas
medições de betão.
As medições das armaduras, devem ser separadas nas seguintes rubricas: varão, redes
electrosoldadas, perfis metálicos e as armaduras para pré-esforço, individualizadas em rubricas próprias
que por sua vez serão decompostas de acordo com as características gerais das mesmas. Esta
individualização vai permitir a determinação dos custos destes diferentes tipos de aço e facilitar a
encomenda e aquisição durante a execução da obra.

Regras para Medição de Betão, Cofragens e Armadura


Paredes
Lajes maciças
Betão m3
Escadas
Pilares

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Vigas, Lintéis e Cintas

Cofragem de paredes, cortinas e palas, lajes


m2
Cofragens maciças, escadas, pilares, vigas e lintéis de cintas
Juntas de dilatação m ou unidade

Aço em Varão
Armaduras Kg
Redes electrossoldadas

Elementos Pré-fabricados

A medição dos elementos pré-fabricados, depende da natureza dos mesmos, este devem ser medidos
em rubricas próprias, dependendo do local e o fim a que se destinam.
As medições devem ser separadas nas seguintes rubricas:

Guias de lancis;
Madres;
Degraus;
Peitoris;
Soleiras;
Ombreiras;
Escadas;
Asnas;
Vigas;
Ripas;
Lajes aligeiradas;
Etc.

Guias de lancil, degraus, peitoris, soleiras e ombreiras

Em relação a guias de lancil, degraus, peitoris, soleiras e ombreiras, estas devem ser medidas ao m,
com a indicação das dimensões das superfícies, caso não exista pormenorização em projecto destes
elementos deverá ser indicada a secção dos mesmos e descrever com máximo detalhe o elemento.

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Escadas e Asnas

As escadas e Asnas, deverão ser medidas á Un, com a indicação do comprimento do vão da asna ou
desenvolvimento das escadas, bem como todas as suas características tipológicas, descrevendo sempre
o mais pormenorizado possível o elemento.

Vigas/Madres

No caso das vigas e madres a unidade de medida a utilizar deve ser o m, com a indicação das
características do material utilizado, das dimensões da secção e todas as características que o operador
considere relevantes. De salientar que todos os elementos com a mesma secção/características de
deverão ser considerados na mesma rubrica.

Ripas e Lajes Aligeiradas

A unidade de medida a ser utilizada para medição de ripas e lajes aligeiradas é o m2.
As dimensões das lajes aligeiradas devem de ser obtidos pelas distâncias entre as faces das vigas,
lintéis, pilares e paredes onde elas se encontrem. Todas as características referentes à laje devem de
ser mencionadas, quer dos materiais aplicados quer da espessura da laje.
No caso das ripas estas devem ser medidas ao m2, com a indicação do espaçamento entre elas, será
importante referir qual o tipo de secção e dimensões da mesma.

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Estruturas Metálicas

As estruturas metálicas serão medidas de acordo com as diferentes partes da obra como, estruturas,
pavimentos, escadas, estrutura de cobertura, etc. Estas serão decompostas em artigos próprios de
acordo com a natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais, secções nominais e
forma dos elementos constituintes, tipo de ligação das peças, tipo de protecção e acabamento e
condições de execução. As medições devem de ser descriminadas por elementos de construção,
pilares, vigas, travamentos, etc.
A realização das medições englobará todas as operações relativas a execução dos trabalhos
nomeadamente, fabrico, decapagem e aplicação de camada de protecção, fornecimento, carga,
transporte e descarga, montagem e desmontagem de andaimes e cimbres, colocação, montagem e
afinação dos elementos estruturais e sua ligação definitiva (rebitagem, aparafusamento ou soldadura).
A unidade a ser utilizada na sua realização em regra geral, é o kg.
Dado que as estruturas metálicas contém diversos acessórios e ligações, além dos perfis, as medições
devem inclui-los explicitamente, devendo o mesmo constar na descrição do artigo respectivo.

Determinação das medidas para o cálculo das medições:


No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão determinados em m e convertidos em Kg, de
acordo com a massa nominal;

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As chapas, deve-se determinar a área em m2 e converter para Kg, de acordo com a massa
nominal;
No caso dos elementos com outro formato, deverá indicar-se a massa por unidade (Kg/Un);
Não serão feitas deduções de entalhes e furos. Nos perfiz cortados obliquamente, a medida será
a do maior cumprimento do perfil.

Regras para Medição de Estruturas Metálicas

Pilares
Vigas Kg
Estruturas metálicas
Chapas
Acessórios *

* Os acessórios normalmente são contabilizados, na descrição dos artigos.

Alvenarias

As medições de alvenarias são agrupadas conforme os vários tipos existentes. A medição em cada um
dos grupos será individualizada em rubricas próprias de acordo com a natureza, forma e dimensões dos
materiais constituintes, dimensão das alvenarias, composição das argamassas, condições de execução,
etc.
De uma forma geral, as medições de alvenarias são particularizadas de acordo com a sua localização no
edifício (infra-estrutura, alvenarias em trabalhos exterior/interior do edifício) e que por sua vez são
decompostas em elementos de construção que as compõe.
Todos os trabalhos relativos à execução de alvenarias, fornecimento e transporte de materiais, fabrico
de argamassas, cargas, descargas e execução, são englobados nas medições, por forma, a contabilizar
todas as suas subtarefas, nomeadamente se exigir a utilização de mão de obra especializada.
As dimensões das alvenarias são referidas, geralmente, à sua espessura. A título de exemplo quando é
referida uma alvenaria de 11, trata-se de uma alvenaria com espessura de 11cm, mas, quando for
realizado o mapa de medições/quantidades com a descrição dos materiais, deverão ser colocadas todas
as dimensões que compõem a alvenaria, como por exemplo: alvenaria de tijolo de 30x20x11.

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Regras para Medição de Alvenarias

Muros de Suporte/Vedação m2
Alvenarias Paredes exteriores/Interiores m2
Pilares m3

Cantarias

As cantarias serão aglomeradas em cantarias de pedra natural e cantarias de pedra artificial. As


medições em cada um dos grupos serão individualizadas em rubricas próprias de acordo com a natureza
e qualidade da pedra ou material artificial, formas geométricas e dimensões, acabamento dos
paramentos vistos, modos de assentamento e ligação, composição e dosagem dos ligantes, etc.
Todos os trabalhos relativos à execução dos trabalhos de cantarias, fabrico, fornecimento e transporte
de materiais, assentamento, cargas, descargas, montagem e desmontagem de andaimes e cimbres, são
englobados nas medições.
No caso de obras de arte em cantaria, designadamente estátuas, motivos ornamentais, etc, a medição
destes elementos deverá ser á unidade, e com descrição o mais detalhada possível.

Regras para Medição de Cantarias

Placas de cantaria (com as dimensões de cada m2


Cantarias
elemento)

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Placas de cantaria (com as dimensões de cada m
elemento)
Placas de cantaria (com as dimensões de cada Un
elemento)

Carpintarias

Nas medições de carpintarias, os elementos com as mesmas funções construtivas, serão agrupados em
rubricas próprias de acordo com as características principais, secundárias e classes de escolha; secções
nominais e forma dos elementos constituintes; meios de fixação e ligação entre peças e dos
assentamento dos elementos; teor de humidade; tipo de preservação das madeiras; tipo e qualidade do
acabamento; condições de execução; etc.
As medições englobarão todas as operações relativas à execução de trabalhos de carpintarias, fabrico,
fornecimento e assentamento, incluindo os elementos principais e acessórios, nomeadamente:
ferragens, vedantes, bites, etc.
Caso seja necessário, os trabalhos acima referidos devem ser sempre medidos em separado,
descrevendo detalhadamente todas as suas características.
No caso das ferragens, deve enunciar-se sempre todas as suas características nomeadamente:
Tipo de ferragem;
Natureza dos materiais ou das ligas;
Dimensões;
Meios de fixação;
Tipo de protecção.
As pinturas e envernizamentos, deverão ser medidos caso se justifique em separado, em rubricas
próprias, com a descrição de todas as suas características e métodos de aplicação.

Regras para Medição de Carpintarias

m, para perfis com a mesma


Estruturas de Paredes ou secção
Carpintarias Estruturas de Madeira
Divisórias Un, ou m3, para peças com outro
formato

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m3, com a indicação dos respectivo
Estruturas de Pavimentos
revestimentos

m, para rincões, madres e varas


Estruturas de Coberturas
m2, de vertente para a ripa

Estruturas
Complexas(Asnas,
Un ou m3
estruturas formadas por
elementos curvos)

Guardas, balaustradas,
Un ou m2, indicando as
Escadas corrimãos, revestimentos e
dimensões/quantidades
guarnições de madeiras

Portas, janelas e outros Conjunto dos principais Un, com a descrição das
elementos em vãos. elementos e acessórios. dimensões.

Guardas balaustradas e Conjunto dos principais


m, com descrição das dimensões.
corrimãos elementos e acessórios.

Rodapés e sancas m
Estruturas leves ou de 2
Revestimentos e m
fixação de revestimentos
Guarnecimentos de
madeiras
Medidos de acordo com o capítulo
Revestimentos
de revestimentos

Serralharias

As medições de serralharias serão associadas em serralharias de alumínio e serralharias de aço e


outros metais. As medições de cada um dos grupos devem de ser individualizadas em rubricas próprias
de acordo com a natureza do metal ou das ligas ou dos seus elementos principais, secções nominais e

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formas de elementos constituintes, meios de fixação e de ligação entre peças e de assentamento dos
elementos, tipo de proteção e acabamento, condições de execução, etc.
As medições englobarão todos os trabalhos relativos à execução da própria serralharia, fabrico,
fornecimento e assentamento incluindo os elementos principais e acessórios nomeadamente: ferragens,
vedantes, etc.
Na descrição dos artigos do mapa de quantidades, deve ficar enunciado os meios de fixação e peças de
ligação. Não é possível concluir este processo sem que sejam incluídas as principais características das
ferragens tais como:
Tipo de ferragem;
Natureza do metal constituinte;
Tipo de protecção e acabamento;
Dimensões;
Meios de fixação.
As pinturas, decapagem, tratamentos anti-ferrugem, etc, deverão ser medidas caso se justifique em
separado, em rubricas próprias, com a descrição de todas as suas características e métodos de
aplicação.
Em relação aos vãos, estes devem de ser medidos à Un, com a descrição das seguintes características:

Os diferentes materiais utilizados;


A sua dimensão;
Número de folhas;
Tipo de revestimento;
Classe de impermeabilidade;
Tipo de movimento ou modo de abrir;
Meios de fixação.

Regras para Medição de Serralharias

Conjunto das partes Un, com indicação


Portas Janelas e principais das dimensões.
outros
Serralharias
componentes em Apenas aro ou m, com indicação
vão. guarnecimento das dimensões

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Caixilhos fixos e grades Un ou m2, com
indicação das
dimensões.

Fachadas Para o conjunto de m2, com descrição


elementos que constituem pormenorizada de
a fachada-cortina todos os elementos
constituintes

Guardas Conjunto de elementos m, Un, com


balaustradas indicação das
dimensões.

Revestimentos Revestimentos Medidos de acordo


com o capítulo de
revestimentos

Impermeabilizações e Isolamentos

As medições serão individualizadas nos subcapítulos correspondentes aos trabalhos de isolamentos e


de impermeabilizações de acordo com as características dos trabalhos a efectuar. Estes trabalhos
agrupam-se no mesmo capítulo porque se manifesta a tendência de serem realizados pelo mesmo
empreiteiro.
É necessária a separação da medição dos trabalhos de isolamentos nas rubricas “isolamentos térmicos”
e “isolamentos acústicos”, uma vez que a execução e a utilização de materiais são distintas.
As medições englobam todos os trabalhos relativos a execução de isolamentos e impermeabilização
nomeadamente, fornecimento e assentamento de todos os materiais necessários.

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Regras para Medição de Isolamentos e Impermeabilizações
m2

Isolamentos em placas m para isolamentos com


desenvolvimento linear de larguras
constantes

Isolamentos com material a m2 para espessuras de materiais


granel ou modulado “in situ” constanstes

As medições serão em conjunto


Isolamentos Sistemas de isolamentos (isolamento térmico e acústico) as
Isolamentos e
compostos unidades a utilizar serão de acordo
Impermeabilizações
com o tipo de material utilizado.

m,m2,Un se tratarem-se de dobras


ou sobreposições, isolamento para
Trabalhos acessórios
passagem de canalizações,
chaminés, condutas diversas.

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2
m , para camadas de forma

m2 para sistemas de
impermeabilização

Impermeabilizações de Un para elementos de pequena


coberturas e terraços dimensão com desenvolvimento
inferior a 1m e pequenas aberturas
de ventilação.

m2 para camadas de proteção


Impermeabilizações

Impermeabilização de Medições efetuadas pelas regras


elementos verticais do capítulo de revestimentos

Impermeabilização de Medições efetuadas pelas regras


elementos enterrados do capítulo de revestimentos

Impermeabilizações de
m
juntas

Fig. 2 – Regras para Medição de Isolamentos e Impermeabilizações

Revestimentos de Paredes, Pisos, Tectos e Escadas

As medições serão individualizadas nos subcapítulos correspondentes aos trabalhos de revestimentos


de paramentos exteriores de paredes, revestimentos de paramentos interiores de paredes,
revestimentos de pisos interiores e exteriores, incluindo terraços, revestimentos de tectos interiores,
revestimentos de tectos exteriores e revestimentos de escadas (lanços e patins). Estes subcapítulos
serão, ainda, subdivididos consoante a designação do tipo e complexidade dos trabalhos a realizar, que
por sua vez serão decompostos em rubricas próprias tendo em atenção a natureza dos materiais

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constituintes; composição das argamassas; dimensões das peças de revestimento; acabamentos das
superfícies de revestimento; natureza, forma e posição das superfícies a revestir; condições de
execução, métodos de assentamento; etc.
Na realização das medições, serão englobadas todas as operações relativas à execução dos trabalhos
(carga, transporte, descarga, preparação e aplicação dos materiais, montagem e desmontagem de
andaimes, limpezas, etc).

Regras para Medição de Revestimentos de Paredes, Tectos, Pisos e Escadas

Revestimentos de
m2
estanquicidade

Revestimentos de
m2
Revestimento de paramentos exteriores impermeabilização
de paredes Revestimentos de isolante
m2
térmico
Revestimento de acabamento
m2
ou decorativo

Revestimentos de
m2
Regularização

Revestimentos de Revestimento de paramentos interiores


Revestimentos de acabamentos m2
Parede, Pisos, de paredes
Tectos e Escadas Revestimentos resistentes à
m2
água

Revestimentos executados “in


Revestimento de pisos interiores e m2
situ”
exteriores incluindo terraços
Revestimentos manufaturados m2

Revestimentos m2

Revestimentos de tectos interiores Estruturas leves ou grades de


suporte, para apoio ou fixação m2
de revestimentos

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Revestimentos, Divisórias leves
Revestimentos de tectos exteriores e gradeamentos incluindo a m2
respetiva estrutura

Patins m2

Usar regras
Superfícies inferiores dos
estabelecidas
lanços e patins
para tectos

m2, para
revestimentos
Revestimento de escadas contínuos
Revestimentos de degraus
m para
revestimentos
com peças
lineares
m quando
executado de
Focinhos dos degraus
material
diferente

Revestimentos de Coberturas Inclinadas

As medições serão individualizadas em rubricas próprias consoante o tipo de revestimento a utilizar


(telhas, chapas metálicas, chapas de fibrocimento, etc). Estas rubricas serão decompostas tendo em
atenção a natureza dos materiais constituintes, dimensões das peças de revestimento, métodos de
assentamento, condições de execução.
Na medição será englobado o fornecimento dos materiais e todas as operações relativas a execução
dos trabalho de revestimento de coberturas inclinadas.

Regras para Medição de Revestimentos de Coberturas Inclinadas

Águas m2
Beirados m
Revestimentos de
Revestimentos de coberturas Cantos Un
Coberturas Inclinadas
Cumieiras, rincões m
e larós

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Telas de vidro e Un, com a
elementos de descrição das
ventilação suas
características

Caleiras de algeroz m
ou de larós

Tubos de queda m
Funis, ralos ou Un
Drenagem de águas pluviais outros acessórios
Remates com m
paramentos
verticais (Rufos,
canais, etc)

Pinturas

As medições serão realizadas e individualizadas em rubricas próprias consoante o tipo do trabalho,


natureza e qualidade dos materiais, natureza e acabamento da superfície a pintar, trabalhos
preparatórios da superfície a pintar, trabalhos preparatórios da pintura, trabalhos e número de demãos
de acabamento, condições de execução, etc.
Na descrição dos artigos, são englobados todos os trabalhos relativos à execução de pinturas
nomeadamente: fornecimento e preparação de materiais, os trabalhos de preparação de superfícies e
preparatórios de pintura, a pintura propriamente dita com o seu acabamento.

Regras para Medição de Pinturas

Paredes e tetos m2
m para perímetro pintado inferior a 0,30m
Perfis
m2 para perímetro pintado superior a 0,30m
Pinturas Medições realizadas de acordo com as regras
Tubos e condutas para os perfis

Pequenas peças isoladas Un


Pinturas de portas e janelas m2 com indicação das dimensões dos vãos

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Acabamentos

Neste subcapítulo estão incluídos todos os trabalhos que não se encontram nos subcapítulos anteriores
e/ou seguintes e que são constituídos por trabalhos finais de uma obra.
Regras para Medição de Acabamentos

Afagamento e acabamento de pavimentos de


m2
madeira e cortiça

Acabamento de pavimentos de ladrilhos


m2
cerâmicos, de mármore e pastas compósitas

m2 para medição de alcatifas


Acabamento de pavimentos com alcatifas, Un para a medição de tapetes e
Acabamentos tapetes ou passadeiras passadeiras, com a indicação das
dimensões

Acabamentos de paredes com papel colado ou


m2
panos decorativos

m2, ou outra com a indicação das


Outros acabamentos
características e dimensões

Especialidades

Instalações de canalização

As medições de instalações de canalização devem ser realizadas, por forma a serem individualizadas
em rubricas próprias, consoante a sua natureza, ou seja, materiais constituintes dos tubos e acessórios,
características dos tubos e acessórios, tipo de ligação dos tubos, tipo de protecção, de isolamento e de
acabamento das canalizações, bem como as condições de execução.

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A medição de canalização deverá ser realizada ao m, incluindo todos os acessórios e tubos, o
equipamento deve ser medido a unidade, com a descrição todas as suas características.
Em relação aos trabalhos de abertura de roços e furações, estes deverão ser medidos ao m e a Un
respectivamente.
As medições de Instalações de canalização para águas, serão divididas em sete subclasses, que
seguidamente se apresentam:

1. Redes de Esgotos domésticos ou águas residuais;


2. Redes de Águas Pluviais;
3. Redes de Distribuição de Abastecimentos de Águas;
4. Equipamentos Sanitários;
5. Redes de Distribuição de Gás;
6. Sistema de Evacuação de Lixos;
7. Testes e Ensaios.

Regras Gerais para Medição de Instalações de Tubagem

Redes de Esgotos Domésticos ou Águas Residuais


Descrição Un
Medição de canalização incluindo acessórios de
tubos
m
Medição de Equipamentos Un
Medição de Câmaras de Visita, de inspecção, de
retenção, sinfónicas, fossas sépticas, etc.
Un
Medição de Valas drenantes ou trincheiras
filtrantes
m
Medição de Poços de filtragem Un

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Redes de Águas Pluviais
Descrição Un
Medição de canalizações, equipamentos,
câmaras, fossas sépticas, valas e poços, são
realizadas de forma igual à rede de esgotos
domésticos ou águas residuais.

A medição de acessórios nomeadamente, ralos,


funis e abas, etc.
Un

Redes de Distribuição de Abastecimentos de Águas


Descrição Un
Medição de canalização incluindo acessórios de tubos m
Medição de equipamentos Un

Equipamentos Sanitários
Descrição Un
Medição de equipamentos sanitários, acessórios,
Un
assentamento, etc
gr Gerais
Redes de Distribuição de Gás
Descrição Un
Medição de canalização incluindo acessórios de tubos m
Medição de equipamentos Un

Sistema de Evacuação de Lixos


Descrição Un
Medição de Tubos de Queda m
Medição de bocas de descarga Un
Medição de sistemas de ventilação Un/m
Medição de sistema de limpeza Un
Medição de sistema de Receção de lixo Un

Testes e Ensaios
Descrição Un
Medição de testes e ensaios VG/Un

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Instalações Elétricas e Telecomunicações

Em relação às medições de instalações eléctricas e telecomunicações, estas devem de ser


individualizadas em subclasses, mais propriamente em quatro subclasses, que seguidamente se
apresentam:

Alimentação geral;
Colunas montantes e derivações;
Instalações de iluminação;
Tomadas e força motriz;
Instalações elétricas especiais.

Por sua vez, estas poderão ainda ser agrupadas em subcapítulos consoante a desiganação ou natureza
dos trabalhos, assim sendo, podemos dizer que se podem agrupar em: instalações enterradas;
instalações embebidas em roços; instalações embebidas no betão; instalações à vista e instalações
aéreas.
As medições englobarão as operações de fornecimento, execução, assentamento ou montagem.
As medições de cabos e condutores, de tubos de protecção, das caixas, serão individualizadas de
acordo com as características que apresentarem.

Regras Gerais para Medição de Instalações Elétricas e Telecomunicações

Alimentação geral
Descrição Un
Cabos de Alimentação m
Portinholas Un, com indicação das
características dos elementos
Posto de Transformação e Quadro Geral de baixa Un, com indicação das
tensão características dos elementos

Colunas montantes e derivações

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Descrição Un
Tubos de Proteção m, incluindo todos os acessórios
necessários
Caixas de Coluna Un, com a especificação das
características dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios

Instalações de Iluminação, tomadas e força-motriz


Descrição Un
Quadro de Distribuição Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Tubos de Proteção m/Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, incluindo os respectivos acessórios.
Cabos e Condutores m
Aparelhagem de manobra, ligação proteção Un, incluindo os respectivos acessórios.
Armaduras Un, incluindo os respectivos acessórios.

Instalações Eléctricas Especiais - Sinalização


Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Aparelhagem de manobra Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Quadro de alvos Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

Instalações Eléctricas Especiais – Telefone de porta e portaria


Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Telefones de porta Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Altifalante de Porta Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

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Central Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

Instalações Eléctricas Especiais – Campainhas e Trincos Elétricos


Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Aparelhagem de manobra e ligação Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Campainhas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Trinco eléctrico Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

Instalações Eléctricas Especiais – Automático de Escadas


Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Aparelhagem de manobra e ligação Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Armaduras Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Automático de Escadas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

Instalações Eléctricas Especiais – Telefones


Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Aparelhagem de ligação Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

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Instalações Eléctricas Especiais – Antena coletiva de telecomunicações
Descrição Un
Tubos de proteção Un/m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Cabos e condutores m, incluindo todos os acessórios
Aparelhagem de ligação e Antenas Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

Instalações Eléctricas Especiais – Pára-raios


Descrição Un
Pára-raios Un com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Fita Condutora m, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Caixa de medição de Terra Un com a descrição das caracteristicas
dos elementos.
Eléctrodo de terra Un, com a descrição das caracteristicas
dos elementos.

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