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O que é Idade Antiga?

A Idade Antiga, período também denominado como Antiguidade, nada mais é do que
a era da história mundial compreendida entre a criação da escrita — por volta de 4.000
a.C. — e o fim do Império Romano Ocidental, no ano de 476 d.C.

Esse recorte da história engloba, então, cerca de 4.476 anos de acontecimentos que
antecederam o período da Idade Média. Contudo, grande parte dos estudos, incluindo
os que são abordados em provas de vestibular, tradicionalmente se concentram no
período que compreende o surgimento da civilização grega, a partir de 2.000 a.C.

Idade Antiga: características

De um modo geral, a sociedade na Idade Antiga era caracterizada por ser


extremamente primitiva, na qual a população (camponeses, em sua grande maioria)
vivia basicamente a partir de atividades como a pesca e o cultivo de alimentos.

Como expoentes desse período, podemos citar os Egípcios, a Mesopotâmia, Hebreus,


Grécia Antiga e a Roma Antiga.

Egípcios

Surgindo por volta de 4.000 a.C., a civilização egípcia ganha notoriedade na história
mundial por ser considerada o berço da sociedade como a conhecemos hoje. Entre os
seus feitos, sem dúvidas, está a construção das várias pirâmides, até hoje são
reverenciadas por todos devido a sua importância cultural e inestimada beleza.

Mesopotâmia

Local onde atualmente é o território da Síria e do Iraque, o apogeu da Mesopotâmia


corresponde ao período no qual as guerras entre as grandes civilizações ocorriam em
razão da busca por terras banhadas por rios. Essa característica geográfica era vista, na
época, como uma imprescindível fonte de renda e sobrevivência.

Hebreus
Civilização muito conhecida devido ao protagonismo dos reis Davi e Salomão, os
Hebreus, de um modo geral, não tinham grandes ambições de expandir o seu
território, que hoje compreende a região do Oriente Médio.

Grécia Antiga

Uma das principais civilizações da Idade Antiga, o surgimento da Grécia é um marco na


história mundial, essencialmente em questões de avanço científico e técnicas de
construção.

Foi nessa época que as descobertas e os estudos sobre astronomia, filosofia e


matemática passaram a ser mais complexos e completos, bem como o surgimento
das estruturas sociais como as conhecemos hoje. Por isso, vale destacar que houve um
considerável avanço na sociedade (em todos os quesitos) na medida em que o povo
grego se desenvolvia.

Roma Antiga

Localizada onde hoje é a Itália, a Roma Antiga é caracterizada principalmente pela sua
ambição territorial, o que consequentemente desencadeou centenas de guerras.

Outro ponto que merece destaque é que foi nesse período que surgiram técnicas
aprimoradas de guerra, que eram muito bem dominadas pelas forças militares
romanas.

Características da Música na Antiguidade

- Origem divina

- Em relação às suas origens míticas, a música aparece associada a uma origem divina, a uma
ideia de

sobrenatural e à criação do universo.

- A Música era um presente dos deuses (por isso atribuíam-lhe funções mágicas).

- Na Índia, os hinos védicos (1300 a C.) se referem a um passado já remoto, e, segundo a lenda,
o deus

Schiva teria ensinado a música aos homens seis mil anos antes da nossa era. (CANDÉ I, p. 51)

- Para os egípcios, o Deus Thoth teria criado o mundo através de sons.


- Os babilônios e os gregos relacionavam o som com o cosmos.

- Na Grécia, os homens ganharam dos deuses o dom da melodia, mas não sabiam usá-lo e Orfeu
se

incumbiu de ensiná-los.

- A música não é uma arte: é um poder

- Efeitos terapêuticos da música.

- A música era capaz de curar doenças, purificar o corpo e o espírito e operar milagres no reino
da

natureza.

- Na civilização hebraica, no Antigo Testamento, se atribuíam à música idênticos poderes: basta


lembrar

- o episódio do rei David a tocar harpa para acalmar e curar o rei Saul de seus males (neuroses
ou

melancolia), - ou o soar das trombetas e a vozearia que derrubaram as muralhas de Jerico

- Para os gregos, a música possuía poderes mágicos. Vemos em muitos mitos a união indissolúvel
entre o

canto e o som da lira, pois música e poesia estão interligados, como nos mitos de Orfeu e
Dionísio.

- Na mitologia grega, Orfeu,que aprendeu a arte com o próprio Apolo, deus da música e da
medicina, ao

tanger a sua lira melodiosa, arrastava as árvores e conduzia os animais selvagens da floresta,
sendo ele o

primeiro mortal a entender a arte da música

- Assim, a Música é uma potência mágica obscura que subverte as leis da natureza.

- Aspectos ritualistas e mágicos

- A música era revestida de um caráter mágico-religioso.

- Entre os sumérios na mesopotâmia a música exercia papel importante nos ritos solenes ou
familiares

- No Egito, Novo Império (XVIII a XX dinastia: 1554 a 1080), época dos Ramsés e de Tutancâmon,
a
música é então viva, forte, de função ritual, religiosa e até militar.

- Entre os hebreus, a música participa da organização das cerimônias do templo evocadas, além
das

funções rituais e militares das trombetas.

- O canto e a dança associados

- A dança era a principal manifestação musical no Egito

- Numerosas figurações coreográficas com inscrições nos informam sobre as

danças que eram executadas para os faraós.

- Entre os hebreus, havia cortejos com danças, cantos e acompanhamento de

instrumentos (c. 1020 a. C.)

- Função sacralizadora

- Na tradição judaica, havia o toque das campainhas na veste do Sumo-Sacerdote, que afastava
os maus

espíritos e lhe permitia entrar puro e em segurança no Santo dos Santos.

- Este costume, aliás, vinha do Antigo Egito quando, para afastar os demônios, se costumava
abanar o

sistro, costume que permanece no ruído dos carnavais, das passagens de ano.

- A música visava a eficácia religiosa, mágica, terapêutica, lisonjeira, militar, ela se dirigia aos
deuses e

aos reis, às forças invisíveis e visíveis. (CANDÉ I, p. 66)

- Função social

- Música para adormecer, música para dançar, para chorar os mortos, para conclamar o povo a
lutar

- Entre os hebreus e os judeus o papel social da música é bem conhecido e os textos do Antigo
Testamento estão repletos de relatos sobre instrumentos e sua utilização religiosa ou em
festas; a

música tinha papel importante nas festividades e nas atividades do Templo de Jerusalém.

- Na Mesopotâmia, a música é símbolo de poder, respeito, vitória. Os músicos são mais


reverenciados do

que os sábios, imediatamente depois dos reis e dos deuses.

- Na China, Séculos VII e VIII da nossa era sabe-se da importância que os chineses atribuíam a

perfeição da música na filosofia e na vida pública.

- Entre os gregos, encontramos na Ilíada e na Odisseia numerosas alusões à música,

associada ao entretenimento e à celebração de circunstâncias tristes ou alegres. –


anterior

ao século VII a. C.

- Na época homérica os bardos cantavam poemas heróicos durante os banquetes.

- Em Roma a música desempenhava um papel importante nos ritos religiosos, na


música

militar e no teatro.

Acompanhando todas as celebrações humanas, do nascimento até à morte, a música continua a solenizar
os ritos, a sacralizar os gestos, a provocar a dança, o júbilo, eventualmente o delírio, mas, de uma maneira
ou de outra, é sempre veículo para uma outra modalidade de ser, uma existência possível alternativa à
vida quotidiana. Assim, a música acaba por estar presente em toda a vida dos homens, qual forma
privilegiada de relação com a realidade.

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