Carlos Eduardo Costa de Glavina Reino - 12676553

Questão 4.

Analisando as três alternativas propostas para o registro das receitas das instalações fabris
da Grand Jean como centros de lucro, é essencial considerar a complexidade inerente a
esse processo e a necessidade de alinhá-lo com os princípios de contabilidade de gestão e
estratégias financeiras sólidas. Cada abordagem apresenta implicações distintas e merece
um exame minucioso:

1. Utilizar o preço de venda registrado pelo pessoal de vendas da Grand Jean

para calças destinadas a varejistas e distribuidores:
• Essa abordagem adota o valor de mercado das calças, considerando o preço
pelo qual a empresa efetivamente negocia suas unidades com terceiros.
• Reflete as condições de mercado e as flutuações de preços que a Grand
Jean experimenta ao longo do tempo.
• No entanto, é importante notar que essa abordagem pode levar a receitas
variáveis, o que pode complicar a análise financeira e a previsibilidade das receitas.
2. Utilizar o custo-padrão total de manufatura por unidade, acrescido de um
percentual de elevação fixo “justo” para lucros brutos:
• Essa metodologia se baseia nos custos internos da Grand Jean, buscando
estabelecer uma base estável e previsível para o registro de receitas.
• A inclusão de um percentual fixo de lucros brutos tem a vantagem de
proporcionar uma margem de lucro planejada, independentemente de flutuações de preços
de mercado.
• No entanto, é necessário um cuidado rigoroso na determinação desse
percentual “justo,” que deve ser fundamentado em análises detalhadas dos custos e das
metas de lucro.
3. Utilizar o preço contratual médio pago pela Grand Jean a terceirizados para a
produção de modelos similares de calças:
• Essa abordagem vincula as receitas das instalações fabris às transações
com terceirizados, o que reflete os custos efetivos de produção da Grand Jean.
• Pode ser uma opção atraente, uma vez que se baseia em valores reais de
contrato e evita especulações sobre os preços de mercado.
• Contudo, é importante notar que variações nos preços pagos a terceirizados
podem ocorrer devido a negociações contratuais e podem não refletir diretamente o valor de
mercado.

Considerando essa análise, a recomendação recai sobre a segunda alternativa, ou seja,

utilizar o custo-padrão total de manufatura por unidade, acrescido de um percentual de
elevação fixo “justo” para lucros brutos. Essa abordagem oferece uma base sólida e
previsível para o registro de receitas, alinhando-se com os princípios de contabilidade de
gestão e permitindo uma gestão financeira mais estável e eficaz.

Essa escolha é respaldada por princípios de contabilidade de gestão, que valorizam a

estabilidade e a previsibilidade nas operações financeiras, bem como pela necessidade de
estabelecer margens de lucro claras e realistas para sustentar o crescimento sustentável da
empresa. A determinação cuidadosa do percentual de elevação “justo” deve ser baseada
em análises detalhadas dos custos, metas de lucro e projeções financeiras, garantindo uma
abordagem sólida e equitativa para o registro de receitas.