REFLEXOLOGIA PODAL

AULA 5

Prof.ª Elaine Cristina Pinto da Silva

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 CONVERSA INICIAL

Nesta aula, conheceremos em detalhes alguns pontos utilizados na

reflexologia. Com base no mapa dos pontos reflexos observado em momento
anterior, estudaremos os pontos do número 1 ao 37.
Explicaremos a localização e a função de cada estrutura no organismo, a
localização do ponto reflexo nos pés, a indicação do estímulo específico nessa
região e a forma de manipulação específica, quando houver. Ao final da aula,
observaremos um caso clínico que ilustra a indicação do estímulo em algumas
das áreas descritas nesta aula.

TEMA 1 – PONTOS DOS DEDOS DOS PÉS: REGIÃO DA CABEÇA

Nesse momento, estudaremos os pontos seios da face (1), nariz (2),

hipófise (3), nervo trigêmeo (4), cérebro (5), cerebelo (6), pescoço (7), olhos (8),
ponto da hipertensão (9) e ouvidos (10), como destacados na Figura 1.

Figura 1 – Destacando os pontos dos dedos dos pés

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

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 1.1 Seios da face/seios frontais (1)

São cavidades ósseas recobertas com mucosa localizadas próximo à

cavidade nasal. Elas se comunicam com a cavidade nasal, produzem muco e
também servem de câmaras de ressonância sonora para a fala. A inflamação da
mucosa dessa região é conhecida como sinusite.
Nos pés, o ponto reflexo está situado na ponta de todos os dedos
(Figura 1, número 1). Sua manipulação deve ser realizada com a polpa do
polegar (pressão fraca) ou com a articulação do dedo médio (pressão forte).
Sobre o hálux, a manipulação deve ser feita por meio de deslizamento da região
lateral para a medial, e, sobre os demais dedos, movimento em pressão.
O estímulo nessa região é indicado para cefaleia, sinusite, tontura,
insônia, febre, alterações nos olhos, ouvidos, nariz e garganta, sistema nervoso
autônomo em desequilíbrio e alterações em nervos motores. O estímulo no hálux
reflete-se no sistema nervoso autônomo; já o estímulo nos demais dedos está
relacionado a alterações de olhos, ouvidos, nariz e garganta.

1.2 Nariz (2)

Porção inicial do sistema respiratório, o nariz apresenta uma estrutura

interna responsável por aquecer, umedecer e filtrar o ar inalado, identificar
estímulos odoríferos e fornecer uma câmara de ressonância para a fala.
Nos pés, o ponto reflexo está situado na porção medial do hálux, no limite
com a unha (Figura 1, número 2) e a manipulação deve ser realizada em forma
de pressão com a polpa do polegar.
O estímulo nessa área é indicado para coriza, alergia, entupimento nasal
e alterações das vias aéreas superiores e olfato.

1.3 Hipófise/glândula pituitária (3)

Pequena glândula endócrina, conhecida como “glândula mestra”, situada

sobre o osso esfenoide do crâneo. É responsável por controlar as outras
glândulas endócrinas.
Nos pés, esse ponto está localizado no centro da polpa digital do hálux e
pode ser estimulado com a ponta do polegar ou com a articulação do dedo
indicador. Para isso, devemos segurar o pé do paciente com a outra mão para

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 fazer um apoio. Esse ponto é indicado para reequilibrar desordens glandulares,
distúrbios de crescimento, menopausa, enurese, obesidade e diabetes.

1.4 Nervo trigêmeo (4)

Importante nervo localizado em ambos os lados do crânio. Apresenta

ramificação oftálmica, maxilar e mandibular, bem como ação motora e sensitiva
dos olhos, mandíbula, maxilar, boca e toda a face.
Nos pés, o ponto está localizado na região lateral da falange distal do
hálux. O estímulo deve ser realizado na forma de pressão com deslizamento
descendente com o polegar, utilizando o indicador como apoio. É indicado para
nevralgia do trigêmeo, enxaqueca, insônia, paralisia facial, alterações de olhos,
ouvidos e garganta.

1.5 Cérebro (5)

Órgão protegido pelos ossos cranianos, o cérebro tem importante função

cognitiva e de controle geral do organismo.
Nos pés, o ponto está localizado em toda a face plantar da falange distal
do hálux. O movimento deve ser realizado em deslizamento de cima para baixo
com a articulação do dedo indicador. A outra mão deve ser utilizada para segurar
o pé. É indicado estimular esse ponto para controle da pressão arterial, insônia,
cefaleia, tontura, neurastenia, perda de memória, patologias gerais de funções
cognitivas e motoras, como Parkinson e alterações psicológicas.

1.6 Cerebelo/tronco cerebral (6)

O cerebelo é uma estrutura pertencente ao sistema nervoso central,

localizado abaixo da porção posterior do cérebro. Apresenta funções relativas à
motricidade, como tônus e movimento muscular, e de equilíbrio do corpo. O
tronco cerebral conecta o cérebro às outras regiões do corpo e também reúne
centros reflexos importantes, como o centro da respiração, deglutição, vascular
e cardíaco.
O ponto reflexo situa-se na face lateral da falando proximal do hálux e
deve ser pressionado com o polegar, utilizando o indicador como apoio. Indicado
para cefaleia, hipertensão, insônia, tontura, ataxia, desequilíbrio e alterações
gerais do cerebelo.

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 1.7 Pescoço (7)

Refere-se à região do pescoço e musculatura da nuca. Nos pés, o ponto

localiza-se na face plantar da falange proximal do hálux, mais próximo à linha
articular entre a base do 1.º dedo e a área superior da planta do pé.
O estímulo deve ser realizado em forma de deslizamento com pressão
com o polegar, da região lateral para medial. É indicado nos casos de torcicolo,
dores no pescoço, alterações vertebrais e alteração da pressão arterial.

1.8 Olhos (8)

Órgão responsável pela visão. Nos pés, o ponto reflexo está localizado na
linha da junção do 2.º e 3.º dedo com a área superior da planta do pé. A
manipulação é feita em deslizamento com a articulação do dedo indicador e é
indicado nos casos de alterações visuais como miopia e astigmatismo,
conjuntivites, catarata, entre outras alterações oculares.

1.9 Ponto da hipertensão (9)

Localizado logo abaixo do ponto reflexo do pescoço, o ponto hipertensão

é utilizado para reduzir a pressão arterial e deve ser estimulado apenas quando
necessário. Para isso, deve ser feita pressão pontual com a articulação do dedo
indicador.

1.10 Ouvidos (10)

Estrutura responsável pela audição. Nos pés, esse ponto fica localizado
na linha da junção do 4.º e 5.º dedo com a área superior da planta do pé. A
manipulação é feita em deslizamento com a articulação do dedo indicador e é
indicado nos casos de alterações nos ouvidos, como otite, zumbido, diminuição
da acuidade auditiva, entre outras.

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 TEMA 2 – PONTOS DA PORÇÃO SUPERIOR DA PLANTA DO PÉ: REGIÃO
TORÁCICA

Fazem parte os pontos glândulas paratireoides (11), glândula tireoide

(12), músculo trapézio (13) e pulmão e brônquios (14), como destacados na
Figura 2.

Figura 2 – Destacando os pontos da porção superior da planta do pé

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

2.1 Glândulas paratireoides (11)

São quatro pequenas glândulas localizadas posteriormente à tireoide cuja

função é a de regular o metabolismo do cálcio e do fósforo no corpo. O ponto
reflexo localiza-se na porção medial do pé, logo abaixo da articulação do hálux
com o 1.º metatarso
A manipulação desse ponto é realizada prendendo a base do hálux do
paciente entre os dedos indicador e médio do terapeuta (em forma de gancho) e
pressionando o indicador com a força do polegar. É indicado para todas as
alterações por deficiência de cálcio, como cãibras, osteoporose, catarata, unhas
fracas e quebradiças, crise convulsiva etc.

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 2.2 Glândula tireoide (12)

Glândula responsável por secretar hormônios responsáveis pela

regulação metabólica do organismo e pelo desenvolvimento normal do corpo.
A localização do ponto reflexo situa-se na base plantar do pé, entre o
1.º e o 2.º metatarsos, e se curva à cabeça do 1.º metatarso. O estímulo é
realizado em deslizamento com o polegar em sentido ascendente, e a
manipulação com maior pressão é indicada nos casos de hiper ou hipotiroidismo.

2.3 Músculo trapézio (13)

Músculo trapezoidal localizado no dorso, cobrindo o pescoço desde a

região occipital, se estendendo pelos ombros e finalizando na coluna dorsal. Nos
pés, o ponto reflexo está localizado na planta do pé, logo abaixo dos pontos olhos
e ouvidos, na porção superior entre o 2.º e o 5.º metatarsos, na junção destes
com as falanges.
O estímulo deve ser realizado por meio de deslizamento em curva com a
articulação do dedo indicador. É indicado para dores nos ombros, torcicolo, dor
nos braços, fraqueza muscular e dores nas costas.

2.4 Pulmão e brônquios (14)

Órgão responsável pela respiração, executando a troca gasosa. Nos pés,

o ponto localiza-se logo abaixo do ponto do músculo trapézio, entre o 2.º e o 5.º
metatarsos. O estímulo deve ser realizado também com deslizamento em curva
com a articulação do dedo indicador.
É indicado nos casos de alterações respiratórias e pulmonares como
bronquite, pneumonia, enfisema, inflamações, alergias, asma e também em
alterações de pele.

TEMA 3 – PONTOS DO CENTRO DA PLANTA DO PÉ: ÓRGÃOS ABDOMINAIS

Nesse momento, estudaremos os pontos estômago (15), glândula

suprarrenal (16), rim (17), coração (18), fígado (19), vesícula biliar (20), pâncreas
(21), duodeno (22), plexo solar (23), baço (24), ureter (25) e bexiga (26), como
destacados na Figura 3.

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 Figura 3 – Destacando os pontos do centro da planta do pé

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

3.1 Estômago (15)

Localizado logo abaixo do diafragma, o estômago é um importante órgão

digestivo responsável pela maceração do alimento e por reações químicas que
farão a decomposição do alimento em microestruturas.
O ponto reflexo está localizado abaixo da cabeça do 1.º metatarso, logo
abaixo do ponto reflexo da tireoide, na região mais próxima à região medial do
pé. A manipulação deve ser realizada em deslizamento com o polegar ou com a
articulação do dedo indicador.
É indicado para todas as alterações do sistema digestório e estômago,
como gastrite, dor estomacal, indigestão, náuseas e vômitos.

3.2 Glândula suprarrenal (16)

Localizada sobre os rins, bilateralmente, essa glândula é responsável pela

produção de hormônios que regulam os níveis de sódio, potássio e água no
organismo, além de produzir cortisol, hormônio responsável por ativar o corpo
em situações de estresse.

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 Nos pés, esse ponto está localizado na planta do pé, entre o 2.º e o
3.º metatarso, próximo à cavidade central. Quando pressionamos o pé do
paciente (como se quiséssemos aproximar o 1.º do 5.º metatarso), nessa região
se forma uma depressão.
A manipulação é realizada com a articulação do dedo médio ou do dedo
indicador, com a mão voltada para cima. A pressão forte é indicada nos casos
de alterações nas glândulas suprarrenais, arritmia cardíaca, hipertensão,
estresse, inflamações gerais, alergias, febre e artrite.

3.3 Rim (17)

Importante órgão responsável por filtrar o sangue e eliminar catabólitos e

toxinas do organismo. O ponto reflexo está situado logo abaixo da suprarrenal,
no centro da planta de ambos os pés.
É indicado realizar pressão com a articulação do dedo indicador ou médio,
com a mão voltada para baixo. A pressão forte deve ser feita nos casos de
inflamação aguda ou crônica nos rins, cálculo renal, alterações dos canais
urinários, hipertensão, reumatismo, artrite e alterações gerais dos rins.

3.4 Coração (18)

É o órgão responsável por impulsionar o sangue para todo o corpo através

dos vasos sanguíneos. No pé, o ponto reflexo fica situado apenas no pé
esquerdo, entre o 4.º e 5.º metatarsos, um pouco abaixo da área reflexa do
pulmão.
A manipulação deve ser realizada com a articulação do dedo indicador ou
médio, amentando a pressão lentamente, pois é uma área mais sensível. A
pressão forte é indicada nos casos de alterações cardíacas e circulatórias, hiper
e hipotensão, arritmias, dores e alterações emocionais, principalmente
ansiedade.

3.5 Fígado (19)

Importante órgão responsável pelo metabolismo, produz enzimas

digestivas, degrada nutrientes, desintoxica o organismo, armazena glicogênio,
vitaminas e minerais, entre outras funções.

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 Nos pés, o ponto reflexo fica localizado apenas no pé direito, entre o 4.º
e o 5.º metatarso, e a manipulação deve ser realizada em forma de meia-lua, de
baixo para cima. É indicado nos casos de alterações hepáticas como hepatite,
esteatose hepática, hepatocirrose, entre outras.

3.6 Vesícula biliar (20)

Armazena sais biliares e secreta a bile no duodeno para auxiliar na

digestão. O ponto reflexo está localizado ao lado do ponto reflexo do fígado,
sobre o 4.º metatarso, somente no pé direito. A manipulação deve ser realizada
por pressão com a articulação do dedo médio e beneficia quadros de alterações
biliares, como cálculos, icterícia e alterações hepáticas e da vesícula no geral.

3.7 Pâncreas (21)

Glândula responsável pela produção de insulina e glucagon, hormônios

que regulam a fome e o metabolismo da glicose, e de suco pancreático, utilizado
no processo de digestão no duodeno.
Nos pés, o ponto reflexo situa-se logo abaixo do ponto do estômago, no
1.º metatarso na porção mais próxima da região medial do pé. A manipulação
deve ser realizada em deslizamento com o polegar ou com a articulação do dedo
indicador.
A estimulação forte é indicada nos casos de alterações pancreáticas,
diabetes e alterações do sistema digestivo.

3.8 Duodeno (22)

Porção inicial do intestino delgado, o duodeno é responsável pela

digestão química de algumas estruturas e pela sua absorção. Nos pés, o ponto
reflexo está localizado ao redor do ponto do pâncreas (21), até o final do
1.º metatarso, na porção mais próxima à região medial do pé, bem na curvatura
central do pé.
O estímulo deve ser realizado com a articulação do dedo indicador em
pressão com deslizamento para baixo. É indicado nos casos de alterações do
estômago e intestino, como úlcera de duodeno, distensão abdominal, indigestão,
perda de apetite e intoxicação.

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 3.9 Plexo solar (23)

É o grupamento de nervos autonômicos abdominais, envolvendo todos os

órgãos e vísceras, com a função de regular o metabolismo da região. Nos pés,
este ponto situa-se no centro de ambas as plantas, envolvendo a região dos rins
e glândula suprarrenal.
A manipulação é feita com a articulação dos dedos indicador e médio
juntos em deslizamento no sentido ascendente e descendente. Esse ponto
auxilia na digestão, na distensão abdominal, em dores estomacais, em casos de
dificuldade respiratória por alterações digestivas, casos de soluço e espasmos
estomacais.

3.10 Baço (24)

É o maior órgão linfático do corpo humano. Apresenta células sanguíneas

brancas (de defesa) e vermelhas, além de reservar grande quantidade de
sangue para que seja encaminhado à circulação em casos de hemorragia.
Nos pés, o ponto reflexo do baço situa-se apenas no pé esquerdo, entre
o 4.º e o 5.º metatarsos, logo abaixo do ponto reflexo do coração. O estímulo
deve ser realizado com pressão da articulação do dedo indicador ou médio e é
indicado para fortalecer o metabolismo do baço, estimular a imunidade e eliminar
a umidade.

3.11 Ureter (25)

Canal que conecta o rim à bexiga. No organismo, existem dois canais,

cada um conduzindo a urina produzida do rim até bexiga. Está situado na planta
de cada um dos pés, formando uma faixa que se inicia no ponto reflexo do rim e
se estende até o ponto da bexiga.
O estímulo é feito por deslizamento com a articulação do dedo indicador
e médio, em direção ao ponto da bexiga. É indicado nos casos de cálculo renal,
inflamação, estreitamento do canal urinário, enurese, poliúria, disuria e toda
alteração do ureter.

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 3.12 Bexiga (26)

Órgão oco infra abdominal responsável por armazenar a urina produzida

pelos rins. O ponto reflexo está localizado na parte inferior da arcada medial do
pé, na cavidade inferior do osso navicular, no início do calcanhar.
A manipulação é realizada com a articulação do dedo indicador ou médio
e é indicada para todas as alterações da bexiga e do sistema urinário, incluindo
alterações na próstata.

TEMA 4 – PONTOS DO CENTRO DA PLANTA DO PÉ: INTESTINOS E

ESTRUTURAS RELACIONADAS

São os pontos cólon transverso (27), intestino delgado (28), cólon

descendente (29), cólon ascendente (30), cólon sigmoide/reto (31), válvula
ileocecal (32), ceco/apêndice (33) e ânus (34), como destacados na Figura 4.

Figura 4 – Destacando os pontos do centro da planta do pé

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

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 4.1 Intestino delgado (28)

Importante órgão responsável pela digestão e absorção de nutrientes no

trato gastrointestinal. É uma área reflexa localizada na região dos tarsos, um
pouco acima da base do calcanhar. A manipulação é realizada em deslizamento
descendente com a articulação dos dedos médio e indicador ao mesmo tempo.
É indicado para todas as enfermidades do sistema digestório.

4.2 Cólon ascendente (30), cólon transverso (27), cólon descendente (29)
e cólon sigmoide/reto (31)

Os cólons são as porções do intestino grosso que ficam ao redor do

intestino delgado e são responsáveis pela absorção de água, majoritariamente.
O ponto reflexo do cólon ascendente está localizado na planta do pé
direito, em uma faixa lateral, na região do osso cuboide. Já o cólon transverso
localiza-se na planta de ambos os pés, em forma de faixa que atravessa os ossos
cuneiformes 1, 2 e 3 até o início superior do osso cuboide. O cólon descendente
está localizado na planta do pé esquerdo, em uma faixa lateral, na região do
osso cuboide e o cólon sigmoide; é uma faixa horizontal sobre o início do osso
calcâneo.
O estímulo é realizado por deslizamento com a articulação do dedo
indicador ou médio, passando por todos esses pontos em sequência, iniciando
em deslizamento ascendente pelo cólon ascendente, passando pelo cólon
transverso da esquerda para a direita, em descendência pelo cólon descendente
e finalizando com o cólon sigmoide, da direita para a esquerda.
Esse estímulo segue o fluxo do trânsito intestinal. Esses pontos são
indicados para as alterações intestinais.

4.3 Válvula ileocecal (32)

Válvula que separa a porção final do intestino delgado (íleo) da porção

inicial do intestino grosso (ceco). O ponto reflexo está localizado apenas na
planta do pé direito, entre o osso cuboide com o osso calcâneo na porção lateral.
O estímulo é realizado pontualmente com a articulação do dedo indicador,
utilizando a outra mão como apoio. É indicado para alterações da válvula
ileocecal, apendicite e disfunções do aparelho digestivo.

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 4.4 Ceco/apêndice (33)

O apêndice é uma pequena massa de tecido linfático ligada ao ceco,

porção inicial do intestino grosso. O ponto reflexo está localizado logo abaixo do
ponto reflexo da válvula ileocecal, sobre a porção superior e lateral do osso
calcâneo. O estímulo é realizado com a articulação do dedo indicador e é
indicado nos casos de apendicite e distensão abdominal.

4.5 Ânus (34)

Esfíncter na extremidade final do reto, pelo qual as fezes são expelidas.

O ponto reflexo situa-se ao final do ponto reflexo do cólon sigmoide. A
manipulação é realizada em forma de pressão com a articulação do dedo
indicador ou médio e é indicada para todas as enfermidades anais.

TEMA 5 – PONTOS DA PORÇÃO INFERIOR DA PLANTA DO PÉ

Nesse momento, estudaremos os pontos insônia (35), gônadas (36) e

nervo ciático (37), como destacados na Figura 5.

Figura 5 – Destacando os pontos da porção inferior da planta do pé

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

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 5.1 Ponto da insônia (35)

Promove estabilidade emocional e regula o sono. Localiza-se no meio do

osso calcâneo, sobre o ponto reflexo das gônadas. O estímulo é realizado com
a articulação dos dedos médio ou indicador.

5.2 Gônadas (36)

Órgãos nos quais são produzidos os gametas. Nos homens, representa

os testículos, e nas mulheres, os ovários. A área reflexa situa-se no centro do
calcanhar e deve ser estimulada com a articulação do dedo indicador. É indicada
para todos os sintomas do aparelho reprodutor.

5.3 Nervo ciático (37)

É o nervo situado na parte posterior dos membros inferiores, derivado da

ramificação de nervos espinhais da região lombar. O ponto reflexo situa-se na
porção posterior do osso calcâneo e se estende até o tornozelo, na região entre
o tendão calcâneo e o maléolo. O estímulo é realizado em deslizamento com o
polegar e é indicado para ciatalgia e inflamação do nervo ciático.

NA PRÁTICA

Um paciente chegou para atendimento com queixa de calor em região

estomacal após as refeições e digestão lenta. Após realizada a anamnese,
durante a inspeção nos pés, o reflexologista verificou que as regiões do
estômago, do duodeno, do intestino delgado e de todo intestino grosso
apresentavam dor ao serem comprimidas. Observou também tecido granuloso
ao realizar a pressão no ponto do estômago, indicando bloqueio no fluxo de
energia dessa região.
O terapeuta então iniciou o atendimento com 10 minutos de escalda-pés,
para ativar a circulação e também iniciar o processo de desobstrução energética
dos pontos congestionados (estômago e intestinos). Após, aplicou a sequência
completa dos pontos de reflexologia com intensidade fraca e executou pressão
forte nos pontos do sistema digestório (estômago, pâncreas, duodeno, intestino
delgado, intestino grosso, ânus, fígado, vesícula biliar, apêndice e válvula

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 ileocecal), iniciando com pressão mais leve e aumentando à medida que o
paciente tolerasse a dor.
Ao final da sessão, o paciente sentiu alívio imediato da sensação de
queimação no estômago e também alívio da sensibilidade nos pontos dos pés.
O terapeuta indicou ao paciente que retornasse no dia seguinte para nova
sessão e reavaliação dos sintomas.
No segundo dia, o paciente relatou redução significativa dos sintomas. Foi
então realizada nova sessão e orientado ao paciente a repetir a reflexologia na
próxima semana.

FINALIZANDO

Aprendemos, nesta aula, quais as indicações e formas de manipulação

que devem ser realizadas nos pontos reflexos seios da face/frontais, nariz,
hipófise (glândula pituitária), nervo trigêmeo, cérebro/cabeça, cerebelo/tronco
cerebral, pescoço, olhos, ponto da hipertensão, ouvidos, paratireoides, tireoide,
músculo trapézio, pulmão e brônquios, estômago, supra renal, rins, coração,
fígado, vesícula biliar, pâncreas, duodeno, plexo solar, baço, ureter, bexiga,
cólon transverso, intestino delgado, cólon descendente, cólon ascendente, cólon
sigmoide/reto, válvula ileocecal, ceco/apêndice, ânus, ponto da insônia, gônadas
e nervo ciático.

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 REFERÊNCIAS

GILLANDERS, A. Guia completo de reflexologia: todo o conhecimento

necessário para adquirir competência profissional. São Paulo: Pensamento, 2008.

SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 5. ed.

Porto Alegre: Artmed, 2010.

TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia

e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.

WEN, H. X.; KUABARA, M. Reflexologia podal. São Paulo: Ícone, 2010.

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