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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

RELATÓRIO – MOMENTO DE UMA FORÇA PERPENDICULAR

AO VETOR POSIÇÃO

ALUNO: Abner Colman Mendonça. MATRÍCULA: 112190194.

CURSO: Engenharia Química. TURMA: 05.

DISCIPLINA: Física Experimental 1.

PROFESSOR(A): Cleide Diniz.

Campina Grande, 23 de Agosto de 2013.


1. Introdução.

1.1. - Objetivos.

O objetivo desta experiência é determinar a expressão que quantifica a


capacidade que tem uma força de girar um corpo em relação a um ponto, no caso em
à sua direção.

2. Procedimentos e Análises.

2.1. - Material.

- Corpo Básico;

- Armadores;

- Manivela;

- Balança;

- Conjunto de Massas Padronizadas;

- Suporte para Suspensões Diversas;

- Escala Milimetrada;

- Cordão e Alfinete.

2.2. – Procedimentos.

Ao chegar ao laboratório o corpo básico já estava armado na posição


horizontal de trabalho. Com o suporte para suspensões diversas já fixado nos orifícios
centrais da trava horizontal, e a manivela nos orifícios das travas verticais.

Amarrou-se, no laço do cordão da balança, outro cordão. Este mesmo


cordão foi passado pelo gancho do suporte e amarrou-se sua extremidade livre no
eixo da manivela. A partir deste momento penduraram-se os pratos, e em seguida foi
feita a “zeragem” do sistema (colocando pequenos contrapesos no prato mais leve, até
que a barra se mantivesse nivelada na posição horizontal). Colocou-se em um dos
pratos da bandeja, logo se mediu e anotou-se o peso PB da bandeja.
Substituiu-se um dos pratos da balança pela bandeja e a utilizamos para
medir o peso de P P do outro prato (com um gancho e uma presilha). Anotou-se o
resultado e retirou-se o gancho e a presilha do prato.

Mediu-se e anotou-se, na Tabela I, a distância r de cada pequeno orifício


da barra da balança até o seu ponto central. Isto foi realizado para o lado da barra que
barra que suporta a bandeja.

Substitui-se a bandeja pelo prato retirado e pendurou-se o mesmo em


cada um dos orifícios de posição já conhecida. Para cada orifício, colocou-se massas
padronizadas no prato manipulado de modo a sempre restaurar o seu nivelamento na
posição horizontal. Anotou-se, na Tabela I, o peso total do prato PTP correspondente a
cada distancia r .

3. – Análises – Medidas e Tabelas.

Peso da bandeja: PB =7 , 3 g f .

Peso do prato: P P=24 ,7+ P B ⇒ PP =32 gf

Tabela I - Medidas das distancias dos orifícios suas massas para nivelamento.

r (cm) 30,0 26,2 22,4 18,8 15,1 11,4 7,5 3,9


PTP (gf ) 32,0 36,7 42,9 51,5 64,7 85,7 129,5 253,5

Como o peso total de um dos pratos (e o seu ponto de aplicação)


permaneceu constante em todos os passos do experimento, a sua capacidade de girar
a barra não deve ter sido alterada. Isso também se aplica ao outro prato já que as
duas capacidades, chamadas de momento das forças em relação ao ponto central da
barra, se equivalem. Com o objetivo de determinar uma expressão para o momento (e
quantificá-lo), traçou-se, em papel milimetrado, o gráfico de r versus PTP (Anexo 1).

Uma inspeção visual do gráfico mostrou que a curva parece ser uma
hipérbole e, então, a função é do tipo:
−n
r =M . F

Onde F é o peso total do prato, PTP . Então para determinar o parâmetro n ,


traçou-se um novo gráfico de r versus F em papel dilog (Anexo 2).

O expoente n é igual a −0 , 983 , aproximando-o para um número inteiro


podemos expressar de uma nova forma o parâmetro M em função de r e F .
−n
r =M . F
−1
r =899. F
−1
r =899. F

Observe que a constante M indica a proximidade da curva aos eixos


coordenados e deve ser interpretada como o momento da força F (em relação ao
ponto em torno do qual a barra gira). Assim, a expressão obtida para M deve ser a
fórmula do momento para a situação em estudo: r perpendicular F .

−1
r =899. F
−1
r =M . F

1
r =M .
F

M =r . F

Escolhendo um ponto qualquer no gráfico, podemos determinar o valor do


momento M . Ponto escolhido P(60 ; 16)

M =r . F

M =16 × 60

M =960 cm. gf

4. – Conclusões.

Podemos afirmar que momento é uma grandeza vetorial, pois, para


descrever completamente o momento de uma força, temos de especificar tanto a
direção da força aplicada quanto o módulo da força.

M =r . F

Também pode ser escrito da forma:

M =r . ( m. a )

dV
M =r . m.
dt
Portanto, a direção da força é mesma de V , logo as unidades de momento
é kg .m/ s.

Podemos entender o momento de uma força, como o produto vetorial de r


por F:

M =|r|×|F|

Como há um ângulo, então

M =|r| .|F|. senθ

É fácil notar que quando θ=90o

M =|r| .|F|

Ou seja,

M =r . F

Vantagem mecânica quanto ao Princípio da Alavanca, é que quanto mais


distante do orifício central (centro de massa) estiver sendo aplicada força, esta força
possuirá um módulo menor do que aquela mais próxima do orifício central.

O erro percentual cometido na determinação de n foi:

n=−0,983

E ( % )=1 , 7 %

Podemos confiar nos dados experimentais para achar o momento, porque


o erro percentual no experimento foi muito pequeno de aproximadamente 1,7%,
alguns dos erros sistemáticos da experiência foram: a desconsideração da força de
atrito do ar; a falta de precisão na medidas obtidas, ou seja o sistema não estava
totalmente isolado.

Calculando M para cada par de valores (r , F). chegamos a um valor


verdadeiro dentre estas medidas:

M =973 ± 5

Tomando 973 como a média dos valores apresentados, podemos


expressar o erro percentual na determinação de M :

E ( % )=8 , 2 %

Não pudemos optar pelo modelo de r =A e−n .F ,pois o coeficiente angular


da curva é variável, teria de ser calculado o coeficiente para cada ponto através da
derivada e aplicar na equação exponencial. Seria necessário para linearização
novamente o papel dilog, pois no milimetrado obteríamos um curva exponencial.
A variável independente será F , e r será inversamente proporcional a F .
Realizando r =M . x com x=1/ F podemos rederteminar:

1
r =M .
F

M =r . F

ANEXO: CÁLCULOS PARA O RELATÓRIO

MOMENTO DE UMA FORÇA PERPENDICULAR

AO VETOR POSIÇÃO

Anexo 1. – Cálculos para o gráfico em papel milimetrado.

Tabela I - Medidas das distancias dos orifícios suas massas para


nivelamento.

1 2 3 4 5 6 7 8
r (cm) 30,0 26,2 22,4 18,8 15,1 11,4 7,5 3,9
PTP (gf ) 32,0 36,7 42,9 51,5 64,7 85,7 129,5 253,5

Para “r ”.

- Estudo da origem; 150


mr =
30

0 15 30 mr =5

mr =5 mm/cm
Como o menor valor está
antes da metade, então incluímos a - Passo e Degrau;
origem. ∆ l r =20 mm
- Módulo de r ; ∆ l r =mr . ∆r
l r =mr ( r−r 0 ) 20=5. ∆r
150=mr (30−0 ) 20
∆ r=
5
∆ r=4 cm

- Equação da Escala em r .

l r =mr ( r−r 0 )

l r =5.r

l r 1=5 ×30=150 mm

l r 2=5 × 26 ,2=131 mm

l r 3=5 × 22, 4=112 mm

l r 4 =5 ×18 , 8=94 mm

l r 5=5 × 15 ,1=75 ,5 mm

l r 6=5× 11, 4=57 mm

l r 7=5 × 7 ,5=37 , 5 mm

l r 8=5× 3 , 9=19 , 5 m
Para “ PTP”, como “ P”.

- Estudo da origem;

0 126,75 253,5 - Equação da Escala em P.

Como o menor valor está


antes da metade, então incluímos a l P =mP ( P−P 0 )
origem.
l P =0 , 8. P

l P 1 =0 , 8× 32=25 , 6 mm
- Módulo de P ;
l P 2 =0 , 8× 36 , 7=29 , 4 mm
l P =mP ( P−P 0 )
l P 3 =0 , 8 ×42 , 9=34 , 3 mm
200=mP ( 253 , 5−0 )
l P 4=0 , 8 ×51 , 5=41 ,2 mm
200
mP =
253 ,5 l P 5 =0 , 8 ×64 , 7=51 ,8 mm

mP =0,788954635 l P 6 =0 , 8 ×85 , 7=68 ,6 mm

mP =0 , 8 mm/ gf l P 7 =0 , 8 ×129 , 5=103 , 6 mm

l P 8=0 , 8 ×253 , 5=202 , 8 mm


- Passo e Degrau;

∆ l P=20 mm

∆ l P=m P . ∆ P

20=0 , 8. ∆P

20
∆P=
0,8

∆ P =25 gf
Anexo 2 - Cálculos para o gráfico no papel dilog.

Ponto 1 (25; 38)

Ponto 2 (300; 3,3)

−n
r =M F

log ( r 2 /r 1 ) O erro percentual


n= cometido na determinação de n foi:
log ( F 2 / F1 )

log ( 3 ,3 /38 )
n=
log (300 /25 ) n=−0,983

n=
−1,061269657
E P=
|−0,983−(−1 )| × 100 %
1,079181246 |−1|
n=−0,983402612 E P=0,017 × 100 %
n=−0,983

r2
M= n
F2

3 ,3
M= −0,983
300

3,3
M=
0,003672737

M =898,5125205

M =89
E P=1 , 7 %

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