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REFLEXOLOGIA PODAL

AULA 4

Profª Elaine Cristina Pinto da Silva


CONVERSA INICIAL

Em momento anterior, aprendemos como deve ser o ambiente de trabalho


do reflexologista, quais os materiais necessários para uma terapia eficaz, como
realizar a anamnese do paciente e quais as indicações e contraindicações da
Reflexologia Podal. Agora, chegou o momento de iniciarmos o estudo do
conteúdo aplicado à prática dessa terapia.
Nesta aula, vamos aprender a executar a técnica da forma correta e ter
uma visão macro do mapa dos pontos reflexos dos pés. A seguir, veremos o
passo a passo da aplicação da técnica, incluindo higienização dos pés, preparo
com escalda pés, técnica de relaxamento, aplicação da terapia e finalização.
O objetivo desta aula é tornar-se apto à rotina de atendimento realizada
na Reflexologia e entender como executar essa técnica com qualidade.

TEMA 1 – COMO EXECUTAR A TÉCNICA

Após a avaliação inicial, em que foram coletam dados cadastrais e dados


clínicos da anamnese, o paciente deve ser conduzido para o local em que
receberá a terapia. Como os dados da inspeção serão observados durante a
higienização dos pés ou durante o tratamento, a ficha de anamnese deverá estar
ao alcance do terapeuta para que este faça as devidas anotações quando
observar regiões em que o paciente apresente maior sensibilidade à pressão ou
regiões em que haja a presença de granulação na pele e outras alterações.
Recomendamos realizar escalda-pés antes da aplicação da Reflexologia
para relaxamento dos pés, higienização e redução da aspereza da pele. Caso o
paciente apresente muito ressecamento nos pés, é aconselhado realizar
também esfoliação mecânica. Se o paciente apresentar alterações nas unhas,
lesões de pele ou micoses, a Reflexologia não poderá ser realizada e devemos
encaminhá-lo a um podólogo ou dermatologista (Wen; Kuabara, 2010).
Para o escalda-pés, podemos preparar um recipiente com água morna,
sais térmicos e algumas ervas aromáticas ou óleos essenciais. O ideal é que
esse recipiente seja utilizado apenas para esse fim e que seja de fácil
higienização, ou então que se utilize um protetor plástico descartável para evitar
contaminação cruzada, como demonstrado na Figura 1.

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Figura 1 – Escalda-pés realizado antes da Reflexologia

Crédito: Pixeljoy/Shutterstock.

Entre as ervas indicadas para o escalda-pés estão lavanda, melissa, rosa,


camomila e manjericão, por causarem efeito relaxante e apresentarem aroma
agradável. Se houver a necessidade de ativação da circulação sanguínea,
alecrim, hortelã-pimenta e eucalipto também podem ser utilizados, pois
apresentam ação estimulante da circulação e relaxante muscular (McIntyre,
2011).
Entre os óleos essenciais indicados para o escalda pés estão lavanda,
junípero, cipreste, alecrim, hortelã-pimenta, ylang e grapefruit, que estimulam a
circulação, apresentam efeito drenante, são relaxantes musculares e aliviam
dores (Hoare, 2010).
Vale lembrar que não se deve misturar grande variedade de óleos
essenciais, tampouco associar vários óleos com as ervas aromáticas, para não
causar intoxicação por excesso de ativos, ou por efeito contrário ao intencionado.
É indicado usar apenas ervas aromáticas no escalda-pés, ou apenas óleos
essenciais (no máximo três óleos diferentes), ou duas ervas associadas a um
tipo de óleo essencial. É importante cuidar também para não associar óleos e/ou
ervas aromáticas com efeito antagônico.
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O escalda-pés deve durar entre 10 a 15 minutos e, logo após, devemos
secar os pés do paciente com uma toalha macia e mantê-los cobertos com uma
toalha seca, para que não se resfrie ou perca energia. Para receber a técnica da
Reflexologia, o paciente poderá ser posicionado em uma maca ou então
continuar na poltrona em que estava. Devemos assegurar que o paciente esteja
em uma posição confortável, pois permanecerá nela por no mínimo mais
30 minutos, tempo de duração da aplicação do tratamento.
Caso não seja possível realizar o escalda-pés, o terapeuta deverá
higienizar os pés do paciente com algodão embebido em álcool a 70% e cobri-
los com uma toalha macia na sequência.
Se o paciente permanecer na poltrona, seus pés deverão ser acomodados
sobre os joelhos do terapeuta, que deverá estar sentado em uma posição mais
abaixo, em altura condizente aos pés do paciente. Isso evita que este precise
elevar demais seus pés ou que o terapeuta sofra com alguma lesão por estar em
posição não ergonômica.
Se o paciente for acomodado em uma maca, o terapeuta deve se
posicionar sentado em uma cadeira aos pés da maca de forma que os pés do
paciente estejam na altura dos seus braços, facilitando a aplicação da técnica
(Figura 2).

Figura 2 – Terapeuta posicionado corretamente em relação ao paciente que está


na maca

Crédito: Sfrolov/Shutterstock.

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Logo após, inicia-se a aplicação da massagem relaxante, começando pelo
pé esquerdo. Esse passo é importante para que se ative a circulação da região
e deixe os pés mais receptivos para a aplicação da técnica, principalmente se
não for realizado o escalda-pés prévio.
Depois da aplicação da massagem relaxante, o terapeuta deve aplicar a
técnica da Reflexologia no mesmo pé, estimulando ponto a ponto com a técnica
de manipulação mais indicada para cada região. Inicia-se com a aplicação dos
cinco pontos da zona de eliminação (descritos no Tema 5 desta aula), realiza-se
então a estimulação de todos os pontos em sequência (do 1 ao 61) e repete-se
novamente os cinco pontos da zona de eliminação. Após, realiza-se novamente
manobras de relaxamento no pé para, em seguida, envolvê-lo com uma toalha
seca e macia.
Terminado o tratamento no pé esquerdo, o terapeuta descobre o pé direito
e repete todo o procedimento, iniciando com a massagem relaxante, seguida da
aplicação da técnica específica da reflexologia e terminando com manobras de
relaxamento.
Finalizado o tratamento, recomendamos que o paciente permaneça com
os dois pés cobertos por mais alguns minutos e se mantenha descansando na
poltrona (ou na maca) para que seu corpo assimile os efeitos da massagem.
Após, quando o paciente se levantar, é aconselhável que o terapeuta ofereça
um copo de água para o paciente (cerca de 300 a 500 mL), de preferência morna,
ou então um chá desintoxicante, para que potencialize os efeitos do tratamento.
Após a aplicação da Reflexologia, o terapeuta deve higienizar suas mãos
com água morna e sabão, sendo importante salientar a não utilização de água
fria. O contraste de temperatura pode ser prejudicial para a saúde física e
energética das mãos do terapeuta.

TEMA 2 – TRATAMENTO PRÉVIO: RELAXAMENTO

Antes da manipulação dos pontos reflexos dos pés, o terapeuta deverá


realizar manobras de relaxamento. Essa etapa visa soltar possíveis contraturas
musculares e ativar a circulação sanguínea e energética do paciente, deixando
os pés mais receptivos aos estímulos realizados nos pontos. Além disso, esse
contato prévio com os pés do paciente já fornece informações a respeito das
características dos pontos reflexos. O terapeuta então deve aproveitar esse
contato para realizar a inspeção dos pés (seção 3 da anamnese).
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A técnica de relaxamento pode ser realizada de acordo com a
necessidade do paciente. Nas regiões em que há maior tensão muscular, o
terapeuta poderá executar algumas manobras específicas e aumentar o número
de repetições, porém, não há um passo a passo fixo para o relaxamento.
Nessa sessão, colocaremos uma sugestão de sequências de manobras
que podem ser utilizadas. Cada movimento deverá ser repetido de três a cinco
vezes. Inicia-se colocando uma pequena quantidade de creme no pé do paciente
com movimentos de deslizamento (Figura 3-A). A quantidade de creme utilizada
deve ser suficiente para possibilitar o deslizamento das mãos do terapeuta,
porém, não pode ser exagerada, pois o terapeuta precisará ter um contato firme
com o pé do paciente quando iniciar a estimulação dos pontos específicos da
reflexologia.
Em seguida, faz-se movimentos circulares com os polegares na planta do
pé do paciente, dos dedos para o calcanhar (Figura 3, B e C). Após, faz-se
rotação em cada um dos dedos, três vezes no sentido horário e três vezes no
sentido anti-horário (Figura 4, A e B). Faz-se também a rotação do tornozelo,
três vezes no sentido horário e três vezes no sentido anti-horário (Figura 4-C).

Figura 3 – Movimentos iniciais de relaxamento

Crédito: Silva, 2021.

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Figura 4 – Continuação dos movimentos de relaxamento

Crédito: Silva, 2021.

Depois desses movimentos, realiza-se a soltura dos metatarsos da


seguinte forma: com uma mão, segura-se o 1.º metatarso do paciente, e com a
outra mão, segura-se o 2.º; realiza-se movimentos intercalados para frente e
para trás (Figura 5-A). Repete-se esse processo entre o 2.º e o 3.º metatarsos,
entre o 3.º e o 4.º e entre o 4.º e o 5.º.

Figura 5 – Continuação dos movimentos de relaxamento

Crédito: Silva, 2021.

Após, faz-se movimentos de deslizamento ascendente e descendente na


sola dos pés com suas articulações interfalangianas (Figura 5-B). Desliza-se as
mãos sobre o dorso do pé, contorna-se a região do tornozelo e puxa-se o pé

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deslizando-se até os dedos (Figura 6). Para finalizar, faz-se a dorsiflexão do pé
(Figura 7).

Figura 6 – Continuação dos movimentos de relaxamento

Crédito: Silva, 2021.

Figura 7 – Finalização dos movimentos de relaxamento

Crédito: Silva, 2021.

TEMA 3 – MAPA DOS PONTOS DA REFLEXOLOGIA

A seguir estão listadas as áreas reflexas existentes nos pés. Na Figura 4,


temos a ilustração dessas áreas no mapa. É importante mantê-lo em mãos para
orientar a prática até que não restem dúvidas da localização de cada ponto da
Reflexologia.

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Figura 4 – Mapa dos pontos da Reflexologia

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

Nota:
1 – Seios da face/frontais 23 – Plexo solar 43 – Dorso
2 – Nariz 24 – Baço 44 – Seios/glândulas
3 – Hipófise (glândula 25 – Ureter mamárias
pituitária) 26 – Bexiga 45 – Linfonodos da cabeça
4 – Nervo trigêmeo 27 – Cólon transverso 46 – Linfonodos do
5 – Cérebro / cabeça 28 – Intestino delgado tórax/pulmão
6 – Cerebelo/tronco cerebral 29 – Cólon descendente 47 – Linfonodos pélvicos
7 – Pescoço 30 – Cólon ascendente 48 – Linfonodos inguinais
8 – Olhos 31 – Cólon sigmoide/reto 49 – Tubas uterinas/via
9 – Ponto da hipertensão 32 – Válvula ileocecal deferente
10 – Ouvidos 33 – Ceco/apêndice 50 – Reto
11 – Paratireoides 34 – Ânus 51 – Pelve
12 – Tireoide 35 – Ponto da insônia 52 – Útero/próstata
13 – Músculo trapézio 36 – Gônadas 53 – Pênis/vagina/uretra
14 – Pulmão e brônquios 37 – Nervo ciático 54 – Sacro/Cóccix
15 – Estômago 38 – Maxilar, dentes e 55 – Coluna lombar
16 – Supra renal gengiva 56 – Coluna torácica
17 – Rins 39 – Mandíbula, dentes, 57 – Coluna cervical
18 – Coração gengiva 58 – Quadril
19 – Fígado 40 – Pescoço, garganta, 59 – Ovários/testículos
20 – Vesícula biliar tonsilas 60 – Perna, joelho, quadril
21 – Pâncreas 41 – Cordas vocais 61 – Ombro, braço e
22 – Duodeno 42 – Caixa torácica/costelas cotovelo

Cada ponto deverá ser estimulado de 7 a 10 vezes, como orientado em


momento anterior, e o tratamento será iniciado pelo pé esquerdo. É interessante
notar que a maioria dos pontos estão localizados bilateralmente, porém, alguns

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estão localizados em apenas um dos pés, como os pontos fígado e vesícula
biliar, que estão localizados apenas no pé direito, e os pontos coração e baço,
localizados apenas no pé esquerdo. Isso ocorre em decorrência da localização
anatômica desses órgãos. Portanto, para uma correta aplicação da Reflexologia,
é importante se atentar para a localização exata dos pontos.
Nas momento futuro, aprofundaremos os estudos de cada ponto.
Aprenderemos as funções de cada um e a forma correta de estímulo de acordo
com a necessidade do paciente.

TEMA 4 – DURAÇÃO DO TRATAMENTO

A sessão completa de reflexologia dura, em média, 30 a 40 minutos, não


devendo estender-se mais que uma hora. Cada ponto específico deve ser
estimulado de 7 a 10 vezes quando o estímulo for realizado em rotação ou
pressão intermitente; quando o estímulo for realizado com pressão contínua,
deverá durar no mínimo 30 segundos e no máximo de 3 minutos, como foi
explicado em momento anterior.
Quando o paciente apresentar sintomas, a reflexologia poderá ser
aplicada diariamente até o início do alívio destes. Após, deve-se realizar a
técnica a cada dois dias e espaçar as sessões conforme a melhora do quadro.
Caso a reflexologia seja realizada com o objetivo de prevenção e manutenção
da qualidade da saúde, poderá ser realizada semanalmente no primeiro mês e
a manutenção deve ser realizada quinzenalmente ou mensalmente.
Em alguns casos, o paciente pode se acostumar com os estímulos
realizados e não sentir dor ou desconforto ao receber a Reflexologia. Isso pode
ser indicativo de que o paciente teve melhora do quadro ou então que está com
a sua sensibilidade periférica diminuída. Para identificar qual dos dois cenários
está ocorrendo, é indicado deixar os pés do paciente imersos em água quente
por 30 minutos. Devemos cuidar para que a temperatura da água não ultrapasse
40 °C, para que não ocorram queimaduras no paciente.
Após essa longa imersão, realizamos a aplicação da Reflexologia. Se
mesmo assim não houver desconforto à pressão executada, significa que o
paciente teve melhora dos sintomas. Caso os sintomas ainda não estejam
solucionados, essa imersão em água quente estimulará os receptores sensoriais
da pele do paciente e este conseguirá sentir mais os estímulos executados.

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TEMA 5 – INÍCIO E FINALIZAÇÃO DO TRATAMENTO

Sempre, no início e no término da aplicação da Reflexologia Podal,


devemos estimular cinco pontos específicos por três vezes com estímulo fraco
ou moderado. São eles: glândula suprarrenal (16), plexo solar (23), rim (17),
ureter (25) e bexiga (26) (Figura 5).

Figura 5 – Pontos que devem ser estimulados no início e no final do tratamento

Crédito: Olga Bolbot/Shutterstock.

Esses pontos são classificados como zona de eliminação, pois estimulam


a depuração do organismo, fazendo com que as toxinas sejam retiradas da
circulação sanguínea pela filtração renal e eliminadas do corpo.
Além disso, como veremos futuramente, o ponto plexo solar tem a função
de equilibrar o funcionamento dos órgãos abdominais, o que potencializa a
excreção e limpeza do corpo.
Como consequência da depuração do organismo, logo após a aplicação
da Reflexologia, o paciente pode apresentar urina mais escura e com odor forte.
Essa alteração na urina ainda pode permanecer por alguns dias após a sessão,
indicando o efeito prolongado da terapêutica.

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NA PRÁTICA

Um paciente procurou atendimento de reflexologia para relaxamento e


prevenção de dores nas costas. Ele relatou que sente dores lombares de vez em
quando e ouviu falar que a reflexologia ajuda para prevenir essas dores.
Após realizar a anamnese, o terapeuta observou que a região reflexa da
coluna lombar e a região dos rins estavam levemente dolorosas à palpação, sem
outras alterações.
O reflexologista então optou por realizar um escalda-pés com sais
térmicos, alecrim e óleo essencial de hortelã-pimenta. Os sais térmicos têm a
função depurativa, auxiliando na retirada das toxinas do corpo. Já o alecrim e o
óleo essencial de hortelã-pimenta estimulam a circulação sanguínea e causam
analgesia, sendo benéficos para as dores referidas do paciente.
Após o escalda-pés, o terapeuta iniciou o tratamento aplicando
massagem relaxante no pé esquerdo do paciente, enquanto o pé direito estava
envolto por uma toalha. Finalizado o relaxamento, o terapeuta executou a
manipulação com pressão moderada nos pontos glândula supra renal (16), plexo
solar (23), rim (17), ureter (25) e bexiga (26). A estimulação desses pontos no
início do tratamento ativa o metabolismo de excreção, o que aumenta a
depuração do corpo e a redução de edemas por dificuldade circulatória, sendo
de fundamental importância para a prevenção de agravos e manutenção da
saúde.
Em seguida, o reflexologista executou estímulo leve nos pontos 1 ao 61,
em sequência, com exceção dos pontos reflexos que estão localizados apenas
no pé direito. Ao estimular os pontos do rim (17), coluna lombar (55) e quadril
(58), o terapeuta realizou pressão forte.
Ao finalizar a aplicação dos pontos no pé esquerdo, o terapeuta repetiu
os pontos iniciais (glândula supra renal, plexo solar, rim, ureter e bexiga), fez
novamente o relaxamento, cobriu o pé do paciente com uma toalha e seguiu
para o pé direito, para aplicar nele a técnica da mesma forma que foi aplicada no
pé esquerdo. Iniciou com o relaxamento, depois passou para a aplicação dos
pontos iniciais, para a estimulação de todos os pontos com exceção dos pontos
específicos do pé esquerdo, novamente para a estimulação dos cinco pontos
iniciais e relaxamento final, cobrindo os dois pés com a toalha.

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Terminado o atendimento, o terapeuta higienizou suas mãos com água
morna e ofereceu um copo de água para o paciente. A água contribui para
potencializar o tratamento, pois estimula o metabolismo fisiológico e energético.

FINALIZANDO

Nesta aula, aprendemos como realizar a técnica completa da


Reflexologia. Após a coleta dos dados para a anamnese, o paciente deve ser
conduzido para o local adequando, no qual receberá o tratamento.
Inicia-se o atendimento com um escalda-pés por 10 minutos para
relaxamento, higienização e redução de alguma aspereza existente nos pés do
paciente. Caso não seja possível realizá-lo, o terapeuta deverá realizar a
higienização com algodão embebido em álcool 70%.
Depois, deve-se realizar as manobras da massagem relaxante no pé
esquerdo do paciente para que a circulação seja ativada e, se houver alguma
contratura muscular, estas sejam reduzidas para que o estímulo dos pontos
específicos seja melhor captado pelos receptores nervosos. Isso faz com que a
terapia tenha melhores resultados.
Terminada a massagem relaxante, é o momento de iniciar o estímulo
específico nos pontos reflexos do pé esquerdo. Começamos com os cinco
pontos presentes na zona de eliminação, que são glândula suprarrenal, plexo
solar, rim, ureter e bexiga. Após, estimularemos todos os pontos reflexos do pé
esquerdo em sequência, do 1 ao 61, realizando de 7 a 10 repetições em cada
ponto. Ao concluir a estimulação de todos os pontos, os cinco pontos da zona de
eliminação deverão ser estimulados novamente.
Em seguida, o terapeuta deve aplicar novamente manobras de massagem
relaxante. Isso faz com que os receptores sensitivos presentes na pele sejam
novamente acionados e estimulados, resultando em uma potencialização dos
resultados. O relaxamento ao final também dissipa qualquer sensação dolorosa
que pode ter sido provocada durante o atendimento.
Finalizado o tratamento no pé esquerdo, o terapeuta cobre esse pé com
uma toalha macia e repete todo o procedimento no pé direito. É importante
lembrarmos de que existem pontos específicos que aparecem em apenas um
dos pés, como é o caso do fígado, que está localizado somente no pé direito, e
do coração, que está localizado somente no pé esquerdo.

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O atendimento terá duração média de 30 a 40 minutos e poderá ser
realizado diariamente caso o paciente apresente algum sintoma. Nesse caso, a
frequência de tratamento começará a ser espaçada de acordo com a melhora
dos sintomas. Se a intenção da aplicação da reflexologia for apenas a
manutenção do quadro de saúde do paciente, é indicado realizar atendimentos
semanais.

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REFERÊNCIAS

HOARE, J. Guia completo de aromaterapia: um curso estruturado para alcançar


a excelência profissional. São Paulo: Pensamento, 2010.

MCINTYRE, A. Guia completo de fitoterapia: um curso estruturado para


alcançar a excelência profissional. São Paulo: Pensamento, 2011.

WEN, H. X.; KUABARA, M. Reflexologia podal. São Paulo: Ícone, 2010.

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