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Curso para Instrutores de Centúria (1994)

Adjunto Jaruã – Mestre Bálsamo


Sexta Aula

Salve Deus! A gente precisa, esta Sexta e Sétima Aulas, a gente vai ter que, por exemplo,
onde o assunto central dela, o assunto central da Sexta Aula é a Subdivisão do Sistema
Coronário. E a Sétima Aula, o assunto central é o Oráculo de Ariano, o Sol Simétrico.

Portanto, são dois assuntos fundamentais, extremamente importantes, mas também a


gente nunca encontra uma base assim ainda, na percepção mental, para desenvolvê-los
com muita amplidão.

E na própria Centúria, na grande realidade, a preocupação que parece que tinha Pai João,
ou tinha por propósito, era mesmo só dar a ideia, porque há muitas informações que a
gente recebe na Doutrina, que podem observar que você sabe, você recebe o nome, você
recebe uma denominação, mas você nunca recebe uma explicação. Por quê? Porque eles
estão mais interessados em favorecer a um conjunto de sintonias.

Por exemplo, até hoje nunca foi explicado o que é Consagração, Sublimação, Anunciação,
Cruzada, perfeito? E já desde 1975, quer dizer, com a primeira movimentação no
mestrado que foi falado, mas nunca foi explicado. Por quê? Porque o Plano Espiritual não
tinha interesse de explicar isso, não há porque explicar, principalmente porque é uma das
coisas que estão contidas nestas revelações do processo da conquista pessoal. Então, por
quê falar? Falar porque é fundamental no campo de sintonização, quer dizer, também é
base física, é por sintonias para a afirmação destas forças.

Na Estrela por exemplo, quando se fala em Amacês, quer dizer, só fala em Amacês, o que
mais que a gente tem de informação? Sabe que é nave. Não se sabe de mais nada. Mas
não importa saber, e nem é dado saber, salvo lá longe, sabe Deus saber. Por quê? Porque
era fundamental que aqueles que fossem para a Estrela depois da Centúria, que eles
soubessem que tem uma estrutura de naves ali assistindo. Quer dizer, então a sintonia
favorece a ação, favorece a presença deles, favorece das sintonias uma ação Espiritual,
então é pela ideia.

Essa ideia é fundamental, porque ela auxilia tecnicamente o contato, perfeito? Mas não é
fundamental que se entenda realmente, nem deve ir além do que é essa base da ideia, esse
princípio de ideia.

Nêutron por exemplo, que é outro item, o que se falar sobre o nêutron além daquilo que
ela falou? Bom ela só dizia o seguinte:
“O que é o nêutron? Nêutron é a energia que divide os Planos Vibracionais.”

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Quer dizer, nós estamos aqui encarnados e não vemos nada. Quer dizer, o Etérico está
aqui, está também o Espiritual. Quer dizer, são dimensões, mas você não percebe, você
não vê, porque o nêutron está entre esse plano e o outro plano.

E o que mais? Nada! Curioso! Por quê não falar mais? Não é dado saber, para quê saber?
Porque também tem esse aspecto, eu até coloco uma pequena passagem no prefácio da
Autobiografia, uma sequência de acontecimentos, e esse acontecimento inclusive foi
comigo:
“Tia Neiva, porquê...”

E ela:
“Pra quê?”

Certo?
“Tia Neiva, porquê...”

E ela:
“Pra quê?”

E agora? Para quê? Nós temos que assimilar esses aspectos também. Isso também é muito
conjugado, por exemplo, principalmente na Terra, a gente tem muito o hábito, a gente
formaliza mil sonhos, mil concepções:
“Ah, eu gostaria disso, eu queria isso, eu acho que eu deveria inclusive, porque se Deus
quiser, Deus vai me ajudar que eu consiga isso...”

Você tem sempre um conjunto de valores que você desenvolve, de valores que você quer,
e nossos mentores não estão interessados em nenhum aspecto que a gente caminhe em
direção àquilo que a gente quer. Fundamentalmente interessa àqueles que nos regem, que
a gente caminhe de encontro àquilo que nos pertence, àquilo que é nosso, não é?

Essa chave inclusive, é curioso, foi um daqueles muitos instantes da intimidade assim,
ela virava para alguém e falava:
“Oh filho, eu vou pedir a Jesus que ele te ajude a encontrar o que é seu”

Quer dizer, aquilo ficou martelando. Quer dizer, veja que curioso:
“Oh filho, eu vou pedir a Jesus para que você consiga ir de encontro ao que é seu”

Quer dizer, então a gente quando está dentro de uma jornada deste nível Evangélico,
Iniciático, quer dizer, então isso é uma marcha em direção não a sonhos, não a ilusões,
não a deformações mentais, não a pretensões de uma simples visão psíquica, de carências
psíquicas, mas esta é uma marcha em direção à realidade. À realidade do espírito
encarnado que somos, em luta para conquistar condições de, quando partir desse plano
físico, estar em condições de retornar à sua Origem Espiritual, porque aí é a realidade das
realidades, a suprema realidade é a Origem. Quer dizer, o que hoje a gente fala como um
sonho, na grande realidade é o retorno ao sentido original do espírito que somos, não é?
Salve Deus!

É importante se saber que nas Invocações, quando nós invocamos e ultrapassamos esse
nêutron, a força também desta Invocação, tanto quanto a força da Emissão, e tanto quanto
a força da Elevação ou Entrega, o efeito, quer dizer, a base indutora, o que dá condição

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de força.... Porque é curioso, o que chamamos de força? Qual a diferença entre força e
energia? Falamos energia e falamos força, não é? O que é que difere energia de força?
Sinteticamente o Plano Espiritual chama de força a energia em movimento, certo? É a
energia em ação.

Agora, curiosamente, a importância de Koatay 108 está contida justamente nisso:


Invocação, Emissão, o gabarito que temos de ultrapassar o Nêutron, que vem pelas
Consagrações, vem pelas Iniciações. A força, o gabarito da Elevação ou Entrega. Esta
força que nós dispomos está contida na força dos Mantras de Koatay 108. Aquela
sequência de Mantras conquistados por ela, uma parcela é que envolve esta possibilidade
de força.

Para se ter uma ideia por exemplo, a Entrega são quatorze palavras:
“Oh Obatalá, Oh Obatalá, entrego neste instante mais esta ovelha para o Teu redil.”

O fenômeno de cada Entrega dura aproximadamente um minuto. Quer dizer, nós fazemos
a doutrinação do espírito, fazemos a Entrega, e passamos para o outro Apará, e o
fenômeno ainda está em vigência, dura aproximadamente um minuto.

Quer dizer, quando o mestre, o médium, ele faz a chave, um lençol de forças se desloca
e o fenômeno dura aproximadamente um minuto. E nesse minuto, dependendo de quem
fez a Entrega, não só o espírito que ele doutrinava, ali em espírito e em verdade, é
beneficiado pela possibilidade aos mentores que ali estão no deslocamento do Plano que
está para um outro, bem como outros espíritos podem ser trazidos e passados pela
condição ectoplasmática por ele emitidas. E pode chegar a passar até sete espíritos dentro
da estrutura de sua Entrega ou Elevação. Tudo depende do mestre.
“Oh Obatalá, Oh Obatalá”

Quer dizer, nesse instante o fenômeno se opera no campo de força em Koatay 108, vejam
só, é conquista dela. Aí um lençol de força se desloca. Ele rompe também, porque aquilo
abre o nêutron. É uma força de desintegração e de reintegração. Então o lençol de força
se desloca imediatamente e opera-se o fenômeno. Um minuto aproximadamente dura o
fenômeno.

É até estranho que isso nunca tenha sido falado. É interessante, é tanta coisa que ficou
assim restritas as informações, é muita coisa. Está na hora inclusive, eu espero esse ano
que vem, no máximo, a gente começar a falar por exemplo, a Linha do Desenvolvimento
do Apará e do Doutrinador no próprio Desenvolvimento. Existem linhas de ação
espiritual que realmente não competem ao Apará, principalmente a linha do
desenvolvimento intelectual, atrapalha muito ele.

Então, se ele já tem a tendência nativa ou de Origem que ele tenha a linha intelectual, ela
vem, mas num outro tempo. Porque a princípio ele precisa ser preservado, porque o que
ele tá precisando não é interpretação da visão em si, opera-se um fenômeno diferenciado
do Doutrinador. Enquanto o Doutrinador tem que estar alerta e aprender, colher todas as
informações possíveis, já o Apará já é um sentido mais inverso, já está mais centralizado
na interiorização do fenômeno, a vivência interiorizada do fenômeno, da manifestação,
da assimilação desta simbiose, desta relação, ele íntimo, suas sensações e as sensações de
quem projeta, de quem chega, de quem se aproxima. E esta variação de sensações entre
quem é de luz, e a sensação de quem não é iluminado.

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Então é fundamental no Apará é a descontração, é o relaxamento, é a volta para dentro, é
estar atento às suas reações. E, portanto, a este conjunto de influências que chega através
do preto-velho, que ele vai perceber de acordo com o que ele for realmente sendo
conduzido a assimilar, ele vai percebendo que há uma característica diferenciada da outra
característica vibracional do caboclo e da outra característica vibracional do médico, e,
portanto, as três totalmente diferenciadas da característica do sofredor, e, portanto, de
sofredor para sofredor, intensidades variáveis. E nunca foram tratados esses aspectos. E
observem que são aspectos primários, não é? Acabamos de falar aqui em assuntos
primários dentro desta estrutura que vivemos, e que nunca foram tratados. Mas é bom, é
bom porque a gente vai se mantendo alerta, acordado para o quê é que a gente realmente
sabe.

Se a gente retornar ao desenvolvimento hoje, na condição de jaguares que somos, já


dentro de uma linha de amadurecimento de uma cultura, se a gente hoje retornar ao
Desenvolvimento, ou cada se propor a uma reciclagem, chegar lá e ficar quietinho num
cantinho ali, para observar, sentir o ambiente, ele vai perceber uma dimensão muito
maior. E por mais que ele pense que está percebendo, ele está percebendo exatamente
proporcional à sua capacidade de perceber, então, portanto, existe muito mais para ser
percebido.

Por exemplo, no Desenvolvimento é muito raro um Apará ser desenvolvido já com o seu
mentor. As entidades que vão chegando ali, vão auxiliando no Desenvolvimento, são
espíritos que estão tendo a oportunidade, que estão nas Escolas, que já estão recém
libertos do carma, alguns até ainda tem um restinho de carma, e está tendo a feliz
oportunidade de “faturar” também, de fazer a sua parte, de partir em busca de um amigo,
de um irmão, de um pai, de uma mãe, de um restinho que ele deixou na Terra. Então ele
também está em Desenvolvimento. Depois que ele prepara o médium, aí sim, no ato da
Iniciação, aí sim, é o mentor realmente do aparelho. Mas é muito raro ser o próprio mentor
que acompanha. Muitas vezes o sistema é semelhante, são médiuns novos e são espíritos
novos, ou seja, dentro da própria linhagem deste Amanhecer.

Podem ser entidades recém filiadas ao Sistema, podem ser grupos de kardecistas que já
se evoluíram, ou podem ser umbandistas, podem ser católicos, podem ser protestantes
que estiveram na Terra e já se libertaram e tudo mais, ouviram falar, e falaram:
Puxa, lá tem tanta oportunidade, é o mundo de Seta Branca, é o governo de Seta Branca,”

E ele chega e:
“Como é que é?”

E tem a oportunidade, ele vai, ele é ingressado nas escolas de Mayanty, começa a fazer
as suas preparações, a receber as suas aulas, se preparar, e aí tem a honra de um dia
falarem:
“Hoje se você quiser ir, há um Trabalho com – 0 – em Cristo Jesus...”

E se ele quer realmente, ele:


“Não, por favor, eu quero esta oportunidade!”

Então ele é trazido, e ele está num processo de aprendizado tanto quanto o médium. Então
muitas vezes está o médium ali todo inseguro:
“Meu Deus, eu vou incorporar, será que bicho é esse?”

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E está todo inseguro, e aquele espírito, muitas vezes também com a mesma preocupação
daquele aparelho:
“Meu Deus, como é que eu faço?... “

E aí vêm aquelas entidades veteranas deste Amanhecer, caboclos ou pretos-velhos, quem


está designado também em sua área espiritual, orientando, esclarecendo:
“Olha, é assim que você procede... “

Quer dizer, há todo um trabalho também de preparação. Não é? E existe muito mais!

Até a condição energética, a energização do ambiente do Desenvolvimento, ele é


totalmente alterado. Podem observar quando você vai no domingo, procura relaxar
mesmo, se mediunizar, forme uma mediunização, se desarme realmente, e fica bem
“pequenininho” assim, entra no Desenvolvimento, fica num cantinho ali, e tenta sentir o
clima.

Você vai perceber que o sistema energético do processo de Desenvolvimento é totalmente


diferenciado de todos os outros trabalhos que você realiza, de qualquer Retiro, de
qualquer Trabalho Oficial. O que caracteriza o Desenvolvimento é totalmente original.
Alteração de forças, concepção de linhas, os espíritos que ali estão, as linhas de comando,
tudo se altera, é um outro plano muito mais sutil. Não é? É extraordinário o nosso sistema.

Mas, é tão extraordinário, que já começa quando o médium chega ali e fala:
“Eu quero dar meu nome para desenvolver, as entidades disseram que é para mim
desenvolver.”

Imediatamente, quando ele dá o nome e a idade, já há um registro automático. Naquela


noite, quando ele vai deitar, o espírito já é pego e é levado. Já é levado para começar a
receber no espaço o Desenvolvimento na linhagem desta linguagem, porque senão ele
não vai ter estrutura para receber aqui embaixo. A preparação começa no espaço. Ele
começa a ser preparado lá para receber o que receberá aqui. Porque senão, ele não terá
condição de assimilação.

Esta linguagem é muito nova, principalmente para almas de espíritos que encarnaram
poucas vezes, que não tem linhagem, que não fizeram dentro de suas culturas
reencarnatórias condições mínimas, então é muito mais difícil, ele não tem bagagem para
aquilo. Ele se distanciou muito, demais!

Um espírito por exemplo, esses nossos irmãos jaguares que a gente puxa no trabalho de
Sessão Branca por exemplo, é um tremendo trabalho para eles terem uma assimilação,
quer dizer, eles estão tendo fora da matéria uma preparação junto com a gente quando
vêm trazendo as energias das matas, e energias inclusive de herança transcendente, e
levando a impregnação do nosso sistema doutrinário. Que é fundamental o sistema nosso,
onde é muito enriquecido pela Força Evangélica, pela força realmente Doutrinária, que
eles são extremamente carentes dessa condição.

São espíritos extraordinariamente endurecidos, e por isso é que vieram como indígenas.
Eles são tão endurecidos, descambaram tanto, se envolveram tanto no primitivismo, que
nem poder reencarnar numa grande São Paulo, num Rio, numa Brasília, quer dizer, em

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grandes centros, nem isso foi dado a ele a possibilidade. Só existia uma possibilidade de
ele reencarnar, era como índio, na triste e difícil encarnação como indígena.

Ele está primitivo agora, ele está exatamente como ele se conduziu na Terra, sempre de
maneira primitiva. Então, quer dizer, alcançar um espírito desses ainda encarnado com
uma mensagem como essa, é totalmente impossível. Mas eles particularmente, como são
irmãos, são jaguares, são espíritos de convivência transcendente, então há uma bagagem.
Bagagem a ponto de facultar inclusive uma Sessão Branca. Então, não trazemos outras
tribos, não, não trazemos, mas essa tribo está vindo. Por quê? Porque já há um mínimo
de possibilidade também na relação de transcendência.

E eles, como Deus Pai Todo Poderoso, quer dizer, o Sistema Divino nunca dá “murro em
ponta de faca”, era preciso que reencarnassem, reencarnaram. E estão encarnados numa
região onde há imensa concentração de herança, e eles também contribuíram para as
edificações.

Então, quando a gente mentaliza para virem aqui, as energias das matas, a energia das
águas, quer dizer, é energia vital extra-etérica dessas energias que vêm pelo Prana e se
agasalham nas Matas. Então lá há uma concentração muito grande de mata nativa. O rio
particularmente, que é o Xingu, é um rio que, em sua maior extensão ele é impossível de
ser navegado, é pedra demais, é um rio muito acidental, mas é muita pedra, ele tem muito
gabarito de receptividade energética... Porquê que o Templo é de Pedra? Muita água no
Vale? Porque tudo isso auxilia a atração magnética.

Então em seu campo, na região onde vivem, não só é um campo muito rico de forças
concentradas das matas, na manipulação de águas, cachoeiras, mas fundamentalmente
energias de heranças de períodos inclusive encantatórios que ali tivemos, que ainda não
foi descoberto, mas que Tia garantiu que antes do final da década de 90 seria. Já estivemos
ali, temos heranças lá, e hoje estão sendo transferidas e esses indígenas inconscientemente
estão sendo um meio direto, os transportadores desta concepção de herança.

Ela aqui chegando, então ela é manipulada, mas também na inconsciência dos nossos
mestres, e aí ela retorna aos grandes reservatórios universais já manipuladas, e no instante
preciso então são trazidas, de acordo com a vontade de Deus para hospitais, presídios,
escolas e etc., etc., etc. Ou nos instantes que abrirmos um Trabalho Oficial aqui, ou um
dia lá o Seu Alceu (Presidente de Templo externo) tá lá e repentinamente uma corrente
negativa desequilibra seus médiuns, e ele acaba sendo envolvido, e tá cheio de pacientes,
e repentinamente o trabalho vai funcionar bem a despeito dele ou de outros. Da aonde? O
investimento do reservatório universal, e depois ele quando estiver bem harmonizado com
seu povo ele vai pagar! Mas há uma possibilidade de investimento. Salve Deus!

Meus mestres, observem, eu estou achando extraordinário, eu estou achando magnífico,


entendeu André? Eu estou achando magnífico, eu nunca pensei que ia começar a tratar
dessas coisinhas bobas nossas aqui. Eu falo bobas porque são coisas que estão contidas
aí, e não se trata, não se fala, e é claro, cada vez mais é difícil falar, porque principalmente
a gente percebe, infelizmente, que muitos daqueles que tiveram laços de convivência, eles
começaram a inverter a posição:
“Não, eu não tenho mais nada que saber, nós já aprendemos tudo com Tia.”

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Existe uma tendência muito grande aqui, quem tem um mínimo de convivência aqui deve
perceber, e lá nos Templos já têm manias, não é Alceu?

Você já deve ter um monte de sabidos lá, não tem um num Templo seu que não tenha
convivido com um monte de “esperto”:
“Ah, eu não preciso saber de mais nada, eu já tenho tudo, eu já sei tudo.”

Não é assim? Há uma tendência natural da vaidade, do orgulho de espartano:


“Não, eu não preciso saber nada, já sei tudo.”

Sabe uma ova! Eu que não sei nada, e olha lá que eu posso trazer um monte de surpresa.
E sabendo que, puxa vida, do que eu disse aqui, olha, essa madrugada eu perdi o sono
também, até seis e pouco da manhã eu fiquei lá igual uma vaca velha.

E eu pensando assim:
“Meu Deus, meu Deus, eu não estou me sentindo mal, quer dizer, minha consciência está
bem, mas, meu Deus, como é que é, eu fui deixado para encontrar até uma resposta da
minha consciência me condenando? Ou como é que é?”

Quer dizer, eu estou preocupado até agora com muita coisa que foi falada, em Cristo
Jesus, na convicção de ser verdadeiro, mas sempre me questionando:
“Meu Deus, era para ter falado?”

Bom, eu não preciso dizer que já saí daqui meio esfolado, não é? Teve três momentos
aqui da reunião, depois eu fiquei me condenando mesmo! Não porque seja falso, em nome
de Jesus, não, isso não. Graças a Deus eu acho que tem um limite assim que, meu medo
já é grande o suficiente para cometer essa tolice de falar uma inverdade, perfeito? Em
Cristo Jesus. Isso não. Mas, se era tempo de dizer.

Então, o meu consolo volta a ser o Araújo aqui, numa reunião de Presidentes, quando
repentinamente esses cabras aqui formaram um ambiente tão bacana, que quando eu me
surpreendi assim, a gente soltando umas coisas assim, falei:
“Nossa Senhora, isso não é para o trato comum!”

Depois eu mesmo falando, falei:


“Não, mas o ambiente foi tão natural que realmente sentindo segurança de ter falado, é
porque há respaldo espiritual, porque senão eu teria sido cortado!”

Não é? Aí o próprio Araújo depois nos garantiu, quer dizer, me devolveu a garantia, não
é? Salve Deus!

É esse mesmo aspecto, é que me deixou mais ou menos tranquilo, mas mesmo assim
sabendo que realmente eu excedi, não é? Em alguns aspectos eu fui além dos limites, o
que eu espero que não aconteça hoje. Salve Deus!

Transgressão às Leis Naturais conscientemente, não é? Salve Deus!

Mas inclusive, mais algumas coisas que foram ditas aqui, sabemos que também nem é
bom entrar nesses assuntos agora não. Deixa isso para lá, deixa por um bom tempo muito
médium por aí “raspar a poupança no chão” também. Deixa se esfolar um pouco também

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em dúvidas, em conflitos, porque é fundamental também para ele se amadurecer, para ele
se estruturar, para ele ter gabarito de aprender, não é?

Muitas coisas inclusive que estamos recebendo também aqui, dá um tempo, deixa. Se
limite mesmo a um aspecto mais sintético do programa, e o resto conserve na
individualidade, desenvolvam na individualidade, amadureçam na individualidade, não
é? Esses valores são muito caros também para ficarem assim, nós temos que nos valorizar
mais como Doutrinadores, temos que valorizar mais nossos Aparás, não é?

Nós temos que estar sempre alertas para isso. Às vezes tem dois, três desequilibrados num
Templo, aí você observa:
“Ah, esses Aparás nossos...”

Quer dizer, a gente tem que discernir, não! É dois, três ali, que têm problemas obsessivos
acentuados, mas está ali oitenta por cento desses que são honestos, estão buscando
aprender, estão buscando realmente a jornada, às vezes você chega num lugar tem dez,
quinze Doutrinadores só aporrinhando, enchendo o saco, mas em compensação tem
noventa, cem, que querem aprender, que querem caminhar, que quer fazer o certo. A
gente tem que discernir!

Inclusive, é uma coisa aqui no Vale que a gente está precisando mudar a mentalidade:
“Não se pode fazer negócio com jaguar, só tem desonesto”
“Ah não, o Vale é lugar de doido”

Ora, que Vale é lugar de doido? Então essa mentalidade, a gente está precisando começar
a mudar de dentro, a transformar isso. Não, não é lugar de doido não!

É uma estrutura técnico-doutrinária que visa a Cura Desobsessiva. Então quem tem
problemas espirituais obsessivos acentuados, então esse é o seu lugar. Mas a maioria que
está aqui não problemas acentuados. Tem problemas manifestados de outras naturezas,
com outras reações, não é? E a gente começar a discernir os valores, a começar a colocar
as coisas no seu devido lugar, não é sair embolando o meio de campo, denegrindo tudo.

Então, quer dizer, porque uma mulher é assim então todas as mulheres são assim? Não!
Então a gente precisa acordar realmente, está havendo muito descuido com a língua,
muito descuido com o comportamento, não é? E é total ausência de lógica. Por um
comportamento, por uma pessoa, por uma mediunidade, aí denegrir toda a casta, quer
dizer, toda a elite, quer dizer, toda a estrutura que dispomos. Nós estamos precisando
bater um pouco em cima disso... bater um pouco.... Haja batida!

Então jaguares, percebemos que a força de Koatay 108, da simplicidade da Entrega ou


Elevação à Invocações, a Emissões, Cantos, quer dizer, o que dá o gabarito, o que faculta
esta condição de ação localizada singular em cada um, também está contido na força de
Koatay 108.

Para a gente ter uma ideia da dimensão, da importância da conquista de Tia Neiva. Quer
dizer, como é que a gente pode se distanciar de Tia? Como é que a gente pode ficar
distante de Tia Neiva? Como é que a gente pode eliminar a sua importância dentro do
Sistema, se tudo que fazemos em seus aspectos mais fundamentais, na relação da força e
forças, nós dependemos deste conjunto de conquistas dela, que ela nos transferiu, que está

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inserida no conjunto de Forças Iniciáticas que recebemos. Quer dizer, é impossível, não
é mesmo?

É intrínseco, como o ar que respiramos, e o Sistema Doutrinário deste Amanhecer,


equilibrados, harmonizados dentro do Ciclo, a ação básica de força, de possibilidades de
força para a nossa ação, está contida naturalmente em Koatay 108. Não é a pessoa de Tia
Neiva, mas o resultado de sua conquista na condição Iniciática que a levou a receber, a
conceber o título de Koatay, que significa Original. Original – Koatay – Original. É uma
mulher, foi uma mãe, é mãe, é Original. É o sentido original do princípio da vida....
Original!

108 – É, o Plano Espiritual fazia questão que se integrasse o “108”, porquê cento e oito
Mantras é sua conquista. E quando alguém consegue atingir cento e oito Mantras,
conseguiu atingir a estrutura completa do mestrado. E chegando a esta condição, aí sim,
realmente faz jus ao Santo Nono. Que é a mais alta expressão possível de ser alcançada
por um ser humano enquanto encarnado. Ela foi além dos limites!

O conceito de interpretação de vida na Terra, ele é binário. O máximo que a Teologia


aceita é que o ser humano na Terra ele é o conjunto de Corpo e Alma. E quando se fala
em Espírito, normalmente ele é confundido com Alma, Espírito e Alma não têm
diferença, Espírito e Alma é a mesma coisa, não é?

Então a importância desse item 3 que é o Sol Interior, é que já a partir da Centúria, o que
foi proporcionado de aberturas em plexos e chacras daquele médium, então a sua mente
já precisa ser sintonizada dentro desse princípio de conhecimento da realidade do que é o
ser humano na Terra. Quer dizer, ele é três em um, e Alma é extremamente diferente de
Espírito, não é?

Então há necessidade de esclarecer, mas é fundamental para a cultura dele na jornada,


que ele receba este princípio. Inclusive é um princípio que na grande realidade, o Nestor
(Trino Arakén) sempre se comportou extremamente certo. Ele é muito limitado, e é
fundamental dar só esse limite mesmo, essa limitação. Por quê? Porque o que importa é
a ideia! Esse três em um, quer dizer, Corpo Físico, a Alma, onde está o agasalho do
Sistema Psíquico, a Alma revela-se pelo que pensamos, pelo que sentimos, e também por
nossos atos, que é resultado do que sentimos e pensamos. Naturalmente então a atitude,
o ato é uma revelação dessa Alma, não é?

É claro que a natureza, a maneira de pensar, a maneira de sentir é que resulta na sua
exteriorização psíquica, seu gabarito psicológico. Mas a essência original desta vida, o
sentido original, a fonte, a origem da vida, não está neste corpo, e também nesta alma, e
sim no espírito.

Sempre que for transmitido esse assunto, haverá dúvidas! É impossível transmitir esse
conhecimento e deixar esclarecido. Não tem jeito. Para quem proporciona não tem jeito,
porque quem está proporcionando recebeu o seu ponto, recebeu o seu princípio e tem toda
uma jornada para desenvolver e ir penetrando esse “além das cortinas”, quer dizer, além
da aparência. E quem está recebendo está num ciclo muito anterior ao ciclo de quem está
dando. E até o conflito é fundamental, a dúvida é essencial. Por quê? Porque ele nunca
vai estacionar, ele vai sempre estar persistindo em querer saber, é fundamental.

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Até, uma “pausa para os comerciais”, porque os Aparás por exemplo, você vê que os
médiuns Aparás, eles são muito mais acentuados em conflitos na relação da manifestação,
de consciência, quer dizer, manifestação e consciência de manifestação, e se acentua
muito mais na hora da comunicação, o seu conflito, as suas preocupações, a sua
honestidade, e:
“Puxa, quando sou eu e quando é o espírito?”

E pela própria natureza consciente desses missionários do Deus Ministro Olorum atual,
as pedras principais que irão formar o alicerce dos nossos Aparás em seu futuro, estão
contidas justamente nos seus conflitos. É fundamental. É claro, isso eu estou falando para
nós, eu adoro ver um Apará conflitado. Salve Deus!

Porque ele está se estruturando, ele está buscando, ele está questionando, e ele está
buscando, quer dizer, o Apará não pode estacionar realmente, este conflito é fundamental,
porque aí ele não permite ao seu fator psíquico o condicionamento, e o condicionamento
é extremamente perigoso inclusive. É perigoso, a acomodação, entenderam como é que
é? Deixar de se preocupar. Isso é extraordinariamente perigoso. Principalmente pela
sutileza da mediunidade que vocês têm, afinal de contas vocês são “quintais sem cerca”.
Salve Deus!

O muro, a cerca do Apará, vai sempre se edificar através do comportamento, da


honestidade de propósitos e da pureza de motivos. Então é uma coisa que vai levando
tempo, é estrutural, não é definitivo. E como Fé. E como a maioria dos nossos aspectos,
aí você fala:
“Puxa, mas Jesus é maravilhoso!”

E você dispõe dessa condição? Não! Aí você percebe que há uma imensa jornada de
conquista, de conflitos, de preocupação, de escorregão, e tenta novamente, e tenta
novamente, é uma luta danada e você está sempre caminhando, e você nunca encontra
com Ele, você vai se aproximando, mas nunca:
“Ah, eu tenho Jesus no coração. ”

Tem uma ova, nós sabemos que não. Mas é uma permanente busca, é uma busca
permanente, e estes aspectos contidos no Doutrinador e no Apará, é busca permanente.
Tem que estar sempre buscando, tem que estar sempre procurando, tem que estar sempre
insistindo. Quando para de procurar, de buscar, de insistir, se perde.

Muito bem. Mas, para a ação de cada um desses três reinos: reino físico, reino psíquico e
reino espiritual, observem as linguagens, é um corpo, é uma alma e é um espírito, vamos
conservar espírito, por enquanto, não é?

Mas então, para a ação ou manutenção, ou manutenção e ação de cada um desses três
reinos: reino físico, reino psíquico e reino perispiritual, existe um plexo. Portanto, como
são três corpos, são três plexos. Funcionam como esfera sobre esfera.

Então, em função de manutenção do corpo físico, está o plexo físico. Para a ação do
sistema psíquico que se exterioriza através do plexo físico, portanto corpo físico, há o
Micro Plexo. E para a ação deste terceiro aspecto que tratamos, que na realidade não é
terceiro e sim primeiro, que é o Espírito, então está o Macro Plexo.

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O Físico é o terceiro reino, o Psíquico é o segundo reino, e o Perispiritual é o primeiro
reino. Macro Plexo, Micro Plexo e Plexo Físico. Corpo Físico, Alma e Perispírito. E aí
está um princípio de revelação do Mistério da Santíssima Trindade. Salve Deus!

Isto é um assunto puramente Iniciático! Este é um conhecimento puramente Iniciático!


Para o ajuste, quer dizer, o grande segredo de uma vida, viver bem esta vida, é aprender
a harmonizar esses três reinos: o Físico, o Psíquico e o Espiritual. Agora, só é possível
harmonizar esses três reinos, pela atitude Evangélica contida na Humildade de
Tratamento, Tolerância de Compreensão e Amor Incondicional. A chave de possibilidade
de contato com o Sistema Iniciático sempre estará contida nos princípios do Santo
Evangelho.

Aí, 2000 anos depois, vem um Caboclo por nome Seta Branca e deixa por escrito:
“O princípio para se voltar ao Supremo é preciso aprender um ramo de conhecimento
diferente, que está contido no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.”

E que, graças a uma reunião como esta, nós podemos sintetizar numa só palavra: atos! De
atitudes, que é o maior desafio do ser humano. Traduzir tudo aquilo que sabe ser certo,
importante, em atitudes. E aí foi onde Tia conseguiu a mais significativa de suas
Consagrações em Agla! Que é a expressão completa do ato!

Existem Sete Origens, Espíritos de Sete Origens na Terra. Cada Origem, todas em Deus,
espíritos todos iguais perante Deus, mas são como sete famílias. Portanto, famílias que
têm características também próprias, maneiras próprias, não é?

Aqueles por exemplo que se agregam, como um princípio, por exemplo, religioso como
o Católico, onde há uma crença, uma crença por exemplo num paraíso com todas aquelas
características, não é? De muitas árvores, de muitas plantas, muitas frutas, muita paz.

E Tia Neiva afirmou, sob juramento, que existe! Existe uma Origem que realmente é
compatível com esses aspectos. E assim, portanto, cada uma dessas Sete Origens é o
retorno pleno do espírito em sua Origem, quer dizer, é o seu sentido original, é o seu
princípio original. E já descambaram espíritos de todas essas Sete Origens, e elas estão
distribuídas geograficamente, localizadas por regiões distintas na Terra. O que nos
caracteriza particularmente hoje sob o governo desta Obra, regidos por uma Doutrina
Universal é que pelo fato de termos por várias vezes provocado desatinos de influência
coletiva, mas também sempre vindo com responsabilidades de ação de reflexo coletivo,
hoje nós somos uma Origem que também tem responsabilidades sobre todos os demais.
E um dos aspectos que mais nos levam a ter dor de cabeça em nossos Templos, são muitas
vezes espíritos de outras Origens, que não têm também bagagem suficiente para
assimilação de nossa mensagem, mas que precisam ser beneficiados pela nossa
mensagem, e vivem convivendo com a gente, aporrinhando e trazendo problemas, e nunca
se sentindo no dever de nos compreender, sempre atrapalhando e usufruindo, mas que
nos compete, jaguares de todos os tempos e em todos os Templos, desenvolver o gabarito
de compreendê-lo. Já que nem a eles compete realmente compreender-nos. Eles precisam
ser, realmente, sobretudo, serem compreendidos. Esse é um dos preços que pagamos na
linhagem de encarnações coletivas, de valores que deixamos de fazer. Porque tanto
quanto muito fizemos e a muitos beneficiamos, nesses instantes que sofremos o impacto
de outras vidas junto a nós, já são reflexos daquilo que também deixamos de fazer por
outras passagens.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Também é possível acontecer em nossa jornada amigos que surgem do nada, de coisa
alguma, e repentinamente pessoa que nunca vai pôr uniforme, nós não aceitamos
donativos, nós não aceitamos dinheiro, nós não aceitamos ajuda de espécie alguma de
estranhos, mas repentinamente chega alguém que conquista seu coração, conquista você,
daqui um pouco ele deixa uma parcela, ele contribui com a sua presença, como uma
expressão, some, desaparece... É uma outra natureza de alguém de uma outra Origem, e
que havia um haver, ele também veio somar.

Como em famílias em Jesus, e repentinamente a bênção de Deus permite um espírito com


menos carma, com menos envolvimento, com mais neutralidade, dentro da relação do
Élan Magnético do Carma que envolve aquelas vidas, e vem aquele espírito só trazer
alegria, ou também muita tristeza no campo do despertamento da piedade por uma
doença, que muitas vezes elimina o impacto do ódio entre os demais, e converge pela
ternura a atenção dos demais, auxiliando que os demais então passem a conviver melhor.
Danado, não é? Salve Deus!

Nossa Origem é Capela. Capela.... Então, a nossa Origem é Capela. E Capela é físico,
depois do Sol. É claro que, físico de uma outra constituição molecular desta concepção
molecular física da Terra. Então, quando a gente desencarna, esse plexo físico, esse corpo
físico, ele se deteriora. Esse conjunto micro-macro, então, proporcional à jornada
evolutiva desse espírito, a libertação de seu carma, etc., ele vai se evoluindo,
automaticamente essas células, as células do corpo perispiritual, inclusive, não tratamos
um espírito encarnado na Terra falando do Macro Plexo, falando no espírito. Porque
realmente quem está na Terra está “cumprindo pena”, quem está na Terra está “cumprindo
pena”.

Então é um espírito realmente condicionado ao corpo, e para esse espírito exercer, ter um
mínimo de possibilidade de influência, até o Sistema Psíquico, que é o responsável pela
transmutação através do corpo, ele depende do Macro Plexo, quer dizer, a mesma função
do Plexo Físico para a ação do Sistema Psíquico, tem então o Macro Plexo para a ação de
influência do espírito se transmutando para a alma e, portanto, para a exteriorização da
realidade física.

É claro que aqui nesse momento, já fomos bem além do que normalmente é tratado, mas
chega por aí! Deus me livre, porque isso é para ficar no coração, ficar na mente, e aí vocês
vão pensando nisso. Normalmente não se fala também, é para amadurecer. Muito cuidado
com isso, é um conhecimento complexo, ele não é simples, e é um conhecimento que só
muito recentemente foi permitido saber. Quer dizer, um Iniciado, transmitindo isso para
discípulos, para adeptos que nós temos noção, só Tia Neiva.

Então aí, morreu na Terra, deixou de ser um espírito encarnado, então o conjunto Micro-
Macro, quer dizer, alma e espírito, e aí empreende a sua jornada evolutiva.
Automaticamente, com as impregnações da Terra, por exemplo, o espírito mesmo quando
tem a possibilidade já de chegar no Canal Vermelho, porque o Canal Vermelho, como
um plano de adaptação, como uma cidade de readaptação, uma gigantesca cidade de
adaptação e readaptação dos espíritos, o espírito no mínimo cinco anos, ele vai levar lá
no mínimo cinco anos dentro de seu estágio, só para perder as emanações da Terra.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
No mínimo cinco anos dentro da contagem da Terra, ele leva só para perder a emanação
da Terra, para termos uma noção do quanto realmente essas vibrações do Planeta, elas
realmente impressionam o Sistema, o organismo, não é?

Inclusive até, o Canal Vermelho, muito particularmente assim... Querem saber um pouco
mais do Canal Vermelho? Então você, consigo mesmo assim, como instrutor, não como
instrutor para os outros, mas como instrutor para você, leia “Nosso Lar”. Que não é o
Canal Vermelho, mas é muito similar. É uma outra casa transitória no espaço, que é muito
similar à ação do nosso Canal Vermelho. É claro que há imensas diferenças, porque o
Canal Vermelho já é totalmente adequado, ele já é todo atualizado dentro de uma
dinâmica do nosso Sistema, não é?

Inclusive em proporções assim fantásticas! Porque até a preocupação de desenvolver a


implantação no Canal Vermelho de templos protestantes, há uma cópia de um Templo
como o nosso aqui, há Igrejas Católicas. Tudo que favoreça a readaptação do espírito,
quer dizer, ao ajuste do espírito à sua condição. Então ele vai encontrar lá um padre, ele
vai encontrar um pastor, vai encontrar um umbandista. Isso vai ser mais fácil para aquele
espírito se relacionar, ele estar vestido de branquinho, ter um terreiro. Quer dizer, ele vai
ter tudo, para ele até ir começando a desassimilar, e ter condições no seu sistema psíquico,
ainda impregnado, ainda cheio de condicionamentos de sua vivência na Terra, até ele ter
condições realmente de ir assimilando proporcionalmente, gradualmente, gradativamente
que não há religiões no espaço. De que não há Católico, Espírita ou Protestante. Que
existe um Sistema Único contido em Deus Pai Todo Poderoso que é a mensagem do Amor
Universal. O que é Deus a não ser a manifestação suprema das forças?

(Mestre que assistia a palestra)


Tia Neiva fazia um comentário sobre isso.... Ela falou que estava fazendo uma viagem
com Amanto e ela viu um templo que tinha um idoso, não é isso?

(Mestre Bálsamo)
Ah, é Umatã! É o templo Umatã!

(Mestre que assistia a palestra)


Dava demônio, freira...

(Mestre Bálsamo)
É de acordo com a sintonia, inclusive. É tão prático o sistema, quer dizer, eles são tão
modernos, que altera. Quer dizer, se um espírito é umbandista, ele vem, então está lá
Umbanda. É de acordo, o padrão dele estabelece. Então é muito sutil. E tem até esse
templo lá com o nome de Umatã, e é uma linha predominante de Umbanda, curiosamente.
Que na grande realidade eles se envolvem, mas não tem nada daquilo, mas tem. Até que
ele devagarzinho, então o negócio dele é um padre, então tem lá um padre para recebe-
lo. A entidade de batina e tudo mais. Quer dizer, é todo um trabalho, observem bem as
técnicas que eles utilizam. Quer dizer, tem centros de recuperação, por exemplo, um
centro de recuperação de um espírito que tenha morrido alcoolizado e que tenha feito jus
ao encaminhamento. Porque isso é muito relativo. Alguém estar bêbado ou drogado. É,
por exemplo, o suicídio. Então existe um estigma sobre o suicídio como se o suicídio
fosse a pior coisa do mundo! Mas precisa-se saber quem se suicidou se foi suicídio.
Muitas vezes a pessoa, todo mundo pensa que a pessoa cometeu suicídio, ele não foi

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
suicida. Ele pegou o revólver e deu um tiro no ouvido e não foi ele. Pode ter sido outra
pessoa.

Ainda é muito relativo esse quadro de suicídio. O cara morreu drogado, ele foi um suicida,
tudo bem. Mas muitas vezes ele tomou uma besteirinha qualquer e ele foi condenado por
morrer como drogado, como suicida e nós sabemos muito bem que quantas composições
químicas que podem exteriorizar aquele tipo de avaliação e não condiz. Então são
aspectos demais! A gente não tem nem como estabelecer que o indivíduo foi suicida a
gente pode estabelecer.
“Ah não, ele subiu lá e se jogou da torre.”

Será que foi ele quem subiu e se atirou da torre? Será que eu fumando três maços de
cigarros conscientemente não estarei sendo muito mais suicida do que aquele que se atirou
da torre? Correto? Então vejam bem que a gente não tem como realmente pré-estabelecer
um julgamento. O Beto (Trino Ajarã) não! É cinco ou seis cigarros por dia, é muito mais
controlado, eu conheço, conheço a muito tempo. Salve Deus!

Então vejam bem:


 Item 1: nêutron,
 Item 2: Invocações,
 Item 3: Sol Interior

Que é a subdivisão do Sistema Coronário. Origem, Canal Vermelho. O Canal Vermelho


inclusive, pela localização dele em dimensão, ele pode ser considerado o primeiro degrau
celestial.

É curioso porque o espírito, quando ele tem o privilégio de ir para o Canal, é porque ele
já está numa condição que mesmo que ele não tenha se libertado do carma, mas ele já tem
tão mínimo. Já está inserido dentro de um contexto de valores cármicos, de circunstâncias
cármicas, que já é, da mesma maneira como esse monte de espíritos como todos os
espíritos da Terra estão endividados mas têm por herança o privilégio de uma Doutrina
como essa, e que a despeito de suas dificuldades, suas mazelas, está representando um
sacerdócio e ganhando seus bônus, e se recompondo, ir agindo, também lá existe esta
possibilidade. De trabalhos em hospitais, em albergues, nos próprios Templos, então
muitas vezes ele já pode esperar lá mesmo aquela vítima vir, ou ele pode adquirir
condições em determinado tempo de trabalho, de ajuste, de tratamento, e também vir, de
partir em missão com – 0 – a convite das Legiões. Então, chegar no Canal Vermelho é
até:
“Puxa vida, Graças a Deus!”

É o primeiro degrau celestial. Porque de lá também, lá ele vai complementar a Cura


Perispiritual. A espécie dolorosa que temos, quer dizer, o aspecto que dói aqui, não é o
Plano Físico, sabemos disso. A espécie dolorosa é o perispírito que é realmente o corpo
dos corpos. Belisquei você, a sua dor está contida no perispírito. E não me venham com
perguntas. Salve Deus!

Então, por exemplo, uma série de enfermidades que se exteriorizam aqui fora no corpo
das pessoas, certas inflamações, certas situações, câncer, etc., etc., vejam bem, a atuação
do elítrio ou do obsessor em seu ódio, chega a ser tão intensa e localizada, quer dizer,
então foi no pulmão que você deu a facada, foi na garganta, foi de porretada que você

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
bateu na cabeça, foi de porrete que você bateu no intestino, que você bateu nas costas,
que você bateu nas pernas, ou você bateu no braço, ou você bateu na mão, prestem
atenção!... Eu não quero perguntas também desse assunto não.

Então aí repentinamente você começa a sentir uma dor na perna, uma dor no braço, uma
dor na cabeça, uma dor na garganta, uma dor no estômago, uma dor no joelho, uma dor
no pé.... Aonde está concentrado o campo de atuação dele, também o efeito é similar à
causa gerada. Salve Deus!

Mas por quê? Porque centralizada naquele campo, as células daquele local começam a
morrer. Cada corpo é uma constituição molecular, mas qual é a mais frágil? Você está
encarnado, então aonde vem o reflexo do problema e da doença? Salve Deus!

Então muitas vezes, aí então eu desencarno, mas existem reflexos na estrutura celular do
campo inorgânico ali contidos. Então, os Indus tinham por hábito de considerar como o
mais significativo de todo um conjunto de uma vida, justamente o perispírito.

E eles costumam inclusive dizer, eu estou citando aqui porque a própria Tia fez questão
de colocar numa de suas Cartas, que os Indus inclusive, por considerarem o perispírito o
mais significativo de todos, então o chamavam de “Rosário de Pétalas”. Porquê “Rosário
de Pétalas”? Pela sutileza, no caso da reação, diante da ação quando negativa, ele sofre.

Então vejam bem, o que é uma Entidade de Luz? Por que há a Entidade de Luz? Por quê
quando se vê a vê iluminada? Na grande realidade é Luz para nós, mas ela está na sua
estrutura molecular natural. Por quê? Porque todas as suas células são sãs, não há células
mortas. E proporcional à evolução daquela entidade, daquele espírito, daquele Caboclo,
daquele Preto-Velho, daquele Médico, então automaticamente a intensidade energética
de suas células. E, portanto, no conjunto de células que está contido o seu corpo. E,
portanto, a sua irradiação. Então, de acordo como ela se concentra no seu instante também
de prece em busca de Deus, em favor de alguém, então pela sua concentração ou pela sua
manifestação, portanto a intensidade de sua luz natural. Salve Deus!

Entenderam meus mestres? Por isso é que, vejam bem, o que tratamos agora nunca foi
tratado! O que falamos agora nunca foi falado! E não esperem que volte a ser falado,
talvez nunca mais seja falado. Talvez seja falado, mas isto é cultura pessoal, tem que ser
desenvolvido no coração, não é para ser transmitido. Os senhores vão transmitir um
início, e um início bem aquém disso aqui, não é?

Esse também é mais um instante que eu pergunto assim:


“Por quê que eu estou dizendo?”

Eu preciso acreditar que há uma coisa que extrapola esse ambiente também físico. Tem
que haver uma situação espiritual aqui dentro que não é restrita para isso aqui, porque
também seria hipocrisia pensar que esse ambiente é nosso. Nós estamos sendo
instrumentos de um ambiente para uma condição que na realidade não conhecemos.
Porque eu até agora não tenho resposta porquê é que eu estou dizendo.

Porque é claro, eu não sou proprietário do que sei. O pouco, o mínimo da parcela que
disponho não é meu, veio de alguém. Eu estou sendo o instrumento, médium,
intermediário de uma vontade, de uma coisa que também não é minha, de uma força que

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também não é minha. Quer dizer, então, o que é que caracteriza o médium? É o fato de
ser meio, é de ser intermediário, não é?

Médium, meio, intermediário, está entre uma situação e outra. Especificamente o que
caracteriza o médium ser humano é o fato de ser alguém que se situa, quer dizer, entre
uma força espiritual em favor de alguém na Terra, ou em favor de outros espíritos. Aí já
é aquela outra concepção de mediunidade, já não é a mesma concepção de mediunidade
que já tratamos aqui, porque são duas diferentes, não é? E que não se separam, é a mesma
condição em extensão mais ampla.

Só que agora, repentinamente já voltamos ao primeiro conceito da mediunidade. Se você


chegar por exemplo no Espiritismo tradicional, na Umbanda, e falar mediunidade, no
máximo você vai receber o que eu agora acabo de tratar, mas muito além disso que
tratamos já falamos, não é? Então são coisas para a composição do seu sistema íntimo.
Salve Deus!

Então, o nêutron é a força que divide os planos vibracionais. Plexo Físico, Micro Plexo e
Macro Plexo. Proporcional a eu ir, pela minha conduta, pela minha luta, pelo meu
trabalho, pela minha insistência, também pela minha “birra”, porque nessa jornada às
vezes precisa ser meio “birrento” também, porque senão você não rompe as barreiras. Às
vezes precisa ser um pouco desaforado porque senão você cai pela estrada, não é?

Tem que ter determinação, tem que ter constância, tem que ter espírito de luta, garra, mas
tem hora que tem que ter uma boa dose de “birra” também, porque senão você empaca
no meio do caminho. Tem que ter uma dose de desaforo também porque senão você fica
para trás. Às vezes são forças demais, é atuação demais, situações demais que tentam
impedir você de continuar caminhando, e se você não é um pouco “embirrado” você fica.

São valores demais em jogo na Terra, e muitas vezes não sabemos os valores, não é? A
intensidade do nosso carma, então tem momentos realmente que não temos explicação, e
se a gente não insistir em continuar caminhando, a gente realmente pode se perder naquele
instante.

Mas é proporcional através dessa luta, na busca de alicerçar-se em atitudes dentro desses
princípios de Humildade de Tratamento, Tolerância de Compreensão, que resultam no
Amor Incondicional, que é o que faculta o equilíbrio desses três reinos da nossa natureza,
então proporcional à condição que vamos tendo de manutenção do equilíbrio desses três
reinos, é que vai começando a ser formada a Luz ou Chama do nosso Sol Interior.

Então, o Sol Interior é resultante da harmonia dos três reinos de nossa natureza.
Proporcional então à minha manutenção do equilíbrio, porque desequilíbrio é natural, mas
o tempo que eu levo para me reequilibrar, quer dizer, meu propósito, meu motivo, minha
honestidade, minha luta, minha disposição, então proporcional à jornada, aí eu vou
estabelecendo pela constância, pela manutenção do meu padrão, também um estado de
iluminação desse Sol Interior. Aí começa a ser formado o meu Aledá, a minha Presença
Divina.

Até que chegará um dia em que eu me torne a própria Presença Divina. Dispomos do
Aledá lá no Templo, em nossos lares, muitos de nós têm um lugar para colocar o nosso
Aledá. Quer dizer, então ali temos um ponto de referência para a nossa prece, para a nossa

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
busca. Por que temos um Aledá em casa? Porque nós não temos um Aledá dentro de nós.
Por que é que eu preciso formar um ponto de referência para buscar aquilo que preciso
ou pretendo em favor de alguém? É porque ainda não tenho a segurança dessa mesma
condição em meu próprio coração.

As imagens nós dispomos como auxílio técnico para uma referência mental de sintonias.
E temos o dever da Preparação na Pira porque realmente é o centro de referência de ação
de forças no Templo, e a mais alta expressão do símbolo de um Aledá contida no Aledá.

Agora aquele Aledá que ali está, todos nós, pela condição de mestrado que temos, se
quisermos continuar caminhando, temos que insistir nos princípios da Humildade de
Tratamento, Tolerância de Compreensão que resultam no Amor Incondicional, que dá
origem à formação do Sol Interior, e que resulta no nosso Aledá. Salve Deus!

A Sexta Aula já foi dada. É claro que vão perceber que será possível falar uma média de
uma hora, uma hora e meia, dentro do assunto, porque todos os assuntos da Centúria, se
há espaço para relacionar-se, vai sempre sentir-se no dever de voltar a falar. Como insistir
com uma Preparação, com as Chaves corretas, com o procedimento adequado no Templo,
o respeito às hierarquias, o cuidado com os uniformes. Quer dizer, então, são sentidos que
sempre estão retornando ao princípio, e sempre haverá um processo induzindo, um
processo indutor, um estímulo indutor de falar, de tratar sempre os princípios: Conduta
Doutrinária, o relacionamento, a hierarquia, não é?

Bater na tecla, por exemplo, o simples fato de alguém se dispor como Instrutor, ele passa
por todo um processo de Desenvolvimento, de aberturas, preparação de chacras,
repentinamente depois quer deixar de ser Instrutor, da mesma maneira como os médicos
fizeram toda uma Preparação para ele ficar em condições da função que irá desempenhar,
eles vêm trabalhá-lo também num novo reajuste em chacras e plexos para o
recondicionamento numa outra função.

Então, imaginemos então para ilustrar para eles, há um Presidente de Templo, a bagagem,
o gabarito, a estrutura de Desenvolvimento que requer um Presidente, principalmente que
ele lá, ele é a fusão de Trinos de toda uma infraestrutura operante no Templo, concentra-
se nele lá.

Então, um Presidente não é só um indivíduo e um título. Não existe um Presidente com


expressão de indivíduo ou por questão de título, mas ele é resultante de toda uma estrutura
de Desenvolvimento, e não podemos esquecer que todos os fatores Cármicos, quer dizer,
relacionados entre uma ação coletiva dos adeptos ali congregados, estão naturalmente
ligados àquela condição daquele indivíduo, porque toda a ação de forças vem na condição
decrescente daquilo que ele representa.

Quer dizer, o Templo se compõe no continente para aquele Presidente, como o


Continente, o Povo aqui se traduz para o seu Adjunto Maior. E ainda com uma diferença,
sendo que o Adjunto Maior no caso do Templo-Mãe, ele só recebe seus seguidores, ou
adeptos, ou agregados depois de terem concluído uma Centúria. Ele só tem autorização,
dentro do contexto do Templo-Mãe para se localizar num Continente, depois de estar
preparado. E observamos que lá fora, há um acompanhamento desde o princípio, da
condição de paciente, até a condição de integração, em todo o processo! Quer dizer, a
simbiose, a ligação, a intimidade, o Élan, ela se traduz numa responsabilidade muito

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
maior, muito mais diretamente ligada, o que requer de nossa parte sempre um tratamento
carinhoso, cuidadoso, nesses aspectos. Salve Deus!

Da minha parte, pararíamos agora. Então na Sétima, assim que entregar as Energias a
gente se encontra, é também um assunto muito importante, também de nível Iniciático,
mas sintético. Aí vai resultar no tempo para perguntas que se relacionem em toda a
extensão do que foi tratado até aquele instante na Sétima, e que a gente fale sobre
pequenos aspectos que foram deixados de falar. Digo pela importância do que foi tratado,
da maneira como foi tratado.

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Inteligível.

(Mestre Bálsamo)
Se nós observarmos, aí já é um assunto contido no item 01, do roteiro nº 01 da 1ª aula: o
que é a Doutrina do Amanhecer.

Então a gente quando começa a formar esta relação Doutrina do Amanhecer, a mesma
Doutrina de Jesus, quer dizer, Jesus foi um grandioso Iniciado, Executor de um plano de
dimensões realmente universais, porque a partir do momento do advento da vinda do
Cristo, quer dizer, Jesus, Jesus Cristo Nosso Senhor, falamos Jesus aquele que encarnou,
agora quando falamos Cristo, falamos no Mentor de Jesus, não é?

Para percebermos a importância, a dimensão de Cristo, o Mentor de Jesus, o Sistema tem


seu nome: Sistema Crístico, não é? Porque a partir do momento de Jesus então voltando
ao Plano Espiritual, assumiu Ele o Comando de toda essa condição, então Seu Mentor
uma outra condição, e assim é o Ciclo Evolutivo. Então, Jesus é o Governo de todo o
Sistema Crístico neste ciclo de 2000 anos, não é?

Mas, Jesus foi um, está certo? E Cristo foi seu Mentor. Agora, a relação foi tão íntima
como a água e o copo dizia Tia, foi perfeito. Então, falar Jesus e falar o Cristo, é como
falar no mesmo, tal a integração, tal a situação. Salve Deus!

Mas, o interessante é que, a partir da vinda de Jesus, quando Deus Pai Todo Poderoso
permitiu esse início de Ciclo do qual Ele foi Executor, então todo o Sistema Planetário de
relação a este planeta, ele passou por uma modernização, por uma atualização,
distribuição de hospitais, o próprio processo reencarnatório sofreu uma atualização, quer
dizer, tudo foi movimentado, visando proporcionar a maior possibilidade evolutiva
possível de espíritos em trânsito...

E Jesus contido, inclusive mais uma vez um aspecto em relação ao que é a obediência às
Leis Naturais, porque Jesus ocupou um corpo físico carnal. Ele nasceu dentro de um
processo biológico natural. E mesmo sendo o gigantesco Iniciado que foi, era necessário
que Seu plexo físico, quer dizer, Seu corpo físico, precisaria também pelas Leis Naturais
passar por um Sistema Iniciático compatível para receber a Consagração no físico. Então,
a mais alta, digamos assim, estirpe, ou elite, que continham esses segredos do Sistema
Iniciático, era o Tibet. Portanto foi para lá que Ele foi levado por José de Arimatéia, esse
outro Grande Iniciado, então lá, Jesus recebeu então a Iniciação, a Consagração em seu
plexo físico.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Quer dizer, o que resulta hoje no capuz da nossa Iniciação Dharman-Oxinto, o capuz não
era utilizado antes de Jesus ter ido até lá. Mas os próprios Monges Tibetanos, ao verem a
honra que a eles foi conferida da Iniciação de Jesus, e aqueles Videntes Iniciados,
percebendo a dimensão da importância da missão daquele Espírito, a iluminação que
emitia, a grandiosidade, então a maneira natural que eles encontraram, na humildade do
Iniciado que tem consciência daquele que se encontra perante ou diante, então decidiram
iniciá-Lo com seus rostos cobertos.

Ao perceberem a dimensão daquele Espírito, eles não conseguiram, só acharam


possibilidade de iniciá-Lo... E aí, pela tradição Iniciática, a partir desse instante, vem
então por herança, Tia Neiva preservando esse critério, deste simbolismo do capuz sobre
o rosto. É como a velação, é como a busca de ocultar a sua Luz, a sua Evolução, o seu
progresso, em detrimento de uma Luz Maior manifesta, de uma Evolução Maior
manifestada. É o Simbolismo do coração de joelhos, do discípulo perante o mestre. Salve
Deus!

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Eu gostaria de fazer uma pergunta. Nós sabemos que na Bíblia, no Apocalipse, ensina
muita destruição, muitas revelações, e que está contido nessas revelações do Apocalipse,
então essas revelações (...)

(Mestre Bálsamo)
Não sei. Nunca me dediquei a ler o Apocalipse. Acho ele muito chato, por isso nunca li.

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Sabe por que? Koatay 108: 8 + 1, 9. (...) na Bíblia, 144.000. Vamos somar: 1 + 4 + 4, dá
9. Então um número do Apocalipse que é 666, somando 6 + 6 + 6, dá 18, 8 + 1, 9.

(Mestre Bálsamo)
Pode ser. Eu prefiro me restringir dentro do aspecto da linha de informação, a essa
segurança oferecida pelo sistema. E isso já vem dentro do aspecto da conjuntura do
pesquisador, que é certa, mas que eu preferia não ser tratada dentro daquilo que é a
proposta atual.

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Bálsamo, como se classificam os espíritos sofredores?

(Mestre Bálsamo)
Como sofredores mesmo.

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Não existe uma classe?

(Mestre Bálsamo)
Ah sim, são várias! Muitos deles chamamos de sofredores, o próprio Exu, para nós é um
espírito sofredor. O Vale das Sombras é um espírito sofredor. Então sofredor quando
falamos é geral. Agora é claro, se você for subdividir assim com mais intimidade.... Aí
você pensa assim por exemplo, um sofredor realmente, você imagina as pessoas que estão
por aí vagando, não é? Então sofredor, está cheio de pessoas pelas ruas, pelas estradas,
sofredores. Têm muitos! Tem muitos inclusive tentando chegar aqui, e são impedidos

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
pelas Legiões. São atrapalhados, tem muita gente também, tem muita gente sonhando em
vir um dia no Vale, para conhecer, a “Tia Nelva, ou Tia Nelza”, como muitos falam.
Tentando um dia juntar um dinheirinho para vir aqui. Está repleto de espíritos por aí que
já ouviram a repercussão do Vale, e:
“Puxa, eu quero chegar lá, eu gostaria de ir lá....”

Você vê por exemplo o próprio “Alaruê”, que a Tia colocou inclusive na Lei do Adjunto,
não é? Quer dizer, são Falanges de Espíritos tão desclassificados, quer dizer, eles só se
realizam provocando o desequilíbrio das pessoas, mas são tão “abestados” que eles
desequilibram e eles não gostam de pessoas desequilibradas, ele não tem noção dos
valores. Aí Ela fala, que repentinamente alguém faz uma prece em voz alta e eles tocam
no sentido e voltam para Deus.

Olha que coisa mais curiosa! E existem milhares de espíritos nessa condição de “Alaruê”.
Eles são totalmente desclassificados, quer dizer, olha o termo, é desclassificado. São
espíritos desclassificados, não têm propósito, não têm motivação, não têm objetivo, não
têm nada. Ele gosta de chegar lá e aporrinhar as pessoas. Agora quando ele aporrinha e
desequilibra, ele sai de perto porque não gosta. Ele perturba um, aí a pessoa desequilibra
assim e ele cai fora, foge de perto, fala: Cruz credo! Agora, olhem que desclassificação,
que natureza! Que vida é essa? Aí repentinamente alguém faz uma prece:
“Pai Nosso que está nos céus...”

E aí quem está ali por perto escuta e fala:


“Puxa!...”

Sai da sintonia, o padrão, entra numa realidade, ele forma uma sintonia que faculta o
Plano Espiritual chegar e levar. Não é curioso? O quanto é sutil esse plasma no Etérico.

Você vê por exemplo que tem determinados planos já, o espírito chega numa condensação
tão terrível, que ele se lança a um aspecto dimensional que inclusive é alterado da
dimensão dos sofredores que tratamos. Já é uma outra dimensão.

Quer dizer, no campo concepcional que ele fica, ele tem tanta deformação mental que ele
assume uma forma de um bicho. Ele é um “bicho ambulante”, mas um bicho dentro da
dimensão que está, pelo acrisolamento da própria mente.

(Trino Ajarã, Mestre Gilberto Zelaya)


Bálsamo, uma vez eu estava no Sétimo de mamãe, e ela viu um espírito... Naquele tempo,
aquela entrada da ponte, era uma tábua de madeira, e ela gritava:
“Meu filho, chama muito doutrinador, muito doutrinador, muito doutrinador!”
“O que é mãe?”
“Tem um espírito que está chegando aqui e a calda dele está na ponte!”

Quer dizer, da distância da casa dela para aquela ponte. E eu fiz a doutrina, e ele não
falava. (...) E a reação, da Clarividente, do apará é que precisaria de muito doutrinador
para fazer a Elevação.

(Mestre Bálsamo)
A benção de Deus é tão grandiosa, que como existem dimensões no Plano Espiritual,
existem dimensões no Sistema Etérico. Vejam o que é a bênção de Deus. Vejam que o

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Elítrio por exemplo, ele sai urrando e tudo mais, mas ele já não fica na dimensão do que
tratamos aqui, já é uma outra dimensão. Como a dimensão daqueles também com
deformação, quer dizer, a ponto de parecerem animais, é uma outra condição, onde ele
próprio se conduz pela mente similarmente, perfeito?

A Centúria, por mais que a Centúria tenha importância, você não vai ter estrutura para
penetrar em determinados assuntos, você ainda vai pegar muito Médium
“impressionado”, e muitas vezes você não sabe se a Herança que ele vai receber, se ele
vai ter uma tendência muito mais destrutiva do que construtiva, você vai se surpreender
muito se o Centurião que você formar, se ele descambar, tanto quanto você vai se
surpreender com grandes companheiros de jornada, você pode se surpreender com um
Centurião que você nunca mais vai ver, e ele vai ter que cumprir um tempo lá fora, foi
muito grande o impacto pra ele.

(Trino Ajarã, Mestre Gilberto Zelaya)


E esse condicionamento, o outro extremo, mamãe dizia que tinha a magia negra mesmo,
mas a possibilidade (....)

(Pergunta de um mestre que assistia a aula)


Mestre Bálsamo, para não insistir nessa mesma pergunta que eu fiz, nós temos aqui os
“sexus, os “murumbus” ou como o senhor poderia nos aperfeiçoar nisso aí para um
melhor discernimento nas nossas instruções?

(Mestre Bálsamo)
Com relação a ter que buscar, destrinchar assim, porque eu não acredito que um médium
na Centúria, eu acho a Centúria tem uma importância (...). Isso faz muito médium
impressionado e muitas vezes você não sabe qual é a herança que ele vai receber de
Esparta ali, se ela vai ter uma tendência muita mais destrutiva do que construtiva. Você
vai se surpreender com muitos Centuriões que você formar que vai descambar. Tanto que
você vai se surpreender com tantos companheiros de jornada, você pode se surpreender
também com um Centurião que você nunca mais vai ver. Ele vai ter que cumprir um
tempo lá fora, foi muito grande o impacto para ele.

Então é muito relativo, formar um grupo de Centuriões e esperar que todos sejam
realmente Centuriões, isso também é hipocrisia de nossa parte. É impossível! Porque a
herança que o consagrará pode trazer uma enfermidade, pode trazer um tremendo
desequilíbrio, onde ele será sustentado pela cultura da força daquilo que ele concebeu na
Centúria, mas ele poderá sempre ser distanciado, ou se distanciar em busca de questões
que não estão contidas ali, ou em busca também de algo que te pertence e que também
não está ali, ou ser afastado também por outros valores, ou por fraqueza pessoal, ou por
fraqueza induzida pelo processo de atuação.

Porque proporcional também à estrutura dele, algo também que ele ainda não tinha
condições de receber, mas que também é dele, mas que já está passando o tempo de chegar
poderá ser trazido. Então por isso é que existe um limite dentro daquilo que deve ser
informado, porque nunca você sabe qual espírito você está lidando com ele, qual o
relacionamento cármico dele.

Então, é sempre construtiva a bagagem que a Centúria oferece, a Contagem que a


Centúria oferece, a preparação que a Centúria oferece, todo o conjunto de preparação ele

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
é altamente construtivo, mas por simplesmente ela dar base, pela própria força da
bagagem que ela dá, ela também abre perspectivas para que ele passe a receber dores que
ontem ele não recebia porque não tinha estrutura, então deu o que ele pode receber, mas
você não pode prever a reação dele, perfeito?

Então, tem que haver sempre um cuidado com naquilo que falamos e como falamos,
porque tudo que temos é a aparência, na realidade não sabemos o que está na
transcendência, perfeito?

(Mestre que assistia a palestra)


Inclusive eu presenciei um caso aonde um Instrutor de Centúria explicou esboçando a
figura desses espíritos nome por nome e a moça quando chegou em casa, assistiu a aula,
quando chegou em casa disse ter visto um espírito e se desequilibrou.

(Mestre que assistia a palestra)


Pelas bênçãos de Deus, se um indivíduo que é portador de câncer (...) será que ele
consegue se libertar desse elitrio?

(Mestre Bálsamo)
Depende muito do caso, isso é muito relativo. Cada caso é um caso. Estamos entrando no
mundo dos relativos onde é impossível estabelecer um conceito único. Cada caso é um
caso.

Por exemplo, eu nunca soube de um mestre ou ninfa nesta Corrente, que ouvisse Tia
falando sobre sexo, ou em sexo, numa aula. Nunca, em hipótese nenhuma Tia tratou esse
aspecto em uma aula. E muitas vezes também eu fui intuído, também sempre preservei.
Ela nunca tocou nesse assunto.

E a única referência desses valores contidos, está numa das Palestras de Umahã com ela,
numa das Aulas de Umahã, uma Carta da década de 60, foi escrita lá em Taguatinga.
Taguatinga foi a partir de 14 de fevereiro de 1963. Então foi uma situação em que ela
pensou:
“... uma coisa que pairava no meu pensamento....

Está por escrito.


Então, em resposta ao que pairava no meu pensamento, a voz então falou: Sexo é
decorrência natural da natureza dos homens.

Só: “Sexo é decorrência da natureza dos seres encarnados.” Só.

Então por exemplo, ela fez questão dentro de determinadas linhagens, tem sexús,
murumbús, e bandidos do espaço. Especificamente foram as três categorias, que ela citou
parcialmente, porque eu nunca tentei me aventurar a ir além, fiquei dentro do que ela
falou.

O murumbú por exemplo, são Legiões terríveis, e são espíritos que desenvolveram o
gabarito da hipnose. Eles têm a capacidade de hipnose, de hipnotizar um espírito e fazer
o que bem pretenda.

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
E sexús, como o próprio nome sugere, como o próprio nome sugere, então da mesma
maneira como existem Legiões que já se especializaram na ação da catalisação
plasmática, controle de mentes, formação de correntes naqueles que são viciados em
drogas, em meio aos toxicômanos, traficantes, então sabemos que existem aqueles que se
especializam no campo também do alcoolismo, naturalmente também sexús, sexo,
sensualidade, então há também toda uma infraestrutura que tenta induzir, tenta
desenvolver, tenta influenciar, este campo também de ação, em desequilíbrio, formar
níveis que favoreçam, não é? Salve Deus!

Então, bandidos do espaço também, Tia também fez uma referência, porque são
perigosíssimos, muito astuciosos, e frios realmente, especializados em também escravizar
espíritos, que também, me parece, aí já é hipotético, então não afirmo, também tem o
gabarito de hipnose, eu não sei se contratam esses outros, fazem pagamento para que
hipnotizem em favor deles, e eles então levam, e trocam através de energias, e outros
valores que determinados Exus, negociam, são mercadores de vidas. Então são muitas as
situações.

Mas aí também, entra também no aspecto do relativo: “


Ah, é relativo... “

E sabendo que o Vale é “terra de relativo”, a gente tem aspectos que só se tratam dentro
daquele limite. Não é porque alguém insiste que é dado saber. Para quê saber mais?

Eu nunca me aventurei por incapacidade, e também por pressentir que não devo falar, não
devo insistir, não há como construir, não há como você ser construtivo, o que é que você
está construindo com essas informações? Não! Então você dá um sentido de alerta, a
pessoa tem então uma noção de muita coisa assim na Terra como no Céu, mas é a gente
se exige mais nos aspectos mais fundamentais, que se traduz pela preparação do Homem
na sua jornada.

Então tem aspectos também que eu tomo cuidado, porque aí eu vou entrar no campo
hipotético. Por mais que se já tenha mais desenvolvido ao longo dos anos, na minha
percepção, na minha experiência, mas é uma coisa tão pessoal aqui, para mim é tão
inútil... e não é! Mas, para que?

(Mestre que assistia a palestra)

(Mestre Bálsamo)
Olha, a grande proteção de qualquer homem, de qualquer ser, e particularmente alguém
que é tão visado, exposto à Justiça Universal como é particularmente o médium Iniciado,
é o equilíbrio da mente, é o sentimento, é o comportamento.

Porque proporcional a essa condição, então ele desenvolve em sua própria força, na sua
própria ordem, na sua própria iodização. São defesas naturais que o fortalecem em
possíveis atuações. Mas, toda a proteção normalmente, ela sofre a dependência
justamente dos valores do íntimo.

Embora é claro, quantas vezes nos nossos momentos de deslize, e tudo mais, e de
fraquezas nas diferentes atuações, então intercede em nosso favor o nosso mentor, o nosso

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
guia. A gente tem essa vantagem de estar sempre junto a um padrinho, alguém que nos
ama, alguém que está por Deus auxiliando a gente. A Tia inclusive dizia o seguinte:
Olha, cuida sempre da tua guarda em termos de sua frente, com o que você se depara,
com o que você se confronta, porque nas suas costas ninguém te pega.”

Tem sempre alguém protegendo suas costas Jaguar. Você nunca tem que se prevenir.
Agora, te compete a ação do que vem pela frente. Então, você tem que estar atento, tem
que estar de guarda, tem que fazer por onde. Então é proporcional a essa iniciativa, a essa
disposição íntima que você se resguarda mais.

Eu me lembro que no meu tempo: Olha, então, nêutron é a força que divide os Planos.
Segundo, o ser humano na Terra tem três plexos: Plexo Físico, Micro Plexo e Macro
Plexo. Um Plexo é o Perispírito, outro Plexo é a Alma e o outro Plexo é o Corpo. Terceiro
item...

Agora, antes da Centúria, o Obatalá por exemplo era de várias formas. Antes realmente
da forma Iniciática do Vale, do Templo:
“Oh Obatalá, Meu Divino Obatalá...

E inclusive você ser surpreendido no meio ali:


“Oh Obatalá, Oxente...”

E tudo tinha um meio e o espírito passava, não é? E de vez em quando ela falava:
“Não, tem que falar direitinho...”

Ela nunca falou que eram quatorze palavras:


“Oh, faz direitinho, não é assim não...”

Mas todo mundo falava:


Oh Divino Obatalá...

E um peteco danado, mas ninguém dava informação. Então, essa estrutura formal de
conhecimentos começou a partir da Centúria:
“Olha, a Entrega é quatorze palavras, a Chave de Preparação...”
“Chave?”
“É, Chave de Preparação...”

Tem até aquele caso por exemplo, quando dependendo do espírito que incorpora no
Apará, quer dizer, você percebe ali um espírito realmente terrível, um espírito difícil, e aí
chega o Doutrinador e
“Oh Obatalá...”

Faz a Entrega e ele continua ali. Aí você pressente, intuitivamente você percebe que há
necessidade de maior de volume de liberação ectoplasmática, de mais força de Entrega,
e que você já viu que é possível utilizar. Você chamar mais dois Doutrinadores e junto a
você, e os três juntos, numa só voz, fazer as três Entregas. Quer dizer, vai aumentar,
triplicar a Força da Entrega e, portanto, de emissão ectoplasmática.

Então, chegou até aquele caso assim, começou a avinhar, falar:


“Chave? O quê que é Chave?”

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
É Chave, como chave de carro, quer dizer, se você não estiver com a Chave certa você
não abre a Preparação. Quer dizer, alguém chegar e incorporar alguém lá na Mesa e aí o
Doutrinador falar:
“Escuta, vem cá mais dois Doutrinador, vamos lá fazer uma Entrega em conjunto....”

Ela falou assim:


“ – Não senhor! A Entrega é uma Chave! Nunca vi enfiar três chaves no mesmo buraco!”

Quer dizer, então existem todas essas fases que a gente vai passando pelo conhecimento,
não é? Aí, quando a Tia falou que é Chave, e todos:
“Chave?”

É, é uma Chave, é um conjunto de palavras:


“Senhor, Senhor, faze a minha preparação, para que neste instante, possa eu estar
Contigo.”

Então é uma Chave, é Chave! Porque você tem que fazer correto, é uma Chave.

Mas, anterior a esse período de 1976, a importância da Centúria se caracteriza por isso.
Porque hoje por exemplo, nem o Desenvolvimento ensinava naquela época isso, não é?
Mas aí então a Centúria começou a permitir à Tia, no momento certo, na hora certa, então
a informação de muitas perguntas que tínhamos, mas não tinha respostas. Claro, ela sabia,
e ainda nem era permitido ainda ensinar, não é?

Aí então em 1976 começou a formalizar esses aspectos:


“Olha meu filho, a Preparação é uma Chave. São quatorze palavras, é preciso fazer
corretamente.”
“Olha, a Entrega é quatorze palavras....”

Então, tudo que foi ensinado da Elevação é que eram quatorze palavras. Então sempre
vem batendo nesta tecla. Então, o que é a Entrega? A Entrega é uma Chave de quatorze
palavras. Quer dizer, vejam bem que tantos anos depois, é a primeira vez que se trata da
maneira como foi tratado foi hoje.

Mas o que é realmente a Iniciação? O que é que foi falado? A Iniciação é uma Iniciação!
Qual é a resposta mais certa? Foi dada alguma? Nunca foi dada! E aqui no meio de tantos
valores, o que é que foi falado? Nada. Só o mínimo!

E vejam que de 1958, 1959, princípio da jornada da Clarividente até 1976, nunca foi
tratado. Agora, ela sabia! Mas ainda não havia uma cultura formalizada para ela dar esse
princípio do cuidado dos espíritos.

Eu na minha época inclusive, eu me lembro de quando eu cheguei aqui, eu cheguei, eu


tinha momentos que eu estava bem tranquilo assim, daqui um pouco começava com uma
falta de ar tremenda, quase morrendo afogado, e um dia eu cheguei lá e falei:
“Tia, eu não aguento mais...”

Ela virou e falou:


“Tenha amor, trabalha muito Espiritual...”

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Eu pensei:
“Mas que diabo dessa velha, olha o quê que ela me fala! Eu estou quase morrendo aqui
e ela fala em ter amor e trabalhar espiritual!”

Passou muito tempo depois, mas muito tempo depois, já tinha acabado, eu nem lembrava
mais que tinha tido aquele problema, um dia eu conversando com ela assim, eu falei:
“Tia, estou lembrando agora de uma falta de ar que eu tinha, e que eu cheguei pra
senhora e...”

Ela pegou e falou:


“Pois é, e eu te falei só pra ter amor. Era um Elítrio.”

Eu falei:
“Ora, porque a senhora não me falou naquele tempo?”
“Porque se eu te falasse naquele tempo você teria ficado enlouquecido, teria ficado
louco...”

Então, por exemplo, você tem uma estrutura hoje. Mas você deverá sempre desenvolver
a condição de estar atento para as possibilidades daquele que está diante de você. Nunca
trabalhe alguém pela sua possibilidade, procure descobrir sim, a possibilidade da pessoa,
para que você dê a ele sob medida. E também, um outro aspecto, não se dá para a pessoa
o que ela pede, muito menos o que ela quer. Na sua vida não foi assim! Na sua vida jamais
será assim, você não tem o que pede e o que quer. Você pode perceber que você vai
recebendo e vai concebendo de conformidade com a luta, com o trabalho, com uma
conquista.

Portanto, você tem que saber administrar também aquilo que sabe e dispõe. Sobretudo
em respeito também àquele que te procura. O que caracteriza realmente um mestre desta
Doutrina, é a faculdade de estar sempre atento às possibilidades do discípulo, e não agir
por sua condição de mestre.

O Mestre se caracteriza por estar sempre de acordo com o Discípulo, nas possibilidades
do próprio Discípulo, e não impor no Discípulo a sua condição de Mestre. Observa que é
impossível exigir que o Discípulo suba até você. Então, enquanto isso ainda não é
possível, compete a você descer até onde está ele.

Esse é o Mestrado, esta é a conquista do coração, é não se prevalecer sobre ninguém. Por
quê? Porque você não pode, você não tem o direito! É covardia prevalecer com o imenso
valor que você tem sobre alguém que não tem nenhum.... Tem, mas ainda não descobriu.
Tem, mas ainda não despertou. Tem, mas ainda não aplica. Tem, mas ainda não acordou.
Tem, mas ainda está dormindo. Ele precisará primeiro ser Iniciado, ou seja, ser acordado,
ser despertado dentro de um princípio de possibilidades. Salve Deus!

Todo o nosso Sistema é por princípios espontâneos. A Doutrina é um princípio


espontâneo que não tem começo nem fim, mas sim pontos de partida. Princípios
espontâneos. Porquê é que Tia sempre alertava os Doutrinadores para não forçar um
Apará a incorporar? E quando acontecer de ter o privilégio de ter um Médium incorporado
para um Trabalho, não tentar forçar comunicação, arrancar coisas. Por quê?

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Porque podem ter certeza, e todos aqui sabem disso, tudo aquilo que precisou saber, veio
no momento que menos esperou. Às vezes até atendendo um caso, foi lá dar só um passe
magnético num Apará, mas percebeu que era preciso chamar o Mentor dele para
reequilibrar ele, e repentinamente a Entidade transmite alguma coisa que ele precisava.
Repentinamente está o outro Aparelho lá, trabalhando com outro Doutrinador, e
repentinamente, sem menos esperar:
“Olha, estão te chamando ali....”

Aí você vai lá e recebe aquilo que você está precisando e nem sabia, você já tinha até
desligado.

Quer dizer então, esse conjunto de manifestações espontâneas, nós temos que cultivar no
íntimo. Nada forçado em nosso Sistema é bom! Ele é extremamente prejudicial. Nós
temos que preservar o princípio espontâneo, o princípio da manifestação espontânea.
Quer ter um Apará propenso a interferência? Força a Incorporação, induza comunicação,
exija uma mensagem, questione o Espírito....

Então, principalmente pela sutileza do Apará, nós não podemos forçar. Sobretudo no
Apará tem que ser o princípio espontâneo. Deixe que venha, deixe que venha de quem
sabe a hora, não é? Não você!

Vibre, vibre com carinho! Você quer uma resposta, você está em conflito, então:
“Jesus, me ajude a encontrar a minha resposta...”

Mas não force! Vibre interiormente, pede com carinho:


“Oh meu Deus, a hora que o Senhor achar que é hora de eu saber, e se eu preciso saber
realmente, se eu posso saber, então me mostre o caminho, me esclareça...”

E caminhe! E caminhe! Deixe que surja por manifestação espontânea, porque aí vem
muito mais verdadeiro, vem muito mais adequado, não é? Salve Deus!

É bom a gente encerrar agora, então a Sétima Aula. Ela é também uma Aula assim, porque
é o seguinte, está contido aqui inclusive um princípio curioso: chegar num Templo
Externo e exigir do Presidente que ele seja rigorosamente como no Templo Mãe. O
Templo Externo tem que ser o Templo Mãe...

Meu Deus, como é que vai se exigir, dentro de um princípio Evangélico, que a princípio
espontâneo, princípio ainda de busca, de conquista, de localização, de adequação, que se
localize como um Sistema Iniciático onde não há “senão”? Não há meio termo, já é a
estrutura formal realmente do Sistema, que já passou por um período de adaptação, de
ajuste, de formação, de aculturação, de estruturação de Chaves, de composição. É
totalmente oposta as situações.

O Templo vive muito mais momentos espontâneos do que a formalização de uma


estrutura contida, já agasalhada, já descrita, já estrutural. Não, o Templo está
predominantemente em fase estrutural na maioria deles, ele está em fase estrutural.

Ah não, o Templo já está todo construído.... Construído a sua avó! Ele está construído de
Pedra! Mas e a estrutura mediúnica? Quer dizer, e ainda dispõe de uma dificuldade muito
maior, porque a nossa estrutura hierárquica ela tem Trino Presidente, ela tem Trinos

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo
Herdeiros, ela tem Adjuntos Arcanos, tem Adjuntos Arautos, tem Adjuntos de Povo. São
contagens diferenciadas, são raízes diferenciadas, tem o RAMA 2000 que é a estrutura, é
a Cultura da Contagem na esperança, é a hierarquia da esperança, vem o Sétimo Raio, já
é diferente do RAMA 2000 agora. O Rama 2000 é uma outra expressão hierárquica.

A ninfa tem culturas diferenciadas. A ninfa que chega agora não é a mesma ninfa que já
está!
“Ah, mas ela é Iniciada, Elevada...”

Não, mas uma Missionária é uma estrutura de cultura diferenciada, não é? Então por
exemplo, aí lá no Templo Externo não tem. Quer dizer, dispõe da força, mas não tem
esses limites em ação direta permanente. Então, até a estruturação ela é um pouco mais
penosa. Por isso sofre por depender de deslocamentos físicos para a busca por que precisa
ou fica na dependência do deslocamento físico dessa cultura que vá até lá. É diferente do
Templo-Mãe. São valores demais no Templo, que nós precisamos realmente desenvolver
aqui. Por que? Por realidade de fato! Então lá não é mais ameno, não é mais fácil. Se for
estabelecer o conceito de pesos e medidas, no templo externo é muito mais difícil do que
aqui. As possibilidades são oferecidas, as mesmas, dentro do potencial evangélico. Mas
veja que o gabarito iniciático, é conduzido pelo, proporcional ao que o Adjunto vai
dispondo daqueles que vão conquistando o gabarito de Consagrações a nível de uma linha
iniciática e vão começando a ter acesso a uma cultura iniciática, a um comportamento
iniciático, aí é que se vai dispondo de uma outra ordem, para uma força decrescente dentro
da realidade iniciática. Mas até que isso se forme, até que isso se concretize, tudo o que
ele dispõe é uma força evangélica: estática, descontraída, desconjuntada, indefinida, mais
problemática do que caracterizada. Salve Deus!

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Curso para Instrutores de Centúria – Mestre Bálsamo

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