O jiu-jitsu, ao longo de sua história, passou por adaptações e inovações,
especialmente com a introdução do Gracie Jiu-Jitsu no Brasil. Apesar de ser elogiado por valorizar habilidade sobre força, este estilo de luta enfrenta críticas por supostamente negligenciar aspectos como a resistência física. Considerado uma arte marcial intelectualizada, o jiu-jitsu atrai alguns praticantes devido à sua complexidade técnica, mas pode afastar outros devido à sua exigência técnica. Estudos recentes sobre o treinamento de resistência anaeróbica têm fornecido insights valiosos para a comunidade do jiu-jitsu. Um estudo que envolveu cinco atletas submetidos a um programa de treinamento de resistência anaeróbica revelou resultados promissores, indicando uma melhoria significativa na força de preensão manual após o treinamento. No entanto, o estudo também identificou limitações, como o número pequeno de participantes e o período de tempo relativamente curto, sugerindo a necessidade de mais pesquisas para confirmar esses resultados. Embora tenha havido um aumento na força de preensão manual, não foram observadas diferenças significativas na potência dos membros superiores e inferiores. Isso pode sugerir que o programa de treinamento pode não ter tido o mesmo efeito em todas as partes do corpo dos atletas, levantando questões sobre a eficácia do programa em todo o corpo. Os resultados destacaram a importância da preparação física específica para o jiu-jitsu, especialmente considerando que muitos treinadores ainda seguem métodos tradicionais sem base científica. Embora o estudo tenha oferecido insights valiosos, há uma necessidade de mais pesquisas para confirmar esses resultados e desenvolver programas de treinamento mais personalizados e seguros para os praticantes de jiu-jitsu. Além disso, o estudo abordou uma lacuna na pesquisa ao examinar os efeitos de periodizações específicas com movimentos característicos de uma modalidade, especialmente no treinamento de resistência de força, sobre a força de preensão manual e a potência muscular dos atletas. Os resultados indicaram que o treinamento de resistência anaeróbica teve um impacto negativo na força de preensão manual, enquanto houve uma pequena melhora na potência muscular. Essas descobertas podem fornecer uma base sólida para futuras pesquisas e orientar a prática de treinamento em academias de artes marciais, destacando a importância de programas de treinamento personalizados e adaptados às necessidades dos praticantes de jiu-jitsu.