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DO NEGÓCIO E O IVA
2018
Daniel S. de Bobos-Radu
autor
Daniel S. de Bobos-Radu
editor
3000-167 Coimbra
www.almedina.net · editora@almedina.net
design de capa
FBA.
pré-impressão
EDIÇÕES ALMEDINA, SA
impressão e acabamento
Outubro, 2018
depósito legal
........
__________________________________________________
ISBN 978-972-40-9348-2
CDU 347
PREFÁCIO
Ernst & Young, S.A., trabalha com o IVA e tem vindo a desenvolver a sua
experiência profissional em diversos sectores de actividade, nomeadamente,
público, financeiro, aeronáutico, farmacêutico, TMT, mineiro,
combustíveis, tabacos e bens de consumo.
O autor cuida com especial atenção de aspectos fulcrais da mecâ nica deste
tributo, como os conceitos de neutralidade e de actividade económica e das
suas particulares implicações no tema que decidiu em boa hora abraçar.
PREFÁCIO
10
SIGLAS E ABREVIATURAS
A./AA. Autor(a)/Autores(as)
Ac./Acs. Acórdão(s)
AG Advogado-Geral
AIB
Aquisição(ões) intracomunitária(s) de bens
BFH
Bundesfinanzhof
BMF
Bundesministerium fü r Finanzen
CAAD
CAU
de 9 de outubro)
CEE
CIS
Cls. Conclusões
Código Civil
/66, de 25 de novembro
Código das Sociedades Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo
Comerciais
Código do IVA /
Código
/84, de 26 de dezembro
CTF
DGCI
DSCA
11
HMRC
IBFD
IS
Imposto do Selo
IVA
IVM
LGT
nº 398/98, de 12 de dezembro
OCDE
Económico
Pres. Presidente
Primeira Diretiva
1967
Proc. Processo
Rel. Relator
RFDUL
Lisboa
RFPDF
Segunda Diretiva
1967
Sexta Diretiva
1977
STA
TCAS
TCE
Terra/Kajus
TFUE
Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia
TIB
TJ/TJUE/Tribunal
de Justiça/Tribunal
TOGC
UE
União Europeia
UStG
(BStBI I S. 846)
VATA
12
NOTAÇÃO LÓGICA
proibição
O
obrigatoriedade
permissão
implicação
equivalência
negação
conjunção
disjunção
subconjunto
superconjunto
união
∩
intersecção
13
15
NOTAS DE LEITURA
17
PARTE I
1. Introdução
1.1. Enquadramento
Sendo o IVA um imposto de base alargada ( broad based tax), que se traduz
num âmbito de aplicação muito vasto, abrangendo todas as atividades
económicas de produção, comercialização de bens ou de prestação de
serviços, caberá às normas de caráter derrogatório, como sejam as de
isenção e de não sujeição – e sobretudo à interpretação das mesmas –, a
definição da amplitude da base de incidência do imposto1. Por outro lado,
importa reter que todo o sistema comum do IVA, e em particular o seu
regime de deduções, assenta no princípio da neutralidade relativo à carga
fiscal sobre as atividades económicas sujeitas a imposto,
independentemente dos seus fins e resultados2.
21
1.2. Conceito
INTRODUÇÃO
título oneroso ou gratuito ou sob a forma de entrada numa sociedade” ,
enquanto fórmula ampla para abranger todos os negócios jurídicos
translativos da propriedade ou de direito equivalente.
23
INTRODUÇÃO
25
27
28
«Les États membres ont la faculté de considérer qu’en cas d’apport à une
société d’une universalité totale ou partielle de biens, la société
bénéficiaire est censée continuer la personne de rapporteur.»
29
ções tributáveis.
12 COM/1973/950.
30
2.3. O caráter opcional dos artigos 19º e 29º da Diretiva IVA Apesar de a
transposição dos artigos 19º e 29º da Diretiva IVA ter cará-
31
32
18 COM/1973/950.
33
34
22 Rita de la Feria, The EU VAT System and the Internal Market, IBFD,
Amsterdam, 2009, p. 279.
35
36
O primeiro caso trata de saber em que medida o imposto incorrido com uma
transmissão do negócio é passível de ser deduzido.
sito dos conceitos empregues nas normas de isenção do IVA nas operações
internas, cf. o nosso “Os conceitos autónomos de direito da União Europeia
na interpretação das normas de isenção do IVA”, in Eduardo Paz Ferreira /
Heleno Taveira Torres / Clotilde Celorico Palma (eds.), Estudos em
Homenagem ao Professor Doutor Alberto Xavier, Almedina, Coimbra,
2013, pp. 300 ss..
37
ção específica.
38
39
40
«Uma operação isenta tem por efeito interromper a cadeia do IVA. Não há
qualquer razão para considerar que a cadeia é interrompida por uma
operação que “não implica uma entrega de bens
42
A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UNIÃO
EUROPEIA tivo da regra de transmissão do negócio e as condições em que
os Estados-Membros a podem aplicar.
43
do sujeito passivo ou seja qual for a utilização que este faça dos bens
transmitidos?
Por outro lado, quanto à questão de saber se, para efeitos da aplica-
ção, por considerar que a Faxworld GbR não era passível de ser qualificada
como sujeito passivo, uma vez que a sua única operação geradora de
receitas consistiu na transferência de uma atividade, que não devia ser
considerada uma operação tributável. A Faxworld GbR impugnou a decisão
junto do órgão jurisdicional competente, que julgou o seu pedido
procedente, com fundamento no princípio da neutralidade do IVA.
Assim, o imposto pago a montante podia ser deduzido mesmo quando a
demandante nunca tivesse tencionado utilizar ela própria as entregas que
lhe foram fornecidas para a realização de operações tributáveis, uma vez
que só as adquiriu tendo em vista a atividade económica a desenvolver pela
Faxworld AG.
sujeito passivo, por nunca ter exercido, nem ter tido o intuito de exercer
qualquer atividade económica na aceção do artigo 4º da Sexta Diretiva, ou
qualquer operação tributável, na aceção dos seus artigos 5º e 6º.
ção de efetuar esses fornecimentos, o que a Faxworld GbR não parece ter
manifestado.
uma pessoa diferente da que suportou a sua carga económica. Apesar de, na
situação controvertida, os sócios ou acionistas de ambas as entidades serem
na realidade os mesmos – pelo que, em última análise, serão afetados os
mesmos “bolsos” – nem sempre tal acontecerá. Se o preço da transferência
da empresa for o valor contabilístico do ativo, sem IVA, permitir que o
direito à dedução seja do destinatário e não do transmitente daria ao
primeiro – como o Governo alemão assinalou na audiência – uma vantagem
financeira injustificada e sobrecarregaria o segundo com uma carga fiscal
irrecuperável. Se, por outro lado, o IVA pago a montante for repercutido no
preço da transferência, o direito à dedu-
52
55
Para o tema que por ora nos ocupa, haverá ainda que salientar que o
Tribunal, quando confrontado com a quarta e última questão – a de saber se
a circunstância de a transmissão das ações decorrer em várias operações
sucessivas prejudicava as respostas anteriores –, fez lembrar que decorre da
sua jurisprudência que o conceito de atividade econó-
mica não consiste necessariamente num único ato, podendo consistir numa
série de atos consecutivos36. Aludindo também ao princípio da segurança
jurídica e à especial intensidade que este assume perante situações
suscetíveis de comportar encargos financeiros, tendo em vista permitir aos
interessados conhecer com exatidão o alcance das obriga-
ções que lhes são impostas, o Tribunal entendeu que o tratamento fiscal de
uma transmissão de ações deve basear-se em elementos objetivos da
operação em causa e não pode variar consoante intervenha num único
momento ou em vários momentos.
56
3.6. X BV (C-651/11)
ção, sendo apenas proprietários das participações que detêm, o que lhes
confere um direito ao dividendo, à comunicação de informações e à
participação na tomada de decisões importantes para a gestão da empresa.
Tratando-se de uma participação de 30% numa sociedade, de acordo com o
TJ, impõe-se concluir que esta apenas em certa medida e de forma limitada
consubstancia um direito sobre essa sociedade, pelo que não 61
Com origem num processo penal por evasão fiscal, a secção penal do
tribunal de reenvio endereçou ao TJ as seguintes questões prejudiciais:
63
64
65
nio ou de uma parte dele que seja suscetível de constituir ramo de atividade
independente (porventura indício desse facto será, p. ex., a existência de
uma contabilidade separada). A caracterização tem interesse porque, se
assim não for, estar-se-á em face de simples transmissões do ativo da
empresa, como tal tributáveis. É necessário que se transmita um conjunto
que forme uma “universalidade de facto”, ainda que tal não seja a
qualificação sob o ponto de vista jurídico.»
66
67
48 Alf Ross, “Legal fictions”, in G. Hughes (ed.) Law, reason and justice:
Essays in legal philosophy, New York: New York University, 1969, p. 223.
68
ção de serviços). Por outro lado, a regra em apreço apenas seria passível de
qualificação como ficção legal se, perante o preenchimento da previsão, a
estatuição visasse estabelecer uma relação de equiparação ou de assimilação
com outra realidade factual, com o objetivo de atribuir a ambos uma
consequência normativa comum, o que cremos não ser o caso.
69
70
71
Apesar de não ser esta a sede própria para tratar a questão da incidência do
Imposto do Selo sobre o trespasse de estabelecimento comer cial sob o
prisma do artigo 1º, nº 2, do CIS, não se pode deixar de subli nhar, como o
faz Carlos Baptista Lobo, que qualquer análi-se do âmbito de incidência
deste imposto implica uma apreciação compreensiva da sua doutrina de
tributação e da sua razoabilidade própria59.
72
73
74
75
PARTE II
DE TRANSMISSÃO DO NEGÓCIO
79
-Membros)
Neutralidade jurídica
A neutralidade jurídica é uma decorrência do princípio da igualdade fiscal.
Tendo em conta que um imposto geral sobre o consumo é um imposto sobre
a despesa dos consumidores finais, deverá existir uma relação entre a carga
fiscal suportada e o valor dessa mesma despesa. Para que essa relação se
verifique, é necessário que o montante de imposto a pagar seja certo, isto é,
que seja expresso através de uma percentagem do preço a retalho e que esse
montante seja idêntico para produtos similares.
www.oecd.org/tax/consumption/guidelinesneutrality2011.pdf).
80
Neutralidade concorrencial
Neutralidade económica
Neutralidade externa
82
2. Âmbito objetivo
Ainda assim, deverá ter-se presente que o fator que assume maior rele
vância na delimitação do âmbito objetivo da transmissão do negócio é a
própria ideia de atividade económica para efeitos de IVA73 ou, noutros
termos, como havíamos referido na parte inicial deste estudo, a própria
ideia de negócio que, enquanto conceito intermédio, temos vindo a utilizar
indiferenciadamente de modo a agrupar todas as situações de facto
passíveis de configurar uma correspondência com os elementos da previsão
da regra em causa. Nessa medida, a jurisprudência comunitária em torno do
conceito de atividade económica 74 afigura-se crucial para a compreensão
do âmbito objetivo da regra de transmissão do negócio.
ss.; Yves Bernaerts / Sandhya Nathoeni, “The Ins and Outs of Classifying
Turnover for VAT”, EC Tax Review, 2011(6), pp. 291-304.
74 Sem pretensões de exaustão, cf. acs. Rompelman (268/83); Van Tiem (C-
186/89); Lennartz (C-97/90); INZO (C-110/94); Wellcome Trust (C-155/94);
Enkler (C-230/94); Gabalfrisa (C-110/98); Kretztechnik (C-465/03).
83
78 Ibidem.
84
ÂMBITO OBJETIVO
85
86
ÂMBITO OBJETIVO
87
data anterior cujo imposto não tenha sido deduzido, bem como o direito à
regularização de imposto relativamente às situações constituídas antes ou
após a fusão, o mesmo se aplicando aos créditos de imposto e pedidos de
reembolso95. O exercício destes direitos por parte da sociedade
incorporante fica, no entanto, condicionado pela comunicação à
administração fiscal, ao abrigo do princípio da cooperação96.
88
ÂMBITO OBJETIVO
direito privado. Por outro lado, cumpre sublinhar, a Diretiva IVA não
contém qualquer remissão para o direito interno dos Estados-Membros
quanto à tarefa de compreender em que moldes se efetiva a sucessão no
âmbito da transmissão do negócio.
Todavia, sendo certo que os efeitos da referida sucessão não são absolutos,
na medida em que, v.g. , eventuais dívidas de imposto do cedente não se
transferem para a esfera do cessionário, a sucessão em causa não assume a
plenitude de uma verdadeira “sucessão universal”. Daqui poder-se-á inferir
que o comando da sucessão assume um pendor necessariamente objetivo: é
o próprio negócio que rege a sucessão, no sentido em que a continuidade da
atividade económica serve de fundamento à manu tenção do enquadramento
em sede de IVA do conjunto de ativos transmitidos como um todo ( “as a
going concern” ), sem que tal implique uma quebra na cadeia do imposto.
Quanto à necessidade de o adquirente comunicar à administração fiscal o
exercício dos direitos adquiridos por intermédio da sucessão no âmbito da
transmissão do negócio, tal comunicação justifica-se ao abrigo do referido
princípio da cooperação100. Na verdade, a administração fiscal,
desconhecendo, à partida, o conteúdo objetivo e quantitativo dos direitos
em causa, carece de ser informada quanto ao exercício desses direitos, na
qualidade de sujeito ativo da relação jurídica tributária.
100 Uma vez que não existe qualquer disposição legal expressa que assim o
imponha.
89
ção no âmbito da relação jurídica tributária, v.g. , no que respeita às 101 Ac.
Polski Trawertyn (C-280/10), nº 38.
90
ÂMBITO OBJETIVO
110 Para uma crítica a este aresto, cf., entre nós, Alexandra Martins, “As
operações relativas a participações sociais e o direito à dedução do IVA: a
jurisprudência SKF”, in Paulo Otero /
92
ÂMBITO OBJETIVO
ções sociais pode ser qualificada como uma transmissão do negócio para
efeitos dos artigos 19º e 29º da Diretiva IVA.
Por outro lado, o AG fez lembrar que, em BLP Group 114, perante uma
transmissão por uma holding de 95% das participações que detinha numa
das suas filiais, o Tribunal de Justiça não contrariou a apreciação 111 Ac.
SKF (C-29/08), nº 35.
112 Ad van Doesum / Herman van Kesteren / Gert-Jan van Norden, “Share
Disposals and the Right of Deduction of Input VAT”, EC Tax Review, 19(2),
2010, p. 70.
113 Cls. SKF (C-29/08), nº 54. Esta era também a posição defendida pela
AB SKF.
93
vel quando, numa situação análoga à dos autos, ocorra a transmissão da tota
lidade das participações sociais.
ÂMBITO OBJETIVO
117 BFH, Urt. vom 27.01.2011 – V R 38/09, BFH/NV 2011, 727. Sobre
esta decisão, cf. Roland Îsmer / Daniela Endres, “Disposal of less than 100
per cent of shares in a subsidiary not a transfer of a going concern – VAT
groups and transfer of a going concern – recovery of input VAT”, World
Journal of VAT/GST Law, 1(1), 2012, pp. 111-114; Joachim Englisch /
Heidi Friedrich-Vache, Umsatzsteuerrechtliche Aspekte der
Anteilsveräußerung, IFSt-Schrift, 477, Berlin, 2011, pp. 28 ss..
95
96
ÂMBITO OBJETIVO
cio prevista nos artigos 3º, nº 4, e 4º, nº 5, do Código do IVA, não tem 123
Tal como salientado no parágrafo 10 da Informação Vinculativa nº 12524,
de 05/02/2018, da DS-IVA, «[o] legislador na redação do preceito utiliza a
expressão “(…) do estabelecimento (...)” e não “(…) de um estabelecimento
(…)”, o que, desde logo pressupõe tratar-se do conceito técnico-jurídico no
seu significado objetivo – organização do empresário mercantil, o conjunto
de elementos (corpóreos, incorpóreos, a clientela, o aviamento) e não já do
sentido comum do termo, ou seja, a unidade técnica correspondente a cada
um dos locais onde o comerciante exerce a actividade mercantil (a loja, o
armazém, a fábrica, o equipamento, o escritório).»
97
98
ÂMBITO OBJETIVO
logos. No primeiro caso, o STA entendeu não que a regra não se aplica à
transmissão de um estabelecimento sem haver sucessão na posição do
arrendatário. No segundo caso, o TCAS entendeu que a mera cessão das
instalações arrendadas sem o recheio de um estabelecimento comercial
também não constitui uma transmissão do negócio. Em Christel Schriever
127, o TJ, por seu turno, entendera que, se a cessão das existências e do
equipamento do estabelecimento for suficiente para permitir a continuação
de uma atividade económica autónoma, a transmissão dos bens imóveis não
é determinante para qualificar a operação de transferência de uma
universalidade de bens. Além disso, quando se verificar que a continuação
da atividade económica em causa exige que o transmissário continue a
utilizar as instalações utilizadas pelo transmitente, nada obsta, em princípio,
a que essa transmissão seja efetuada mediante a celebração de um contrato
de arrendamento, sendo ainda necessário que o cessionário tenha a intenção
de explorar o estabelecimento ou a parte da empresa transmitida e não
simplesmente a de liquidar imediatamente a exploração ou de vender as
existências128.
99
100
3. Âmbito subjetivo
Por outro lado, o Tribunal não fornece uma definição do que possa
significar a “imediata” liquidação da exploração ou venda das existências.
No entanto, não pode deixar de ser tido em conta que o Tribunal, em INZO
132, entendeu que o princípio da segurança jurídica se opõe a que os
direitos e obrigações dos sujeitos passivos dependam de factos, de
circunstâncias ou de acontecimentos que se produzem depois da sua
verificação pela administração fiscal, donde resulta que, a partir do
momento em que esta última aceitou, com base nos dados fornecidos por
uma empresa, que lhe seja atribuída a qualidade de sujeito passivo, este
estatuto já não pode, em princípio, ser-lhe depois retirado com efeitos
retroativos devido à ocorrência ou não ocorrência de determinados 131 Cf.
I.3.2 supra.
102
ÂMBITO SUBJETIVO
103
104
ÂMBITO SUBJETIVO
105
4. Âmbito territorial
Atento o exposto, à partida, sempre que ocorra uma entrega de bens ou uma
operação assimilada141 no Estado-Membro de origem, ocorrerá a
correlativa aquisição intracomunitária no Estado-Membro de destino.
108
ÂMBITO TERRITORIAL
144 Ben Terra / Julie Kajus, Commentary – A Guide to the Recast VAT
Directive, IBFD, Amsterdam, 2016, 1.4.5.4.
109
-Membro que não o seu. Como esta posição jurídica não é suscetível de
transmissão148, do ponto de vista das administrações fiscais, para outro
Estado-Membro, as suas consequências assumirão a sua plenitude no
Estado-Membro de origem. Subsequentemente, o adquirente procederá a
uma operação assimilada de transferência de bens próprios para a sua
empresa, nos termos do artigo 17º, nº 1, da Diretiva IVA149. Em conclusão,
a regra de transmissão do negócio será sempre consumada pelas disposições
em matéria de transações intracomunitárias de bens150.
150 De um prisma diverso, cf. Isabel Vieira dos Reis, “O IVA na Cessão da
Posição Contratual”, in Sérgio Vasques (ed.), Cadernos IVA 2016,
Almedina, Coimbra, 2016, p. 187: “[u]ma vez que, a respeito da
qualificação dos sujeitos passivos adquirentes elegíveis para efeitos de
aplicação desta disposição, o legislador remete para os sujeitos passivos
indicados no artigo 2º, nº 1, alínea a), do Código do IVA, pode esta norma
ser considerada lesiva do direito comu nitário uma vez que circunscreve a
sua estatuição aos sujeitos passivos nacionais e visto a Autoridade
Tributária e Aduaneira nunca ter esclarecido esta matéria. Todavia, esta
viola-
ÂMBITO TERRITORIAL
rios que não façam parte desse território e introduzidas em livre prática; c)
Mercadorias obtidas ou produzidas no território aduaneiro da União, quer
exclusivamente a partir das mercadorias a que se refere a alínea b), quer a
partir das mercadorias a que se referem as alíneas a) e b)”.
111
5. Âmbito temporal
113
114
ÂMBITO TERRITORIAL
115
116
ÂMBITO TERRITORIAL
117
118
6. Direito à dedução
O direito à dedução por parte do transmitente relativamente à opera-
ção de transmissão do negócio é outro assunto que tem vindo a ocupar o TJ.
Não obstante a regra de transmissão do negócio determinar a não liquidação
do imposto, ela influencia a situação jurídico-tributária do transmitente
quanto ao seu direito à dedução. As controvérsias surgem porquanto o
artigo 168º da Diretiva IVA165, que estabelece um dos princípios basilares
do sistema comum do IVA, determina que o exercício do direito à dedução
do imposto assenta no pressuposto de os bens e os serviços adquiridos a
montante serem utilizados para os fins das operações tributadas do sujeito
passivo. Logo, o IVA incorrido na aquisição de bens e serviços que dão
lugar, a jusante, a operações isentas (isen-
119
Em Abbey National 169, por sua vez, parece ser claro que os custos
incorridos para a realização da transmissão do negócio, formando parte das
despesas gerais do sujeito passivo no âmbito da sua atividade económica,
são dedutíveis. Como nota o AG170, quando um sujeito passivo exerce uma
atividade económica na qual efetua entregas ou prestações tributáveis na
totalidade, todos os bens e serviços que adquira para os fins desta atividade
são elementos constitutivos do preço das suas opera-
120
DIREITO À DEDUÇÃO
121
122
7. Atividades isentas
123
Assim, a isenção técnica prevista no artigo 136º, alínea a), da Diretiva IVA,
ao contrário da regra de transmissão do negócio, visa evitar a dupla
tributação de bens que já foram onerados com o imposto na medida em que
foram afetos a uma atividade totalmente isenta. Permanecem fora do seu
âmbito de aplicação as prestações de serviços (ativos intangíveis) e as
universalidades de ativos que constituam um ramo de atividade inde
pendente, uma vez que a estas últimas, em princípio, ser-lhes-
VAT Law, Wolters Kluwer, Alphen aan den Rijn, 2016, p. 304.
181 Ac. Swiss Re (C-242/08), nº 65.
124
125
Foi, por isso, lógico que o segundo parágrafo do artigo 5º, nº 8, da Sexta
Diretiva184, tivesse sido adicionado de modo a que os Estados-Membros,
ao exercerem a opção, pudessem igualmente dar passos no sentido de
impedir quaisquer distorções de concorrência, em situações como as
referidas.
188 Sem prejuízo do disposto no artigo 189º, alínea a), da Diretiva IVA, o
TJ já havia declarado, em VNO (51/76), nº 18, que a expressão “bens de
investimento” diz respeito a bens de utilização duradoura, cujo custo de
aquisição é amortizado ao longo de vários anos.
127
cio do direito à dedução (artº 23º), for o da percentagem de dedução 189 Cf.
artigos 24º a 26º do Código do IVA.
128
129
Para Rui Laires, se é certo que a vinculação externa exigida pelas medidas
regulamentares adequadas não parece estar assegurada por via de ofício-
circulado emanado pela administração fiscal, também é certo que a
formalização de uma regulamentação própria para o efeito não se mostre
realmente necessária tendo em consideração a ligação ló-
130
ção dos bens de investimento por parte do adquirente, o que poderá resultar,
na esfera deste último, quer numa regularização a seu favor, quer numa
regularização a favor do Estado. Nessa medida, o transmitente deverá
cooperar com o adquirente no sentido de lhe disponibilizar os elementos
necessários à referida verificação.
131
132
9. Obrigações acessórias
digo do IVA.
133
134
10. Recomendação
Alcançando o final deste estudo, importa constatar que a regra de
transmissão do negócio assume uma importância elevada para os
operadores económicos. Atendendo ao âmbito muito vasto de operações
suscetí-
[…]
1 – (…)
135
2 – (…)
3 – (…)
a) …
b) …
c) …
d) …
e) …
f) …
g) …
6 – (…)
7 – (…)
8 – (…)
136
PARTE III
1. Síntese lógica
Decompondo os elementos da previsão da regra de transmissão do negócio,
no plano do enunciado normativo (EN), temos, por um lado,
tente (N ).
p{(a ∨ a ∨ a ); (u ∨ u’)} → P q
p{(a ∨ a ∨ a ); (u ∨ u’)} → O q
1
2
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} → O q
(1)
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (2)
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (3)
3
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (4)
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
(5)
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
(6)
Eb ⊂ Ae
assim como
Ps ⊂ Ae
Ae ⊃ (Eb ∪ Ps)
140
SÍNTESE LÓGICA
3
deter minam “~O q”.
p{(a ∨ a ∨ a ); (u ∨ u’)} → O q
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (1)
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (2)
p{(a ; u) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (3)
3
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (4)
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (5)
p{(a ; u’) ∧ d ∧ s ∧ e} →
q (6)
~p → ~O q
141
2
3
1,
p{(a ∨ a ∨ a ); (u ∨ u’)} → O q
decorre que
p{(a ∨ a ∨ a ); (u ∨ u’)} → O q
2
3
SÍNTESE LÓGICA
RA{ aps ∨ c}
resultando que
143
2. Síntese conclusiva
1. A
6. Em
SÍNTESE CONCLUSIVA
147
13. O fator que assume maior relevância na delimitação do âmbito obje tivo
da transmissão do negócio é a própria noção de atividade eco nómica para
efeitos de IVA, não devendo a tarefa da aferição do sentido normativo
subjacente à expressão «suscetível de constituir um ramo de atividade
independente» ser relegada para a discricionariedade administrativa da
administração fiscal – ou, pelo menos, a admi nistração fiscal deverá limitar
a sua atuação a uma discricionariedade vinculada, neste caso, aos conceitos
autónomos de direito da 148
SÍNTESE CONCLUSIVA
16. Todavia, sendo certo que os efeitos da sobredita sucessão não são
absolutos, na medida em que, v.g. , eventuais dívidas de imposto do cedente
não se transferem para a esfera do cessionário, a sucessão em causa não
assume a plenitude de uma verdadeira “sucessão universal”. Daqui poder-
se-á inferir que o comando da sucessão assume um pendor necessariamente
objetivo: é o próprio negócio que rege a sucessão, no sentido em que a
continuidade da atividade económica serve de fundamento à manutenção do
enquadramento em sede de IVA do conjunto de ativos transmitidos como
um todo ( “as a going concern” ), sem que tal implique uma quebra na
cadeia do imposto.
SÍNTESE CONCLUSIVA
24. Uma vez que o facto gerador do IVA aduaneiro coincide com o
momento da introdução em livre prática – independentemente de os bens
em causa formarem uma universalidade suscetível de constituir um ramo de
atividade independente –, não é possível a “importação de um negócio”
beneficiar da aplicação da regra de transmissão do negócio, uma vez que
esta será igualmente consumada pelas disposições em matéria de IVA
aduaneiro.
27. Existindo vários atos encadeados no tempo que, no seu con junto,
enformam a transmissão de um negócio, poderá sustentar-se a aplicação da
regra de simplificação, na medida em que, como vem sustentando o TJ, o
conceito de atividade económica não consiste necessariamente num único
ato, podendo consistir numa série de atos consecutivos.
SÍNTESE CONCLUSIVA
incorrido na aquisição de bens e serviços que dão lugar, a jusante, a
operações isentas (isenções incompletas) ou fora do âmbito de incidência
real do imposto não poderá, prima facie, ser deduzido.
ção deverá centrar-se no facto de, por um lado, estar em causa a transmissão
de um ramo de atividade autónomo (e não apenas um conjunto isolado de
ativos) e, por outro, o adquirente suceder ao transmi tente. Compreendendo
a transmissão bens de investi mento sujeitos ao regime das regularizações, o
adquirente sucederá ao transmi tente no que respeita ao período de
regularização, devendo dar continuidade à aplicação do referido regime.
Como tal, a dedu-
SÍNTESE CONCLUSIVA
155
Abbey National
BLP Group
vas, quando um sujeito passivo presta serviços a outro sujeito passivo, que
os utiliza para efetuar uma operação isenta, este último não tem o direito de
deduzir o IVA pago a montante, mesmo quando o objetivo final da operação
isenta é efetuar uma operação sujeita a imposto.
Brigitte Breitsohl
2) O artigo 4º, nº 3, alínea a), da Sexta Diretiva (…) deve ser interpretado
no sentido de que a opção pela tributação exercida quando da entrega de
edifícios ou partes de edifícios e do terreno da sua implantação devem
incidir, de maneira indissociável, sobre os edifícios ou partes de edifícios e
o terreno da sua implantação.
157
que é o tomador, fornece aos seus clientes, que são os segurados, uma
cobertura de seguro, recorrendo a um segurador que assume o risco coberto,
efetua uma operação de seguro na aceção da referida disposição. O termo
«seguro» mencionado nesta disposição é extensivo às categorias de
atividades de assistência enunciadas no anexo da Diretiva 73/239/CEE do
Conselho, de 24 de julho de 1973, relativa à coordenação das disposições
legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes ao acesso à
atividade de seguro direto não vida e ao seu exercício, conforme alterada
pela Diretiva 84/641/CEE do Conselho, de 10 de dezembro de 1984.
3) O artigo 13º, B, alínea a), da Sexta Diretiva 77/388 deve ser interpretado
no sentido de que um Estado-Membro não pode restringir o alcance da
isenção das operações de seguro unicamente às prestações efetuadas pelos
seguradores autorizados pelo direito nacional a exercer a atividade de
segurador.
Christel Schriever
Comissão / França
(…)
158
EDM
29 de abril de 2004
«operações acessórias»;
159
aceção do artigo 4º, nº 2, da Sexta Diretiva (…), se essa atividade for 1996
I-04517
3) O artigo 11º, A), nº 1, alínea c), da Sexta Diretiva 77/388 deve ser
interpretado no sentido de que devem ser incluídas na matéria coletável do
imposto sobre o volume de negócios sobre as operações equiparadas a
prestações de serviços por força do artigo 6º, nº 2, alínea a), da mesma
diretiva as despesas suportadas durante o período em que o bem se encontra
à disposição do sujeito passivo, de modo a que este o possa efetivamente
utilizar a qualquer momento para fins estranhos à empresa, e que digam
respeito
Faaborg-Gelting Linien
Faxworld
bens que tenha adquirido, se, em conformidade com o seu objeto social, a
sua única operação a jusante tiver sido a transferência, a título oneroso e por
ato formal, para a referida sociedade de capitais, após a sua constituição,
das prestações anteriormente adquiridas e se, por o Estado-Membro em
causa ter utilizado as opções previstas nos artigos 5º, nº 8, e 6º, nº 5, da
Sexta Diretiva (…), não se verificar nenhuma entrega de bens ou prestação
de serviços quando da transferência de uma universalidade de bens.
160
Fini H
sentido de que uma pessoa que tenha cessado uma atividade comer-3 de
março de 2005
cial mas continue a pagar as rendas e os encargos referentes ao local 2005 I-
01599
Gabalfrisa
sobre o valor acrescentado pago por um sujeito passivo antes do início 2000
I-01577
o IVA de que é devedor relativamente a bens que lhe foram entregues 1998
I-00001
ou serviços que lhe foram prestados para efeitos de trabalhos de
investimento destinados a serem utilizados no âmbito de operações
tributadas. O direito à dedução subsiste mesmo que, por razões alheias à sua
vontade, o sujeito passivo jamais tenha feito uso de tais bens e serviços para
realizar operações tributadas. Sendo caso disso, a entrega de bens de
investimento durante o período de ajustamento pode dar lugar ao
ajustamento da dedução nas condições previstas no nº 3 do artigo 20º
da Diretiva 77/388.
Gmina Wrocław
161
Halifax
uma atividade económica na aceção dos artigos 2º, ponto 1, 4º, nºs 1
2006 I-01609
ção tal como ela existiria na ausência das operações constitutivas da prática
abusiva.
Hutchison 3G
Investrand
2007 I-01315
dito que faz parte do património da sua empresa e se relaciona com uma
venda de ações anterior à sua sujeição ao IVA não apresentam, na falta de
elementos que demonstrem que os referidos serviços têm como causa
exclusiva a atividade económica, na aceção da referida diretiva, exercida
pelo sujeito passivo, uma relação direta e imediata com esta atividade e não
conferem, por conseguinte, direito à dedução do IVA que os onerou.
162
INZO
de que:
29 de fevereiro de 1996
– Quando a administração fiscal admitiu a qualidade de sujeito pas-1996 I-
00857
sivo do IVA de uma sociedade que declarou a sua intenção de iniciar uma
atividade económica que daria origem a operações tributáveis, a encomenda
de um estudo de rentabilidade para a atividade projetada pode ser
considerada uma atividade económica na aceção desse artigo, mesmo que
esse estudo tenha por objetivo analisar em que medida a atividade projetada
é rentável, e que
ções tributáveis.
cativas às quais pode conduzir a não sujeição ao imposto sobre o valor 2008
I-07203
KapHag
rário não efetua a esse sócio uma prestação de serviços a título oneroso 26
de junho de 2003
2003 I-06851
Kretztechnik
26 de maio de 2005
Lennartz
Bank
164
Manfred Bog e o.
sentido de que:
10 de março de 2011
C-98/98
165
Rompelman
Salumets
166
SKF
Swiss Re
1) Uma cessão a título oneroso, por uma sociedade com sede num C-242/08
implica que esta última assuma, com o acordo dos segurados, todos os
direitos e obrigações decorrentes desses contratos não constitui uma
operação abrangida pelos artigos 9º, nº 2, alínea e), quinto travessão, e 13º,
B, alínea a), da Sexta Directiva (…), nem uma operação abrangida pela
conjugação dos pontos 2 e 3 do referido artigo 13º, B, alínea d).
167
Teleos
vaguardar;
168
Van Tiem
VNLTO
VNO
of Member States concerning turnover taxes, mean goods used for the
purposes ECLI:EU:C:1977:12
(…)
Wellcome Trust
Sexta Diretiva (…), deve ser interpretado no sentido de que não inclui 20 de
junho de 1996
uma atividade como a que está em causa no processo principal, que 1996 I-
03013
169
X BV
Os artigos 5º, nº 8, e/ou 6º, nº 5, da Sexta Diretiva (…), devem ser C-651/11
Zita Modes
ferida pela primeira frase deste número, de considerar que, para fins 2003 I-
14393
170
BIBLIOGRAFIA
Fundamentals of EU VAT Law, Wolters Kluwer, Alphen aan den Rijn, 2016
171
Feria, Rita de la, The EU VAT System and the Internal Market, IBFD,
Amsterdam, 2009
Îsmer, Roland / Endres, Daniela, “Disposal of less than 100 per cent of
shares in a subsidiary not a transfer of a going concern – VAT groups and
transfer of a going concern – recovery of input VAT”, World Journal of
VAT/GST Law, 1(1), 2012, pp. 111-114
172
BIBLIOGRAFIA
173
Pfordten, Dietmar von der, “About Concepts in Law”, in Jaap Hage &
Dietmar von der Pfordten (Ed.), Concepts in Law, Springer, 2009, pp.
17-33
315-337
Ross, Alf, “Tû-Tû”, Harvard Law Review, 70, 1957, pp. 812-825
174
BIBLIOGRAFIA
175
ÍNDICE
prefácio 7
siglas e abreviaturas 11
notação lógica 13
notas de leitura 17
1. Introdução 21
1.1. Enquadramento 21
1.2. Conceito 22
2.1. Antecedentes 27
177
3.6. X BV (C-651/11) 59
2. Âmbito objetivo 83
178
ÍNDICE
1. Síntese lógica
139
bibliografia 171
179
Document Outline
PREFÁCIO
SIGLAS E ABREVIATURAS
NOTA PRÉVIA E AGRADECIMENTOS
NOTAS DE LEITURA
PARTE I - A REGRA DE TRANSMISSÃO DO NEGÓCIO
1. Introdução
2. A transmissão do negócio à luz da Diretiva IVA
3. A jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia
4. A transmissão do negócio à luz do Código do IVA
5. Excurso: a incidência do Imposto do Selo sobre o trespasse de
estabelecimento comercial
PARTE II - ASPETOS PROBLEMÁTICOS EM TORNO DA REGRA
DE TRANSMISSÃO DO NEGÓCIO
1. Ponto de partida: o princípio da neutralidade
2. Âmbito objetivo
3. Âmbito subjetivo
4. Âmbito territorial
5. Âmbito temporal
6. Direito à dedução
7. Atividades isentas
8. Medidas destinadas a evitar distorções da concorrência
9. Obrigações acessórias
10. Recomendação
PARTE III - SÍNTESE LÓGICA E CONCLUSIVA
1. Síntese lógica
2. Síntese conclusiva
Principal jurisprudência do TJUE referida
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE