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dicas para
melhorar a
sua escrita
REGRAS
GRAMATICAIS
Uso do acento grave,
regência, vírgula e
muito mais
Esclareça as
dúvidas ortográficas
mais frequentes
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Aprender a escrever bem
Aprender a escrever melhor é objetivo de todos hoje em dia. Em qualquer trabalho
somos requisitados diariamente para escrever relatórios e ofícios, escrever e-mails
ou outras correspondências.
Escrever não é uma tarefa fácil. Para melhorar a escrita é necessário muita dedica-
ção e estudo. O conhecimento das diferenças entre a língua falada e escrita e de
alguns conceitos de gramática são importantes.
Para isso, além de exercitar constantemente, a leitura é um caminho fácil e agradá-
vel de aprender novas formas de escrita e também as regras gramaticais.
1. Evite abreviações.
2. Não faça uso de estilos muito rebuscados de escrita.
3. Não utilize aliterações abusivas, ou seja, não repita palavras que têm o som parecido.
4. Utilize letras maiúsculas onde forem necessárias.
5. Evite lugares-comuns.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Evite utilizar palavras estrangeiras, quando as mesmas não forem necessárias.
8. Jamais faça emprego de gírias.
9. Não utilize palavras de baixo calão.
10. Não generalize.
11. Evite repetir a mesma palavra.
12. Não abuse das citações.
13. Frases incompletas tornam seu texto confuso.
14. Não seja redundante.
15. Seja específico.
16. Nunca use frases com apenas uma palavra.
17. Evite a voz passiva.
18. Use a pontuação corretamente.
19. Fuja de perguntas retóricas.
20. Nunca use siglas desconhecidas.
21. Não exagere
22. Evite mesóclises.
23. Evite analogias.
24. Não abuse das exclamações.
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da
ideia contida nelas.
26. Cuidado com a ortografia.
27. Seja incisivo e coerente.
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15 Exercícios para Melhorar sua Escrita
Exercícios de escrita são ótimos caminhos para melhorar suas habilidades na pro-
dução textual e até gerar novas ideias para futuros trabalhos. Eles podem também
dar-lhe uma nova perspectiva do seu projeto atual. Um dos grandes benefícios de
exercícios particulares é que você pode se sentir livre do medo ou perfeccionismo.
Para tornar-se um escritor é importante às vezes escrever sem a expectativa de
publicação. Não se preocupe se sair imperfeito, para isso que serve a prática. O
que você escrever em qualquer um desses exercícios, pode não ser o seu melhor
trabalho, mas é uma boa prática para quando você precisar escrever o melhor.
1. Escolha dez pessoas que você conhece e escreva uma frase descrevendo cada uma.
2. Grave 5 minutos do rádio (ou de algo que você ouça). Escreva o diálogo e adicione
descrições narrativas dos falantes e suas ações, como se estivesse montando uma cena.
3. Escreva uma autobiografia com cerca de 500 palavras.
4. Escreva seu testamento. Liste todas as realizações de sua vida. Você pode escre-
ver como se você fosse morrer hoje, ou daqui a 50 anos.
5. Faça uma descrição de seu banheiro, em 300 palavras.
6. Escreva uma entrevista fictícia com você mesmo, uma figura famosa, com um
caráter também ficcional. Faça isso de uma forma apropriada (ou inapropriada),
como se fosse para uma revista famosa.
7. Pegue um jornal ou folheto de supermercado, olhe os artigos e escolha um que
possa ser base para uma cena ou história que você queira escrever.
8. Mantenha um diário de caráter fictício.
9. Pegue uma parte de um livro e reescreva em um estilo diferente, como um ro-
mance gótico, de ficção ou ainda uma história de terror.
10. Escolha um autor, que não necessariamente precise ser seu favorito, e escreva
sobre o que você acha da forma como ele escreve. Faça isso sem consultas primei-
ramente, só depois de terminado, releia algumas de suas obras e veja se esqueceu
algo e, se preciso, mude seu texto. Analise quais elementos do estilo dele você
pode adicionar ao seu próprio e quais elementos você não pode (ou não quer) adi-
cionar. Lembre que seu estilo é único e que você deve apenas pensar em adicionar
elementos a ele. Nunca tente imitar alguém por mais de um ou dois exercícios.
11. Pegue um texto que você tenha escrito em primeira pessoa e reescreva-o em
terceira pessoa, ou vice-versa. Você também pode tentar fazê-lo mudando o tem-
po verbal, narração, ou outros elementos estilísticos. Não faça isso com um livro
inteiro, só com pequenos trechos. Depois de escrever um livro, nunca olhe para
trás para tentar reestilizá-lo, senão você vai gastar todo seu tempo reescrevendo
coisas, ao invés de escrever algo novo.
12. Tente relembrar da sua mais tenra infância. Escreva tudo que puder lembrar.
Reescreva como uma cena, usando sua perspectiva atual ou, se conseguir, usando
a perspectiva da idade que você tinha.
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13. Relembre um antigo argumento que você usou com alguma pessoa. Escreva
sobre o argumento do ponto de vista dessa pessoa. Lembre-se que a ideia é ver o
argumento daquela perspectiva, não da sua própria. Este é um exercício que pode
ser feito oralmente. Nunca julgue se você está certo ou errado.
14. Escreva uma descrição, com no máximo 200 palavras, de algum lugar. Você
pode usar quaisquer elementos sensoriais, descreva como se sente, como são
os sons, os cheiros e sabores de lá. Tente fazer uma descrição de forma que as
pessoas não percam os detalhes visuais.
15. Sente em um restaurante ou uma área com bastante gente e escreva os diálo-
gos que você ouve. Escute as pessoas ao seu redor, como elas falam e que palavras
elas usam. Depois de fazer isso, pode praticar terminando seus diálogos. Escreva
sua versão sobre como as conversas continuam.
O Processo de Escrita
Planejamento
Decida o quê você está escrevendo e para quem está. Caso não tenha como saber
o perfil de seus leitores, use você mesmo como exemplo: Se alguém precisasse
passar esta informação a você, seis meses atrás, como deveria ter feito?
Organize seu texto de forma estruturada. Organize cada parte como um bloco que
tem seu propósito, que por sua vez, também divide-se em sub-blocos com uma
função definida.
Caso você não consiga imaginar como organizar seu material, comece a escrever
ideias aleatoriamente, e depois coloque-as em ordem.
Rascunho
Na hora de fazer um rascunho, simplesmente jogue tudo no papel. Sem elegân-
cia, sem perfeição, apenas jogue tudo no papel, então você não vai mais precisar
guardar tudo em sua mente.
Não se preocupe com a gramática, com o modo que você está escrevendo, ou em co-
locar palavras bonitas. Se concentre no que você quer dizer e em como organizar isso.
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Mantenha tudo o mais simples possível. Quando uma pessoa não entende um
texto, ela simplesmente não o lê.
Nunca tente soar formal, ou sofisticado. Se o seu trabalho não está cheio de gírias
e termos “de rua”, já está formal o suficiente.
Escrever difícil é um ótimo jeito de espantar leitores.
Você sabe quais as palavras que nunca devem ser usadas para escrever? Pois são
aquelas que você não sabe o significado.
Nunca use uma palavra até que você saiba exatamente o que ela significa.
Revisão
Os computadores são a grande ferramenta. No ponto atual com eles podemos
revisar qualquer coisa, quantas vezes precisarmos, sem gastar sequer uma folha
de papel. Antigamente, isso não era tão fácil!
O objetivo da revisão é tornar o seu texto mais claro e simples de entender. Isso é fei-
to, principalmente, encontrando melhores modos de transformar ideias em palavras.
“Mas não há outro modo de colocar minhas ideias em palavras!”
NEGATIVO. Se você só consegue expressar algo de uma forma, significa que você
não entende isso, não é uma ideia, mas apenas um aglomerado de palavras.
Quando estiver revisando, finja ser o seu pior inimigo. Se há algo escrito, talvez
possa não ser entendido, então mude o texto para que isso nunca aconteça!
Tenha certeza de que a ideia principal de cada parágrafo esteja em seu início. As-
sim, como foi dito antes, as pessoas podem ler apenas o início de cada parágrafo
e ter uma ideia sobre o que se trata o texto.
Você pode deixar tudo mais claro, escrevendo com menos palavras.
Um fato matemático: uma sentença com x palavras, leva em média o tempo de x³ para
ser lida. Cortando isso pela metade, você pode fazer seu texto 8 vezes mais fácil para ler.
Vejamos um exemplo
“Uma das melhores coisas que você pode fazer para melhorar sua escrita é apren-
der como cortar as palavras que não são necessárias.”
“Uma das melhores coisas que você pode fazer para melhorar sua escrita é apren-
der como cortar as palavras que não são necessárias.”
“Um dos melhores modos de melhorar sua escrita é aprender como cortar as pa-
lavras que não são necessárias.”
“Um dos melhores modos de melhorar sua escrita é aprender como cortar as pa-
lavras que não são necessárias.”
“Um dos melhores modos de melhorar sua escrita é aprender como cortar as pa-
lavras desnecessárias.”
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Muito melhor, não é? Mas tem mais!
“Um dos melhores modos de melhorar sua escrita é aprender como cortar as pa-
lavras desnecessárias.”
“Para melhorar sua escrita, aprenda como cortar palavras desnecessárias.”
Edição
Edição é o passo onde você verifica a gramática, a sintaxe e corrige a pontuação.
Não se deixe levar apenas pelas correções do computador, ele não sabe o que
você está querendo dizer! Não seja demasiadamente auto-crítico, lembre-se que
ninguém nasceu sabendo.
Não pratique maus hábitos: Tudo que você escrever no seu dia-a-dia, vai soar
como correto para você.
Pronuncie as palavras com cuidado, ou até de forma cômica, para lembrar como
se escreve: Exatamente – Exxxxxxxatamente – Echatamente.
Formatação
Com os computadores, podemos tomar decisões sobre layout e tipografia diversas vezes
após o texto ser escrito. Todos nós precisamos do básico em conhecimentos gráficos.
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• Deixe-o padronizado: o padrão mais usado é o de fontes não-serifadas (como
Verdana) para títulos e rótulos, e serifadas (como Times New Roman) para o texto
em si. Não se esqueça do número de páginas e das margens padrão de 3 cm para
topo e esquerda e 2cm para direita e rodapé;
• Nunca desvie os olhos do leitor para outra coisa que não seja o assunto prin-
cipal do seu texto;
• Mantenha o padrão a qualquer custo: deve haver um motivo muito bom para
modificar as margens ou fontes em um determinado ponto. Seus leitores vão gastar
muito tempo tentando encontrar esse motivo.
Tipos de Resenha
Até agora for falado sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são
suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais co-
nhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, res-
ponsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se
subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
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Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um
guia ideal para uma produção completa:
5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua
opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo compara-
ções ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil
encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há
um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora
de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize ele-
mentos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi
resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e
de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e
fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluin-
do-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva
apenas descreve, não expõe a opinião do resenhista.
2. Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início
quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto.
3. Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opi-
nar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado.
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4. Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos
que você usou.
5. Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Aca-
dêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito
cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas
prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em
geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quanti-
dades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.
Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!
Unidade temática
Todo texto deve apresentar apenas uma ideia predominante. Não importa o quan-
to complexo ou simples o texto possa ser, a partir do momento em que as ideias
começam a misturar-se, o leitor sofre um lapso de entendimento imediato.
É impossível criar um texto que dê conta de tudo. Precisamos definir e desenvolver
uma ideia central, caso contrário, o texto não passará de uma lista mais ou menos
ordenada de pequenos dados quase sempre incompletos.
Concretude
Nós desenvolvemos nossa capacidade de abstração bem depois de termos apren-
dido a ler (Leia sobre as fases de desenvolvimento da leitura). Por essa razão,
entendemos muito melhor as ideias concretas.
Um texto com concretude permite a criação de significados de uma forma
muito mais fácil por parte do leitor. Falando de coisas específicas, de particu-
laridades, de diferenças, explicando fatos, ações, dando exemplos, pequenos
relatos de situações ocorridas, ilustrações, analogias e comparações, obtemos
um texto com concretude.
A falta de concretude é caracterizada pelo uso de lugares-comuns, noções confu-
sas, expressões vagas e genéricas.
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Objetividade
Talvez seja a principal qualidade de um texto. Ser objetivo significa ir direto ao
ponto, apresentar as ideias claramente de forma que o leitor possa entender o
mais rápido possível, sem distrações.
Um detalhe importante que deve ser observado é que ser objetivo não significa
ser “curto”. Veja:
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Mas tenha cuidado. Não esqueça que você quer prender a atenção desde o pri-
meiro parágrafo para mantê-la no texto todo. Se usar uma imagem impactante,
mas que nada tem a ver com o texto, o efeito se perderá.
Use uma imagem que o leitor possa relacionar com o título ou algum trecho do texto.
8. Fale do famoso
Como dizia Montaigne...
O estilo deve ter três qualidades: clareza, clareza e clareza.
Alguma frase de um especialista no tema ou pessoa conhecida pode fazer maravi-
lhas no trabalho de atrair o leitor nesses primeiros segundos.
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9. Resuma suas 128 páginas
Se seu texto é muito grande e você não está confiante se vai conseguir atrair a
atenção do leitor — mas realmente está convencido de que é um excelente mate-
rial e que vale a pena ler até o fim — adiante a ele o que vai encontrar. Explique
quais elementos fazem com que seu artigo seja imperdível.
Ao enviar um email indique o assunto da mensagem, será muito mais fácil para o
destinatário saber do que se trata e te procurar depois. Quando precisamos procu-
rar alguma informação não queremos ler todos os emails novamente simplesmen-
te porque o assunto não está claro o suficiente.
Email certo: Fulano ligou às __ querendo falar sobre __ e você pode contatá-lo no
numero __.
• Cuidado com o tamanho do anexo que você está enviando. Se ele for muito
grande seu email pode voltar e você perderá ainda mais tempo enviando-o nova-
mente.
• Cuidado com o formato do arquivo anexado. Há tanto lixo sendo enviado por aí
que os servidores e gerenciadores colocam os mais diversos filtros para proteção
do destinatário. Dessa maneira, o destinatário pode não receber o seu email.
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• Use formatação HTML somente quando necessário. Se o email e a informação
não puderem ser recebidos podem ocorrer problemas muito piores do que perder
seu tempo.
Além do mais estaríamos limitando o dispositivo de leitura, impossibilitando por
exemplo, dele ser lido em dispositivos móveis, celulares, etc.
Exemplo:
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O que deveríamos ler? Pelo que deveríamos começar? Quantas vezes um escri-
tor ambicioso deveria tomar um bom livro em suas mãos?
Oras, cada um deveria ler qualquer coisa que lhe agrade, qualquer coisa que
a gente ache interessante. Aqueles que leem coisas divertidas ou interessantes
têm uma melhor chance de serem capazes de escrever qualquer coisa de uma
também boa qualidade.
Toda leitura entediante ou seca não é recomendada para ler, mas ler qualquer
coisa substantiva de um bom autor, ou cronista, constituirá uma boa sessão de
treinamento.
A leitura é uma aptidão, não um talento, e ela pode ser desenvolvida pela prática
para aqueles que não são os melhores leitores.
Como regra geral, esperando ser engolido na sua própria escrita e não mais ter o
tempo de ler o que quer que seja, cada um deveria sempre ter ao menos um livro
que pretenda terminar de ler.
Livro de ficção ou de educação, ler sempre qualquer coisa agradável melhorará as
capacidades de leitura, e desse fato, as capacidades de escrita também.
Eventualmente, seremos capazes de notar nossos próprios erros na escrita, e talvez
mesmo na escrita dos outros através da pura prática.
Toda pessoa que se decidir a não ler não terá nenhuma esperança de ser capaz de
escrever bem o suficiente para ser louvável.
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3. Escolha suas influências
A etapa seguinte desse percurso para se tornar um escritor é escolher boas influên-
cias. Da mesma maneira que na arte da ilustração, os autores que nos interessam
vão no fim das contas dar forma ao nosso próprio estilo de escrita.
Escolha os autores dos seus livros preferidos e leia-os frequentemente. Nunca
“roube” nada deles, já que isso é uma enorme proibição, mas ler e estudar como
eles escrevem, como eles estruturam as coisas e fazem flutuar diferentes elemen-
tos, pode ajudar a desenvolver um estilo único.
Há aqueles que têm automaticamente seu próprio estilo e sabem como querem
escrever. Mas para a maioria não é o caso, e o estilo é algo que deve ser desen-
volvido com o tempo.
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Deveríamos escrever uma pequena coisa a cada dia, pouco importa a qual ponto for
curto. Escrever simplesmente todas as ideias que venham à mente durante a semana
pode ajudar a aliviar um certo peso do cérebro e servir nas futuras sessões de escrita.
Um só parágrafo por dia pode realizar bastante progresso para guardar um pen-
samento fresco e manter uma velocidade de cruzeiro na sua própria escrita. Às
vezes, é facil se instalar com a intenção de escrever apenas um pouquinho, e no
final a gente acaba por escrever bem mais do que se tinha previsto.
Então, consagrar somente uma meia hora por dia para escrever constitui um
bom exercício, de receio de pegar ferrugem ou que os conceitos comecem a
desaparecer da memória.
6. O que escrever?
Agora que fizemos o “tour” pelos principais passos para aprender como escrever,
poderíamos nos inclinar sobre os desafios de saber o que escrever. Não é objetivo
deste artigo dar ao leitor ideias sobre o que escrever, mas de preferência como
desenvolver suas próprias ideias.
A mais evidente e a mais banal das dicas é escrever o que a gente sabe. Se a gente
escreve com experiência ou sobre algo que se sente fortemente e que se conhece
a fundo, isso torna a escrita mais fácil e torna o escrito mais verossímil e lhe evita
parecer distante ou impessoal.
Que dizer daqueles que querem simplesmente escrever sobre algo que lhes in-
teressa, mas do qual eles sabem pouquíssima coisa? Isso acontece com muita
frequência, infelizmente.
No entanto, a verdade sobre esse ponto é que se pode escrever sobre algo que a
gente não conhece necessariamente no início.
A melhor ideia continua sendo a de saber bastante para escrever sobre o assunto
no momento oportuno.
É por isso que é importante efetuar uma pesquisa suficiente sobre um assunto para
escrever de uma maneira convincente. Saber exatamente os fundamentos de um
assunto pode tornar sua escrita muito verossímil e, sobretudo, útil, melhorando
bastante a qualidade de seu escrito.
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Algumas originalidades da escrita se referem ao estilo, mas na maior parte do
tempo se trata da estruturação de uma história e de seus conceitos de uma maneira
que é ao menos um pouquinho diferente.
Lançar algumas viradas e momentos decisivos ao leitor, assegurará que a obra
fique separada do monte de produções às quais carecem totalmente de originali-
dade e de inspiração e que habitam as estantes das livrarias nesses últimos tempos.
Dito isso, pode ser que o conceito mais importante, e que ocorre quando se faz ape-
nas partilhar o que se escreve, seja exatamente escrever para si mesmo. Os autores
devem escrever para si mesmos e não exclusivamente para a felicidade do leitor.
Quando encontramos ideias, não deveríamos nos colocar esta questão: “O que as
pessoas gostariam de ler?” Isso ajuda o autor a escrever com uma certa paixão e
interesse, e isso será visto na obra definitiva e impulsionará os outros a se tornarem
tão apaixonados e interessados pela obra quanto o próprio autor.
Para terminar, e muito especialmente quando eles escrevem livros, os escritores
que escrevem imaginando que são os leitores ao mesmo tempo, têm geralmente
os melhores resultados.
Pronto é quase tudo para esta introdução ao mundo da escrita. As duas coisas mais
importantes são saber como escrever e saber o que escrever.
Regras Gramaticais
Crase
Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contra-
ção se dá na junção de uma preposição com outra palavra.
Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união.
Observe:
• da (preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)
Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas ora-
ções: a crase.
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposi-
ção “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou
com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é re-
presentada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
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Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso
essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao
supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao”
ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente:
nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noi-
te, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja:
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
Regência
Não use a mesma preposição para verbos que têm regências diferentes.
Gerúndio e vírgulas
Não use vírgula antes do gerúndio que descreve o modo como algo foi feito ou
antes de gerúndio que introduz uma ação simultânea à do verbo anterior
Senão X Se não
Escreve-se se não, em duas palavras, quando a expressão equivaler a: caso não,
quando não. Escreve-se senão, numa única palavra, quando a expressão significar
ao contrário, de outro modo.
Próximo X Seguinte
Use o adjetivo próximo e suas flexões apenas para designar aquilo que seja se-
guinte ao momento atual, o futuro do presente. Use o adjetivo seguinte para de-
signar o que (se) segue; o que vem ou ocorre depois; o subsequente. Nesse caso o
ponto de referência não é o presente.
Por conta de
Não use por conta de como sinônimo de por causa de, em razão de, mas no sen-
tido de a cargo de, sob responsabilidade de.
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A partir de
A partir de significa a começar de, a datar de e marca o início de algo no tempo
e no espaço. Além disso, a locução carrega uma noção de continuidade. Não use
a partir de com o sentido de com base em ou para introduzir eventos pontuais.
Ao invés de X Em vez de
Ao invés de significa ao contrário de, só é usado para eventos ou situações opos-
tas. Em vez de significa em lugar de, é usado para indicar substituição.
E nem
E nem pode ser usado em dois casos: 1) Se antes da expressão houver uma afirmação.
2) Se antes da expressão houver uma negação e nem não trouxer sentido de adição.
Em função de
Não confunda em função de com em razão de, por causa de. Em função de só
deve ser usada com a ideia de finalidade ou de dependência.
Debaixo de X De baixo
Debaixo é sempre seguido da preposição de e significa sob, contrário de acima.
De baixo, separado, só pode ser usado em oposição a cima.
Acentuação
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramá-
tica Normativa. A mesma compõe-se de algumas particularidades, às quais devemos
estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequente-
mente, colocando-as em prática ao nos referirmos à linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de redigir, automatica-
mente aprimoramos essas competências, e tão logo nos adequamos à forma padrão.
Em se tratando do referido assunto, devemos nos ater à questão das Novas Regras
Ortográficas da Língua Portuguesa, as quais entraram em vigor desde o dia 1º de
janeiro de 2009. E como toda mudança implica em adequação, o ideal é que
façamos uso das mesmas o quanto antes.
O estudo exposto a seguir visa aprofundar nossos conhecimentos no que se refere
à maneira correta de grafarmos as palavras, levando em consideração as regras de
acentuação por elas utilizadas. Lembrando que as mesmas já estão voltadas para
o novo acordo ortográfico.
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Regras básicas – Acentuação tônica
A acentuação tônica implica na intensidade como são pronunciadas as sílabas das pa-
lavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica.
As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas
de átonas.
Acentuação gráfica
Tipos de acentos
• acento agudo (´) – Colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo “em” indi-
ca que estas letras representam as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, pú-
blico, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
Ex: herói – médico – céu
• acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o”, indica além da
tonicidade, timbre fechado:
Ex: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
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• acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e pronomes.
Ex: à, às, àquelas, àqueles
• O trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras.
Apenas há uma exceção: Somente é utilizado em palavras derivadas de nomes
próprios estrangeiros.
Ex: mülleriano (de Müller)
• O til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais.
Ex: coração – melão – órgão - ímã
Regras fundamentais:
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: a, e, o, em, seguidas ou não do plural(s)
Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
Paroxítonas:
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
táxi – lápis – júri
- l, n, r, x, ps
automóvel – elétron- cadáver – tórax – fórceps
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Regras especiais
- Os ditongos de pronúncia aberta ei, oi, que antes eram acentuados, perderam o
acento de acordo com a nova regra.
Exemplos:
Antes Agora
assembléia assembleia
idéia ideia
geléia geleia
jibóia Jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
paranóico paranoico
Observação importante – O acento das palavras herói, anéis, fiéis ainda permanece.
Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quando vierem
depois de ditongo.
Exemplos:
Antes Agora
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
- O acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” que antes existia, agora foi abolido.
Exemplos:
Antes Agora
crêem creem
lêem leem
vôo Voo
enjôo enjoo
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- Não se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba,
de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir-des, ju-iz
- As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com (u) tônico precedi-
do de (g) ou (q) e seguido de (e) ou (i) não serão mais acentuadas.
Exemplos:
Antes Agora
apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
- A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
- Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram acentuadas para
diferenciar de outras semelhantes. Apenas em algumas exceções como:
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Palavras homógrafas
pola (ô) substantivo – pola (ó) substantivo
polo (s) (substantivo) - polo(s) (contração de por + o)
pera (substantivo) - pera (preposição antiga)
para (verbo) - para (preposição)
pelo(s) (substantivo) - pelo (contração)
pelo (do verbo pelar) - pelo (contração)
pela, pelas (substantivo e verbo) - pela (contração)
Exemplos:
apreender / apreensão verter / versão
ascender / ascensão reverter / reversão
compreender / compreensão converter / conversão
distender / distensão subverter / subversão
estender / extensão
pretender / pretensão expelir / expulsão
suspender / suspensão repelir / repulsão
tender / tensão
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Devemos empregar “ç” em todos os substantivos derivados dos verbos “TER” e
“TORCER”, mais seus derivados.
Exemplos:
abster / abstenção
ater / atenção
deter / detenção
manter / manutenção
reter / retenção
torcer / torção
distorcer / distorção
contorcer / contorção
Esse ou este
Constantemente, ao ler ou escrever nos deparamos com uma dúvida: devo usar
esse ou este?
“Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que tem suas formas variáveis de
acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos de-
monstra muito bem a função dos mesmos: são empregados para indicar a posição
dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª
pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa), ou ainda de quem se fala (3ª pessoa).
Neste último caso, o pronome é aquele (aquela, aquilo)
Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso e 3ª pessoa: aquele,
aquela, aquilo.
- Este, esta e isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em rela-
ção ao tempo, é usado no presente.
- Esse, essa, isso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se
fala, ou seja, da 2ª pessoa (tu, você). Em relação ao tempo é usado no passado ou futuro.
Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este” lembre-se: “este”
(perto de mim, presente) e “esse” (longe de mim, passado e futuro).
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A ou Há
Para saber se você deve usar “a” ou “há” apresentamos aqui algumas dicas para
facilitar a eliminação de dúvidas a esse respeito:
Logo, para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas
expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da
frase, emprega-se “há”.
Importante: Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo.
Não é necessário colocar “atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de
tempo decorrido.
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Logo, se desejo ter a ideia que as horas, os dias ou os anos se passaram, devo
empregar o verbo “haver” na 3ª pessoa do singular: há.
Assim, o correto é dizer: Há pouco tempo a vi na sua casa. Eu não a vejo há muito
tempo. Ele chegou há pouco tempo.
A utilização de “atrás” é redundante e deve ser evitado, principalmente na escri-
ta, uma vez que o verbo “haver” (empregado no sentido de tempo decorrido) já
possui essa significação.
Portanto, opte por dizer/escrever: há pouco tempo ou dois anos atrás. Nunca jun-
tos: há dois anos atrás, pelos motivos já expostos.
Veja que o sujeito “A maioria das pessoas” tem o núcleo no singular: maioria. No
entanto, este último é seguido de uma palavra no plural: pessoas.
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Observação:
Anexo ou em anexo
A palavra “anexo” indica que algo está ligado, ajuntado. E, neste caso, terá função
de adjetivo, ou seja, concordará com o substantivo que o acompanha. Veja:
Neste caso, observamos que existe uma vontade por parte do interlocutor de ex-
pressar o modo pelo qual algo está sendo enviado. Não podemos dizer que a
expressão está errada, pois o verbo “segue” está sendo complementado por uma
locução adverbial de modo. Agora, se pretendo dizer que algo está indo dentro de
um anexo, é melhor que diga “no anexo” ao invés de “em anexo”.
Nas orações acima temos o entendimento de que a carta e o convite estão dentro
do anexo, ou seja, estão inseridos no anexo.
Já na oração: Segue o anexo solicitado, “o anexo” é um sintagma nominal que
tem função de sujeito da frase e, portanto, faz concordância com o verbo “segue”.
O importante é verificar a função que o termo “anexo” exerce em determinada
alocução: complemento adverbial, sujeito da oração (sintagma nominal) ou adjeti-
vo, pois cada caso exigirá uma forma de escrever o termo “anexo” ou a expressão
que integra esse vocábulo.
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Ao invés, invés ou em vez de
Muita dúvida surge no emprego de “ao invés”, “invés” ou “em vez de” e é comum,
uma vez que são muito semelhantes na grafia e também no significado.
Primeiramente, o termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa
“lado oposto”, “avesso”. Na expressão “ao invés”, o substantivo “invés” continua
com o mesmo significado, contudo, é utilizada para indicar oposição a algo ou
alguma coisa e, portanto, significa “ao contrário de”. Geralmente vem acompa-
nhada da preposição “de”.
Observe:
A empresa de cobrança ao invés de enviar o boleto, optou pelo débito em conta.
Ao invés de protestar seu nome, conceder-lhe-ei uma nova chance.
Dentre ou entre
Para não confundir mais “dentre” e “entre”, saiba que:
Dentre
O termo “dentre” é formado por de + entre e tem significado aproximado de “do
meio de”; é utilizado quando a oração necessita dos dois termos (de” e “entre”)
que o compõem. Dessa forma, os verbos que exigem a preposição “de” estão
habilitados a aceitar o vocábulo apresentado. Veja:
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Entre
O termo “entre” é utilizado quando algo diz respeito a mim e outra pessoa, ou seja,
dois indivíduos ou em toda circunstância que se quer ter o sentido da colocação de
espaço e tempo de alguém ou alguma coisa em relação à outra pessoa ou coisas. Veja:
- Estou entre os vencedores. (o sujeito “eu” ocupa um lugar em meio aos vencedores).
- O menino passou entre mim e a cadeira. (o menino ocupou um lugar entre a
pessoa que fala e um objeto).
Encima ou em cima
Por muitas vezes ficamos em dúvida sobre a grafia correta das seguintes palavras:
“encima” e “em cima”. Qual é a correta ou qual devo usar?
A palavra “encima” vem do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa
do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem
significado de “colocar em cima de”, “coroar”, “algo situado acima de”, “elevar”.
Observe:
1. O slogan criado encima toda a campanha.
2. O gerente foi encimado diretor do departamento financeiro.
Curiosidade: Por que embaixo se escreve junto e em cima separado? Isso ocorre por
uma questão de fonética e também de ortografia. Os fonemas bilabiais “m” e “b” se
adaptam facilmente na língua portuguesa, além de ser admitida a união entre os mes-
mos. Agora, no caso de “em cima” seria necessária a troca do “m” pelo “n”, o que não
é aceito ortograficamente, contudo, é muito comum encontrarmos “encima”.
Fui eu quem fiz – Não está errado, pois responde a pergunta: Quem fez isso?
Fui eu. Observe que o verbo “fiz” concorda com o sujeito anterior “eu”. Essa
construção é comum, pois a tendência é que o falante concorde o verbo com o
antecedente do pronome relativo “quem”, assim como acontece quando é o outro
pronome relativo “que”. As seguintes orações são exemplos:
Fui eu quem fez – No caso do sujeito ser o pronome relativo “quem”, o verbo fará con-
cordância em terceira pessoa, já que trata-se de um pronome de terceira pessoa. Dessa
forma, a frase “Fui eu quem fez” está correta, assim como as seguintes sentenças:
Iminente ou eminente
É fato iminente de que devemos votar em quem nos dá segurança!
Bom, se você não tem uma urna do seu lado, é melhor que não diga essa frase ou
semelhantes com o uso de “iminente”, querendo dar conotação de importância a
algo. Pois este vocábulo sugere que algo está prestes a acontecer.
O certo é a palavra parônima desta: eminente. Lembre-se que parônimos são ter-
mos que possuem proximidade na forma escrita e significados diferentes.
Eminente quer dizer notável, ilustre, alto, elevado.
Iminente, como dito anteriormente, expressa algo que vai ocorrer em breve.
Portanto, é fato notável ou eminente de que devemos votar em quem nos dá segurança!
“consigo” e “contigo”
Os pronomes si e consigo são reflexivos e, por este motivo, referem-se ao sujeito
da oração, por exemplo:
Maria gosta de elogiar a si. O pronome “si” faz referência ao sujeito “Maria”.
Maria gosta de falar consigo. O pronome “consigo” faz referência ao sujeito “Maria”.
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É comum o uso das palavras “próprio (a), mesmo (a)” juntamente com consigo e
si para reforçar a ideia de pronome reflexivo, o qual relaciona-se com um sujeito
que faz e sofre a ação:
Maria gosta de elogiar a si própria. Maria gosta de falar consigo mesma.
É incorreto o uso de “si” e “consigo” sem que seja de forma reflexiva, como em:
Quero conversar consigo. (não há um sujeito que pratica e sofre a ação, portanto,
está errado.)
O certo é: Quero falar com você.
Perca ou perda
É comum dúvidas como: O carro deu perca total ou perda total? Ou Isso é uma
perda ou perca de tempo? Essa confusão deve-se ao fato de “perca” e “perda”
serem parônimas, isto é, palavras com grafia e pronúncia semelhantes.
Contudo, vamos esclarecer em definitivo essa imprecisão sobre o uso de “perca”
e “perda”.
Perca: é uma forma verbal do verbo “perder”, a qual pode estar na primeira ou
terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo ou ainda na terceira pessoa
do singular do imperativo.
Exemplos: Você não quer que eu perca minha hora!
Não quero que ele perca o sorriso nos lábios!
Não perca a hora!
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Por que / Por quê / Porque ou Porquê
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a
análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não
haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido
que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o signi-
ficado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê
deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por
qual razão”.
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez
que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de
artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
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