Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
, 1994;40(3):141-147 141
1 Aluna do curso de PG em Ciências Biológicas, AC: Genética, UNESP - IB, Botucatu (SP).
2 Professor Titular do Departamento de Clínica Médica, UNESP - Faculdade de Medicina, Botucatu (SP), CEP: 18610. A quem toda correspondên
cia deverá ser endereçada.
3 Prof. Assist. Doutor do Departamento de Patologia, UNESP - Fac. Medicina, Botucatu (SP).
centemente, a respeito dos mecanismos molecula mutação refletia uma alteração em um gene, cujo
res que regulavam esse ciclo. Com os conhecimen produto era crítico para passar do ponto de parada.
tos moleculares, fica claro que as formulações sobre Esses genes cruciais são conhecidos agora coletiva
a divisão ou fases do ciclo celular devem ser vistas mente como “cell-division-cicle”{các).
mais cuidadosamente, pois ele é bem mais comple
xo. Dentro dele é montado um grande número de ma- Regulação da entrada na fase mitótica
cromoléculas, ativadas ou movidas em sequências
altamente organizadas, envolvendo mais que um es Um dos passos regulatórios mais bem estudados
tágio do ciclo celular, e reguladas por vias bioquími é 0 que ocorre do período G2 tardio. Os estudos se
cas evolutivamente bem conservadas, que atuam iniciaram com a descoberta, independentemente, por
como relógios químicos. Massui & Market [27] e Smith & Ecker [40], de uma
atividade citoplasmática denominada /WPF(fator pro
motor de maturação ou mitose), capaz de controlar a
entrada da célula na mitose e na meiose. Nas células
Cdc 2 em interfase, a atividade do MPF desaparece [3],
G2 sendo necessária uma outra proteína sintetizada du
Cicifno A
CfcIfnoB
rante a interfase, para a ativação desse fator, duran
te a mitose.
Paul Nurse e cols. [34], em estudos similares ao
de Hartwell [16], trabalhando com Schizosaccharo-
myces pombe, o qual tem ciclo celular muito relacio
nado com 0 de mamíferos, identificaram um gene, o
S INTERFASE
V cdc2, no qual certas mutações resultaram na produ
ção de uma proteína inativa que prevenia a entrada
MITOSE da célula na mitose. Essa proteína, denominada
(Figura 1), é uma proteína serina-treoninaqui-
nase altamente conservada [35] e tida agora como
G1
essencial para a mitose de todos os eucariotos [34].
As quinases são enzimas que transferem grupos fos-
fatos do ATP para as proteínas. Sabe-se, atualmen
y CLN1 CICLINAS te, que a adição e a remoção de fosfatos constituem
CLN 2
CLN 3
G1
0 principal meio de regulação da atividade de proteí
nas celulares [18, 34]. Vários grupos usando diferen
tes métodos demonstram que a proteínap34=‘'‘^^é um
Figura 1 - Modelo esquemãtico do ciclo celular indi componente do MPF [8, 10, 11]. No entanto, em to
cando, ao centro, as proteínas envolvidas nos dois dos os tipos de estudos a concentração de
principais passos regulatórios; o da entrada na mito manteve-se constante através do ciclo celular. Desta
se e o “start” (**), onde a célula “decide” replicar o forma, um outro componente do MPF é quem deve
DNA. Os anéis ao redor indicam as fases nas quais ria ser 0 responsável pela ativação do p34‘'*^ , que,
os marcadores de células em proliferação mais utili conseqüentemente, regularia o MPF.
zados estão presentes. A região do anel com marca No início dos anos 80, Tim Flunt e cols. apud
ção diferente indica o pico da detecção desses mar Murray & Kirschner [32], em experiências com ovos
cadores. de ouriço-do-mar, identificaram um produto protéico,
que, ao contrário dos demais, desaparecia abrupta
mente em cada mitose, sendo acumulado novamen
te na interfase. Este produto foi denominado de
Regulação do Ciclo Celular cicHna. Hoje é sabido que a ciclina é o segundo com
ponente do MPF, participando na ativação do p34‘^*^
O ciclo celular é seletivamente regulado. Os even e, portanto, do MPF. A observação feita por Murray &
tos são ordenados em passos dependentes, nos quais Kirschner [32], de que a ciclina se acumula na inter
a iniciação do evento posterior é também dependen fase e é abruptamente destruída no final da mitose,
te da complementação dos eventos anteriores. Os levou-os a propor que a célula não pode ser capaz
mecanismos controladores obrigando ã dependência, de completar a mitose até que a ciclina seja consu
no ciclo celular, foram chamados por Hartwell & mida. Quando os autores induziram extratos de ovos
Weinert[17]do “check points”. de rã a fazerem uma ciclina, a qual induzia ã mitose
Nessa linha de pensamento de um sistema linear, mas não poderia ser degradada, os extratos perde
onde a complementação de um evento seria requeri ram 0 poder de completar a divisão celular e perma
da para engatilhar o próximo evento (linha genética- neceram em mitose.
dominó), Hartwell [16], em experiências com Outras proteínas envolvidas no controle dessas
Sacccharomyces cerevisae, identificou formas mutan- modificações têm sido genética e bioquimicamente
tes que paravam em um ponto de ciclo celular. Cada identificadas. Uma delas, determinada pela expres-
Ciclo celular; mecanismos reguladores e marcadores bioquímicos Í43
são do gene cdc25, uma fosfoproteína (p80®*=“) acu fosforilação ou defosforilação de sítios específicos e
mulada na interfase, com pico na metáfase, em Schi- dependentes de acúmulo de ciclina. Entretanto, a
zosaccharomyces pombe, induz à mitose pela ativa ciclina envolvida no start não é a mesma envolvida
ção da proteína quinase p34“'<^ [29], É importante na mitose. Existem classes diferentes de ciclina que
ressaltar que, embora a quinase cdc2 seja a regula regulam a entrada das células em mitose e a
dora central do ciclo celular em células eucarióticas replicação do DNA. As ciclinas mitóticas têm sido di
e que as moléculas que a modificam sejam aparente vididas em duas classes: as ciclinas tipo A e tipo B,
mente as mesmas em todas as células, os detalhes com base na homologia da seqüência dos 200 ami-
de como a quinase é regulada variam de organismo noácidos mais bem conservados (cyclin box) dos
para organismo e de célula para célula em um mes cDNAs clonados de uma variedade de organismos
mo organismo. Em alguns casos a cdc25 pode con [9, 19, 36]. Recentemente foram descritas as cicli
trolar a ativação do complexo ciclina-cdc2: em ou nas CLNsd ou ciclinas G1 em levedura e três genes
tros, a ciclina pode controlar a ativação. redundantes foram identificados: CLN1, CLN2, CLN3,
os quais estão envolvidos na ativação CDC28 e, por
- Modelo para o controle de mitose tanto, na passagem pelo start[8, 33].
Motokomura e cois[30]observaram que um gene,
Com base nos dados acima descritos, Murray & o PRD1, o qual é superexpressado em uma forma
Kirschner[32] propuseram um modelo para o contro rara de tumor benigno da paratireóide, é semelhante
le da mitose, em ovos de rã: o acúmulo da ciclina na ao gene da ciclina. Os níveis do mRNA do PRD1 va
interfase, apesar de produzida continuamente no ci- riam através do ciclo celular, tendo picos em G2 ou
cio celular, faz com que este se combine, nesta fase, G1, e sua proteína tem similaridades significativas
com molécula cdc2, cujo nível é mantido constante com todos os três tipos de ciclina, sendo esse gene
todo o ciclo, formando o chamado pré-MPF, cuja for forte candidato a ser gene de uma ciclina humana.
ma ainda não é ativa, ou seja, ela não pode transferir O movimento através do sfarté também controla
grupos fosfatos para proteínas e não pode induzir à do indiretamente por nutrientes, hormônios e fatores
mitose. O pré-MPF é convertido em ativo por enzi de crescimento, que atuam anteriormente, ou seja,
mas como a cdc25. Uma vez ativado, o MPF, direta no G1 precoce. Os estágios do ciclo celular que se
ou indiretamente, inicia os eventos da mitose. seguem ao G1 tardio(S, G^ e M)processam-se inde
A perda da atividade da quinase cdc2 no final da pendente de fatores externos. Os fatores de cresci
mitose depende da destruição da ciclina [9]. Quando mento polipeptídeos estimulam a célula a proliferar,
a atividade do complexo cdc2-ciclina excede certos ligando-se a receptores específicos localizados na
níveis, ela engatilha uma série de reações que levam membrana das células. Essas proteínas receptoras
à proteólise da própria ciclina. A mitose termina quan são dessa forma ativadas a transmitir um sinal de
do o nível da ciclina declina cercas de três vezes[12]. transdução [18, 35]. Um domínio intracelular do re
Logo após, fosfatases revertem a fosforilação dos ceptor, com atividade quinase, poderá ser ativado a
substratos protéicos, resultando no restabelecimen modificar segundos mensageiros, os quais, então,
to das estruturas da interfase. transmitem o sinal através do citoplasma até o nú
cleo. Várias moléculas podem funcionar como segun-
Regulação da entrada na fase S dos-mensageiros, tais como proteínas fosforiladas,
pequenos íons, incluindo cálcio e hidrogênio e pe
Dentro de um complexo modelo do controle do quenas moléculas como o AMP cíclico e o inosital
ciclo celular, agora já se sabe que em células somá fosfato [13]. Segundos-mensageiros podem ativar a
ticas a decisão de replicar o DNA é altamente regula expressão de genes específicos, mais precisamente
da [17, 31]. através de proteínas que se ligam às seqüências gê-
Análise de mutantes tem revelado como as célu nicas regulatórias por exemplo: células quiescentes
las mantêm um tamanho médio constante através de estimuladas a proliferar começam, dentro de minu
muitas divisões celulares. Essa regulação do tama tos, a expressar os proto-oncogenes c-fos e c-jun.
nho requer que os contínuos eventos do ciclo celular, Juntas estas proteínas formam um complexo de ati
referidos como “crescimento celular”, sejam coorde vação transcricional ligando-se a seqüências especí
nados passo a passo com os eventos do ciclo. Esses ficas de DNA. Similarmente, depois de uma hora de
processos são coordenados em um ponto chave, no estimulação, ocorre a síntese do produto do c-myc,
início do ciclo celular, dentro da interfase, no período um fator transcricional. Acredita-se que estes genes
G1, identificado primeiramente por Hartwell [17] e de respostas inicial controlam a expressão de outros
denominado “sfarí”(Figura 1). produtos gênicos requeridos para o primeiro passo,
A regulação através do start é muito mais contro para a saída da quiescência e entrada na fase S. A
lada que a passagem para entrar em mitose. Nova esses primeiros eventos caracterizando sub-fases que
mente o processo depende da ativação da proteína permitam a passagem de células da fase Go para
quinase codificada pelo gene cdc2, em S. pombe, ou G1-S,são referidas como “estados de competência”,
pelo gene CDC28 (p34<=°c28)_ homólogo funcional os quais são necessários para repor mRNAs e prote
do cdc2, nas leveduras. A especificidade desta qui ínas específicas perdidas durante a quiescência, os
nase é devido às modificações de sua atividade pela quais desencadeiam processos que incluem a sínte-
144 Rev. Bras. Cancerol. 40(3):Julho/Setembro 1994
se de algumas proteínas num segundo ponto(G1 tar tencial, no estágio de iniciação, com atividade DNA-
dio), necessários para a progressão do ciclo celular primase [2],
[13].
2) Co-fatores
Fase S
Dentre os co-fatores que participam diretamente
Após sua passagem pelo start, a célula entra no da replicação do DNA destaca-se uma proteína nu
período denominado “fase S”. Durante este período clear, presente somente em células proliferativas, a
do ciclo celular todo o conteúdo do DNA no núcleo qual é descrita, independentemente, por Miyachi et
precisa ser, completa e precisamente, replicado em al.[28]e Bravo & Celis [5]. Essa proteína, denomina
um período de poucas horas. Isto é conseguido pela da como antígeno nuclear de células proliferativas
iniciação da replicação bidirecional de múltiplos síti (PCNA), foi também designada como ciclina em vir
os ao longo de cada cromossomo. Uma simples for tude de seu aparecimento cíclico. Entretanto, à luz
quilha de replicação trabalha na taxa de 3 kb por mi dos estudos atuais, vale lembrar que essa proteína
nuto,0 que requereria cerca de um mês para replicar não está bioquimicamente relacionada com as cicli-
um cromossomo médio humano contendo 40 mm de nas discutidas anteriormente. A PCNA possui uma
DNA®'-. Desta forma, o padrão de iniciação de um massa molecular relativa de 36.000(36 kb), com alta
único cromossomo precisa ser regulado espacial e homologia dos genes para a PCNA/ciclina nos reinos
temporariamente para assegurar completa e precisa vegetal e animal [42]. Recentemente foi identificada
replicação dentro da fase S. Deve-se também levar como co-fator da polimerase-delta, necessário à sín
em conta que a replicação cromossômica envolve tese de DNA e, portanto, à progressão do ciclo celu
mais do que a replicação do DNA. Toda e complexa lar [4, 21, 23, 38, 43], sendo que para sua função
arquitetura do cromossomo também deve ser dupli esta proteína requer ATP. A adição de um oligonucle-
cada. otídeo anticomplementar ao mRNA da PCNA/ciclina
resulta na completa cessação da síntese de DNA [21 ].
Proteínas envolvidas na replicação A subsequente identificação de um fator replica-
dor RF-C (ou provavelmente fator ativador-AI) con
Um pré-requisito para se entender como a tribuiu para a sugestão de que ambas as polimera-
replicação celular é controlada nos eucariotos é a ses (alfa e delta)funcionam cooperativamente durante
identificação de proteínas que estão diretamente en a replicação. A RF-C é uma proteína de ligação inici
volvidas na replicação do DNA, particularmente na al ATP-ase DNA dependente que altera a atividade
sua regulação (Figura 1). da DNA polimerase alfa e delta. A atividade ATP-ase
do RF-C é estimulada pelo PCNA. A ausência de
1) Polimerases PCNA ou RF-C nas reações de replicação, resulta
no acúmulo de sequências de fitas nascentes de DNA
Em contraste com as polimerases bacterianas, que hibridizam com o molde descontínuo[42,43, 44].
também atividade exonucleotídica, a maioria das po Outro fator requerido para a replicação é o RF-A,
limerases das células eucarióticas possuem somen uma proteína de multisubunidades, também referida
te a atividade DNA sintetizadora [25]. A polimerase- como SSB humana. SSB (single-stranded-DNA-
alfa era aceita como principal polimerase envolvida binding protein) são proteínas que se ligam às fitas
na replicação do DNA. Uma objeção ao fato da poli simples de DNA, desenrolando-as e mantendo-as
merase-alfa ser considerada como enzima replicado- separadas, possibilitando, dessa forma, as cópias das
ra, a única seria a falta, nesta enzima, da atividade fitas moldes pelas polimerases [41]. O fator RF-A
exonuclease 3’-5’, remove os paramentos nucleotídi- estimula ambas as polimerases alfa e delta, sendo
cos errados diretamente após terem sido adiciona que a estimulação da polimerase-alfa, parece ser
dos. Em 1976, Byrnes e col. [7] isolaram uma nova específico. O fator RF-A é também requerido para a
DNA polimerase eucariótica, a qual chamaram de iniciação da replicação do DNA [21,26].
delta. Eles distinguiram a polimerase-alfa da delta por Outras proteínas são também requeridas para a
alguns critérios, dentre eles; a atividade exonuclease replicação, como as topoisomerases I e II, que rela
3’-5’ e as massas moleculares relativamente diferen xam 0 super enrolamento das fitas de DNA de ambos
tes [24]. os lados da forquilha de replicação e a DNA helicase,
Experimentos para avaliar a contribuição relativa uma proteína ATP dependente que promove a sepa
das DNA polimerase-alfa e delta na replicação cro- ração das duplas fitas de hélice do DNA [39].
mossómica mostraram que a atividade polimerase
coordenada, aumentando na fase S [2, 3]. Contudo, 3) Importância da
a DNA polimerase-delta parece ter uma maior contri
buição no total da replicação. A DNA polimerase-alfa As proteínas envolvidas na replicação do SV40
associada a co-fatores é a responsável pela síntese respondem diretamente ou indiretamente à fosforila-
da fita descontínua, e a DNA polimerase-delta é a ção pela p34"'‘"^ sendo a principal o Ag-T. A fosfori-
responsável pela síntese da fita contínua (de DNA). lação do resíduo treonina 124 do Ag-T é essencial
À polimerase-alfa tem sido atribuída uma função po- para sua habilidade de se ligar à origem e iniciar a
Ciclo celular: mecanismos reguladores e marcadores bioquímicos 145
Abstract Through the cell cycle: an overview. Am. Rev. Reep. DIs.
142:53-56, 1990.
14. GARCIA, R.L., COLTRERA, M.D., GOWN, A.M., Analysis of
The regulatory mechanisms of the cellular cycle proliferative grade using anti-PCNA/ciclin monoclonal anti-
and its relationship with the growth factors, bodies in fixed, embedded tissues. Comparison with
oncogenes end anti-oncogenes are one of the ma cytometric analysis. Am. J. Pathol. 134:733-739, 1989.
jor advanced fields in the cancerbiology studies. 15. GERDES, J., LI, L., SCHLVELTER, C., DUCHROW, M., et
al. Immunobiochemical and molecular biologic characteriza-
The Identification of proteins and cofactors regu tlon of the cell proliferation associated nuclear antigen that
lating the transitions between G1/S and G1/M as is defined by monoclonal antibody ki-67. Am. J. Pathol. 138:
well the transcription of the genetic material have 867-873, 1991.
allowed the detection of cyclíng cells even before 16. HARWELL, L.H. Saccharomyces cerevisiae cell cycle.
Bacterlol Rev. 38:164-168, 1974.
the appearance of the mitotic signs. The develop- 17. HARTWELL, L.H., WEINERT, T. Checkpoints: Controls that
ment of techniques using monoclonal antibodies ensure the order of cell cycle events. Science 246:629-634,
against those proteins have made possible studies 1989.
on proliferative cells of different tomours, mainly 18. HUBERMANN, J.A. Cell cycle control of initiation of eukary-
based on fact that proteins such as alpha poly otic DNA replicatlon. Chromoaaoma 100:419-423, 1992.
19. HUNT, T. Cell cycle gets more cyclins. Nature 350:462-463,
merase and cyciin/PCNA are expressed only by 1991.
proliferating cells. Thus the detection and count- 20. KAMEL, O.W., LeBRUM, D.P., DAVIS, R.G., et al. Grown
ing of these cells wouid allow the evaluation of ei- fraction estimulation of malignant lymphomas in formalen-
ther the tumor-growth rate or its therapeutic effi- flxed palraffln-embedded tissue using antI-PCNA/Cyclin 19A^:
Correlation with ki-67. Am. J. Pathol. 138:1471-1477, 1992.
ciency and consequentiy the prognostic of the dis- 21. KENNY, M.L., LEE, S.H., HURWITZ, J. Multiple functions of
ease. The present paper reviewed the current human single-strand-DNA binding protein in Simian virus 40.
knowledgement of the cell-cycle control mecha 22. LASKEY, R.A., FAIRMAN, M.P. BLOW, J.J. S phase of cell
nisms and the available methodology for the prolif- cycle. Science 246:609-613, 1989.
erative-cell detection emphasizing the biochemical 23. LEE, S.H., HURWITZ, L. Mechanism of elongation of primed
DNA by DNA polymerase delta, proliferating cell nbuclear
markers, its practicability and reliability. antigen and activator. 1. Proc. Natl. Acad. Scl. USA 87:
5672-5676, 1990.
Key words - Cellular cycle, proliferative cell, cell-cycle 24. LEE, M.Y.: ALEJANDRO, R.; TOOMEY, N.L. - Immu-
markers, proto-oncogenes. nochemical studies of DNA polymerase deita: relation with
DNA polymerase alpha. Arch. Blochem. Blophya 272:1-9,
1989.
25. LEWIN, B.- Perpetuation of DNA. In: Genes II. 2*ed. Toronto,
Bibliografia John Wiley & Sons, 1985. p. 533.
26. LIU, Y.C.: MARRACCINO, R.L.; KENG, P.C.; et al. - Require-
1. ADDISON, C., JENKINS, J. R., STRIRZBECKER, N. W.The ment for proliferating cell nuclear antigen expression during
p53 nuclea localization signal in structurally unked to pOA"*”® stages of the Chinese hamster ovary cell cycle. Blochemls-
kinase mothy. Oncogenes 5:423-426, 1990 try, 28:2967-2974, 1985.
2.BASNAKIAN, A., BENFALVI, G., SARKAR, N. Contribution 27. MASUI, Y.; MARKET, C. - Cytoplasmic control nuclear be-
of DNA polimerase delta to DNA replicatlon in permeable havior during meiotic maturation of frog oocytes. J. Exp.
CHO cells synchronized in S phase. Nuclelc Acld Res. Zool. 177:129-146, 1971.
17:4757-4767, 1989. 28. MIYACHI, K.; FRITZLER, M.J.; TAN, E.M. - Autoantibody to
3. BLOW, J. DNA replicatlon, Many strands converge. Nature a nuclear antigen in proliferating cells. J. Immunol, 121:
326:441-442, 1987. 2228-2234.
4. BRAVO, R. FRANK, R., BLUNDELL, P.A., et al. Cyclin/PCNA 29. MORENO, S.; NURSE, P.L.; RUSSEL, P. - Regulation of
is the auxiliary protein of DNA polymerase delta. Nature mitosis by cyclic acumulation of p80'='‘'=“ mitotic inducer in
326:515-517, 1987. fission yeast. Nature 344:549-552, 1990.
5. BRAVO, R. & CELIS, J.E. Asearch for differencial polypep- 30. MOTOKURA, T. BLOOMM, T.; KIM, H.G.; et al. - A novel
tide synthesis throught of cell cycle of HeLa cells. J. Cell cyclin encoded by a abil-linked candidate oncogene. Nature,
Blology 84:795-802, 1980. 350:512-515, 1991.
6. BROWN, O.C., GATTER; K.C. Monoclonal antibody ki-67: 31. MURRAY, A.W.; KIRSCHNER, M.W.- Dominoes and clocks:
its use in histopathology. HIatopathology 17:489-503, 1990. The Union of two views of the cell cycle. Science 246:
7. BYNES, J.J., DOWONEY, K.M., BLACK, V.L., et al. Biochem- 614-621, 1989.
istry 23:12316, 1984. Aput Blow, J. DNA replicatlon Many 32. MURRAY, A.W.; KIRSCHNER, M.W.- What controla the cell
strands converge. Nature 326:441-42, 1987. cycle. Sclentiflc Am. 264:34-41, 1991.
8. DIRICK, L., NASMITH, K. Positive feedback in the activition 33. NORTH, G. - Starting and atopping. Nature 351:604-605,
of G1 cyclins in yeast. Nature 351:754-757, 1991. 1991.
9. DRAETTA, G., LUCA, F., WESTENDORF, J., et al. D. cdc2 34. NURSE, P. Universal control mechanism regulating onsetof
protein kinase is complexed with both cyclin A and B: Evi- M-phase. Nature 344:503-508, 1990
dence for proteolitic inactivation of MPF. Cell 56:629-839, 35. PARDEC, A.B. G1 events and regulation of cell proliferation.
1989. Science 244:603-608, 19989.
10. DREATTA, G., BEACH, O. Activation of cdc2 protein kinase 36. PINES, J.; HUNTER,T. - Human cyclins Aand BI are differ-
during mitosis in human cell: cell cycle-dependent phospho- entially iocated in cell undergo cell cycle-dependent nuclear
rylation and subunit rearrangement. Cell 54:17-26, 1989. transpot. J. Cell Blol., 115:1-17, 1991.
11.DUNPHY, W.G., BRIZUELA, L., BEACH, D., et al. The 37. PRELiCH, G.; KOSTURA, M.; MARSHAK, D.R.; et al. - The
xenopus cdc2 protein is a component of MPF, a cytoplasmic cell-cycle regulated proliferating cell nuclear antigen Is re-
regulator of mitosis. Cell 54:423-431, 1988. quired for SV40 DNA replicatlon in vitro. Nature 326:
12. FELIX, A.M., LEBBÉ, J.C., DORÉE, M. et al. Triggering of 471-475, 1987.
cyclin degradatlon in interphase extracts of amphibian eggs 38. PRELICH, G.; TAN, C.K.; KOSTURA, M.; et al. - Functional
by cdc2 kinase. Nature 346:379-382, 1990. identity of proliferating cell nuclear antigen and a DNA poly
13. FIDOVICH-KED, J., HANSON, L.J., KEYOMARSI, K., eti al. merase delta auxiliary protein. Nature 326:517-520, 1987.
Ciclo celular: mecanismos reguladores e marcadores bioquímicos 147
39. SINGER, M.; BERG, P. - DNA replication. In: Genes & 42. SUZUKA, 1.; DAIDOGI, H.; MATSUOKA, M.; et al. Gene for
Genomes. Mlll Valley, University Science Booka, 1991. p. proliferating-ceçll nuclear antigen (DNA plymerase delta
73-128. auxiliary protein) is present In both mammalian and higher
40. SMITH, L.; CKER, R.- The interaction of steroids with Rana plant genomes. Proc. Natl. Acad. Scl. USA 86:3189-93,
pipiens oocytes In the induction of maturation. Dev. Blol. 25: 1989.
233-247, 1971. 43. TSURIMOTO, T.; STILLMAN, B. - Multiple replication fac-
41.SUGAWARA, I.; UCHINO, K.; MOROSHITA, Y.; et al. - In- tors augment DNA synthesis by the two eukaryotic DNA
tracellular localization of a subunit of human DNA polymerase polymerase, alpha and delta. EMBO J 8:3883-3889, 1989.
alpha affecting primase activity recognised by monoclonal 44. TSURIMOTO, T; MELANDY, T.; STILLMAN, B. - Sequential
antibody {HDR-859-E4) and its appiication to distinction be- initiation of lagging and leading strand synthesis by two dif-
tween proliferative and non-proliferative lesion. Br. J. Cân ferent polymerase complexes at SV40 DNA replication ori-
cer 60:176-181, 1989. gin. Nature 346:534-539, 1990.