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Ao escrever devemos assumir a nossa condição, utilizando conteúdos ricos na mensagem que
queremos propagar, mas não esquecendo que devemos igualmente escrever textos atraentes,
com imagens que ajudem à leitura do receptor.
Como sempre, a maior preocupação está centrada na eficácia, que só poderá acontecer se se
pensarem nos objectivos e no tipo de público a quem se destina.
A fórmula LOREC
Um primeiro conjunto de regras a ter em conta está contido na fórmula LOREC, que significa:
Listar todas as ideias a comunicar;
Ordenar por ordem de importância;
Redigir um projecto;
Examinar colectivamente,
Corrigir e emendar.
A existência de ideias e a capacidade de desenvolver raciocínios não são suficientes para escrever. É
necessário dominar as regras do discurso escrito, atender ao fio condutor que interliga as diferentes
partes, planear a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do discurso.
Organizar as ideias
Temos de traduzir o que pretendemos comunicar, adquirindo competências para que tal aconteça e,
na comunicação escrita, privilegiar os textos de estrutura simples, curtos e concisos.
Há que organizar as ideias, dando-lhes uma ordem que permita a adequação das partes ao todo e
estabelecer prioridades. Deve-se combater a tentação de escrever tudo no mesmo texto.
Argumentação e persuasão
O texto deve ter títulos, subtítulos e/ou antetítulos, com tamanhos e tipos de letra diferenciados.
Deve dizer-se o fundamental num resumo efectuado, no 1º parágrafo (lead), tal como se pode ver
no exemplo abaixo.
A estrutura do texto deve ser simples, evitando palavras difíceis e utilizando frases curtas, incisivas e
simples. Incluir gravuras, fotos, gráficos, de forma equilibrada.
É importante dar o texto a ler a outras pessoas, privilegiando o trabalho em equipa, e corrigir o que
estiver pouco claro.
Reflectir, em primeiro lugar, sobre o que pretendemos escrever e a quem se destina,
“desembrulhando” ideias, anotando tudo o que nos vier à cabeça, delineando linhas de
argumentação e unificando o fio condutor do texto.
Seguidamente, devemos reunir os materiais necessários e detectar as ideias-chave, estabelecer
prioridades e ver formas de destacar as ideias principais.
Estamos, agora, em condições de redigir um primeiro projecto, de acordo com o plano previamente
elaborado.
Concluído este projecto e descobertos os títulos e subtítulos, clarificados alguns aspectos do texto,
alcançamos uma redacção definitiva que, contudo, ainda deve merecer apreciação dos outros.
O título: É o resumo do texto, deve incitar à leitura; ter entre seis a doze palavras; fazê-lo no
final; apelar à acção.
Os subtítulos: Destacarem-se no meio do texto; escolhê-los depois do texto; articularem-se
entre si, dando uma perspectiva do conjunto do texto; em cada folha A4 utilizar dois ou três
subtítulos.
O texto: Começar com um parágrafo destacado (lead); utilizar colunas para permitir melhor
e mais rápida leitura; salientar palavras, frases ou parágrafos com caixas, sublinhados, etc.
Os parágrafos: Deixar espaço dobrado entre parágrafos; Utilizar espaçamento para melhor
leitura; o primeiro parágrafo não deve ultrapassar cerca de dez linhas.
As frases: Cerca de quinze palavras por frase; estrutura gramatical simples.
As palavras: Evitar palavras difíceis, muito grandes ou demasiado técnicas; descodificar
siglas; utilizar os tempos verbais no presente, por estimular a acção; usar a primeira pessoa
do plural para implicar o leitor.
As letras: Usar letras de corpo doze.
A apresentação: Ilustrar sempre que possível; a página deve ser agradável ao olhar; não
“encher” em excesso para que o texto respire; utilizar a cor.
Bibliografia:
Babo, M.A., “O hipertexto como forma de escrita”, in Trajectos – Revista de Comunicação, Cultura e
Educação – nº1 ISCTE, Lisboa, Julho de 2002.