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Universidade Federal do Amapá

Curso de Engenharia Civil


Patologia das Construções

Tema da aula:

Durabilidade das Estruturas de Concreto armado

Ataque por Cloretos

Macapá(AP)
2021
Universidade Federal do Amapá
Curso de Engenharia Civil
Patologia das Construções

❖Introdução:

• Em todo mundo é a patologia mais estuda por pesquisadores;


• Agentes agressivos: cloretos, oxigênio e gas carbônico;
• As obras públicas pontes e viadutos são as mais expostas a
patologia;
• Os gastos pelo poder público alcançam 800 milhões;
• A falta de inspeção periódica e monitoramento da estrutura gera
esse passivo;
• As intervenções são realizadas somente quando as estruturas já
se encontram prejudicadas ou seja com processo de corrosão
avançado;
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• Os silicatos do cimento C2S e C3S se hidratam e liberam


hidróxido de cálcio que somado aos álcalis do cimento Na+, K+
proporcionam ambiente alcalino PH>12,5;

• Neste ambiente a armadura forma uma camada de óxido


protetor (Passivação da armadura);

• A entrada de agentes agressivos, tais como o íon cloreto, pode


levar ao início de um processo de corrosão pela ruptura do filme
de óxido em um determinado ponto;

• O processo de corrosão pode ser combatido com cimento a base


de pozolana que preenche os espaços capilares, obstruindo os
poros vazios;
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• A ação de ions cloretos nas


estruturas de concreto além de
severa provoca despassivação da
armadura;

• Os cimentos indicados para o


combate são: de alto-forno,
pozolânicos e com baixo teor de
C3A.

• Nas estruturas próximas a áreas


litorâneas a ação de ions cloreto é
mais efetiva e mais severa que a
ação por sulfatos;
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• A velocidade da corrosão em regiões


marítimas tende a ser 40 vezes maior
do que o ambiente rural;

• Em contato direto com a água do mar e


ciclos alternados de molhagem e
secagem os danos são ainda maiores;

• O valor do teor crítico de cloreto em


relação a massa de cimento é em torno
de 0,4%;

• Os ions cloretos não alteram


significativamente o PH da água dos
poros, mas interagem com o filme
passivante do aço criando os pites
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• Os íons cloreto não atacam o concreto, mas destroem a


película passivadora e, em presença de água e oxigênio,
ocorre a corrosão;

• Os íons cloreto podem vir tanto do meio externo, atingindo


a armadura por difusão ou podem estar presentes no
próprio concreto, originados da água de amassamento, de
agregados contaminados ou ainda provenientes de aditivos.
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❖A penetração de ions cloreto no concreto ocorre:

• Quando a estrutura está carregada de sais de cloreto de


sódio devido a interação com o meio ambiente;

• No consumo de sais de degelo;

• Na utilização de aditivos ou agregado contendo ions


cloreto na fase de produção do concreto;
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❖Velocidade de profundidade da penetração depende:

• A concentração de C3A (Aluminato tricalcico) ou


C4AF(Aluminoferrotetracalcio) presente na pasta de
cimento;

• Fator água/cimento, adensamento e cura;

• Grau de saturação dos poros e quantidade de cloretos na


superfície do concreto;

• Grau de fissuração da estrutura;


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❖Bibliografia recomendada
• http://www.cimentoitambe.com.br/ataques-por-ions-de-
cloreto-custa-r-800-milhoes-por-ano-ao-brasil/
• https://www.axfiber.com.br/singlepost/2017/01/12/Ataqu
e-em-estruturas-de-concreto-por-a%C3%A7%C3%A3o-de-
cloretos;
• http://faq.altoqi.com.br/content/277/679/pt-br/a-
deteriora%C3%A7%C3%A3o-das-estruturas.html;

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