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Material para estudo de produção textual

que é desenvolvimento na produção de texto?

O que é o desenvolvimento de um texto?

O desenvolvimento corresponde a um dos três elementos principais


de uma redação e a quantidade de parágrafos depende do seu objetivo. Nele,
é preciso explicar melhor o conteúdo antes introduzido, ou seja, deve-se seguir
o tema abordado, ampliando-o com mais informações.

O qué textualidade?

A textualidade corresponde a uma série de critérios que vão formar um


conjunto aparentemente desconexo de palavras em um todo conexo e fluído
denominado texto.

A textualidade é formada por critérios semânticos (coesão e


coerência) e pragmáticos (intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade,
informatividade e intertextualidade) que darão fluidez e sucessão lógica para
um texto.

Embora os critérios mencionados sejam um tanto desconhecido por


seus nomes, a função que cada um estabelece é fundamental para
classificarmos um texto ou um aglomerado de palavras. Afinal, um texto é
uma unidade de palavras/frases/sentenças que, postas em conjunto, formam
um significado e produzem sentido ao leitor. Dessa forma, um texto é uma
unidade de sentido maior, utilizada pelas pessoas para diversos fins, como
a comunicação e a expressão.

 A textualidade é um conjunto de características que tornam um


texto de fato um texto e não apenas um aglomerado de frases.
 A textualidade é formada por critérios semânticos (coesão e
coerência) e critérios pragmáticos (intencionalidade,
aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e
intertextualidade).
 A textualidade é voltada para o texto, enquanto a discursividade é
direcionada ao discurso.
 O texto é o produto final da textualidade.
O que é textualidade?

A textualidade é um conjunto de características que tornam um


texto de fato um texto e não apenas um aglomerado de frases e palavras. A
textualidade possui sete fatores que ajudam a definir um texto: coesão e
coerência, responsáveis por se relacionarem com os elementos estritamente
linguísticos, e a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a
informatividade e a intertextualidade, que estão conectadas diretamente com
fatores pragmáticos do processo sociocomunicativo.

Vejamos a seguir alguns exemplos com e sem textualidade para melhor


compreendermos esse conceito.

1. Segunda-feira, duas da manhã. Promoção suco supermercado mais só


nesta quinta. Partida empata. — Alô, mãe? Um minuto. Acordou às
nove. Olhei o preço do peixe e perguntei: “quanto custa?”. Na escola
as crianças têm apenas vinte minutos de intervalo. No filme Matrix, as
máquinas dominaram o mundo. Ela está de calça jeans, então o jantar
deve demorar. Contudo, vou aos domingos apenas.
2. Acordei. Era segunda-feira, duas da manhã. Sobre a mesa, um
panfleto: “Promoção! Suco. Supermercado. Mas só nesta quinta.” De
fato, eu precisava ir com urgência ao mercado, não só pelo suco, mas
porque a comida acabou. Enquanto eu me levantava, na TV passava
uma reprise da partida de ontem: 0x0 foi o placar. Vejo meu
Whatsapp: duas chamadas perdidas. Era minha mãe. Pensei em ligar,
mas estava muito tarde. Deitei-me novamente e acordei às nove. O
telefone tocava. Atendi: “Alô, mãe! Um minuto.” Pedi um tempo, pois
me ajeitava em uma posição confortável. A ligação foi rápida, e logo
saí. Estava com fome. Passei no mercado, perguntei o preço do peixe
e resolvi levar um para o almoço. Na volta, passei em frente a uma
escola. Lembrei que as crianças possuem apenas vinte minutos de
intervalo e foi exatamente neste momento que eu passei. Cheguei em
casa e procurei um filme para assistir enquanto deixei o peixe
descongelando. Matrix? Talvez. Gosto dessa ideia de que as
máquinas dominam o mundo. No meio do filme, dormi e acabei tendo
um sonho. No sonho, minha mãe usava jeans, tinha aparência jovial e,
por algum motivo, não sei qual, o jantar que ela preparava para a
família demorava. No sonho, era um domingo, e não uma segunda.

O exemplo 1 não atende aos critérios de textualidade. Ele parece


desordenado, sem elementos coesivos (conectivos) e, sendo assim, é
praticamente impossível construir uma unidade textual com significado e
coerência.

Por outro lado, o exemplo 2 possui sequência lógica, fluidez e elementos


coesivos entre as frases/palavras, e as ideias produzem significados de
forma coerente ao leitor. Sabemos que se trata de uma narrativa em
primeira pessoa sobre as atividades cotidianas do personagem. Ele acorda,
dorme novamente, acorda outra vez, conversa com sua mãe, vai ao
mercado, compra comida, assiste a um filme e dorme mais uma vez.
Quais são os fatores de textualidade?

Os fatores de textualidade podem ser divididos em dois grupos:

 Grupo 1: os fatores semânticos — voltam-se para o próprio texto, isto é, os


aspectos estruturais da língua. Eles são dois: a coesão e a coerência. Ambos
estão presentes no texto com o intuito de ajudar na amarração das ideias
apresentadas.
 Grupo 2: os fatores pragmáticos — relacionam-se aos aspectos
extratextuais, isto é, um conjunto de fatores fora da língua, mas que
influenciam em sua produção.

Quais são os elementos da textualidade?

Cada fator, semântico ou pragmático, divide-se em um conjunto de


elementos que corresponde a seu grupo. Os fatores semânticos são
subdivididos em coesão e coerência, enquanto que os fatores pragmáticos
são cinco: intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade
e intertextualidade.

A seguir, detalharemos cada fator, com os seus respectivos elementos.

 Fatores semânticos
o Coesão

A coesão é a manifestação linguística da coerência. Refere-se a


como as ideias expressas aparecem encadeadas na superfície textual.
Sendo assim, é composta por uma série de pronomes, artigos, elipses,
concordâncias, tempos verbais, conjunções etc.

Exemplo:

Pedro acorda. Pedro escova. Pedro trabalha.

A frase acima está dentro dos critérios da língua e pode ser utilizada. No
entanto, ela não apresenta fluidez, devido à repetição do nome “Pedro” e à
falta de conexão entre as sentenças. Uma possibilidade de correção seria:

Pedro acorda e, em seguida, escova os dentes para que, por fim, ele possa ir
trabalhar.

A sentença acima utiliza o conectivo “em seguida” para dar ideia de


continuidade e evitar repetições. Ademais, o uso do pronome “ele” evita que
o substantivo “Pedro” se repita.

 Coerência
A coerência diz respeito ao nexo entre os conceitos estabelecidos e à
coesão. Assim, coesão e coerência andam juntas. Quando se afeta uma, é
muito provável que a outra também seja afetada.

Exemplo:

O computador desligou. A energia acabou.

A relação lógico-semântica é construída a partir da correlação entre o


computador desligado (consequência) e o fato de não haver energia (causa).
Essa conexão semântica só é possível através de uma compreensão da
coerência dos fatos. Para fins de comparação, uma sentença como “O
computador desligou. A bicicleta estragou” não apresenta nenhuma conexão
entre ambas as ações, sendo consideradas isoladas. Isso ocorre por não
haver coerência entre as informações fornecidas.

Tipos de coerência- conhecê-los contribui para a escrita de uma boa


redação

 Fatores pragmáticos:

Intencionalidade: Está direcionada ao protagonista do ato comunicativo


(aquele que fala ou escreve). Trata-se da disposição e empenho de se
construir um discurso coerente, coeso e com grande capacidade de
satisfazer determinada audiência. A intencionalidade são as informações e
conhecimentos prévios que o autor tem para chegar a seu público.

Aceitabilidade:
É o outro lado da moeda, isto é, está direcionada para o receptor ou leitor do
texto. Refere-se às expectativas com relação ao texto: é um conteúdo
coeso? É sobre algum assunto do meu interesse ou que possa despertar
meu interesse? Vai me ensinar algo?

Situacionalidade: É voltada para o contexto no qual a situação comunicativa


está inserida. Ela se relaciona à adequação ou não do contexto, pois ele pode
influenciar no significado do texto. Um texto inserido em contextos distintos pode
produzir significados completamente diversos.

Informatividade: Nesse fator, consideram-se as informações prévias e as


informações novas obtidas no texto. É preciso que haja equilíbrio entre
ambas, pois um texto que possui apenas informações prévias não traz
novidade ao leitor. Já um texto somente com informações novas pode
dificultar a compreensão de uma leitura.

Intertextualidade: É a chamada relação entre textos. Um texto estabelece


vínculos com outros por meio de citações diretas ou indiretas, isto é, ele
pode retomar uma narrativa, um fato, uma imagem ou gráfico, uma ideia ou
um conjunto de frases/sentenças presentes em outros textos, seja para
afirmá-los ou refutá-los.

Diferença entre textualidade e discursividade

Se a textualidade determina os critérios para definirmos que uma


escrita se trata de um texto, a discursividade é o processo para definir um
discurso. Diferentemente do texto, o discurso é uma junção de elementos
linguísticos (textuais) com ideológicos (crenças e formação dos sujeitos)
atravessados pela história (contexto sócio-histórico).

Assim, enquanto a textualidade verifica elementos como coesão,


coerência, intencionalidade, situacionalidade, informatividade e
intertextualidade, a discursividade é responsável pelas relações ideológicas
que os textos estabelecem com o contexto histórico, as concepções e as
crenças formadoras daqueles que falam e as relações de poder entre
emissor e receptor.

Paródia e paráfrase - exemplos de intertextualidade

Diferença entre texto e textualidade

O texto é o produto final do processo de textualidade. Em outros


termos, se o texto atende aos critérios de textualidade, ele pode ser
considerado um texto.

Uma simples junção de frases desordenadas e sem nexo não caracterizam


um texto. É preciso verificar, primeiramente, se há coesão (amarração,
coerência, nexo). Em seguida, responder à pergunta: “O que pretende o
texto?”, ou seja, qual a finalidade de sua produção. Estamos falando da
intencionalidade.

Aquele que escreve precisa pensar em seu leitor/receptor e, nesse


processo, deve haver adequação da linguagem e a “simulação” de um
possível leitor. Temos aqui o processo de aceitabilidade.

Em seguida, o autor precisa se preocupar com o contexto em que o


texto será escrito, isto é, sua situacionalidade. Uma discussão política é
diferente de uma discussão esportiva, por exemplo.

A informatividade está associada ao conteúdo pensado, ou seja, a


quantidade de informação necessária para a compreensão básica do texto, e
a intertextualidade é a ponte que o texto estabelece com outros.

A textualidade, portanto, determina o que é um texto e, se for o caso, se


ele é um bom texto. Assim, a textualidade corresponde a uma etapa do
processo de escrita.

Tipologia textual
As tipologias textuais são os tipos de textos criados em determinados
contextos e que vão depender da intenção e necessidade de comunicação das
pessoas.

A tipologia textual é dividida em cinco tipos de textos:

1.tipologia narrativa (narração): contar uma história incluindo tempo,


espaço e personagens envolvidos.
2.tipologia descritiva (descrição): descrever uma pessoa, um objeto, um
local, um acontecimento.
3.tipologia dissertativa (dissertação): defender uma ideia e expor uma
opinião através de argumentações.
4.tipologia expositiva (exposição): apresentar um conceito, uma ideia, ou
informar sobre algo.
5.tipologia injuntiva (injunção): ensinar ou instruir sobre algo com o
objetivo de levar a uma ação.

Tipologia narrativa (narração)

A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de


personagens dentro de um espaço e um tempo determinado.

Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os


acontecimentos e ações de maneira linear ou não linear.

Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um


enredo linear. Do contrário, se existir uma mistura entre o passado, o
presente e o futuro, estamos diante de um enredo não linear.

Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa


da seguinte forma:

O quê? - revela a história, o assunto central da trama.

Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser


principais (protagonistas) e secundárias (coadjuvantes).

Quando? - indica o momento em que a história se passa.

Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser
ambientes físicos ou psicológicos.

Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele pode
fazer parte da história (narrador personagem) ou não participar dela (narrador
observador ou narrador onisciente).

Características da tipologia narrativa

 revela a sequência de acontecimentos de uma história;


 os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que
participa ou não da trama;
 presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com
maior frequência e são mais importantes na história, e personagens
secundários (coadjuvantes);
 marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos
históricos, ou o tempo individual de cada personagem (tempo
psicológico);
 indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos
(reais ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).

Exemplos de textos da tipologia narrativa

Os principais exemplos de textos narrativos são:

 crônicas
 contos
 romances
 fábulas
 novelas

Esses tipos de narração contém todos os elementos da narrativa: um enredo


contado por um narrador, um espaço e um tempo definido, além de incluir
personagens na trama.

Tipologia descritiva (descrição)


A descrição representa o ato de descrever algo e que pode ser uma
pessoa, um objeto, uma paisagem, um local.

Quando utilizamos a tipologia descritiva, buscamos apresentar as


principais características de algo. o que pode ser feito de duas maneiras:
descrição objetiva e descrição subjetiva.

Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, ou


mesmo impressões subjetivas sobre o que está sendo observado. A
imparcialidade (visão neutra) é uma das principais características desse tipo
de descrição. Ela busca apontar de maneira muito realista e verossímil os
atributos de algo (alto, baixo, claro, escuro, longo, curto).

Já na descrição subjetiva, a opinião, as apreciações e as emoções de


quem está descrevendo aparece de forma muito nítida, por exemplo, pelo
uso de muitos adjetivos. Nesse caso, o objetivo é valorizar a forma do
texto com o intuito de influenciar os leitores através de um juízo de valor
sobre o que está sendo observado.

Veja abaixo exemplos das descrições objetiva e subjetiva:


Descrição objetiva: A Basílica de São Marcos, localizada em
Veneza, é repleta de mosaicos. (não há uma opinião sobre o que está
sendo observado)

Descrição subjetiva: A deslumbrante Basílica de São Marcos,


localizada em Veneza, é repleta de belíssimos mosaicos. (pelo uso dos
adjetivos, nota-se as impressões do autor)

Características da tipologia descritiva

 aponta os principais atributos e aspectos de algo;


 realiza um retrato verbal sobre algo;
 valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;
 utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;
 usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto
descrito;
 presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do
indicativo para descrever cenas;
 recorre às metáforas e comparações que permitem uma melhor
imagem mental do que está sendo descrito.

Exemplos de textos da tipologia descritiva

Os principais exemplos de textos descritivos são:

 retratos falados
 diários
 notícias
 biografias

Todos eles são textos descritivos, em que há um retrato verbal


realizado pelo autor (emissor).

Tipologia dissertativa (dissertação)

A dissertação é, de maneira geral, um tipo textual opinativo e


argumentativo. Além disso, pode ser persuasivo, já que tem como intuito
defender uma ideia ou um conceito sobre determinado assunto através de
argumentações pautadas em dados, estatísticas e exemplos concretos.

Os autores que utilizam essa tipologia textual pretendem convencer


seus leitores com base nas suas opiniões. Essas opiniões são
fundamentadas em pesquisas que realizaram ou em conhecimentos que
possuem sobre o tema.

Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira


pessoa do plural (nós, eles) e não na primeira pessoa do singular (eu).

Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam


argumentativos, há também outra subcategoria denominada de textos
dissertativos-expositivos. Nesse caso, as ideias, conclusões e conceitos
apresentados são expostos de maneira neutra e imparcial, sem que o
autor mostre sua opinião.

Características da tipologia dissertativa

 textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles);


 presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do
texto;
 foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;
 uso da norma culta (linguagem formal);
 recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica
e bem conectada pelos elementos coesivos;
 utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas
para corroborar suas ideias;
 explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a
defesa do tema com mais propriedade.

Exemplos de textos da tipologia dissertativa

Os principais exemplos da textos dissertativos são:

 artigos
 monografias
 resenhas
 ensaios
 editoriais

Todos eles são escritos com uma linguagem formal e pretendem


apresentar (textos dissertativos-expositivos) ou defender uma ideia sobre
determinado assunto, convencendo o leitor (textos dissertativos-
argumentativos).

Tipologia expositiva (exposição)

A exposição é um tipo textual que apresenta informações sobre


determinado assunto. Diferente dos textos argumentativos, que utiliza
opiniões para defender uma ideia, essa tipologia tem como foco as
informações apresentadas de maneira coerente e imparcial, sem opiniões
que tentem convencer o leitor.

Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras:


textualmente (através de um texto) ou oralmente (através da fala).

Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola em que as


duas modalidades da tipologia expositiva são utilizadas (escrita e oral). A
apresentação projetada no PowerPoint é um texto expositivo escrito,
enquanto a explicação do tema pelos alunos é feita através da fala das
pessoas, configurando um texto expositivo oral.
Características da tipologia expositiva

 textos escritos ou orais sem opiniões do autor;


 uso de uma linguagem clara e direta;
 produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;
 uso de informações, dados e referências para expor o tema;
 recorre à conceituação e definição para explicar os temas;
 utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.

Exemplos de textos da tipologia expositiva

Os principais exemplos de textos expositivos são:

 palestras
 entrevistas
 seminários
 verbetes de dicionários
 verbetes enciclopédicos

Todos eles apresentam informações objetivas, ou seja, isentas de


subjetividades e duplas interpretações.

Tipologia injuntiva (injunção)

A injunção é um tipo textual que pretende instruir ou ensinar


alguém a fazer algo, por isso, apresenta uma sucessão de informações
que podem estar organizadas em pequenos parágrafos ou numerada em
passos.

A ideia central é levar a uma ação por parte do receptor (ou leitor)
que recebe a mensagem.

Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar


dúvidas ou duplas interpretações em quem está lendo. Pense, por
exemplo, no manual de instruções de um móvel. O objetivo é indicar um
passo a passo de tudo o que deve ser feito, como deve ser feito e quais
ferramentas serão necessárias para realizar essa tarefa.

Características da tipologia injuntiva

 visam instruir ou ensinar algo à alguém;


 foco na explicação e no método para a realização de algo;
 textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;
 uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;
 presença da linguagem formal, baseada na norma culta;
 utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.

Exemplos de textos da tipologia injuntiva

Os principais exemplos de textos injuntivos são:


 propagandas
 manuais de instruções
 bulas de remédios
 receitas culinárias
 regulamentos

A grande semelhança entre eles é que todos oferecem instruções, dando


informações e indicações sobre algum procedimento.

Diferença entre tipologia textual e gêneros textuais

As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma


estrutura fixa e objetivos bem definidos: relatar um acontecimento,
descrever uma pessoa, defender ou apresentar uma ideia, ensinar a fazer
algo. as tipologias textuais são classificadas em cinco tipos: narração,
descrição, dissertação, exposição e injunção.

Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos


determinados pela intenção comunicativa e o contexto em que são
utilizados. Considerando as principais características e estrutura das
tipologias existentes, eles surgem dos cinco tipos de texto.

 Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.


 Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e
notícia.
 Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e
resenha.
 Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e
entrevista.
 Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e
manuais.

Para entender melhor essa diferenciação, veja um exemplo:

Receita de bolo de nozes

Ingredientes:
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de óleo
1/5 xícara de leite
3 ovos
1 colher de chá de fermento
1 xícara de nozes picadas

Modo de preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidificador, por 3 minutos, na velocidade


máxima. Unte uma forma retangular com manteiga e farinha, e leve ao
forno aquecido a 180.º por 30 minutos.
De acordo com o exemplo acima, temos:

 Tipologia textual utilizada: injunção


 Gênero textual utilizado: receita culinária

Argumentação

"A argumentação é um processo linguístico que envolve a defesa


de uma ideia ou ponto de vista por parte de quem argumenta. Ela é usada
em diversas situações do cotidiano, como em debates formais ou
informais ou mesmo em situações familiares.

Apesar de muito usual nas relações humanas, uma boa


argumentação pede melhor clareza na exposição do raciocínio que
embasará uma tese (ponto de vista) a ser defendida, principalmente em
sua composição escrita. Em textos como o dissertativo-argumentativo ou
a carta argumentativa, o autor precisa, além do conhecimento do gênero,
saber fazer uso dos principais recursos linguísticos e entender o contexto
para a escolha do tipo de argumentação mais adequado."

A argumentação é um recurso linguístico usado para influenciar o


leitor sobre um ponto de vista ou uma opinião.

Os operadores argumentativos compõem a construção linguística


dos argumentos, sendo também conhecidos por dar linearidade e
sequência no raciocínio.

A argumentação pode ser feita pelos seguintes tipos: argumento de


autoridade, argumento histórico, argumento de exemplificação,
argumento de comparação e argumento de raciocínio lógico."

" que é argumentação

Argumentação consiste em uma atividade discursiva (falada ou


escrita) utilizada no intuito de influenciar determinado interlocutor por
meio de argumentos. Os argumentos demandam uma estrutura composta
por:

a) apresentação e organização de ideias;

b) estruturação do raciocínio em defesa de um ponto de vista (tese).

A argumentação, nesses termos, pode ser entendida como um


processo em que, em diferentes contextos, o indivíduo precisa defender
uma tese e persuadir o seu interlocutor.

Operadores argumentativos

A argumentação apresenta, em sua construção, um elemento


linguístico essencial em sua elaboração: os operadores argumentativos.
Eles correspondem a um conjunto de conjunções, advérbios e
expressões de ligação que estabelecem uma diversidade de relações."

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